OPINIÃO Ano XIII – Nº 135 Outubro 2006

CEPA 60 anos fazendo a diferença

Editorial: Direito a felicidade

Nossa Opinião: Ser ou não ser

Notícias: Benchaya na feira do livro contando a história do CCEPA   -   Diversidade e Discriminação é a palestra de novembro

Opinião em Tópicos:   De novo, o aborto    -   O direito de nascer  -  Relativizar e humanizar  -   A posição espírita (Milton Medran Moreira)

 

Enfoque :  A juventude tem identidade e não vai a reboque!

 

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CEPA – 60 ANOS FAZENDO A DIFERENÇA

 

A Confederação Espírita Pan-Americana completa, neste mês de outubro, 60 anos de existência. Em São Paulo, eventos programados pela CEPAmigos marcaram a presença diferenciada desse movimento de idéias progressista e livre-pensador, nascido na Argentina em 1946, e que, há 10 anos, ganha espaço no Brasil.

 

Há 60 anos

            Fundada no 1º Congresso Espírita Pan-Americano (instalado em 5 de outubro de 1946, em Buenos Aires, Argentina), a Confederação Espírita Pan-Americana tem uma trajetória sui generis. O objetivo primeiro de sua criação, em tempos em que o espiritismo se organizava institucionalmente nas Américas, era o de congregar uniões e federações de todo o continente num movimento único. Já nos primeiros anos de sua existência, entretanto, defrontou-se com um movimento marcado por diferenças conceituais e organizacionais que dificultariam o projeto de unificação. Respeitando as diferenças, mas entendendo ser possível sintetizá-las nos princípios básicos da proposta kardecista, passaria, no entanto, a receber forte oposição do movimento espírita de feição religiosa e evangélica, especialmente no Brasil. As posições firmes da CEPA levariam-na à sua segmentação como um núcleo diferenciado do movimento espírita pan-americano. Este se identifica, hoje, pelos adjetivos de “laico”. “kardecista”, “progressista” e “livre-pensador” e tem como um de seus projetos a permanente atualização do espiritismo.

            Há 10 anos

            Em outubro de 1996, acontecia o XVII Congresso Espírita Pan-Americano, em Buenos Aires, AR, comemorando-se os 50 anos da CEPA. O evento marcaria o início de um novo tempo na relação e na integração de setores do movimento espírita brasileiro com a entidade. Uma delegação de aproximadamente 70 brasileiros, especialmente de São Paulo e Rio Grande do Sul, participou do Congresso. Várias instituições, naquele momento, aderiam formalmente à CEPA, atendendo a convite do então presidente Jon Aizpúrua. Um representante do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, Milton Medran Moreira foi eleito 2º vice-presidente da Confederação. Quatro anos depois, em Porto Alegre (XVIII Congresso), Medran seria guindado à presidência da instituição, iniciando-se período de presença mais forte do pensamento da CEPA no Brasil.

            CEPAmigos: a cara da CEPA no Brasil

            Por ocasião do 8º Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita (Santos, SP, outubro/2003), foi fundada a Associação Brasileira de Delegados e Amigos da CEPA – a CEPAmigos. A entidade reúne pessoas físicas, delegados da CEPA, dirigentes e colaboradores de instituições filiadas ou adesas à entidade no Brasil. Em vez de um “órgão unificador”, a CEPA optou por congregar pessoas físicas, gente que pensa e age a partir dessa visão de espiritismo e se disponha a trocar experiências no campo da divulgação e do avanço do pensamento espírita genuinamente kardecista.

