OPINIÃO Ano XII – Nº 128 Março 2006

CEPA  MARCA PRESENÇA NO NORDESTE BRASILEIRO

Editorial: Nos 85 anos da FERGS  

Notícias: Reencontro nos 85 anos da FERGS  -   Em março também tem CIESP  -  Felicidade – Tema para recomeçar  

Opinião em Tópicos:   Vida e o pôquer  -   Das idéias inats ao improvável  -  Filosofia  -   Um sentido à vida   (Milton Medran Morreira)   

Enfoque : O Espiritismo e a legislação do aborto

Opinião do Leitor:   Assinatura e colaboração

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CEPA MARCA PRESENÇA NO NORDESTE BRASILEIRO

 

A convite de lideranças espíritas do Ceará, Paraíba e Pernambuco, uma comitiva de dirigentes da Confederação Espírita Pan-Americana –CEPA – desenvolve neste mês de março uma série de atividades nas capitais daqueles Estados da região Nordeste do Brasil.

 

          Temas da atualidade como bioética, justiça e direitos humanos, além de abordagens sobre mediunidade e sua prática na casa espírita, merecerão ampla análise e discussão, conduzidas pelo Presidente da CEPA, advogado e jornalista Milton Medran Moreira; pelo médico Ademar Arthur Chioro dos Reis, Vice-Presidente da Confederação Espírita Pan-Americana, pelo engenheiro e professor universitário Mauro de Mesquita Spínola, Secretário adjunto da CEPA e pela juíza de Direito Jacira Jacinto da Silva, Assessora para Assuntos Jurídicos daquele organismo espírita pan-americano

         Esses pensadores espíritas brasileiros que integram os quadros diretivos da CEPA, presentemente sediada em Porto Alegre, desejam levar algumas idéias e experiências discutidas especialmente nos últimos Congressos e Conferências Regionais realizados em diferentes países da América à apreciação e ao debate do movimento espírita dos Estados nordestinos do Brasil, geograficamente distantes dos locais onde o pensamento da CEPA tem sido ventilado em encontros oficiais e eventos promovidos por seus delegados e instituições a ela vinculadas.

         Integram ainda a comitiva da CEPA nesse esforço pela difusão do pensamento espírita e sua permanente atualidade: a Delegada da CEPA em Cuiabá?MT, Nícia Cunha, o Delegado da CEPA, em João Pessoa, Néventon Vargas e o pensador espírita paulista Wilson Garcia, também Delegado da CEPA, ora residindo em Recife PE.

                                                                

O presidente da CEPA, Milton Medran Moreira, juntamente com outros dirigentes, quer levar ao Nordeste brasileiro alguns temas que se debatem em Congressos e Conferências Ragionais pan-americanos.

 

FORTALEZA

 

"Bioética e Espiritismo"

- Data: 14 de março – terça-feira.

- Horário:        19h30min às 21h30min

- Local:            Grupo Espírita Meimei - Av. José Leon, 2035 - Cidade dos Funcionários

                          Fortaleza - CE - Telefone: 3279-2401

- Promoção: Grupo Espírita Meimei e ASSEPE.

- Painel 

- Das 19h30min às 19h40min: Introdução

- Das 19h40min às 20h10min: Ademar Arthur Chioro dos Reis - abordagem sobre células-tronco, eutanásia e aborto, enfocada à  luz da medicina e conexões nas políticas públicas de saúde.

- Das 20h10min às 20h40min: Milton Rubens Medran Moreira - abordagem do mesmo assunto à luz do direito natural, fazendo conexões com O Livro dos Espíritos.

- Das 20h40min às 21h25min: Debate

- Das 21h25min às 21h30min: Encerramento

 

 RECIFE

 

“Espiritismo, Política e Sociedade”

- Data:           18/03/2006 – Sábado

- Horário:    16h00 às 18h30

- Local:         Grupo Espírita Djalma Farias - Rua Marechal Deodoro, 450 - B. Encruzilhada - Recife - Pernambuco - Fone (081) 3242-7050

- Promoção:       ADE-PE com apoio da ABRADE

1a PARTE

Das 16h00 às 16h40 - Ademar Arthur Chioro dos Reis

Tema: Espiritismo e política nacional da saúde

Das 16h40 às 17h00 – Debate

- Intervalo: das 17h00 às 17h30

-2a PARTE

Das 17h30 às 18h10 - Milton Rubens Medran Moreira

Tema: A política da Cepa e o Movimento Espírita brasileiro e internacional

Das 18h10 às 18h30 – Debate

 

- 19h30 - Jantar oferecido pela diretoria da ADE-PE à comitiva da Cepa

 

JOÃO PESSOA

 

“Mediunidade e Justiça em Movimento”

- Data: 19/03/2006 – Domingo

- Horário:        08h30min às 12h30min

- Local:            Centro Espírita Vianna de Carvalho

         Rua Prof. Joaquim Santiago, 70 – Expedicionários.

