OPINIÃO Ano XI – Nº
117 - Março 2005
Cursos de Iniciação ao
Espiritismo no CCEPA
Nossa Opinião: Conhecer para ser feliz
Enfoque: Conciliação de
saberes
Opinião do Leitor: Grupo Espírita Nueva Generación
de Guatemala
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Cursos de Iniciação ao Espiritismo no CCEPA
UM JEITO CERTO DE COMEÇAR
Estimulado pelo êxito das edições
anteriores, Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, o CCEPA, inicia este mês
mais um Curso de Iniciação ao Espiritismo.
Cursos rápidos
A idéia foi posta em prática nos
últimos quatro anos. Consiste na realização de cursos rápidos de iniciação ao
conhecimento espírita. Segundo Maurice H.Jones, Vice-Presidente do CCEPA, que,
juntamente
Nem por isso, entretanto, deixam de
freqüentar o curso pessoas com alguma vivência nas casas espíritas, mas que desejam
metodizar o conhecimento e fortalecer suas bases.
Em 2004, foram constituídas quatro
turmas compostas de um total de 130 interessados. Concluídos os respectivos
cursos, vários de seus integrantes inscreveram-se em programas mais avançados
de estudos, passando a integrar os grupos de estudos regulares da Casa.
Em março, os primeiros cursos do ano
O programa aprovado para 2005 prevê
a continuação da iniciativa, com a realização de mais quatro cursos. Os dois primeiros
estão iniciando neste mês de março, um vespertino e outro noturno. O curso da
tarde começa dia 23 de março, às 15h00, desenrolando-se por seis quartas-feiras
consecutivas. O noturno será às quintas-feiras, a partir das 20h30 min., tendo
início dia 24 deste mês.
Os seis módulos prevêem estudos
sobre a história do espiritismo e a visão doutrinária que tem sobre Deus,
imortalidade e comunicabilidade dos espíritos, evolução, reencarnação e leis
morais.
Os cursos são gratuitos e a
inscrição dos interessados pode ser feita no próprio dia de seu início.
CONHECER PARA SER FELIZ
É comum dizer-se no meio espírita
que a dor é a grande e generosa porta através da qual a maioria dos espíritas
acessa o conhecimento doutrinário. Não há dúvida de que o consolo às aflições
humanas é uma forte característica do espiritismo. Mas, isso as religiões
também o fazem. E, não raro, com grande competência. Nos pórticos de muitas
igrejas das seitas que hoje dominam o país, é freqüente ver-se exatamente esta
expressão: “Pare de sofrer”, como apelo ao engajamento de novos fiéis.
O espiritismo, entretanto, é um
pouco mais que simples anestésico à dor humana.Anestesiar muitas vezes implica
em renunciar à busca das causas do sofrimento ou obscurecê-las. Espiritismo é,
sobretudo, uma nova visão de homem e de universo. Como ciência e como filosofia
que é, seu objeto é o estudo das leis naturais. Assimilando-as e
vivenciando-as, o espírito põe-se no rumo da felicidade, dispensando as muletas
da fé ou o anestésico do mistério.
“Conhecer para ser feliz” bem que
pode ser o lema da melhor prática espírita. É certo que um programa construído
a partir desse objetivo nem sempre se faz atrativo à primeira vista ou às
primeiras tentativas. Estimular o pensamento direcionando-o às grandes questões
do espírito não se compatibiliza com as impregnações religiosas que em nós
habitam e insistem na busca de atalhos presumivelmente capazes de pôr fim ao
sofrimento, como por passes de mágica. Por isso mesmo, os que, equivocadamente,
estão à procura de resultados imediatos, mesmo acorrendo ao chamado,
dificilmente se manterão num meio que privilegia o conhecimento e, através
dele, a evolução consciente.
Estamos bem cientes disso. Mas, com
atividades como estas, ministradas, insistentemente, no CCEPA, cumprimos uma
tarefa que nem sempre tem sido priorizada, no próprio meio espírita. Lançamos
sementes que, muitas vezes, sequer germinam. Ou germinarão só bem mais adiante.
Mesmo assim, os resultados obtidos,
ainda que aparentemente escassos ou pouco perceptíveis sob o ângulo do
imediatismo, para nós são sempre gratificantes e estimulantes. (A Redação).
A ANGÚSTIA HUMANA
Minha dor é perceber que, apesar de termos
feito tudo que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais
(Belchior).
Ainda é grande o número de pessoas
que não conseguem perceber o real significado da existência humana. Os índices
crescentes de criminalidade, a corrupção e o desrespeito a elementares
princípios de convivência social, a guerra, a fome e as matanças são expressões
inequívocas do descompasso entre as leis da vida e a forma como as encaram os
homens.