            Por dois anos, a CEPAmigos foi presidida por Sandra Regis (Santos/SP). Desde outubro de 2005, sua presidente é Jacira Jacinto da Silva (Bragança Paulista/SP). No corrente mês de outubro, intensa programação foi realizada em São Paulo, Guarulhos, Bragança Paulista, Santos e Vicente de Carvalho (distrito de Guarujá), com as diversas instituições espíritas que, nessas regiões, integram o quadro da CEPA no Brasil. De todas as atividades participou o presidente da CEPA, Milton Medran Moreira, que pronunciou várias conferências, integrou painéis, concedeu entrevistas em rádio e TV, fez mesas-redondas e debates em centros espíritas e entregou o certificado de adesão à CEPA do Centro Espírita Beneficente Amor Fraterno Universal, de Santos. A CEPA viveu, assim, no mês de seu aniversário e dos 202 anos de nascimento de Kardec, uma programação de muito trabalho e calorosa confraternização. O boletim América Espírita, encartado nesta edição, dá detalhes dessa programação.

 

Serviço:

Conheça melhor a CEPA:

- Acesse seu site www.cepanet.org

- Leia os livros “A CEPA e a Atualização do Espiritismo” e “O Pensamento Atual da CEPA” (pedidos para a Secretaria deste jornal).

- Acesse a Rádio Boa Nova – www.radioboanova.com.br e, na grade de programação dos domingos, procure os programas “América Espírita” (18h30min) e “Diálogos Espíritas” (9h) onde o presidente da CEPA deu entrevista, na edição de 8.10.06, que permanece disponibilizada no site.

                                                                                              

Nossa Opinião

                                                        SER OU NÃO SER.

A CEPA chega aos seus 60 anos como um movimento espírita diferenciado. No entanto, é de se indagar: diferente de quê?

Diferente de Kardec e do que propôs ele, com toda a certeza não é.

 Trabalha e divulga o espiritismo como uma ciência de conseqüências filosófico-morais.

 Exime-se de mostrá-lo como uma religião, porque isso confundiria quem quisesse conhecer sua verdadeira natureza. Exatamente consoante a recomendação de Kardec.

 É deísta, espiritualista, reencarnacionista, progressista, evolucionista. Estimula o livre-pensamento, a atualização permanente do conhecimento (inclusive o espírita) e divulga que a prática do amor, da caridade e da justiça são o caminho da evolução humana. Não a fé, nem os dogmas, nem o apego incondicional a qualquer crença ou segmento religioso, por mais respeitáveis que sejam..

Diferente? Diferente de quem e de quê? Quem responder estará, quem sabe, dirimindo o dilema hamletiano: “Ser ou não ser, eis a questão”. (A Redação)

 

Editorial

DIREITO À FELICIDADE

Não temos o direito de consumir a felicidade sem produzi-la.

(Bernard Shaw)

 

            Na visão filosófica espírita, o homem é um ser para a felicidade. A infelicidade é circunstancial, temporária e excepcional. Se atentarmos para a definição de “lei divina ou natural”, proposta pelos interlocutores de Kardec, na questão 614 de O Livro dos Espíritos, assimilaremos o sentido revolucionário desse princípio. Ali está escrito que o homem “somente” é infeliz quando se afasta da lei natural. E como a lei natural está gravada na própria consciência, violá-la será sempre, e em qualquer circunstância, um ato de ignorância ou de errôneo exercício de vontade.

            Assim, a evolução, que vai do binômio simplicidade/ignorância (somos criados simples e ignorantes) ao do conhecimento/moralidade (perfeição, em harmonia plena com a lei natural), necessariamente conduz à felicidade.

            Essa visão contraria frontalmente a teologia cristã. Por esta última, o homem só está neste mundo porque carrega, como marca de nascença, a culpa original do pecado que não cometeu. É uma maldição que, bem a gosto dos deuses primitivos e da mitologia da antigüidade, não tem qualquer compromisso com a justiça e com a bondade. É um artificioso sistema, que reserva a uma única crença com seus respectivos dogmas e sacerdotes, o poder mágico de limpar a alma que já nasce contaminada. Mesmo tendo conquistado a “graça”, o espírito, nessa visão mitológica, ainda não tem assegurada sua sorte futura. Terá que agir de acordo com dogmas e procedimentos que não precisa entender e que nem sempre se harmonizam com sua consciência. Dependendo do momento em que a morte o surpreender, estará selada sua destinação para toda a eternidade: um estado absoluto de bem-aventurança ou a danação para todo o sempre.

