América Espírita – Ano X -  101 – Janeiro e Fevereiro 2007

A palavra da CEPA: Crianças e mediunidade

Notícias: MARCELO MOLFINO ASSUME PRESIDÊNCIA DE “ESPIRITISMO VERDADERO”   -  DIRIGENTE DA CEPA LANÇA LIVRO JURÍDICO  -  CPDoc PROMOVE LANÇAMENTO DE LIVRO SOBRE MESMER  -  CEPA PRESENTE NA POSSE DE DIRIGENTES DO CCEPA  -  FERGS COMEMORA 85 ANOS E CONVIDA EX-DIRIGENTES  -  CDs do CONGRESSO DE RAFAELA  -  CONFERÊNCIA REGIONAL EM MIAMI  

Opinando

 Publicações recebidas

A Palavra da CEPA

Crianças e Mediunidade

Marcelo Henrique Pereira, Diretor do Depto.de Promoção de Infância e Juventude da Confederação Espírita Pan-Americana, e Delegado da CEPA na Grande Florianópolis, faz, neste artigo, comentários sobre matéria de capa da revista IstoÉ de 17 de janeiro último, sobre o instigante tema da mediunidade infantil.

Inegável o interesse pela imprensa leiga por questões espirituais. As principais revistas brasileiras, sobretudo as duas com maior tiragem e penetração (Veja e IstoÉ), têm, volta e meia, se debruçado sobre temas de indizível relação com a espiritualidade – característica, aliás, peculiar à espécie humana. Afinal, todos somos espíritos, independentemente de nossas crenças pessoais, sobretudo, se, ainda, negamos certas realidades, por desconhecê-las. Seja, não possam mais negar aquilo que, durante a vida, se esmeraram em duvidar e repelir.

A revista do momento é a IstoÉ, em sua edição de n. 1942 (17.01.07). Sua capa é, textualmente: “Crianças que falam com espíritos – Mediunidade Infantil”, com as seguintes descrições complementares: “Crescem os relatos de meninos e meninas que conversam com os mortos. E atenção: isso pode ser mais do que simples fantasia”, e “Paloma, cinco anos, diz que se comunica com entidades espirituais: - Elas vêm brincar comigo”. No interior do periódico, seis páginas (38 a 43), com textos pontuais e imagens, sugestivas ou casuais, com direito, inclusive à menção, em quadro específico, a médiuns do passado e do presente, com destaque para Chico Xavier, Yvonne Pereira e Divaldo Pereira Franco, além dos espiritualistas Robério de Ogum e Benedicta Gomes, a “Santa” Dica. No texto, assinado pelos repórteres Camilo Vannuchi e Celina Côrtes, podemos perceber que a editoria “cercou-se” de informações de fontes respeitáveis, tanto no âmbito espírita como de especialistas clínicos, como, por exemplo, pela ordem: Reinaldo Hiraoka, das Faculdades Integradas “Espírita”, de Curitiba (PR), Agnes Henriques Leal e Nazareno Tourinho, escritores espíritas (autores de, respectivamente, Mediunidade em crianças e Experiências mediúnicas com crianças e adolescentes), Sergio Felipe de Oliveira, da Associação Médico-Espírita de São Paulo, como, Ana Maria Sigal, psicanalista do Instituto Sedes Sapientiae, Leonardo Posternak e César de Moraes, ambos médicos, um, pediatra, do Instituto da Família, e o outro, neurologista, da Associação Brasileira de Neurologia e Pediatria Infantil, e Athena A. Drewes, psicóloga infantil, consultora da Parapsychology Foundation, de Nova Iorque.

Foi-se o tempo em que os meios de comunicação “economizavam” na busca e consulta a fontes, seja por falta de tempo ou ausência de recursos para viagens, etc., se bem que a vida moderna tem, é verdade, facilitado um pouco as coisas. Os jornalistas, em geral, apesar de suas crenças pessoais e cultura geral própria, tem procurado dar às matérias – sobretudo as que temos apreciado – um teor contributivo à informação necessária às pessoas, e, costumeiramente, deixa ao leitor a oportunidade de tirar “suas próprias conclusões”. Com a matéria em comento, não é diferente.

