OPINIÃO Ano XII – Nº 128 Março 2006
CEPA MARCA PRESENÇA NO NORDESTE BRASILEIRO
Editorial: Nos 85 anos da FERGS
Enfoque : O Espiritismo e a
legislação do aborto
Opinião do
Leitor: Assinatura e colaboração
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CEPA
MARCA PRESENÇA NO NORDESTE BRASILEIRO
A convite de
lideranças espíritas do Ceará, Paraíba e Pernambuco, uma comitiva de dirigentes
da Confederação Espírita Pan-Americana –CEPA – desenvolve neste mês de março
uma série de atividades nas capitais daqueles Estados da região Nordeste do
Brasil.
Temas da atualidade como bioética, justiça e
direitos humanos, além de abordagens sobre mediunidade e sua prática na casa
espírita, merecerão ampla análise e discussão, conduzidas pelo Presidente da
CEPA, advogado e jornalista
Esses
pensadores espíritas brasileiros que integram os quadros diretivos da CEPA,
presentemente sediada em Porto Alegre, desejam levar algumas idéias e
experiências discutidas especialmente nos últimos Congressos e Conferências
Regionais realizados em diferentes países da América à apreciação e ao debate
do movimento espírita dos Estados nordestinos do Brasil, geograficamente
distantes dos locais onde o pensamento da CEPA tem sido ventilado em encontros
oficiais e eventos promovidos por seus delegados e instituições a ela
vinculadas.
Integram ainda
a comitiva da CEPA nesse esforço pela difusão do pensamento espírita e sua
permanente atualidade: a Delegada da CEPA
O presidente da CEPA,
FORTALEZA
"Bioética
e Espiritismo"
- Data: 14 de março –
terça-feira.
- Horário:
19h30min às 21h30min
- Local:
Grupo Espírita Meimei - Av. José Leon, 2035 - Cidade dos Funcionários
Fortaleza - CE - Telefone: 3279-2401
- Promoção: Grupo Espírita Meimei e ASSEPE.
- Painel
- Das 19h30min às 19h40min: Introdução
- Das 19h40min às 20h10min: Ademar Arthur Chioro dos Reis - abordagem sobre células-tronco, eutanásia e aborto,
enfocada à luz da medicina e conexões nas políticas públicas de saúde.
- Das 20h10min às 20h40min: Milton Rubens Medran Moreira - abordagem do mesmo assunto à luz do direito natural,
fazendo conexões com O Livro dos Espíritos.
- Das 20h40min às 21h25min: Debate
- Das 21h25min às 21h30min: Encerramento
RECIFE
“Espiritismo,
Política e Sociedade”
- Data:
18/03/2006 – Sábado
- Horário:
16h00 às 18h30
- Local: Grupo Espírita Djalma Farias
- Rua Marechal Deodoro, 450 - B. Encruzilhada - Recife - Pernambuco - Fone
(081) 3242-7050
- Promoção: ADE-PE com apoio
da ABRADE
1a PARTE
Das 16h00 às 16h40 - Ademar Arthur Chioro dos Reis
Tema: Espiritismo e política nacional da saúde
Das 16h40 às 17h00 – Debate
- Intervalo: das 17h00 às 17h30
-2a PARTE
Das 17h30 às 18h10 - Milton Rubens Medran Moreira
Tema: A política da Cepa e o Movimento
Espírita brasileiro e internacional
Das 18h10 às 18h30 – Debate
- 19h30 - Jantar oferecido pela diretoria da ADE-PE à
comitiva da Cepa
JOÃO
PESSOA
“Mediunidade
e Justiça em Movimento”
- Data: 19/03/2006 –
Domingo
- Horário:
08h30min às 12h30min
- Local:
Centro Espírita
Vianna de Carvalho
Rua Prof.
Joaquim Santiago, 70 – Expedicionários.
