OPINIÃO Ano XIV – Nº 146 Outubro 2007
SBPE – Uma história de resistência
Nossa
Opinião: No rumo do projeto Kardecista
Editorial: Queda do tabagismo – uma vitória
da sociedade
Opinião em Tópicos: Unificação - Livre exame
- União - Os
dois caminhos (Milton Medran
Moreira)
Enfoque: Dois modelos de espiritismo: o de Kardec e o de Chico
SBPE – Uma história de resistência
Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita
chega à sua 10ª edição como expressão genuína da liberdade de pensamento,
estímulo à produção intelectual e de resistência às tendências místico-religiosas
do espiritismo brasileiro.
1989 - O
primeiro simpósio
Criado com o nome de Simpósio
Nacional do Pensamento Espírita (designação substituída pela atual já na 2ª
edição, em 1991), o SBPE chega à sua 10ª edição, confirmando uma trajetória de
resistência às tendências religiosistas e
evangélico-cristãs que marcam o movimento espírita do Brasil.
A primeira edição do Simpósio
desenrolou-se na sede da Comunidade Lar Veneranda, de
(foto
do folder do 1º Simpósio)
Folder que anunciava a programação da 1ª
edição do Simpósio de Santos, em 1989.
A partir da 2ª edição, o SBPE ganhou
seu modelo vigente. Passou a veicular trabalhos com
temas livremente escolhidos por seus expositores. Consagrado como um espaço aberto
ao debate de idéias, à luz do pensamento espírita - ou “kardecista”,
como prefere dizer
Antes da inauguração da moderna sede
do ICKS, algumas edições do SBPE foram realizadas fora de Santos, especialmente
No
rumo do projeto kardecista
O folder promocional da programação
do Simpósio Nacional do Pensamento Espírita (agosto/89), evento que evoluiria
para o atual Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita, cuja capa é
reproduzida acima, estampava sua programação e um pequeno editorial, onde se
lia:
“Atingimos um ponto
em que não cabem mais linhas irredutíveis. O Espiritismo é progressivo, com
espaço e estrutura para avançar e acompanhar o desenvolvimento do conhecimento e
dos problemas humanos atuais”. E acrescentava: “A idéia do SIMPÓSIO é conhecer
e debater essas contribuições sem preconceitos, confrontos ou imposições. Todos
os temas serão expostos e debatidos dentro de uma perspectiva elevada, com
respeito às posições de cada um”.
Os eventos até então realizados no
âmbito do movimento espírita brasileiro nunca haviam adotado esse modelo ou
buscado esses objetivos. Eram, tradicionalmente, torneios de oratória, com
expositores “confiáveis”, de quem jamais se poderia esperar a explanação de um
conceito ou interpretação que não fosse rigorosamente o pensamento oficial da
entidade promotora.
O Simpósio de Santos, em 1989, inaugurava
um tempo novo. Um de seus efeitos imediatos seria o de propiciar ambiente
favorável a que começassem a se organizar, no Brasil,
núcleos filiados à
O SBPE, que chega à sua 10ª edição,
guardando inteira fidelidade aos propósitos enunciados em seu evento inaugural,
é, pois, marco inicial de uma nova fase do desenvolvimento das idéias espíritas
no Brasil. É também o início de uma reconceituação da
forma de se organizar o movimento espírita, atentando-se para seu natural
pluralismo e para sua vocação progressista. Enfim, o SBPE é uma iniciativa que
contribuiu e segue contribuindo decisivamente para o aprimoramento do projeto kardecista. (A
Redação)
Queda do tabagismo – uma
vitória da sociedade
“Obstáculos e
dificuldades fazem parte da vida. E a vida é a arte de superá-los.”
DeRose
As duas ou três últimas décadas vêm
registrando, no Brasil, uma considerável queda do tabagismo. Pesquisa do
Datafolha publicada no último mês de setembro, aliada a
números divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), dão conta,
por exemplo, de que, em finais da década de 1980, 34,8% dos brasileiros adultos
eram fumantes. Já no ano de 2002, o percentual caiu para 26%, reduzindo-se,
agora, para 23%. É ainda um número elevado, mas que atesta uma gradual redução,
fruto de um trabalho conjunto, onde estão incluídos esforços governamentais, da
mídia e de inúmeros setores da sociedade.