No mês que recém findou, um ato de
pura barbárie, ocorrido em nosso país, com o assassinato da missionária
norte-americana Dorothy Stang
, na cidade de Anapu, causou revolta e indignação em
todas as pessoas com um mínimo de dignidade e bom-senso. Um fato
lamentavelmente corriqueiro que, no caso, assumiu maior visibilidade.
Diariamente, na cidade e no campo, vidas são ceifadas em troca de interesses
mesquinhos, num atestado de total inversão aos valores fundamentais da
existência. A vida humana vale pouco ou nada para quem não é capaz de perceber
porque nascemos, porque vivemos e porque morremos.
Milhões de anos de evolução não
conferiram ainda a grande parte do gênero humano a compreensão de sua
essencialidade. O orgulho e o egoísmo, matrizes de todos os vícios,
obstaculizam a percepção da mais singela das verdades, a de que somos seres em
busca da luz e de que nos iluminamos através de dois focos: o amor e o
conhecimento.
O processo evolutivo, no campo ético
e moral, se dá, assim, de forma mais lenta do que seria de esperar. Daí a
angústia do homem frente ao próprio homem, sua dor em perceber, como disse o
poeta, que “ainda somos os mesmos”, embora cientes de que mudar é preciso.
Quando nos referimos, antes, à
incapacidade de percebermos nossa “essencialidade”, bem que poderíamos
substituir a expressão por “espiritualidade”. É urgente resgatar esse valor. A
concepção materialista de vida, por mais apta a despertar movimentos de reforma
social e política, jamais conduz ao âmago da questão da vida. Pode estimular a
competição, muitas vezes saudável. Pode até inspirar belos programas de justiça
social. Mas não atinge a consciência mais profunda do homem. Este, quando pode,
burla a lei, e o faz iludido pela impressão de que vida é matéria e que, fora
desse âmbito, seu ato não gera conseqüências.
As grandes tragédias do mundo, a
guerra e a violência, têm provocado significativos movimentos entre as pessoas
de bem. Mas a questão não será resolvida, lamentavelmente, enquanto
acontecimentos dessa natureza não conduzirem o homem a uma atitude de
compreensão a respeito de si mesmo, como espírito imortal, sujeito de direito e
obrigações num plano que vai muito além do berço e do túmulo.
Milhões de anos de evolução não conferiram ainda a grande
parte do gênero humano a compreensão de sua essencialidade.
Milton R. Medran Moreira
Aborto
e pecado
Vítima de estupro e grávida do próprio
irmão, a estudante C. (18 anos) perambulou por cinco diferentes hospitais
paulistas para interromper a gravidez. Mesmo com o boletim de ocorrência em
mãos, comprovando o estupro, não encontrava médico algum que concordasse em
fazer o que lhes pedia a moça: livrar-se daquela gravidez que recém iniciara.
Somente no quarto mês de gestação, ela conseguiu a realização do procedimento,
num hospital público da Capital, a
O relato está
Saliente-se que o direito penal
brasileiro permite o aborto nessa circunstância (quando a gravidez resulta de
estupro) e na hipótese de perigo à vida da gestante. Mas, o medo tem feito com
que médicos e hospitais se neguem ao procedimento legalmente autorizado.
Condições
excepcionais
Fosse eu pai da estudante referida
na reportagem e de seu estuprador, mesmo na condição de espírita, teria
concordado com o aborto. E você? É diante da crueza das situações concretas que
se tem de examinar caso a caso. Um reducionismo simplório tem obstaculizado, no
meio espírita, o debate desses temas. Diz-se, simplesmente, que o Livro dos
Espíritos só autoriza uma hipótese: a do perigo de vida da gestante (q.359).
Estou analisando detidamente o tema no meu livro “Direito e Justiça – um Olhar
Espírita” (Ed.Imprensa Livre, 2004): Em meados do século 19, como agora, a
Igreja, não reconhecia a licitude do aborto nem naquela circunstância,
expressamente autorizada pelos espíritos, na resposta à questão 359, proposta
por Kardec. Com aquela resposta, a doutrina espírita
tomou uma clara posição: é contrária ao aborto, mas admite-o
Dignidade
e vida
O delicado tema da gravidez
resultante da violação à liberdade sexual da mulher não estava na agenda de
discussões do Século 19. Só passou a ser relevante para o direito, mais de 60
anos após a edição de O Livro dos Espíritos. Levantou-a o grande jurista
espanhol Jiménez de Asùa,
no III Congresso Científico Pan-Americano, em 1924. Ele recomendou que as
legislações modernas salvaguardassem essa hipótese de aborto não criminoso. Na
base do raciocínio está um argumento chamado em direito de “inexigibilidade de
outra conduta”. Esta se dá quando alguém pratica um fato definido como crime,
mas em circunstâncias tais que não seria razoável exigir-lhe outra conduta. O
direito não é feito para heróis, assim como o espiritismo não existe para
santos, mas para pessoas comuns, sujeitas às vicissitudes da vida. A dignidade
humana é direito inalienável que, muitas vezes, se contrapõe até ao direito à
vida.
