A Essência do Budismo Tibetano e A Roda da Vida
![]() No centro, as emoções negativas mais importantes: a cobiça (porco), o ódio (serpente) e ignorância (galo). Para o inferno vão os assassinos e criminosos, aqueles movidos pelo ódio e pela ira; eles são torturados e morrem milhares de vezes até purificarem sue karma, podendo renascer depois em outros reinos. O inferno tibetano não é eterno há a possibilidade da redenção, após a purificação do karma. |
Imagem fundamental do Budismo tibetano, a roda da vida simboliza os seis reinos da existência, com suas dores e prazeres. Todos eles fazem parte do samsara, e estão sujeitos à aniquilação e à morte, mesmo sendo o reino dos deuses. A Roda da Vida é segura por Yama, o Senhor da Morte. São o reino dos infernos, o reino dos fantasmas famintos, o reino dos animais, o reino humano (o melhor de todos para nascer), o reino dos semideuses e finalmente o reino dos deuses. São 18 os infernos gelados e 18 os infernos quentes. O reino dos fantasmas famintos é formado por aqueles avarentos que nunca ajudaram ninguém; o reino dos animais é visível para nós, e é um reino de medo e caçada permanente, e total stress. Os que vão para lá são aqueles dominados pelos sentidos e pela luxúria. O reino humano é movido pelo desejo o desejo de conquista. É o único reino onde se pode trabalhar o ser, fazer uma prática espiritual, onde a dor não é tão profunda como nos reinos inferiores ou a auto-indulgência não é tão alienadora nos reino superiores que não se possa fazer a prática. |
O reino superior ao humano é o dos semideuses. Invejosos e desesperados, os que quase chegaram lá morrem de inveja dos deuses, que podem enxergar do seu reino. Aliás, a árvore das desejos nasce no reino dos semideuses, mas apenas dá frutos no reino dos deuses. Os semideuses vivem em guerra permanente com os deuses, e sempre perdem. Mas o reino dos deuses também tem suas complicações. Vivendo no paraíso, em total prazer e realização de todos os desejos, os deuses vivem centenas de anos mas um dia... também morrem.
E sua morte é solitária e triste, pois compreendem a inutilidade de suas vidas e são evitados pelos outros deuses, que não querem nem ver esse tipo de cena. Esse reino é habitado por aqueles movidos pelo orgulho.
A VISÃO PSICOLÓGICA DA RODA DA VIDA
Alguns estudiosos como Chogyan Trumgpa colocam que os seis reinos são estados dalma pelos quais passamos diariamente, em nossa vida. Quem já não sentiu inveja, ira, orgulho, desejo? Então a visão psicológica desses reinos é a sua existência como uma manifestação da nossa psique, da nossa mente. Nós somos o que percebemos. Então o simples elemento água para poder ser percebido como lava fervente pelo reino dos infernos; bebida impossível de beber, para os fantasmas famintos; meio ambiente para os animais, como peixe, por exemplo.
Água de beber para os humanos, um novo tipo de armamento para os semideuses, e finalmente néctar para os deuses.
Tudo, uma questão de percepção psicológica. Isso vêm de acordo com as descobertas da moderna física, que compravam que nós criamos a nossa realidade à partir do que vemos e percebemos.