Notícias como estas devem ser
saudadas por segmentos como o nosso. O tabagismo é, sabidamente, um dos fatores
determinantes do baixo nível da saúde do brasileiro e causa
principal de mortalidade pelo câncer, enfisema pulmonar, enfartos e muitas
outras doenças. É um dos grandes problemas de saúde pública
Além dos efeitos positivos já obtidos
e agora retratados em números, outro percentual da mesma pesquisa chama a
atenção: do universo dos fumantes pesquisados 83% declararam a
seus entrevistadores que desejam deixar o cigarro. Querer é o móvel
primeiro de uma ação. Toda a caminhada começa com um primeiro passo e este
sempre é o resultado de uma decisão, nascida da consciência e visando a um
objetivo. O alto percentual de pessoas que se deixaram envolver pelo deletério
hábito do fumo e agora dizem querer abandoná-lo é, pois, também um sinal
positivo. Resulta do consenso obtido, nos últimos tempos, em nosso país, de que
é imperiosa a necessidade de se lutar contra o tabagismo.
Temos consciência de que o esforço empreendido não foi
fácil. A sociedade, por múltiplos segmentos, precisou enfrentar o poderio
econômico da indústria do tabaco. Os meios de comunicação tiveram de abrir mão
de considerável receita
Os espíritas têm muito a contribuir com esse movimento antitabagista, uma das boas coisas de nosso tempo. Em
tempos mais recuados, quando o hábito era socialmente bem mais tolerado e
praticado, os espíritas, via de regra, já o recusavam.
Era comum a pessoas que pouco conheciam o espiritismo
indagarem de nós se havia regra doutrinária proibitiva do fumo, entre os
espíritas. Precisávamos explicar-lhes que o espiritismo nada proíbe, mas que
recomenda hábitos saudáveis, em respeito à vida e à sua dignidade e que tudo é
uma questão de educação e conscientização. Justamente esses fatores, educação e
conscientização, tão presentes na base teórica da prática espírita,
convidam-nos a contribuir, juntamente com nosso exemplo, para que hábitos
saudáveis se tornem conquistas individuais de todos os que nos cercam e
patrimônio comum de nosso povo.
Os espíritas têm muito a contribuir com esse
movimento antitabagista, uma das boas coisas de nosso
tempo.
Milton R.Medran
Moreira
Unificação
Procure em toda a obra de Kardec a palavra “unificação” e não irá encontrá-la. A
Unificação, na conotação popularizada
no meio espírita, é tipicamente uma invenção brasileira. Seu claro e jamais
negado objetivo é de natureza genuinamente religiosa: a preservação de um
conjunto de presumíveis verdades, procedimentos e formas de organização capazes
de garantir a hegemonia de uma ordem e de um comando pretensamente emanados “do
Alto” e delegados a uma instituição, que deverá ser sua guardiã.
Livre
exame
Entretanto, palavras como união,
unidade, liberdade e tolerância são freqüentemente encontradas na obra de Kardec. Mesmo quando ensaiou uma proposta de organização do
movimento espírita, sob a coordenação de um Comitê Central, Kardec
foi logo ressalvando que este não estaria “destinado a dirigir o mundo e a ser
o árbitro universal da verdade”, acrescentando que quem tivesse essa pretensão
“teria compreendido mal a essência do Espiritismo, que
proclama os princípios do livre exame e da liberdade de consciência, repudiando
a idéia de erigir-se em autocracia.” E disse mais: “Pretender que o Espiritismo
seja organizado, por toda a parte, da mesma maneira; que os espíritas do mundo
inteiro se sujeitem a um regime uniforme, a uma única maneira de proceder; que
devam esperar a luz de um ponto fixo para o qual devem voltar seus olhos, seria
uma utopia tão absurda quanto pretender que todos os povos da Terra formassem
um dia uma só nação, governada por um chefe único, regida pelo mesmo código de
leis, adotando os mesmos costumes”. (Constituição
do Espiritismo, em Obras Póstumas).