Abro um parênteses para dizer que, aqui ou ali, certamente, surgirão espíritas que irão “torcer o nariz” para a reportagem, e, mais à frente, aparecerão aqueles que, com pinça e lupa, irão encontrar uma ou outra “inverdade” ou “atentado” à “pureza doutrinária”. Tanto pelas colocações jornalísticas, algumas opinativas ou conclusivamente pessoais, quanto pelas citações ou paráfrases de depoimentos ou comentários dos especialistas espíritas consultados. Gente que assim procede, sinceramente, de minha parte, não merece nenhum crédito. Estou, verdadeiramente, farto dos chamados “guardiães do espiritismo”, “leões de chácara” que estão ali, à espreita, prontos para avançar ferozmente sobre suas “presas”, como a apontar todos os dedos para os “defeitos” dos outros (ou, como assaz acontece, para aquilo que “julgam” ser defeitos ou falhas), e, em sua imensa maioria, não prestam qualquer outro serviço relevante à disseminação das idéias espíritas na Sociedade. Portanto, para que não fiquemos, aqui, tergiversando sobre assuntos paralelos, deixemos estes companheiros de lado.

Voltando ao tema principal – a divulgação das idéias espíritas para o público leigo, através de poderosos veículos de comunicação – devemos, sinceramente, valorizar este momento. Com a revista, assim como as novelas – ou, ainda, os filmes de cinema – o relevante é que o assunto “está no ar”, motivando leituras, comentários, conversas e, por que não, discussões acaloradas, quando, em essência, sempre surgem os que (apaixonadamente) defendem ou contrariam certas idéias. Tenho certeza de que, de norte a sul deste país, a partir do “mote” sugerido pela reportagem de capa da IstoÉ, aparecerão pessoas que dirão: - Isto também aconteceu comigo (ou, com meu filho, sobrinho, neto, o filho da vizinha, etc.). Eu vi com meus próprios olhos. O “fulano” realmente dizia que falava com “amiguinhos” (para nós) invisíveis.

E, como em todo contato interpessoal, no “calor” dos diálogos, haverá os que se manifestarão de modo concorde à existência de Espíritos, ao “retorno” dos “mortos”, às relações travadas entre encarnados e desencarnados, à influência destes últimos nos acontecimentos da vida, e os que afirmarão tratar-se de fantasia, imaginação fértil e continuação de enredos de livros, filmes, ou coisas do gênero.

Da reportagem, pinço, outrossim, algumas considerações muito válidas e oportunas:

a)      a mediunidade, em caráter espontâneo, é circunstância comum na infância, em face, principalmente, da proximidade (temporal) do espírito encarnado com o período em que esteve no Plano Espiritual, preparando-se para o (novo) regresso, e, portanto, possui, como que uma “maior sensibilidade”, estando, muitas vezes, mais do “lado de lá” do que “do de cá”;

 

b)      a referência ao inesquecível Chico Xavier, que teve desabrochada sua mediunidade a partir dos cinco anos de idade, serve como parâmetro para inúmeros casos da atualidade, em que crianças vêem e conversam constantemente com pessoas próximas ou familiares (conhecidos dela ou não, nesta vida), e a relação que se trava é de caráter valorativo positivo, seja porque os entes queridos só desejam “proteger”, “amparar”, ou, até, “matar saudades”, seja em função de que muitos, na espiritualidade, recebem a incumbência de atuar como espíritos protetores daqueles que se encontram vivendo na matéria. Ainda assim, com a mediunidade é uma faculdade espiritual (todos a possuímos), o exercício mediúnico irá determinar a tendência para esta ou aquela “habilidade” mediúnica (psicografia, vidência, audiência, intuição, clarividência, incorporação, atendimento e assistência, etc.), a qual, se educada e orientada, poderá resultar em visíveis benefícios espirituais (tanto para o médium, pelo exercício correto da tarefa, quanto por parte das pessoas que recorrerem àquele);

c)      a comunidade científica ou médica, principalmente no caso de especialistas que lidam, diariamente, com infantes, independentemente de suas crenças íntimas, passa a ler e a estudar a matéria, com olhos “clínicos”, para poder melhor atender sua clientela.. Antes, se percebíamos médicos céticos, reticentes e combativos às idéias espíritas, já constatamos que, embora em muitos casos, o ceticismo não tenha desaparecido, – até por questões profissionais, já que a teoria deve estar, sempre que possível, amparada em experimentação – a “mera” desconfiança ou o pontual descrédito (em decorrência do desconhecimento ou de preconceitos) é substituída pela oportunidade de agregação de informações e, na ponta, a definição da melhor diagnose, acompanhamento e prescrição clínica, considerando, ainda, que nenhuma ciência é totalmente auto-suficiente, esbarrando em barreiras que, pela imprecisão dos conceitos e pela insuficiência de informações ou práticas, não se tenha, ainda, respostas a determinadas questões de nossa atualidade;

