OPINIÃO Ano XIII – Nº 137 Dezembro 20006
Editorial: Humanos, somente humanos
Notícias: Henrique Regis lança Romance em Santos/SP - O adeus de Amilcar
Enfoque: Uma
breve análise sobre Bioética
O ingresso recente do Movimento Espírita no
Conselho Nacional de Saúde, através da CEPA, pode ser indício de que o Espiritismo
começa a atingir aquele período antevisto por Kardec como o da Renovação
Social. A afirmação é de Néventon Vargas (leia artigo nesta página) que inicia
proveitosa experiência junto ao órgão levando ao CNS as posições dos espíritas.
O
Espiritismo e os movimentos sociais
Às vésperas de completar 150 anos de existência, o
Espiritismo, pelo menos no Brasil, começa a ser reconhecido como um importante
movimento social. A CEPA – Confederação Espírita Pan-Americana - foi admitida,
recentemente, como integrante do Conselho Nacional de Saúde, instância máxima
de deliberação das políticas de saúde em nosso país.
Néventon Vargas, Secretário de Comunicação Social da
CEPA, e por ela indicado a representar o movimento espírita no CNS, em artigo
que publicamos nesta página (espaço de Nossa
Opinião), alude ao fato como indício de transição para se atingir o Período
da Renovação Social. A referência inspira-se em artigo publicado na Revista Espírita de Dezembro de 1863, Período de Luta, onde Allan Kardec
projeta seis diferentes fases para o desenvolvimento do espiritismo no mundo:
Período de Curiosidade, Período Filosófico, Período Religioso, Período de Luta
(que se vivia quando Kardec escreveu o artigo), Período Intermediário e,
finalmente o Período da Regeneração Social.
O que é o
Conselho Nacional de Saúde
Previsto na Constituição Federal de 1988, o Conselho
Nacional de Saúde é formado por 48 membros, sendo que destes, 50% são
representantes dos usuários. Ao lado da CNBB, entidade que congrega os bispos
da Igreja Católica, a CEPA passa ser um desses 24 representantes, em mandato de
3 anos de duração. Naquele órgão discutem-se as prioridades para a saúde no
país. Na agenda de discussões sobressaem temas referentes à bioética, tais
como: direito ao acesso à saúde, incorporação de tecnologias, uso ético de
recursos, aborto, eutanásia, pesquisas genéticas e com células embrionárias,
pesquisas com seres humanos, etc.
Por um
conceito de saúde que leve em conta fatores energéticos e espirituais
Ademar Arthur Chioro dos Reis, médico sanitarista e
vice-presidente da CEPA, em artigo publicado no boletim América Espírita de outubro último, sintetizou muito bem o projeto
da instituição, representando o pensamento espírita junto ao CNS, ao escrever:
“Em Brasília, defenderemos um conceito ampliado de saúde, que leve em
consideração a dimensão bio-psico-social, acrescida da natureza energética e
espiritual do ser humano”.
Para o presidente da CEPA, advogado Milton Medran
Moreira, o ingresso da entidade no CNS, só se fez possível porque pessoas
ligadas ao órgão, antes de convidá-la a concorrer, em agosto último,
“identificaram na CEPA uma afinidade plena com os projetos de modernidade no
campo da saúde e uma clara visão humanista, com conteúdos de transformação
social, o mesmo objetivo antevisto por Kardec no artigo da Revista Espírita em
Além do titular, Néventon Vargas, foram eleitos como 1º e
2º suplentes junto ao CNS, respectivamente: Luiz Antônio de Sá (Delegado da
CEPA em Anápolis/GO) e Salomão J. Benchaya (Secretário-Geral da CEPA - Porto
Alegre/RS).
Neventon
Vargas: “A CEPA, ao decidir por uma participação mais efetiva nas decisões
nacionais, assume uma responsabilidade de grandes proporções que se refletirá
no seu próprio futuro e nos rumos do movimento espírita”.
Hora de Ação
Néventon
Vargas*
“Atingir o ideal é compreender o real”
Jean
Jaurès
A CEPA – Confederação Espírita
Pan-Americana passa por um momento histórico em várias partes do mundo por
razões diversas. Em território brasileiro começa a ficar marcada uma fase de transição
com características indispensáveis para se atingir o período da renovação social imaginado por Kardec em
função de ações mais contundentes dos espíritas em face à inesperada inserção
na agenda do controle social das políticas públicas via CNS - Conselho Nacional
de Saúde.