União
Mesmo recusando a idéia do modelo
único ou de um comando central, Kardec enfatizou a necessidade
da união entre os espíritas de todo o mundo A união se daria pela “comunhão de
pensamentos”, como definiu no seu Discurso de Abertura (
No documento antes citado, Allan Kardec previu a formação de “centros gerais nos diferentes
países” (o que chamaríamos hoje de Conselhos, Federações, Confederações e
Uniões), mas que eles não teriam entre si “outro laço senão a comunhão de
crença e a solidariedade moral, sem subordinação de uns a outros”,
acrescentando, mais adiante: “Os diversos centros que se dedicam ao verdadeiro
Espiritismo deverão dar-se as mãos fraternamente, unindo-se para combater seus
inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo”.
Os
dois caminhos
Unificação é uma exigência típica de
organizações religiosas. É instrumento
Em nosso meio, na mesma medida em
que avançam os projetos unificacionistas, se enfraquecem os ideais de união, obstaculizando, inclusive, o
diálogo entre as diversas vertentes do pensamento espírita e as instituições
que as coordenam. Um dos mandamentos do projeto de unificação consiste em fazer
de conta que não existem outros segmentos senão aqueles que estão sob suas
asas. Unificação passa a ser sinônimo de sectarização.
Unificação é movimento de cima para
baixo. União é construção que se faz a partir da reflexão, do debate, do
diálogo e do trabalho conjunto, em clima de respeito e de tolerância.
São caminhos diferentes que levam,
igualmente, a objetivos diversos. Distinguir um do outro talvez não seja fácil,
nem cômodo, mas é vital para o futuro do espiritismo.
ABRADE promove II Congresso
Brasileiro de Divulgadores do Espiritismo
A ABRADE –
Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo – promove de
11/10/07
- QUINTA-FEIRA
9h00/19h30 Credenciamento e Recepção dos congressistas
19h30 Sessão de Abertura e Instalação do
Congresso
20h00 CSE – Construindo pontes entre as
pessoas (Os desafios da comunicação na era da informação
globalizada)
CONFERÊNCIA:
12/10/07 - SEXTA-FEIRA
8h30
/8h40 Avisos
8h40 /9h30 PALESTRA
- Da Torre de Babel às torres de TV
Severino Celestino – PB
9h40 /10h30 MULTIPLAS ATIVIDADES
OPÇÃO 1 |
OPÇÃO 2 |
OPÇÃO 3 |
OPÇÃO 4 |
PAINEL |
OFICINA
RÁDIO Conceitos
e práticas do Rádio, na comunicação do Espiritismo Alexandra Torres – PE |
OFICINA
TV Aberta,
por assinatura e comunitária (Roteiro, edição e transmissão) Sonia Zaghetto – DF |
OFICINA
Equipe Esperanto |
SEXTA-FEIRA - INTERVALO 10h30/11h00
11h00 /12h30 MULTIPLAS ATIVIDADES
OPÇÃO 1 |
OPÇÃO 2 |
OPÇÃO 3 |
PAINEL |
OFICINA
RÁDIO Conceitos
e práticas do Rádio, na comunicação do Espiritismo Alexandra Torres – PE |
OFICINA
TV Aberta,
por assinatura e comunitária (Roteiro, edição e transmissão) Sonia Zaghetto – DF |
SEXTA-FEIRA - INTERVALO DE
ALMOÇO 12h30/14h00
14h00 /15h30 -
MULTIPLAS ATIVIDADES
OPÇÃO 1 |
OPÇÃO 2 |
OPÇÃO 3 |
OPÇÃO 4 |
PAINEL
|
CURSO
|
OFICINA
|
CASO
DE SUCESSO Criação de uma ONG para divulgar
o Espiritismo, destacando a produção de um programa para TV. Ivana Raisky - Depto
de CSE da FEEGO |
15h40 /16h30 PALESTRA
O Espírita e seu outro
SEXTA-FEIRA - INTERVALO 16h30/17h00
17h00
/18h30
OPÇÃO 1 |
MESA
REDONDA Temas espíritas em novelas e no
cinema Glauber Filho –
RJ; Sonia Zaghetto – DF e um artista global