d)      o termo “possessão”, usado em alguns trechos, pelos jornalistas, embora tecnicamente não adequado, já que há, na imensa totalidade dos casos, uma “influenciação”, um contato motivado pelo interesse recíproco, mas não a nível de “dominação” de um (ou uns, já que podem – e são – diversas as entidades em contato com a criança) pelo outro, desde que, os pais ou pessoas mais próximas, de modo diligente, possam perceber, em diálogos com os infantes, quais as características do “amigo invisível”, se é, realmente, amigo ou não, já que, em alguns casos, “inimigos” do passado, do outro lado da vida, buscam acompanhar aqueles que reencarnam, para tentar influenciá-los, negativamente, ou até atrapalhar seu livre desenvolvimento no curso da materialidade. Em todos os casos, entretanto, de um modo mais ou menos consciente, é necessário que o encarnado “queira” a simbiose, o envolvimento, estabeleça a parceria, por sintonia mental-espiritual (não há “vítimas”, portanto);

 

e)      há uma linha distintiva entre ficção e realidade, fantasia e verdade, que se estabelece a partir de certas “revelações” que a criança, de modo espontâneo, possa indicar. Nomes de pessoas, detalhes de lugares, descrição de objetos, familiaridade com instrumentos musicais ou habilidades e competências que só poderiam ser desenvolvidas com a experiência (trabalhar com números, recitar poesias ou trechos de livros, falar outras línguas, por exemplo), dão-nos conta de que “há um passado” e este não pode ser desprezado, nem pela criança, nem pelos circunstantes. Por detrás do “véu do mistério” há, sim, contornos vívidos da realidade da seqüência existencial, no conjunto das vidas sucessivas, e o retorno à Terra configura, também, a oportunidade de crescimento espiritual, mormente pela continuidade de desenvolvimento de especialidades iniciadas em vidas pretéritas;

f)        a procura por instituições espíritas sérias e a freqüência a serviços de atendimento nelas existentes é elemento importante, tanto para a compreensão da criança e dos demais sobre o que realmente se passa com ela, quanto para, se for o caso, o atendimento de entidades desencarnadas que, inadvertida ou propositadamente, possam estar causando transtornos aos encarnados, pela influência (ou presença) excessiva. Há, ainda, quem ministre passes, como forma de esclarecimento (dos encarnados e desencarnados), e, terapeuticamente como forma de aliviar as preocupações e a angústia que, porventura, a família esteja experimentando, ainda mais se considerarmos que grande parte das pessoas não tem familiaridade com a temática e não tem instrução espiritual para “lidar” com tais questões; e,

g)      do contrário a outras filosofias, embora as respeitemos, o Espiritismo não advoga a idéia de que crianças (e adolescentes) devam “exercer” a mediunidade em instituições espíritas e seus trabalhos específicos, uma vez que o organismo físico-psíquico ainda não plenamente desenvolvido pode ser prejudicado, com risco de grandes abalos à sua saúde. Salvo casos excepcionais – como o do próprio Chico e sua dinâmica mediunidade – mesmo sendo uma faculdade e, considerando a existência de “flancos” para o desabrochar de ditas mediunidades, como as citadas antes – melhor é, para a criança, a freqüência a ambientes e atividades peculiares à sua faixa etária (educação infantil, infanto-juvenil e estudos sistematizados), sem descurar do acompanhamento da mesma por médiuns experientes, inclusive com vidência, para que, em um momento mais adequado e, com o preparo devido, possa aquele ser trabalhar com sua mediunidade, segundo as balizas contidas na obra de Allan Kardec, para o benefício de si mesmo e do próximo.

Finalizando este ensaio, dizemos estar alegres e satisfeitos com a escolha da Editora Três (que publica a revista IstoÉ), em abordar mais um assunto espírita-espiritual, com o respeito ao conteúdo filosófico e à prática espírita, consultando, inclusive, especialistas espíritas ligados ao tema, contribuindo, decisivamente, para um jornalismo investigativo, independente e construtivo, porque informa e abre perspectivas, não “fecha questões”, e permite ao leitor o exame pessoal e a seleção das informações que melhor lhe sirvam para a vida. Parabéns à editora, aos jornalistas e, também, a nós espíritas, que temos a oportunidade de ver as idéias de nossa doutrina espalhadas sem a necessidade de investimento financeiro de nossa parte.