O Movimento Espírita ainda está perplexo com a novidade,
pois até então não havia precedente na história do Espiritismo no Brasil. As
instituições espíritas sempre tiveram ― e ainda têm ― um modo próprio
de desenvolver suas atividades junto às comunidades, quando não atuam em total
alheamento à realidade social que as cerca.
As ações isoladas têm o mérito do amparo material e
espiritual de caráter emergencial, nas lacunas deixadas pelo poder público. São
paliativos que adiam o agravamento da situação de muitos, mas não resolvem as
causas dos problemas, mantendo inúmeras famílias reféns da caridade alheia,
ignorantes dos caminhos da cidadania e da dignidade humana. São ações que
satisfazem os agentes sem modificar a realidade cotidiana dos assistidos e sem
criar perspectivas inovadoras que lhes garantam a inserção social.
A inauguração deste novo momento da CEPA requer
engajamento irrestrito das principais lideranças para coordenar ações conjuntas
que sejam realmente representativas da sociedade e tratem as questões sociais
inerentes à saúde como assuntos do interesse de todos os usuários do sistema de
saúde pública vigente, de forma que se busque incansável e progressivamente a
maior eficácia e abrangência, contemplando tanto a grande massa de necessitados
quanto as minorias que freqüentemente ficam à margem dos recursos disponíveis.
Em nossas primeiras reuniões no CNS, pudemos constatar a
dimensão da nossa responsabilidade, uma vez que acima dos interesses da CEPA ou
do Movimento Espírita, nos deparamos com o interesse maior da Nação Brasileira
e, em especial, dos usuários do Sistema Único de Saúde, dos quais, em última
análise, somos representantes.
Nossas convicções nos garantem o sucesso desde que coloquemos
a serviço da comunidade as concepções de vida, de justiça e de saúde que
norteiam aspirações profundas dos indivíduos e instituições que melhor
assimilam a Filosofia Espírita.
Urgem, portanto, decisões inadiáveis que nos coloquem
definitivamente nesse roteiro alternativo, sem descuidar dos compromissos
anteriormente assumidos, mas contemplando pontos mínimos de discussão que
deverão formar os elos das diretrizes a serem assumidas como responsabilidade
institucional perante nossos representados.
Assim sendo, nada melhor do que começar por compreender a
realidade vigente, através de eventos localizados em pólos de discussão onde
poderiam ser pautados temas que nos esclareçam sobre a atual situação da saúde
pública, suas demandas e principais urgências, assim como ações práticas que
possam ser desenvolvidas nos limites de atuação de cada um individualmente e em
conjunto com seu grupo social, para que o poder público tome conhecimento e
apresente soluções a curto e médio prazo, partindo das sugestões da própria
comunidade.
A CEPA, ao decidir por uma participação mais efetiva nas
decisões nacionais, assume uma responsabilidade de grandes proporções que se
refletirá no seu próprio futuro e nos rumos do movimento espírita. Portanto, a
hora é agora; o tempo é o presente. Os Espíritas são instigados. Ou temos um
projeto coletivo que fervilhe nos bastidores, calcado na mais sólida união de
propósitos, sustentado pelos inamovíveis princípios espíritas, ou entraremos no
processo cíclico das idéias que entram para a história como brilhantes, mas que
não se concretizaram no seu tempo.
*
Engenheiro Civil; Licenciado em Física; Secretário de
Comunicação Social da CEPA – Confederação Espírita Pan-Americana; Presidente da
ASSEPE – Associação de Estudos e Pesquisas Espíritas de João Pessoa - PB.- -
neventon@gmail.com
.
Mensagem do Presidente do CCEPA
Humanos, somente humanos
“O homem é a única
criatura
que se recusa a ser o que ela é”.
Albert Camus
O ano de 2006 vai chegando ao fim e isto nos convida a
fazer uma pausa, olhar o tempo que passou e realizar o tradicional balanço dos
ganhos e das perdas.