João
Pessoa-PB
Promoção: ASSEPE e ADE-PB com apoio da ABRADE
1a PARTE
Painel: Mediunidade – Prática na Atualidade
1) Das
08h30min às 08h50min – Ademar Arthur Chioro dos Reis - Uma
abordagem dos mecanismos da mediunidade e sua inserção na atualização da
linguagem espírita.
2) Das
08h50min às 09h10min – Mauro de Mesquita Spínola – Uma abordagem da
estruturação do Centro Espírita para enfrentar os desafios da atualidade.
3) Das 09h10min
às 10h – Debate
-
Intervalo: das 10h00 às 10h20
2a PARTE
Painel: Espiritismo e Justiça
1) Das
10h20min às 10h40min – Milton Rubens Medran Moreira - Uma
abordagem da evolução da justiça humana conforme a evolução da sociedade.
2) Das
10h40min às 11h00min – Jacira Jacinto da Silva – Uma abordagem da
inserção social e ressocialização.
3) Das 11h00min
às 11h50min – Debate
- 11h50min às 12h30min – CEPA e Movimento Espírita
Exposição dialogada e encerramento,
NOS 85 ANOS DA
FERGS
O
noticiário da pg.3 desta edição de Opinião
registra os atos comemorativos dos 85 anos de fundação da Federação Espírita do
Rio Grande do Sul, dando destaque à presença, naquela solenidade, como
convidado, de nosso companheiro
Em princípio, não deveria merecer
qualquer destaque a presença de ex-presidentes de uma entidade espírita numa
festa comemorativa de aniversário da instituição que presidiram. Na vida social
e política de qualquer organismo, isso é um ato de mera rotina e que se
sobrepõe a divergências de qualquer ordem. Incrivelmente, no meio espírita, em
razão de algumas políticas equivocadas, o fato ainda pode ganhar conotação de
ineditismo.
Será que isso está começando a
mudar? Salomão retornou da festa dos 85 anos da FERGS convencido que sim.
Sentiu nas palavras da nova dirigente da entidade, Professora Gladis Pedersen
de Oliveira, em seus gestos e, especialmente, em suas atitudes concretas,
sinais de mudança de rumos.
A Federação Espírita do Rio Grande
do Sul registra uma caminhada histórica das mais fecundas. Foi valente em
tempos onde o arbítrio político voltara-se contra o movimento espírita e
chegara a fechar, “manu militari”, as portas da veneranda Federação Espírita
Brasileira. Foi hábil nas gestões políticas do chamado processo de unificação
do movimento espírita brasileiro, contribuindo decisivamente para a
constituição do denominado “Pacto Áureo”. Foi moderna ao adotar, pioneiramente,
modelos democráticos de gestão e participação, em sua estrutura organizacional.
Foi revolucionária e vanguardeira quando elaborou a Campanha do Estudo
Sistematizado da Doutrina Espírita, logo adotada e lançada nacionalmente pelo
Conselho Federativo Nacional. Antes disso, já havia demonstrado pioneirismo,
lançando a chmada “evangelização das novas gerações”.
Dessa forma, a contribuição da FERGS
à evolução do pensamento espírita e à organização do movimento no Brasil foi
decisiva e marcante, ao curso desses 85 anos de existência. Por ali passaram, líderes e dirigentes de
inegável qualidade. Cada um, a seu tempo e a seu modo, contribuiu com o movimento, através de políticas nem
sempre idênticas e a partir de visões doutrinárias nem sempre rigorosamente
iguais. Todos eles, porém, em qualquer fase ou gestão, foram genuinamente
espíritas. Essa condição bastaria para que se mantivesse um vínculo inquebrável
entre esses dirigentes e aquela instituição.
Em algum momento, esse vínculo
sofreu comprometimentos que não se coadunam nem com a história da instituição,
muito menos com os ideais de fraternidade, solidariedade e tolerância que
caracterizam a proposta filosófica espírita. Não se está falando aqui
O que não pode, jamais, ser rompido
é o laço afetivo, humano e solidário, recomendado por Allan Kardec, nascido da
“comunhão de pensamentos” a que ele se referiu no seu famoso Discurso de
Abertura, de 1º de novembro de 1868, na Sociedade Parisiense de Estudos
Espíritas.