Marcelo Henrique Pereira  cellosc@floripa.com.br

Notícias da CEPA

CREAR – Consejo de Relaciones Espírita Argentino

V Jornada Argentina del Pensamiento Espírita

La Sesión Mediúmnica – Objetivos y Métodos

 

    El Consejo de Relaciones Espíritas Argentino, CREAR, convoca a la V Jornada Argentina del Pensamiento Espírita, a realizarse en el Teatro Laserre, de la ciudad de Rafaela, los días 25 y 26 de Mayo de 2007.

    Las jornadas son pensadas como un evento que se constituya en un foro amplio y abierto a las ideas del movimiento espírita. Entre sus objetivos está el de contribuir a generar en el Espiritismo Argentino un movimiento de ideas que nos enriquezca como espíritas y alimente nuestas Instituciones, como también posibilitar el relacionamiento y la confraternización entre los espíritas argentinos.

    En esta ocasión la Jornada cuenta con el apoyo del Grupo UEA -Unificación Espírita Argentina- que el CREAR integra desde su formación y que comparte los objetivos iniciales de esta convocatoria.

    El tema elegido para desarrollar es "La sesión mediúmnica: objetivos y métodos", considerando su importancia no solo en el progreso del espiritismo, sino tambien de sus instituciones. Creeemos fundamental analizar y compartir las experiencias de cada institución, su fundamento teórico y los objetivos de su práctica, fomentando un intercambio enriquecedor basado en el respeto y el entusiasmo por aprender. Paneles y talleres organizados con ese fin intentarán darle el marco apropiado a esta idea.

    Les pedimos a todos nuestros amigos que agenden esta fecha y se reserven un tiempo para acompañarnos en este emprendimiento que realizamos con todo el cariño que este hermoso ideal nos contagia.

    En próximas comunicaciones iremos dando detalles de temario y organizativos, poniéndonos a disposición de cualquier sugerencia o consulta que quieran realizar.

 

Gustavo Culzoni                                                                                        Raúl Drubich

Secretario   

                                                                                              Presidente

 CPDoc convida 

Sábado 24 de fevereiro - 15:00hs Evento CPDoc/CEPAmigos - realizado no C.E.E. Herculano Pires a Rua Alicante Penha São Paulo lançamento para nós

 

do livro " Luiz Olympio Telles de Menezes - VOZES DO CÉU- Os primeiros momentos da Edição Kardecista no Brasil "  - Prof. Drª Magali Oliveira

 Fernandes.

 

Edições Mandacaru, Livraria Cultura
e a Autora convidam para o lançamento de

VOZES DO CÉU
OS PRIMEIROS MOMENTOS
DO IMPRESSO KARDECISTA NO BRASIL
de
magali oliveira fernandes

Às 19h - Reunião do CPDoc -  discussão do trabalho de Reinaldo Di Lucia.

Domingo 25 de fevereiro - 9h - discussão da proposta do Mauro sobre curso de espiritismo pela internet  e reunião administrativa. 

 

CEPA no CNS

A representação da CEPA na reunião de janeiro no CNS (Conselho Nacional de Saúde do Brasil), além de contar com Néventon Vargas, que nos representa junto àquele órgão, esteve reforçada com a presença do 1o Suplente Luiz Antônio de Sá.

Temas de destaque: Residência Multiprofissional; 13ª Conferência Nacional de Saúde; Terceirização de Gerências e Gestão do SUS; Política Nacional de Atenção Integral a Saúde de Adolescentes e Jovens; Informes da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa; Construção do Plano Nacional de Saúde.
 

Coluna do CPDoc

 

Espiritismo: uma religião brasileira

 

A CEPAmigos e o CPDoc promoveram interessante debate com o professor José Luiz Santos, autor do livro “Espiritismo: uma religião brasileira”, escrito a partir dos estudos que desenvolve na área de representações sociais e simbolismos, analisando a cultura como dimensão do processo social. Professor titular de antropologia da UNICAMP, fez interessante análise da inserção do espiritismo no Brasil, que se deu por meio da elite cultural, branca, letrada e católica, que falava francês e ocupava funções sociais de prestígio (militares, juizes, etc.). Segundo ele, os primeiros espíritas, principalmente os “científicos”, eram progressistas, anti-escravagistas e pró-republicanos.