         João Pessoa-PB

Promoção: ASSEPE e ADE-PB com apoio da ABRADE

1a PARTE

Painel: Mediunidade – Prática na Atualidade

1) Das 08h30min às 08h50min – Ademar  Arthur Chioro dos Reis  - Uma abordagem dos mecanismos da mediunidade e sua inserção na atualização da linguagem espírita.

2) Das 08h50min às 09h10min – Mauro de Mesquita Spínola – Uma abordagem da estruturação do Centro Espírita para enfrentar os desafios da atualidade.

3) Das 09h10min às 10h – Debate

 - Intervalo: das 10h00 às 10h20

 

 2a PARTE

Painel: Espiritismo e Justiça

1) Das 10h20min às 10h40min – Milton Rubens Medran Moreira  - Uma abordagem da evolução da justiça humana conforme a evolução da sociedade.

2) Das 10h40min às 11h00min – Jacira Jacinto da Silva – Uma abordagem da inserção social e ressocialização.

3) Das 11h00min às 11h50min – Debate

- 11h50min às 12h30min – CEPA e Movimento Espírita

Exposição dialogada e encerramento, com Milton Medran.

 

Editorial

 

NOS 85 ANOS DA FERGS

            O noticiário da pg.3 desta edição de Opinião registra os atos comemorativos dos 85 anos de fundação da Federação Espírita do Rio Grande do Sul, dando destaque à presença, naquela solenidade, como convidado, de nosso companheiro Salomão Jacob Benchaya, ex-Presidente da FERGS, e atualmente Diretor do CCEPA, Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, e Secretário-Geral da CEPA, Confederação Espírita Pan-Americana.

            Em princípio, não deveria merecer qualquer destaque a presença de ex-presidentes de uma entidade espírita numa festa comemorativa de aniversário da instituição que presidiram. Na vida social e política de qualquer organismo, isso é um ato de mera rotina e que se sobrepõe a divergências de qualquer ordem. Incrivelmente, no meio espírita, em razão de algumas políticas equivocadas, o fato ainda pode ganhar conotação de ineditismo.

            Será que isso está começando a mudar? Salomão retornou da festa dos 85 anos da FERGS convencido que sim. Sentiu nas palavras da nova dirigente da entidade, Professora Gladis Pedersen de Oliveira, em seus gestos e, especialmente, em suas atitudes concretas, sinais de mudança de rumos.

            A Federação Espírita do Rio Grande do Sul registra uma caminhada histórica das mais fecundas. Foi valente em tempos onde o arbítrio político voltara-se contra o movimento espírita e chegara a fechar, “manu militari”, as portas da veneranda Federação Espírita Brasileira. Foi hábil nas gestões políticas do chamado processo de unificação do movimento espírita brasileiro, contribuindo decisivamente para a constituição do denominado “Pacto Áureo”. Foi moderna ao adotar, pioneiramente, modelos democráticos de gestão e participação, em sua estrutura organizacional. Foi revolucionária e vanguardeira quando elaborou a Campanha do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, logo adotada e lançada nacionalmente pelo Conselho Federativo Nacional. Antes disso, já havia demonstrado pioneirismo, lançando a chmada “evangelização das novas gerações”.

            Dessa forma, a contribuição da FERGS à evolução do pensamento espírita e à organização do movimento no Brasil foi decisiva e marcante, ao curso desses 85 anos de existência.  Por ali passaram, líderes e dirigentes de inegável qualidade. Cada um, a seu tempo e a seu modo, contribuiu  com o movimento, através de políticas nem sempre idênticas e a partir de visões doutrinárias nem sempre rigorosamente iguais. Todos eles, porém, em qualquer fase ou gestão, foram genuinamente espíritas. Essa condição bastaria para que se mantivesse um vínculo inquebrável entre esses dirigentes e aquela instituição.

            Em algum momento, esse vínculo sofreu comprometimentos que não se coadunam nem com a história da instituição, muito menos com os ideais de fraternidade, solidariedade e tolerância que caracterizam a proposta filosófica espírita. Não se está falando aqui em vínculos formais. Para nós, do CCEPA, parece saudável que cada sociedade espírita se vincule aos organismos que melhor se coadunem com suas políticas e com suas visões de espiritismo. Kardec também assim concebeu o movimento.