Como já é rotina em nossa instituição, enfrentamos enormes
dificuldades para desenvolver a nossa programação, tanto por razões financeiras
como pelo pequeno número de colaboradores, muitos dos quais precisam dividir o
seu tempo com a administração da Confederação Espírita Pan-Americana que tem
sua sede temporária aqui. Com tudo isto, avançamos mais um ano na trajetória
singular na nossa pequena casa mantendo-nos cada vez mais unidos e ajustados
aos seus princípios e à sua história marcada pela inquietação e pela busca de
novos caminhos.
O fato mais destacado do ano foi, certamente, a
comemoração festiva, em 23 de abril, dos setenta anos da instituição com o
simultâneo lançamento do livro “Da Religião Espírita ao Laicismo – A trajetória
do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre” do nosso companheiro Salomão J.
Benchaya. Tão importante quanto este
fato concreto é a reflexão que a ocasião nos convida a fazer sobre nosso papel
e, sobretudo, sobre a inspiração e os motivos que nos levam a trabalhar e a
sofrer por ideais de natureza filosófica, política ou religiosa buscando,
consciente ou inconscientemente, aperfeiçoar o que nos parece imperfeito,
participando assim da construção de um mundo que possa ser mais amado.
Por que fazemos o que fazemos? Por que, ao invés de somente viver e sobreviver,
aceitando obedientemente o cenário e o texto que nos é oferecido, resolvemos
desobedecer e sonhar e plantar jardins, construir tambores, flautas e harpas,
escrever poemas, construir casas, teatros, universidades, cidades?
Isto faz de nós, realmente, criaturas singulares no
concerto da natureza que conhecemos. Diferentemente dos animais, perfeitamente
ajustados ao mundo físico, os homens parecem ser, constitucionalmente,
inadaptados ao mundo tal como ele lhes é dado.
O psicanalista e escritor Rubem Alves, que nos inspira
nesta reflexão, diz que uma das respostas a este tipo de indagação é que o
homem, antes de ser racional, é um ser de
desejo. Desejo é sintoma de privação, de ausência e pertence aos seres que
se sentem insatisfeitos com o que o espaço e o tempo presente lhes oferece.
Eles sabem que o mundo é uma construção e, portanto, perfectível. Sofremos de
uma “nostalgia do futuro”, uma espécie de saudade de um tempo que há de vir que
começa no momento mágico, naquele ponto de mutação em que, com o despertar da
razão, foi firmado o contrato de parceria com a Inteligência Suprema que
inaugurou a história humana.
Esta é a glória e, ao mesmo tempo, a maldição da condição
humana. Na busca deste mundo mais perfeito que os homens desejam, imaginam e, a
pouco e pouco, constroem, empenhamos as mais nobres das nossas qualificações
morais e intelectuais, mas como contrapartida, temos que enfrentar a maldição
da neurose e o terror da angústia, inexistentes no paraíso da natureza
infra-humana. A harmonia original, pré-individualista, é substituída pelo
conflito e pela luta, recursos pedagógicos utilizados para desenvolver nossa
capacidade de pensar e de amar. A Inteligência Suprema, de certa forma presente
no recôndito das estruturas mais sutis da nossa individualidade, não bloqueia e
sim estimula, permanentemente, a parceria humana, mesmo quando incipiente e
desastrada.
Somos o que somos porque para isto fomos inteligentemente
programados. Viver, viver mais, viver melhor é a legenda que sintetiza todas as motivações humanas.
Fazemos o que fazemos porque somos humanos, somente
humanos.
Maurice
Herbert Jones
Presidente do Centro Cultural Espírita de
Porto Alegre
A Inteligência Suprema, de certa forma presente no
recôndito das estruturas mais sutis da nossa individualidade, não bloqueia e
sim estimula, permanentemente, a parceria humana, mesmo quando incipiente e
desastrada.
Notícia de última hora
O adeus
de Amílcar
Estávamos
fechando esta edição, dia 30/11, quando, via-e-mail, Denise de Assis Ribeiro comunicou
na Lista da CEPA a desencarnação de Amílcar del Chiaro Filho, escritor,
radialista e grande líder espírita da cidade de Guarulhos/AP, onde também era
Delegado da CEPA.
A
próxima edição do boletim América
Espírita (jan/fev) repercutirá essa notícia, com uma síntese da vida e da
obra desse grande espírita.