Nossos votos são de que os ventos
estejam soprando exatamente nesse sentido. Aqui e por todo o movimento
espírita.
Milton R. Medran
Moreira
A vida e o
pôquer
Em bem-humorada crônica (Zero Hora
19.02.06),
A segunda está vinculada a outra
importante realidade: a gente nasce de uma determinada cor. Mesmo num país que
se declara democrático e multirracial como o nosso, nascer branco ou preto vai implicar,
necessariamente, em significativas diferenças de sorte.
Das
idéias inatas ao imponderável
Aí vem a terceira carta: nossa
situação econômica ao aportarmos por aqui. Sem dúvida que nascer rico num mundo
onde o ter vale muito mais que o ser irá abrir perspectivas e chances que
passarão longe do berço do pobre.
A quarta carta é a inteligência. Ou
alguém ainda contesta que uns nascem mais inteligentes que outros? A tese
filosófica da tabula rasa, segundo a
qual, ao nascermos, todos somos iguais, ou seja, com capacidade intelectiva
zero e que vamos nos diferenciando pela experiência e pelo aprendizado é falsa.
Basta observar as capacidades inatas de algumas crianças-prodígio, às vezes
muito próximas de nós. Platão trabalhou muito esse tema e Kardec o referendou.
Sobrou uma carta para o
imponderável. Aquele fator misterioso que permite, por exemplo, a um brasileiro
negro, nascido na favela, tornar-se um músico de sucesso internacional, um
político, governante ou empresário.
Filosofia
Veríssimo não quis fazer filosofia
Um
sentido à vida
Não fosse assim, a vida seria apenas
um jogo de azar. Nós, espíritas, temos bons argumentos para sustentar que a
vida é um pouco mais do que isso. É um mecanismo inteligente, movido por
delicados e, às vezes, imperceptíveis critérios de justiça, dispostos sempre a
nos fazer vencedores. Mesmo que a longo prazo e à custa de obstáculos e
derrotas que fortalecem nossa capacidade de viver.
Nesse jogo, no entanto, também há
lugar para o imponderável. Nem tudo está marcado previamente. Viver, em
qualquer circunstância, é uma aventura. Anima-nos, contudo, a convicção de que
a vida tem um sentido, embora muitas vezes mais pareça um caos.
Essa, provavelmente, seja a grande
contribuição filosófica espírita: reconhecer um sentido à vida. Um sentido que
não pode ser vislumbrado no niilismo materialista e que, no fundo, termina negado, igualmente,
pelas religiões, organizadas no sentido
de conceder privilégios a alguns, enquanto condenam irremediavelmente outros. O
humanismo só se faz integral e conseqüente a partir da realidade do espírito.
REENCONTRO NOS 85 ANOS DA FERGS
A Federação Espírita do Rio Grande
do Sul – FERGS – comemorou, em 17 de fevereiro último, 85 anos de fundação.
Para a
solenidade, realizada no último dia 17 de fevereiro no auditório da federação,
sua Presidente, Gladis Pedersen de Oliveira, que assumiu o cargo em 2 de
janeiro último, endereçara convite a seus ex-Presidentes
Salomão compareceu ao evento, tendo
sido recebido, segundo relatou, com um afetuoso abraço de Gladis que lhe
repetiu várias vezes ser motivo de muita alegria sua presença. Além de Salomão,
esteve presente ao ato também o ex-Presidente Hélio Burmeister.
Palavras
de Gladis e Salomão
No ato comemorativo, a professora
Gladis Pedersen fez um histórico da trajetória da FERGS, rememorando decisivas
atuações daquela federativa na história do movimento espírita brasileiro.
Referiu nominalmente todos os ocupantes da presidência e, ao chegar ao período
dos dois ex-Presidentes presentes ao ato,
solicitou que eles próprios referissem os acontecimentos mais marcantes de suas
gestões.