è
Exibição do trailler
do Filme sobre Bezerra de Menezes em telão |
13/10/2007 - SÁBADO
8h30
/8h55 PRÉ - LANÇAMENTO DO CD do Canto
& Luz - Avisos
9h00 /10h20
OPÇÃO 1 |
OPÇÃO 2 |
OPÇÃO 3 |
CURSO
ORATÓRIA |
PINTURA
MEDIÚNICA |
PAINEL O que compromete a
credibilidade da mensagem espírita? Pedro Vieira – RJ Sandra Borba – RN |
SÁBADO - INTERVALO 10h20/10h50
10h50 /12h30
OPÇÃO 1 |
OPÇÃO 2 |
OPÇÃO 3 |
CURSO
ORATÓRIA |
OFICINA Sonia Zaghetto – DF e Equipe do IRC |
PALESTRA A
contribuição da CSE - Comunicação
|
SÁBADO - INTERVALO DE ALMOÇO 12h:30/14h:00
14h00 /16h30 MULTIPLAS ATIVIDADES
OPÇÃO 1 |
OPÇÃO 2 |
OPÇÃO 3 |
OFICINA
|
OFICINA |
PALESTRA Desenvolvimento de
novas lideranças - Aflorando o potencial natural do ser Alkíndar de Oliveira - SP |
SÁBADO - INTERVALO 16h30/17h00
17h00
/18h30 FÓRUM
Ética e Alteridade – A
dimensão social da ação espírita
è
A
proposta de PCSE da Abrade
è
Ação
de Reconhecimento à Imprensa e a Vultos do Espiritismo
Marcelo F Dias – PB;
Exibição de Vídeo sobre Chico Xavier
SABADO à NOITE – 20h00
20h00 PEÇA TEATRAL
Memórias de um Suicida
(A
inscrição no Congresso não inclui o ingresso para esta peça).
14/10/2007 - DOMINGO
8h30/8h40 Avisos
8h40 /9h30 PALESTRA
O teatro pode realmente ajudar a divulgação Espiritismo?
Grupo EnCena – PB
9h30/12h30 SESSÃO SOLENE DE ENCERRAMENTO
CONFERÊNCIAS DE ENCERRAMENTO
Espiritismo e Ecologia, com André Trigueiro – RS, da GloboNews
De Kardec ao III Milênio, com Cosme
Massi – PR
OUTROS
EVENTOS no ambiente do CONBRADE 2007:
FEIRA DE LIVROS - FEIRA
DE IDÉIAS - EXPOSIÇÃO
----
Jones abriu o mês de
A conferência da primeira
segunda-feira do mês de outubro no
Enfoque
Dois modelos de espiritismo:
o de Kardec e o de Chico
Embora
popularizado como “kardecismo”, o espiritismo que se
desenvolveu no Brasil traz marcantes características do médium mineiro
Francisco
Chico Xavier e
a cultura brasileira
Com o título de “Chico Xavier e a cultura brasileira”, a
O artigo é longo e pode ser lido integralmente no site da
revista -
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-77012001000100003&script=sci_arttext
-.
Segundo seu resumo, o trabalho “propõe uma interpretação do
fenômeno Chico Xavier na cultura e na sociedade brasileira”.
O autor enfatiza “a importância crucial do modelo mítico de
espírita exemplar atribuída a Chico Xavier”. “Por isso – acrescenta - o médium
mineiro tem um lugar de absoluto destaque na história do kardecismo
brasileiro”.
Segundo ainda o resumo, “desdobrado na
No trabalho, o autor destaca a influência “jesuítica” do
espírito Emmanuel na vida e na obra
Tabela de modelos
Chico, segundo o autor do artigo, opera uma “elaboração
sincrética” entre o espiritismo e a religiosidade popular católica, assim como
também com tendências corporativas do catolicismo institucional, resultando daí
a popularização do espiritismo como uma religião de forte presença no Brasil.
Na parte final, Lewgoy oferece a
seguinte tabela de modelos, onde sintetiza os pontos mais marcantes e que,
frequentemente, se contrapõem, na obra do “racionalista” francês Allan Kardec e do “santo” brasileiro Francisco
1.
Modelo de Allan Kardec:
- Racionalismo.
- Oposição ostensiva à igreja católica.
- Desimportância do médium.
- Espírito crítico mais importante do que a piedade.