Milton R. Medran Moreira
Eutanásia
e ortotanásia
Quando, no Grupo de Conversação Espírita do CCEPA, vêm à tona
temas sobre eutanásia, ortotanásia, etc., Maurice Herbert Jones recorda uma
historinha interessante: Ele ainda não era espírita. Integrava uma loja
maçônica. Foi quando um irmão da Ordem foi acometido de uma doença que o levou
à UTI. Alguns dias hospitalizado, e a equipe médica que dele tratava chamou a
família. Comunicou que não havia possibilidade de reversão. Sua vida estava
sendo preservada apenas por aparelhos. Queria a autorização dos familiares para
desligá-los. A família, em respeito aos vínculos mantidos por seu chefe com a
organização maçônica, resolveu consultá-la. Discutido o tema “entre colunas”, a
maioria dos confrades opinou pelo não desligamento. Jones foi dos poucos a se
manifestar em sentido contrário. Entendia que, diante das informações médicas,
seria inútil prolongar aquela agonia. Foi voto vencido. Com isso, os parentes
levaram à equipe médica sua decisão: os aparelhos não deveriam ser desligados.
Assim foi feito.
Surpreendentemente, o enfermo, dias após, começou a
apresentar melhoras. Pouco depois, teve alta. Sobreviveu por algum tempo. Coisa
de mês. Período suficiente para acertar algumas pendências. Entre estas,
reconciliou-se com uma filha com quem houvera rompido relações.
Distanásia
Com certeza, foi vislumbrando
situações assim que os espíritos entrevistados por Kardec aconselharam que
jamais se abreviasse a morte de um paciente. Partiram de um pressuposto que
hoje não adotaríamos com o mesmo rigor: o de que a vida tem um tempo certo para
fluir e que o momento exato da morte é uma decisão de Deus. A ciência médica e
o conhecimento humano avançaram muito nestes últimos 150 anos. Invadimos, pouco
a pouco, esses domínios antes tidos como de exclusiva alçada divina. A medicina
hoje dispõe de condições muito seguras para diagnosticar a inevitabilidade da
morte, com percentual de acerto infinitamente maior do que no episódio relatado
por Jones, ocorrido há quase 50 anos. Mas, concomitantemente, a tecnologia pode
fazer com que o decesso seja adiado por períodos cada vez mais dilatados. A
essa prática usual, quase sempre dolorosa ao paciente e seus afetos, já se deu
um nome: distanásia.
Morrer
com dignidade
Tendo presente essa realidade, o
Conselho Federal de Medicina está recomendando se evite o prolongamento da vida,
por meios artificiais, desde que a família concorde com a chamada ortotanásia.
Sustenta haver distinção entre esta e a eutanásia, porque não estaria o médico,
no caso, provocando a morte por “relevante valor social ou moral”, como a lei
define esta última. Estaria poupando o enfermo e seus familiares de sofrimentos
que a ciência pode evitar, em favor, justamente, da dignidade da vida.
Recorde-se que João Paulo II, um dos
mais importantes líderes cristãos de nosso tempo, viveu situação semelhante em
seus últimos dias de vida. Os amplos recursos médicos a ele disponibilizados
abriam a possibilidade de removê-lo para outro hospital de Roma, onde aparelhos
moderníssimos seriam capazes de prolongar sua agonia. Ele próprio interferiu
para evitar essa providência, pedindo que o deixassem morrer, “ao natural”.
Razão
e sentimento
Como se pode ver, a questão é
delicada. Ainda vale, e sempre há de valer, a recomendação dos espíritos no
sentido de que ninguém tem o direito de tirar a vida de alguém. Nem mesmo por
compaixão e solidariedade (eutanásia). Mas, na medida em que a ciência avança,
desvendando os segredos da vida e da morte, novas questões éticas desafiam
nossa capacidade de adequação às realidades emergentes. E mais dilatado se
torna nosso campo de decisão. Quanto mais conhecemos, mais aptos estamos a
decidir e maior é nossa responsabilidade.
Nós, espíritas, devemos trabalhar
com estas duas variantes, igualmente importantes: Primeira - a vida, na sua
acepção mais ampla, é a vida do espírito; Segunda: a vida corporal é sempre
instrumento de aperfeiçoamento do espírito e, por isso, sua preservação deve
servir a esse objetivo maior. Pessoalmente, estou convencido de que, hoje,
temos melhores condições que ontem para ajuizar sobre essa conveniência.