Quando solicitado a falar, em dois
minutos,
São dois os fatos marcantes da administração em que atuei: o lançamento
da campanha de estudo sistematizado da doutrina espírita, em 1978, sob
inspiração do espírito Angel Aguarod Torrero, que se tornou nacional e
internacional. Outro fato marcante foi a chamada "questão religiosa",
deflagrada com o lançamento de um dos números da revista A Reencarnação, e que resultou no nosso afastamento da
federação. Hoje, 20 anos depois desse fato, fico muito feliz em retornar a esta
Casa. Quero me congratular com a Gladis e com a FERGS pela iniciativa desse
convite que muito me sensibiliza. Muito obrigado!".
Gladis Pedersen de Oliveira encerrou seu pronunciamento fazendo um agradecimento pela presença dos convidados e salientando ser muito importante que os espíritas, mesmo divergindo em alguns aspectos, confraternizem e trabalhem conjuntamente pela causa.
FELICIDADE – TEMA PARA RECOMEÇAR
Neste mês de março, o Centro
Cultural Espírita de Porto Alegre reiniciou sua programação de palestras
públicas na primeira segunda-feira de cada mês, às 20h30, em seu auditório, da
Rua Botafogo, 678, na capital gaúcha.
A primeira exposição do ano foi
conduzida pelo presidente da Confederação Espírita Pan-Americana,
Começam também neste mês de março,
nas quartas à tarde e quintas-feiras à noite, no Centro Cultural Espírita de
Porto Alegre, novos Cursos de Iniciação ao Espiritismo, abertos ao público. À
tarde (a partir de 22/3), às 15 h. À noite (a partir do dia 23), às 20h30
(REPRODUZIR
CARTAZ)
O Espiritismo e a legalização do aborto
Mirgon Kayser Junior*
Sabemos bem dos problemas que a prática causa, tanto à mãe quanto à
criança abortada. E quanto a sermos radicalmente contrários a essa prática, não
há dúvidas quanto ao acerto de nossa posição. Assim como não há dúvidas de que
devemos fazer campanha permanente contra o aborto. Porém, é preciso ampliar
nosso raio de visão e nossa capacidade de observar as coisas de uma forma mais
ampla.
Qual deve ser nossa posição quanto à legalidade, ou não, do aborto?
Trata-se de uma discussão bem diversa daquela acima. Trata-se de refletir sobre
os limites aos quais a lei do homem não deve transpor. Até que ponto a lei do
homem deve proibir que uma mulher se negue a ser mãe? Até que ponto deve a lei
do homem interferir no livre-arbítrio dessa mulher? Embora seja nosso papel
alertar sobre as conseqüências desse ato, será nosso direito impedi-lo pela
força da lei?
É preciso lembrar que a proibição do aborto não impede sua ocorrência.
Inclusive, da forma em que a coisa se dá, da forma que nos organizamos, o
Estado, esse sujeito coletivo que somos todos nós, comete, em proibindo o
aborto, outros crimes diante de Deus. É público e notório que as mulheres que
decidem por abortar, não recuam em sua decisão, pelo fato de lhes ser negado
atendimento hospitalar. Farão da forma que for possível, independente da lei.
É aí que entra uma questão de ordem social das mais importantes. As
mulheres de classe alta sequer tomam conhecimento da lei. Procuram clínicas — e
existem muitas — que lhes fazem todo o procedimento, com toda a higiene e
segurança a um preço elevado, que apenas estas mulheres de classe alta poderiam
pagar.
Já as mulheres pobres, de vida dura e economicamente torturadas por esse
sistema excludente em que vivemos, são, como de costume, jogadas à própria
sorte. Elas também não deixarão de abortar, como a mulher de classe alta, mas
são as únicas que são, realmente penalizadas pela lei. Estas mulheres
miseráveis farão o aborto com procedimentos de alto risco, como por exemplo,
introduzindo cabides retorcidos em seu ventre.