Lei
natural e modernidade
O espiritismo é uma doutrina moderna
e profundamente humanista. Como tal, toma posição clara em favor da vida. Ao
espírita repugna, em tese, a idéia do aborto. Assim como do homicídio, do
suicídio ou da eutanásia. Mas, o direito à vida, mesmo sendo o mais importante,
muitas vezes é posto em confronto com outros direitos que, em dada
circunstância, será justo preservar. É por isso que o mesmo direito que define
crimes também prevê as “excludentes de criminalidade”, como a legítima defesa,
o estado de necessidade, o exercício regular de um direito e outros. O Livro
dos Espíritos, diferentemente da forma como o tomam muitos espíritas, não é um
Código Penal, definidor de crimes e de punições. É um generoso compêndio de
direitos humanos, a partir dos valores da lei natural, gravada
CCEPA REINICIA CONFERÊNCIAS MENSAIS
Suspensa em um único mês, ou seja em
fevereiro, porque a data coincidiu com o feriado do Carnaval, o Centro Cultural
Espírita de Porto Alegre, reinicia neste mês de março suas conferências
mensais. Direcionadas ao público em geral, elas acontecem sempre na primeira
segunda-feira de cada mês, às 20h30min.
Neste mês de março, o conferencista
convidado é o empresário porto-alegrense, Rogério H.Feijó Pereira com o tema “A
Força do Amor”.
Nas demais segundas-feiras do mês,
no mesmo horário, o CCEPA desenvolve uma atividade conhecida como Grupo de
Conversação Espírita, igualmente aberta ao público. Ali, temas diversos são
discutidos, numa abordagem sempre à luz da doutrina espírita e com livre
participação de integrantes da instituição ou visitantes.
(CARTAZ A FORÇA DO AMOR)
AJERS E MINISTÉRIO PÚBLICO-RS PROMOVEM
SEMINÁRIO ESPÍRITA
A Associação Jurídico Espírita do
Rio Grande do Sul e o Ministério Público do Rio Grande do Sul promovem no
próximo dia 16 de abril o Seminário “Infância e Juventude numa Visão
Jurídico-Espírita”.
O evento terá lugar no auditório do
Palácio do Ministério Público (Pça.Mal.Deodoro, 110,
Porto Alegre), a partir das 13h30 min., dela participando, entre outros
expositores, o editor deste jornal, Procurador de Justiça,
Eis os temas a serem desenvolvidos:
-
Delinqüência Juvenil – com Gladis Pedersen
de Oliveira, Educadora;
-
Adolescência e Drogadição – com Gilson
-
Reencarnação e Exercício do Pátrio Poder –
-
Direitos Humanos, Juventude e a Proposta Espírita –
As inscrições são gratuitas, mas as
vagas são limitadas. Informações podem ser obtidas junto à Assessoria de
Cerimonial e Relações Públicas do Palácio do Ministério Público ou pelo
telefone 51-32289358.
O evento da AJERS e do Ministério
Público gaúcho contam com o apoio da Associação do Ministério Público do RGS,
AMPRGS e da Associação Médico-Espírita do RGS – AMERGS.
9º SBPE SERÁ EM OUTUBRO
O Simpósio Brasileiro do Pensamento
Espírita, tradicional evento espírita, criação do psicólogo Jaci Regis, de
Santos, SP. e promovido pelo Instituto Cultural Kardecista
de Santos, já tem data de realização no ano de 2005. Será de
O SBPE chega este ano à sua nona
edição e vem sendo realizado de 2 em dois anos.
O
A
O
A
E
No
Diante de
Mesmo nas
É
Os
Estas
A
Não podendo
Esta é,
Se o irracionalismo
Kardec foi contemporâneo
de Saint-Simon e Comte e,
certamente, não era avesso ao progresso tecnológico.
Ora,
esta
Onde teremos errado na
*
Grupo Espírita Nueva Generación
de Guatemala
Apreciados Hermanos en ideal.
Les
estamos enviando fraternal saludo, deseándoles que este año que inicia sea
pletórico de dicha, bienestar y muchos éxitos.
Agradecemos
por medio de la presente, la publicación que gentilmente nos están haciendo llegar
ya que ello nos permite progresar en el conocimiento y práctica de nuestra
Doctrina Espirita y compartirla con quienes nos visitan.
Por
parte nuestra deseamos que el intercambio sea mas frecuente en la medida de suas posibilidades, además de que nos sentimos muy
agradados cuando nos envian una misiva comentándonos
como se están realizando las actividades espiritas en su país.
Todo
comentario, sugerencia y noticias son bienvenidos, ya que ello nos incentiva y
motiva para seguir divulgando la Ciencia espirita.
Sin mas
por el momento, reiterando nuestros votos de paz y fraternidad
Grupo
Espirita Nueva Generaciòn de Guatemala.