Será preciso sempre, no entanto, conciliar adequadamente
razão e sentimentos.
Henrique Regis lança
Romance em Santos/SP
Henrique Ventura Regis, coordenador
do site
www.espiritnet.com.br
, página na Internet inteiramente voltada ao espiritualismo (onde você pode ler
Opinião e América Espírita), está
lançando seu primeiro romance, com o título O
Último Véu.
Sobre o lançamento de seu livro, diz
Henrique: “É muito bom realizar um velho sonho! Ainda mais gratificante, porém,
é poder compartilhá-lo com várias pessoas...”, acrescentando: “após 1 ano e 3
meses de pesquisa, dedicação, feriados enclausurados e madrugadas em claro,
tive a oportunidade de concretizar um deles: escrever um livro.E esse é o que
posso chamar de livro da minha vida ! Não por
ser o primeiro, o que já o torna inesquecível, mas por ter misturado, nele, um
pouco de tudo aquilo que tem significado especial para mim :
ciência, doutrina espírita, família, tecnologia e criação do Universo”.
É um romance de 200 páginas que traz
o resumo dos principais conceitos doutrinários, encontrados no “Livro Primeiro”
e no “Livro Segundo” de O Livro dos Espíritos (um trecho de 613 perguntas). A
trama principal, no entanto, concentra-se nas perguntas
Linguajar
novo para conceitos kardecistas
Embora a obra trate de Doutrina
Espírita o tempo inteiro, segundo Regis, “não foram utilizados vocábulos
consagrados, como: espírito, alma, mediunidade, reencarnação, etc...” A
preferência foi por termos alternativos, além de um linguajar atual, pois – diz
– “a idéia é não restringir o alcance da mensagem, levando os conceitos
kardecistas ao máximo de pessoas possível, sem que – necessariamente - estejam
lendo um enredo espírita”.
No texto de O Último Véu há várias referências à série Cosmos (apresentada
pelo cientista e astrônomo norte-americano Carl Sagan nos anos 80) e a assuntos
do livro A Caminho da Luz, de
Emmanuel. Além disso, para ajudar na divulgação, o autor incluiu uma “gincana
virtual” da qual os leitores poderão participar através da Internet,
desvendando pistas que começam no próprio livro, de forma sutil e cifrada (esse tipo de promoção também é conhecido
pelo nome de “ARG”, do inglês “Alternate Reality Game”).
O
enredo
A estória se passa no ano de 2015 e
o personagem principal chama-se Rafael. Ele é um renomado cientista, doutor em
Astrofísica e Cosmologia, que procura desvendar as grandes questões que
envolvem a formação do Universo, além de atuar em várias pesquisas pelo mundo
afora. No dia em que deu um importante passo para a comprovação de sua Teoria,
passou a sonhar com uma bela e misteriosa mulher. Ela, que traz 7 véus cobrindo
parte do rosto, começa a falar sobre conceitos espiritualistas. O que esses
dois personagens, a princípio antagônicos, têm em comum ?
Quem é essa mulher e o que a levou a encontrá-lo nos sonhos ?
Henrique Regis convida : “Entrem
nessa trama fascinante e descubram os segredos que estão por trás do último
véu...”
Informações
adicionais
O coquetel de lançamento, com vendas e autógrafos,
ocorrerá no Centro Espírita Allan Kardec, de Santos, no dia 15 de dezembro.
A publicação é independente, sem vínculo com Editoras, e
será comercializada apenas pela Internet. Preço de lançamento: R$
Para comprar
à vendas@espiritnet.com.br
Site do Livro
à
www.espiritnet.com.br/oultimoveu.htm
Gincana Virtual (ARG)
à
www.espiritnet.com.br/arg.htm
Uma Breve Análise Sobre Bioética
Amely B. Martins*
Muito se fala atualmente na palavra bioética, caracterizando
até mesmo um quadro de típico modismo, mas que pode levar a discussões
sensivelmente importantes para a sociedade, quando não apenas pronunciada, mas
avaliada e discutida em toda a sua profundidade de sentido.