            Na visão capaz de identificar no espírito essa semente divina em processo contínuo de crescimento, a felicidade é construção pessoal e intransferível. Somos os responsáveis por ela e, ao mesmo tempo, habilitamo-nos a indicar seu caminho a todos quantos queiram trilhá-lo, contribuindo para fazer melhor o mundo em que vivemos. Melhor e, por isso, mais feliz.

            Quem, podendo compreender esse racional processo de construção individual e coletiva, preferir manter-se à margem do mesmo, não tem, enquanto isso, direito à felicidade. Referimo-nos, aqui, àquela felicidade que brota da nobre sensação do dever cumprido, seja qual for a posição daquele espírito no mundo. É bom não confundi-la com prazer. Prazer nem sempre é sinônimo de felicidade. Aquele pode ser usurpado, engendrado, tomado pela violência ou até comprado. E o mais das vezes o é. Esta é construção individual, alicerçada no conhecimento e cultivada pelo reto agir.

            Velho ditado assegura que é impossível ser feliz sozinho. Daí a indispensável conexão entre felicidade e serviço. Que o digam aquelas almas nobres capazes de doar-se inteiramente, sem jamais exigir coisa qualquer em troca. Só estas, mesmo nas condições aparentemente as mais difíceis, sob o ponto de vista pessoal, habilitam-se inteiramente à felicidade.

            Felicidade é direito, mas sua conquista é obra de cada um.

 

Na visão capaz de identificar no espírito essa semente divina em processo contínuo de crescimento, a felicidade é construção pessoal e intransferível

 

 

Opinião em Tópicos

Milton R.Medran Moreira

 

            De novo, o aborto

Fique claro, em primeiro lugar, que sou contra o aborto. Mas, confesso que não sei, e acho que não temos condição de saber, quando começa a vida do ser humano. Juridicamente, é a partir do nascimento com vida. Biologicamente, há diferentes teorias. Muitos defendem existir vida humana a partir da fecundação do óvulo por um espermatozóide. Outros sustentam que isso se dá somente seis ou oito dias depois, quando o blastócito se implanta no útero e se transforma em embrião. Para alguns estudiosos, só se pode falar em vida humana passadas seis ou oito semanas da fecundação, quando o embrião começa a assumir alguma conformação humana. Nesse momento já existem alguns indícios de atividade cerebral. Até aqui, falamos em embrião. Só podemos começar a falar em feto entre a 10ª e a 14ª semana de gestação, quando aquele conjunto de células passa a ter feições mais definidamente humanas. Aí começaria a vida do ser humano, segundo muitos biólogos. Outros dirão que será entre a 25ª e a 26ª semana, quando se inicia a atividade organizada do córtex cerebral. Finalmente, alguns sustentam que vida humana só existe a partir do nascimento com vida.

            O direito de nascer

            Fugindo dessas questões, que são um tanto quanto arbitrárias, o legislador preferiu conceder direitos ao nascituro desde a concepção. E dentre esses direitos o de nascer, cominando à interrupção da gestação sanções penais.  Isso não resolve o problema, sob o aspecto científico e filosófico. É uma decisão política que atende, especialmente, reclamos de ordem religiosa. A questão que está por de trás disso é a crença, sustentada em um dogma cristão, de que a alma é soprada por Deus ao Ser, no momento da concepção.

            A teoria espírita não é essa. Para nós, o espírito preexiste ao corpo. É uma individualidade, portadora de direitos e obrigações preexistentes à encarnação. Aceita-se, teoricamente, a tese de que a união da alma ao corpo “começa” na concepção, através de um “laço fluídico”, inicialmente tênue e que “vai se apertando”, cada vez mais, até o nascimento. Foi dessa forma que os espíritos responderam a Kardec quando este buscou resposta à velha indagação de quando começa a vida.