            O que não pode, jamais, ser rompido é o laço afetivo, humano e solidário, recomendado por Allan Kardec, nascido da “comunhão de pensamentos” a que ele se referiu no seu famoso Discurso de Abertura, de 1º de novembro de 1868, na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.

            Nossos votos são de que os ventos estejam soprando exatamente nesse sentido. Aqui e por todo o movimento espírita.

           

Opinião em Tópicos

Milton R. Medran Moreira

A vida e o pôquer

            Em bem-humorada crônica (Zero Hora 19.02.06), Luiz Fernando Veríssimo compara a vida a um jogo de pôquer. Ao iniciar a partida, cada participante recebe cinco cartas que, de uma certa forma, encaminham a sorte do jogador. A primeira carta que nos é distribuída relaciona-se ao lugar onde nascemos. Nascer no Brasil, e não na Dinamarca ou na China, por exemplo, já define enormes diferenças no futuro de cada um. Ou será que não?

            A segunda está vinculada a outra importante realidade: a gente nasce de uma determinada cor. Mesmo num país que se declara democrático e multirracial como o nosso, nascer branco ou preto vai implicar, necessariamente, em significativas diferenças de sorte.

           

            Das idéias inatas ao imponderável

            Aí vem a terceira carta: nossa situação econômica ao aportarmos por aqui. Sem dúvida que nascer rico num mundo onde o ter vale muito mais que o ser irá abrir perspectivas e chances que passarão longe do berço do pobre.

            A quarta carta é a inteligência. Ou alguém ainda contesta que uns nascem mais inteligentes que outros? A tese filosófica da tabula rasa, segundo a qual, ao nascermos, todos somos iguais, ou seja, com capacidade intelectiva zero e que vamos nos diferenciando pela experiência e pelo aprendizado é falsa. Basta observar as capacidades inatas de algumas crianças-prodígio, às vezes muito próximas de nós. Platão trabalhou muito esse tema e Kardec o referendou.

            Sobrou uma carta para o imponderável. Aquele fator misterioso que permite, por exemplo, a um brasileiro negro, nascido na favela, tornar-se um músico de sucesso internacional, um político, governante ou empresário.

 

            Filosofia

            Veríssimo não quis fazer filosofia em sua crônica. Quem está querendo fazer sou eu. Ele apenas relatou a idéia que lhe veio à mente em torno de uma mesa de pôquer. Mas, sem dúvida que o tema se presta a uma boa reflexão espírita. Cá para nós, e interpretando à nossa maneira a bem-humorada tese do cronista gaúcho: só há uma teoria vai fundo nessas questões e coloca critérios de justiça na distribuição dessas cartas a cada indivíduo que chega a essa mesa de pôquer que é a vida. É a tese de que já vivemos antes e, de uma certa forma, participamos do processo através do qual aquelas – e não outras - cartas vieram dar às nossas mãos.

 

            Um sentido à vida

            Não fosse assim, a vida seria apenas um jogo de azar. Nós, espíritas, temos bons argumentos para sustentar que a vida é um pouco mais do que isso. É um mecanismo inteligente, movido por delicados e, às vezes, imperceptíveis critérios de justiça, dispostos sempre a nos fazer vencedores. Mesmo que a longo prazo e à custa de obstáculos e derrotas que fortalecem nossa capacidade de viver.

            Nesse jogo, no entanto, também há lugar para o imponderável. Nem tudo está marcado previamente. Viver, em qualquer circunstância, é uma aventura. Anima-nos, contudo, a convicção de que a vida tem um sentido, embora muitas vezes mais pareça um caos.

            Essa, provavelmente, seja a grande contribuição filosófica espírita: reconhecer um sentido à vida. Um sentido que não pode ser vislumbrado no niilismo materialista e  que, no fundo, termina negado, igualmente, pelas religiões, organizadas no  sentido de conceder privilégios a alguns, enquanto condenam irremediavelmente outros. O humanismo só se faz integral e conseqüente a partir da realidade do espírito.

 

 

Notícias

 

REENCONTRO NOS 85 ANOS DA FERGS

            A Federação Espírita do Rio Grande do Sul – FERGS – comemorou, em 17 de fevereiro último, 85 anos de fundação. Salomão Jacob Benchaya, ex-Presidente da entidade, atualmente Diretor do CCEPA e Secretário Geral da CEPA, convidado, compareceu à solenidade e interpretou o gesto do convite como o início de uma “nova política com os diferentes”.

