

Artigo de Denizar Ventura Régis - Maio de 2004
No  livro  "Há  dois  mil  anos",  de  autoria  do  espírito  Emmanuel,
psicografado  por  Francisco  Cândido Xavier, cap. V - O Messias de Nazaré,
deparamo-nos com uma situação inusitada: o próprio autor narra seu encontro
com  o  Mestre  Jesus,  então  como  senador romano sob a alcunha de Públio
Lentulus,  em  Cafarnaum, cidade da Galileia situada no caminho de Damasco,
no  ano  33, quando fora procurá-lo por sua fama de milagreiro e pela fé de
sua mulher, Lívia, na esperança de curar sua filha Flávia, vítima da lepra.
Diante  do  Divino  Emissário,  de  joelhos, e impossibilitado de articular
qualquer palavra, ouviu a seguinte advertência de Jesus:
"  -  Depois de longos anos de desvio do bom caminho, pelo sendal dos erros
clamorosos,  encontras,  hoje, um ponto de referência para a regeneração de
toda a tua vida ..."
"  -  Está,  porém,  no  teu querer o aproveitá-lo agora, ou daqui a alguns
milênios ..."
"  -  Soa  para  teu  espírito,  neste  momento,  um  minuto  glorioso,  se
conseguires  utilizar  tua  liberdade  para  que  seja ele, em teu coração,
doravante, um cântico de amor, de humildade e de fé, na hora indeterminável
da redenção, dentro da eternidade ..."
"  - Mas, ninguém poderá agir contra a tua própria consciência, se quiseres
desprezar indefinidamente este minuto ditoso ..."
[Na  seqüência,  Jesus  curou  a  menina Flávia pela força da fé de sua mãe
Lívia,  enquanto  Públio  Lentulus,  arraigado  em  seu  orgulho e vaidade,
desprezou  este  minuto  precioso, amargando quase dois mil anos de lutas e
sofrimentos   até  se  transformar  neste  nobilíssimo  espírito  que  hoje
conhecemos pelo nome de Emmanuel.]
Esta  passagem  do  livro,  que  eu recomento a quantos ainda não leram, ou
releram,  nos  faz refletir nas inúmeras oportunidades que surgem em nossas
vidas  (e  que perdemos !)  para  darmos  uma  guinada  definitiva  rumo  à
espiritualização,  afastando-nos  do  excessivo  apego às coisas materiais.
Para  tanto,  basta  seguirmos  os ensinamentos de Jesus, estampados em seu
Evangelho,  cuja essência sobreviveu aos séculos, e encontra-se rediviva na
Doutrina Espírita.