            Relativizar e humanizar

            Ora, se o espírito preexiste à concepção e se sua ligação ao material biológico tem um caráter meramente energético (laço fluídico/psicológico/não-material) não dá para sairmos cantando em coro com as igrejas que a vida humana começa na concepção.O espírito que busca a reencarnação existe antes mesmo da concepção. A posição espírita não é a mesma dos cristãos para quem Deus cria simultaneamente uma alma e um corpo. Por isso, permite relativizar adequadamente as conseqüências da interrupção voluntária da gestação, levando em conta suas motivações. Os próprios espíritos relativizaram-na, quando entenderam lícito o aborto em caso de perigo de vida para a gestante (o que a Igreja não aceita até hoje). As legislações modernas, fundadas em princípios humanistas, cautelosamente, vão estendendo a exclusão da condição de crime a algumas hipóteses, profundamente dolorosas, de aborto. É o caso do abortamento provocado pela gestante, quando a gravidez resulta de estupro. Decisões judiciais, igualmente embasadas em sentimentos de humanismo, têm permitido o aborto, em caso de anencefalia, provada que estiver a inviabilidade de o feto sobreviver.

            A posição espírita

            Posicionar-se filosoficamente contra o aborto é obrigação do espírita. Mas, isso não nos autoriza a adesão incondicional ao dogma de que a vida humana começa na concepção e que, por ser esta de ordem divina, nunca pode ser interrompida. O debate sobre a descriminalização do aborto não pode ser reduzido aos termos em que as religiões, inclusive a religião espírita, o estão tratando. Descriminalizar é deixar de tratar esse tema como crime, como conduta que dá cadeia. Nosso terreno de atuação não é este. O campo do espiritismo é o da educação e da conscientização a partir da realidade do espírito. Não o da criminalização de condutas. Deixemos que a ciência penal trate disso, com mais competência e, certamente, com muito mais humanismo do que as religiões. Humanizar, no caso de alguns tipos de aborto, é levar em conta que, no processo de gestação, há também outros direitos em jogo que não apenas o direito à vida do presumível nascituro.

            Recorde-se que toda vez em que as religiões se arvoraram em legisladores penais espalharam o terror no mundo.

 

Notícias

BENCHAYA NA FEIRA DO LIVRO CONTANDO A HISTÓRIA DO CCEPA

            Salomão J.Benchaya, Diretor do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, terá sessão de autógrafos na 52ª Feira do Livro de Porto Alegre.

            O livro “Da Religião Espírita ao Laicismo – a trajetória do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre” terá lançamento pela editora Imprensa Livre, com sessão de autógrafos do autor, domingo, dia 29, à 17h30min.

            (INSERIR ANÚNCIO)

 

DIVERSIDADE E DISCRIMINAÇÃO É A PALESTRA DE NOVEMBRO

            A psicóloga Maria da Graça Serpa é a palestrante da primeira segunda-feira do mês de Novembro (Dia 6, 20h30) no Centro Cultural Espírita de Porto Alegre.

            O CCEPA agora também oferece uma palestra pública, na primeira sexta-feira de cada mês. No próximo dia 3, o tema a ser abordado é “Você vive depois da morte”, com Salomão Jacob Benchaya.

 

Enfoque

A juventude tem identidade e não vai a reboque!

Mirgon Kayser Junior*

O que os pais criam? Maquetes? Fantoches? Cópias de si mesmos? Na ânsia de cumprir bem o seu papel, acabam por tentar estabelecer todo o formato e rumo da vida dos filhos. Geralmente o script definido por estes roteiristas amadores é a reprodução da vida que eles próprios quiseram ter um dia.