                Para a solenidade, realizada no último dia 17 de fevereiro no auditório da federação, sua Presidente, Gladis Pedersen de Oliveira, que assumiu o cargo em 2 de janeiro último, endereçara convite a seus ex-Presidentes Maurice Herbert Jones (gestões 1978/1983) e Salomão Jacob Benchaya (1984/1987), dirigentes do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre.

            Salomão compareceu ao evento, tendo sido recebido, segundo relatou, com um afetuoso abraço de Gladis que lhe repetiu várias vezes ser motivo de muita alegria sua presença. Além de Salomão, esteve presente ao ato também o ex-Presidente Hélio Burmeister.

            Palavras de Gladis e Salomão

            No ato comemorativo, a professora Gladis Pedersen fez um histórico da trajetória da FERGS, rememorando decisivas atuações daquela federativa na história do movimento espírita brasileiro. Referiu nominalmente todos os ocupantes da presidência e, ao chegar ao período dos dois  ex-Presidentes presentes ao ato, solicitou que eles próprios referissem os acontecimentos mais marcantes de suas gestões.

            Quando solicitado a falar, em dois minutos, Salomão Benchaya assim resumiu sua passagem por aquela Casa:

            São dois os fatos marcantes da administração em que atuei: o lançamento da campanha de estudo sistematizado da doutrina espírita, em 1978, sob inspiração do espírito Angel Aguarod Torrero, que se tornou nacional e internacional. Outro fato marcante foi a chamada "questão religiosa", deflagrada com o lançamento de um dos números da revista A Reencarnação, e que resultou no nosso afastamento da federação. Hoje, 20 anos depois desse fato, fico muito feliz em retornar a esta Casa. Quero me congratular com a Gladis e com a FERGS pela iniciativa desse convite que muito me sensibiliza. Muito obrigado!".

            Gladis Pedersen de Oliveira encerrou seu pronunciamento fazendo um agradecimento pela presença dos convidados e salientando ser muito importante que os espíritas, mesmo divergindo em alguns aspectos, confraternizem e trabalhem conjuntamente pela causa.

FELICIDADE – TEMA PARA RECOMEÇAR

            Neste mês de março, o Centro Cultural Espírita de Porto Alegre reiniciou sua programação de palestras públicas na primeira segunda-feira de cada mês, às 20h30, em seu auditório, da Rua Botafogo, 678, na capital gaúcha.

            A primeira exposição do ano foi conduzida pelo presidente da Confederação Espírita Pan-Americana, Milton Medran Moreira que se ocupou do tema “Felicidade – Uma reflexão espírita”

EM MARÇO TAMBÉM TEM CIESP

            Começam também neste mês de março, nas quartas à tarde e quintas-feiras à noite, no Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, novos Cursos de Iniciação ao Espiritismo, abertos ao público. À tarde (a partir de 22/3), às 15 h. À noite (a partir do dia 23), às 20h30

(REPRODUZIR CARTAZ)

 

Enfoque

O Espiritismo e a legalização do aborto

Mirgon Kayser Junior*

Sabemos bem dos problemas que a prática causa, tanto à mãe quanto à criança abortada. E quanto a sermos radicalmente contrários a essa prática, não há dúvidas quanto ao acerto de nossa posição. Assim como não há dúvidas de que devemos fazer campanha permanente contra o aborto. Porém, é preciso ampliar nosso raio de visão e nossa capacidade de observar as coisas de uma forma mais ampla.

Qual deve ser nossa posição quanto à legalidade, ou não, do aborto? Trata-se de uma discussão bem diversa daquela acima. Trata-se de refletir sobre os limites aos quais a lei do homem não deve transpor. Até que ponto a lei do homem deve proibir que uma mulher se negue a ser mãe? Até que ponto deve a lei do homem interferir no livre-arbítrio dessa mulher? Embora seja nosso papel alertar sobre as conseqüências desse ato, será nosso direito impedi-lo pela força da lei?

É preciso lembrar que a proibição do aborto não impede sua ocorrência. Inclusive, da forma em que a coisa se dá, da forma que nos organizamos, o Estado, esse sujeito coletivo que somos todos nós, comete, em proibindo o aborto, outros crimes diante de Deus. É público e notório que as mulheres que decidem por abortar, não recuam em sua decisão, pelo fato de lhes ser negado atendimento hospitalar. Farão da forma que for possível, independente da lei.

É aí que entra uma questão de ordem social das mais importantes. As mulheres de classe alta sequer tomam conhecimento da lei. Procuram clínicas — e existem muitas — que lhes fazem todo o procedimento, com toda a higiene e segurança a um preço elevado, que apenas estas mulheres de classe alta poderiam pagar.