O aborto, através desses "procedimentos alternativos", buscados
por mulheres sem alternativas financeiras é a terceira maior causa de morte de
mulheres
Como espírita, reputo o aborto como prática terrível contra a qual
devemos lutar. Mas, é também como espírita que vejo a necessidade de que as
mulheres que optarem pelo aborto sejam assistidas com todo o carinho e cuidado
pelo Estado.
Ao proibir o aborto, não estamos lutando contra ele, mas sim, cometendo o
crime de omissão para com as mulheres pobres desse país. E essa omissão será
debitada na nossa "conta coletiva".
Assinatura e
colaboração
Prezado Medran.
Ainda há
pouco estive mexendo em uma pasta com artigos antigos, onde encontrei um maço
contendo uma carta tua de 23.12.98, encaminhando diversos números de Opinião
e o oferecimento de uma assinatura muito a propósito.
Isso me fez lembrar do seguinte
verso, de Sá Miranda, um autor castelhano (1481):
Pede-me o Tempo, de meu tempo a conta;/e eu, para a
conta, peço tempo ao Tempo,/pois quem gastou sem conta tanto tempo/há que ter
tempo para fazer conta./O Tempo, entanto, não quer ter em conta/porque tal
conta não se fez a tempo;/bem quisera eu contar meu tempo em tempo/
se para contar tempo houvera
conta!/Que conta há de bastar a tanto tempo,/que tempo há de bastar a tanta
conta ..../se quem vive sem conta não tem tempo?/Por isso estou sem tempo e sem
ter conta,/sabendo que hei de dar conta do tempo/quando chegar o tempo de dar
conta!
Agradeço, embora, a remessa feita, propondo-me a uma assinatura do jornal Opinião, conforme a orientação que, estimo, me passarás. Lendo apressadamente os números (num dos quais, o 46, de setembro de 98, apareci em foto que marcou a visita de Jon Aizpurua a Florianópolis), veio-me a impressão da juventude, nas lutas pela re-compreensão da vida e dos modelos oferecidos.
À
época estava disputando a Presidência da FEC. Nada obtive pessoalmente, mas não
desisti da orientação político-filosófica então proposta, que parece
assemelhar-se aos entendimentos da CEPA, sobre a qual, aliás, gostaria de ter
notícias.
Convidado, aceitei ontem a
coordenação do serviço assistencial espírita em Florianópolis, sobre o que
escrevi para o Harmonia do Marcelo Henrique.
Posso,
sim, enviar artigos, vez por outra, para o jornal Opinião, na página
Enfoque, como mencionado.
Um
grande abraço.
Mário
Lange de S. Thiago –
marios.thiago@uol.com.br
- Florianópolis, SC.
Nota da redação: Aproveitando o tema da carta de Mário S.Thiago, a quem já
respondemos pessoalmente, informamos a todos aqueles que desejam fazer ou
renovar suas assinaturas de Opinião que basta
fazer um depósito no Banrisul – Conta 06.051783.0.3, Ag.845, no valor de 25
reais anuais (ou 50 reais por dois anos), avisando o
Saludos de
Guatemala
Estimado
Milton:
Reciba un afectuoso saludo.
Ya hacía bastante tiempo que no
tenía la ocasión de saludarlo y al mismo tiempo de agradecerle el envío del
excelente periódico Opinión.
Creo que ha de estar llegando
nuestro periódico Nueva Generación, en sustitución momentánea de la revista,
debido a los costos que nos ha representado. Sin embargo, esperamos reanudar su
publicación a mediano plazo.
Quiero comentarle que hemos estado
en constante actividad aquí en Guatemala y me imagino que han de estar con
mucha actividad ustedes también.
Reciba un atento saludo y un fuerte
abrazo de su amigo de siempre.
Daniel Torres. –
gnuevag@yahoo.com - Grupo Espírita Nueva Generación – Ciudad Guatemala - Guatemala