James Hillman, autor de “O Código do Ser”, afirma que quando a criança resolve por assumir os rumos da própria vida, “você fica ressentido com ela, passa até a odiá-la, apesar dos bons princípios e da ética”. Se observarmos atentamente, Hillman traduz uma realidade que costuma passar despercebida. Quantos pais conhecemos, que rompem relações com os filhos, pois estes resolveram seguir a profissão de seu agrado, e não a de agrado dos pais? Quantas vezes vemos pais que rompem com seus filhos, porque estes se apaixonaram por pessoas que não são as opções pretendidas por eles?

É preciso que estes pais compreendam que seus filhos são espíritos. E que estes espíritos não são suas criações cromossômicas. O corpo é, mas o espírito não. E é o espírito que traz a personalidade. Que traz a vivência de tantas encarnações.

É necessário afirmar que juventude e adolescência são coisas diferentes, embora os diplomas legais não tenham a capacidade de diferenciá-las. Esta visão equivocada nos leva a um formalismo temporal, como se pudéssemos definir a juventude como sendo estanque e inflexível. Como se dormíssemos jovens e acordássemos adultos (!!!).

É justamente na juventude que estes espíritos encontram a transitoriedade e os conflitos de cada encarnação. E é também nesse período que fica mais evidente a falta de compreensão com relação à juventude, ou às juventudes, como seria mais correto referir.

Juventudes, no plural, mesmo! Não existe uma juventude, nem duas, mas muitas juventudes. A juventude é uniforme? Pensa igual? Age da mesma forma? Claro que não! Temos skinheads neonazistas e anarquistas libertários. Temos jovens socialistas e neoliberais. Temos jovens rapper’s, punk’s, tradicionalistas, skatistas, surfistas, etc... Jovens estes que organizam-se em tribos e que identificam-se pelo estilo, pela música, pela escola, pelo trabalho, etc...

Precisamos entender que a juventude é um setor social que, como todos os outros, influencia e sofre influência do meio. Precisamos entender que a juventude é agente ativo na construção da sociedade, e não um agente passivo sendo construído por ela.

A família – pais em especial - deve dar-se conta de que seus filhos têm de ser respeitados na sua individualidade. Devem dar-se conta de que é preciso romper com esse modelo de educação conservadora, que prega a supremacia de certas instituições e valores absolutamente discutíveis em nossa sociedade.

A opressão social sobre o jovem – iniciada pela família – se completa no tal “mercado” de trabalho, que rebaixa o jovem à condição de mero tarefeiro, como se não pudesse dar qualquer tipo contribuição intelectual. Completa-se, também, pelas telinhas dos meios de comunicação, que constrangem o jovem a estar sempre na moda; a competir “estilo” com outros jovens e, assim, sempre consumindo mais e mais. O utilitarismo empregado sobre a juventude pelo mercado de consumo é tal que o retiraram dos parques e praças e os “socaram” em shopping-centers, apresentando-os como supostos “locais da moda”.

É preciso que a família entenda, de forma definitiva, que seus fracassos e insucessos pessoais, não devem ser transferidos aos seus filhos. É preciso que o oprimido de ontem e o  opressor de hoje quebrem o ciclo de violência e atentados aos direitos individuais e à personalidade de seus filhos.

Os pais devem, na educação dos filhos, ter sempre em mente aquele conceito básico do espiritismo: “O corpo provém do corpo, mas o espírito não provém do espírito”.

Filhos serão sempre diferentes dos pais, sob pena de tornarem-se pessoas frustradas no futuro.

Quanto aos pais, tenham sempre em mente: A juventude tem identidade e não vai a reboque!

 

A juventude é agente ativo na construção da sociedade, e não um agente passivo sendo construído por ela.

*Mirgon Kayser Junior é de Porto Alegre, é espírita; Secretário de Comunicação da Juventude do PT/POA e correspondente, em Porto Alegre, da ASSEPE – Associação de Estudos e Pesquisas Espíritas de João Pessoa, entidade que nos enviou este artigo para publlicação.