Modelo
-
- Suma importância do médium.
- Oposição mais branda à igreja católica, mas absorvendo muito de seu
ethos e crença.
2.
Modelo de Allan Kardec:
- Espíritos mentores giram entre pessoas comuns (identificação diluída
ou sub-indivíduos) e espíritos históricos, ligados a uma herança
cristã e clássica e alguns de nacionalidade francesa: Fénelon,
Sócrates, Santo Agostinho, São Luís. Os espíritos signatários da
doutrina são identificados entre clássicos, santos ou então anônimos,
mas ainda assim pertencentes à classe de superindivíduos
portadores de
uma "nobreza espiritual" ou "superiores" na escala
espírita.
Modelo
-
cotidiano. Há espíritos ligados à cristandade heróica dos primeiros
tempos, à nação brasileira, ao mundo da literatura e à piedade
espírita. Emmanuel/Manoel da Nóbrega, André Luiz/Estácio de Sá/Oswaldo
Cruz, Meimei e os literatos são exemplos típicos. Os
espíritos são
identificados, ou seja, sua identidade histórica predomina. Há
preocupação com as provas da relação entre o espírito e a personagem
histórica em vida, seja ele um herói nacional, seja ele um cidadão
comum. Quando são mentores, o nome espiritual é preponderante.
3.
Modelo de Allan Kardec:
- As redações das obras kardecistas são conjuntas mas
há muitas
mensagens assinadas que ocupam um lugar de destaque.
Modelo de Chico Xavier:
- Os livros não têm autores anônimos, as mensagens são sempre
assinadas pelos autores espirituais.
4.
Modelo de Allan Kardec:
- Sistema da dívida: abolição da graça e ênfase exclusiva no mérito.
- Racionalismo moral abstrato.
- Justiça cármica assentada na inflexibilidade da lei
de causa/efeito.
- Ênfase na reforma íntima.
- A caridade é mais reflexiva.
Modelo
-
múltiplas situações em que um engloba o outro.
- Reingresso do circuito da intercessão e da graça, uma característica
da espiritualidade católica. Ou seja, conjuga-se graça e carma,
dívida
e perdão.
- Ênfase na caridade material tendo em vista simultaneamente a
evolução espiritual e a graça.
5.
Modelo de Allan Kardec:
- Ênfase superlativa no estudo e na razão.
- Igualitarismo, cultura científica e ideologia do mérito como fator
de evolução espiritual.
Modelo
-
Evangelho no Lar. Crítica ao intelectualismo. Piedade prática como tão
ou mais importante do que a racionalidade.
- Enorme destaque ao papel condutor e relacional da mãe: ethos
hierárquico e relacional associado ao papel dos "espíritos
missionários".
6.
Modelo de Allan Kardec:
- A unidade do trabalho é o centro espírita.
Modelo
-
onde se pratica o culto do Evangelho no Lar.
7.
Modelo de Allan Kardec:
- Kardec é compilador. Seleciona
mensagens de acordo com preceitos
metodológicos inspirados
subordinação pessoal imediata a um comando espiritual mas
uma
subordinação mediata através da interpretação humana da doutrina
espírita.
Modelo
-
Espiritual", sob supervisão de Emmanuel e sua "falange". A
relação com
o plano espiritual é de dependência imediata e de subordinação
hierárquica. O serviço mediúnico, designado de "mediunato",
tem o
serviço militar e público como modelos.
8.
Modelo de Allan Kardec:
- Kardec funciona como um ethos
burguês de honradez e como um ideal
cientificista de probidade e neutralidade. A confiabilidade de suas
afirmações é garantida, de um lado, pelo método que diz seguir e, de
outro, pelo teor moral intrínseco das mensagens.
Modelo
-
privilegiada com o mundo dos espíritos, que funciona como penhor de
sua probidade. É exemplo de sacrifício e renúncia originais no sistema
espírita. A revelação está acima da razão.
9.
Modelo de Allan Kardec:
- Ainda que originado no racionalismo iluminista francês, há um
universalismo na proposta religiosa.
Modelo
-
ênfase na história do Brasil.
------
Kardec dá ênfase à razão.
Chico enfatiza a piedade.