Já as mulheres pobres, de vida dura e economicamente torturadas por esse sistema excludente em que vivemos, são, como de costume, jogadas à própria sorte. Elas também não deixarão de abortar, como a mulher de classe alta, mas são as únicas que são, realmente penalizadas pela lei. Estas mulheres miseráveis farão o aborto com procedimentos de alto risco, como por exemplo, introduzindo cabides retorcidos em seu ventre.

O aborto, através desses "procedimentos alternativos", buscados por mulheres sem alternativas financeiras é a terceira maior causa de morte de mulheres em São Paulo. Já na Bahia, nada mata mais mulheres do que ele.

Como espírita, reputo o aborto como prática terrível contra a qual devemos lutar. Mas, é também como espírita que vejo a necessidade de que as mulheres que optarem pelo aborto sejam assistidas com todo o carinho e cuidado pelo Estado.

Ao proibir o aborto, não estamos lutando contra ele, mas sim, cometendo o crime de omissão para com as mulheres pobres desse país. E essa omissão será debitada na nossa "conta coletiva".

 

 

Opinião do Leitor

Assinatura e colaboração

Prezado Medran.

           

Ainda há pouco estive mexendo em uma pasta com artigos antigos, onde encontrei um maço contendo uma carta tua de 23.12.98, encaminhando diversos números de Opinião e o oferecimento de uma assinatura muito a propósito.

Isso me fez lembrar do seguinte verso, de Sá Miranda, um autor castelhano (1481):

            Pede-me o Tempo, de meu tempo a conta;/e eu, para a conta, peço tempo ao Tempo,/pois quem gastou sem conta tanto tempo/há que ter tempo para fazer conta./O Tempo, entanto, não quer ter em conta/porque tal conta não se fez a tempo;/bem quisera eu contar meu tempo em tempo/

se para contar tempo houvera conta!/Que conta há de bastar a tanto tempo,/que tempo há de bastar a tanta conta ..../se quem vive sem conta não tem tempo?/Por isso estou sem tempo e sem ter conta,/sabendo que hei de dar conta do tempo/quando chegar o tempo de dar conta!

            Agradeço, embora, a remessa feita, propondo-me a uma assinatura do jornal Opinião, conforme a orientação que, estimo, me passarás. Lendo apressadamente os números (num dos quais, o 46, de setembro de 98, apareci em foto que marcou a visita de Jon Aizpurua a Florianópolis), veio-me a impressão da juventude, nas lutas pela re-compreensão da vida e dos modelos oferecidos.

            À época estava disputando a Presidência da FEC. Nada obtive pessoalmente, mas não desisti da orientação político-filosófica então proposta, que parece assemelhar-se aos entendimentos da CEPA, sobre a qual, aliás, gostaria de ter notícias.

 Convidado, aceitei ontem a coordenação do serviço assistencial espírita em Florianópolis, sobre o que escrevi para o Harmonia do Marcelo Henrique.

            Posso, sim, enviar artigos, vez por outra, para o jornal Opinião, na página Enfoque, como mencionado.

            Um grande abraço.

            Mário Lange de S. Thiago   marios.thiago@uol.com.br - Florianópolis, SC.

 

Nota da redação: Aproveitando o tema da carta de Mário S.Thiago, a quem já respondemos pessoalmente, informamos a todos aqueles que desejam fazer ou renovar suas assinaturas de Opinião que basta fazer um depósito no Banrisul – Conta 06.051783.0.3, Ag.845, no valor de 25 reais anuais (ou 50 reais por dois anos), avisando o CCEPA pelo e-mail ccepa@terra.com.br . Caso prefiram, poderão enviar cheque nominal ao Centro Cultural Espírita de Porto Alegre (Rua Botafogo, 678, CEP 90.150-050. O recibo seguirá por correio

 

Saludos de Guatemala

Estimado Milton:

            Reciba un afectuoso saludo.

            Ya hacía bastante tiempo que no tenía la ocasión de saludarlo y al mismo tiempo de agradecerle el envío del excelente periódico Opinión.

            Creo que ha de estar llegando nuestro periódico Nueva Generación, en sustitución momentánea de la revista, debido a los costos que nos ha representado. Sin embargo, esperamos reanudar su publicación a mediano plazo.

            Quiero comentarle que hemos estado en constante actividad aquí en Guatemala y me imagino que han de estar con mucha actividad ustedes también.

            Reciba un atento saludo y un fuerte abrazo de su amigo de siempre.

 

            Daniel Torres. –  gnuevag@yahoo.com - Grupo Espírita Nueva Generación – Ciudad Guatemala - Guatemala