O conceito de bioética tem sido trabalhado desde 1927 e,
até os dias atuais, existem várias definições diferentes, porém todas voltadas
para a importância da interdisciplinaridade que esta deve conter. Uma definição
que contempla este aspecto tão importante da bioética foi proposta pelo
professor Van Resselaer Potter, que afirma: “Eu proponho o termo Bioética como forma de enfatizar os dois componentes
mais importantes para se atingir uma nova sabedoria, que é tão desesperadamente
necessária: conhecimento biológico e valores humanos”. Segundo Potter a
bioética seria uma nova ciência ética que combinaria responsabilidade e uma
competência interdisciplinar, mantendo uma ampla abrangência, pluralismo,
abertura e incorporação crítica de novos conhecimentos.
Esta interdisciplinaridade
convida a sociedade, em toda sua diversidade de opiniões, crenças e atitudes,
para as diversas discussões que permeiam e compõem a bioética, para refletir
sobre a construção de suas diretrizes e preceitos. A doutrina espírita por sua
vez deve também se fazer presente nestas discussões, sem esquecer de seus
aspectos pluralista e progressista que podem servir como importante fator de
intercâmbio entre a ciência acadêmica e o próprio aspecto científico do
espiritismo, muitas vezes esquecido.
A bioética se propõe a estudar
e discutir vários aspectos da condução das pesquisas e principalmente no
tocante à aplicabilidade destas junto à sociedade, como por exemplo, as
discussões mais atuais em torno da pesquisa e utilização de células-tronco
embrionárias com fins terapêuticos ou clonagem terapêutica. Em todas estas
discussões pode ter o espiritismo uma importante colaboração, com sua visão
mais abrangente sobre a vida material e espiritual.
Além da colaboração que o
espiritismo pode e deve oferecer a estudos sobre bioética, é importante também
que este, utilizando-se de seu sentido progressista, também amplie seus
horizontes, também cresça em suas discussões e princípios, bebendo da ciência
novos conhecimentos que devem ser criticamente aliados às suas raízes já
bastante consolidadas.
Por tratar-se também de
acepções e conceitos que estão relacionados com a aplicabilidade da ciência na
sociedade, e com as relações e modo de vida dos homens, a bioética, assim como
todas as correntes filosóficas da ética, tem sua evolução diretamente ligada à
educação do ser humano; e neste aspecto educativo tem também o espiritismo uma
importante parcela de responsabilidade.
A educação integral do ser
humano tem como uma de suas conseqüências a vivência natural da ética em todos
os seus sentidos e, no tocante à bioética, homens e cientistas integralmente
educados certamente serão naturalmente éticos em suas pesquisas, garantindo a
utilização ética de todas as novas tecnologias, visando sempre à melhoria de
vida da humanidade.
Homens e cientistas
integralmente educados serão a garantia da utilização ética de todas as novas
tecnologias, visando sempre à melhoria de vida da humanidade.
*Amely B. Martins, de João Pessoa/PB, é Bióloga e membro da ASSEPE – Associação de
Estudos e Pesquisas Espíritas de João Pessoa. E-mail:
assepe@assepe.org
.
Seminário sobre reuniões mediúnicas
Caros
amigos,
Dia 12/11 realizamos, no
Centro Espírita Cristófilos um Seminário sobre reuniões mediúnicas, com
a presença de 15 Casas Espíritas. Foi um dia muitíssimo agradável e cheio de
reflexões.
O material apresentado no
evento foi disponibilizado aos participantes na Internet no endereço:
http://www.cristofilos.org.br/seminarios/20061112
O material é público e
talvez seja do interesse de outros. Podem divulgar à vontade!
Abraços,
Pedro
Vieira – Rio de Janeiro
Lista Ipepe-Sociopolítica
O
Instituto de Intercâmbio do Pensamento Espírita de Pernambuco (IPEPE),
sociedade civil sem fins lucrativos, que tem como a sua razão de ser interligar
o pensamento espírita às diversas áreas do conhecimento humano, colaborando
para a cidadania e a paz, informa que será iniciado o estudo e
debates na ótica espírita do livro "A Caminho da Luz",
de autoria do espírito Emmanuel e psicografado pelo médium Chico Xavier,
na lista Ipepe-Sociopolítica.
Para participar do estudo acima, favor enviar
solicitação para o e-mail
ipepe@ipepe.com.br
A participação é
gratuita e todos estão convidados.
Paz,
Assessoria
de Internet do IPEPE