Destacou que naquele contexto o catolicismo enfrentava problemas com o império e por isso não atendia a expectativa da cultura brasileira, que ansiava por coisas espetaculosas. Além disso, o espiritismo surgiu em sintonia com o paradigma dominante do século XIX, o evolucionismo teleológico, que propunha um sentido ao paraíso, o lugar perfeito para onde natural e inexoravelmente evoluiria a sociedade.

            Sustenta que, culturalmente, o espiritismo foi uma idéia bem dirigida, que se organizou com força a partir do Rio de Janeiro em duas correntes: a científica e a religiosa, que lutavam politicamente pelo controle da FEB e do movimento.  Segundo ele, a República criminalizou o espiritismo, período em que os científicos tomaram a FEB, por pouco tempo. O espiritismo se consolidou como religião quando Bezerra de Menezes assumiu a FEB, após a Revolta da Armada e a repressão desencadeada por Floriano Peixoto. Os científicos foram afastados e Bezerra decidiu ampliar o serviço social da FEB, dando respostas onde o Estado estava omisso e concorrendo com as igrejas católica e protestante pela primazia da caridade. Foi a corrente religiosa, vinculada ao roustainguismo, que passou a influenciar efetivamente a cultura brasileira, enquanto uma religião cristã, assentada na caridade e em uma estrutura religiosa sui generis: uma religião de leigos, assentada em grupos familiares, com autonomia entre os grupos e sem a hierarquia tradicional, uma vez que o médium excluía a necessidade de intermediário eclesiástico na relação com Deus.

            Destacou como o processo de federalização e unificação do movimento, mesmo o pacto áureo, não conseguiu fazer a doutrinação do movimento. Sustenta que a força do espiritismo foi - e continua sendo - a sua capacidade de conseguir avançar apesar das dissensões (ramatizismo, ubaldismo, armondismo, nova era, umbanda, racionalismo cristão, etc), inclusive incorporando uma parte desses segmentos ao movimento unificado.

O Prof° José Luiz atribui a grande inserção cultural do espiritismo na sociedade brasileira à psicografia e à mediunidade receitista homeopática, efetuada inclusive por médicos espíritas alopatas, como o próprio Bezerra de Menezes. Destacou o papel relevante de médiuns como Batuíra e principalmente Chico Xavier, por meio do qual a psicografia ficou mais conhecida a partir da década de 30.

Para ele, a influência do espiritismo se consolidou a partir do momento em que se transformou em uma religião brasileira, durante a República e, depois no Estado Novo, em que era proibido praticar o espiritismo, mas permitida a prática de religiões. Para fugir da repressão, os espíritas passam a se dizer religiosos, definindo a disputa em torno da corrente religiosa roustainguista, já dominante no movimento federativo.  Além disso, soube usar como poucos as suas instituições filantrópicas como estratégia de enfrentamento da repressão (primeira república e Estado Novo) e, após, como meio de legitimação social. Ressaltou ainda a importância da criação de meios de comunicação próprios para a difusão do espiritismo no Brasil, destacando que o processo de expansão acabou sendo limitado pela leitura, restrita à classe média.

Tudo isso fez com que o espiritismo se consolidasse como um movimento social de classe média, proporcionando velhos e novos sentidos culturais.

Para ele, a cultura básica do Brasil é a católica, fundamentada em “400 anos de catolicismo medieval, pois a reforma só chegou ao Brasil no século XIX”. E concluiu: “se não fosse a religião espírita o espiritismo não teria sobrevivido e se imbricado na cultura brasileira”.

Apesar do pequeno número de pessoas que se declaram espíritas nos Censos, a sua influência na cultura brasileira é imensa. Defende que o espiritismo entrou e organizou concepções já existentes na sociedade brasileira e que culturalmente é mais importante que a sua estrutura real.

O espiritismo se tornou uma religião no Brasil e se expandiu pelo mundo por meio de brasileiros (e a dificuldade para ampliar ainda mais o processo de expansão reside no fato de que é brasileiro demais).

Sobre a CEPA e o que ela representa no contexto do movimento espírita brasileiro, afirmou que é preciso esperar um tempo para avaliar se não é apenas mais uma demonstração da vitalidade da “religião espírita”. Entende que se a CEPA tanto pode ser absorvida, recompondo o movimento religioso, como pode ser protagonista de mudanças, criando novas possibilidades e perspectivas para o espiritismo.

 

Ademar Arthur Chioro dos Reis - arthur@iron.com.br - , médico sanitarista e professor universitário, 2º vice-presidente da CEPA e membro do CPDoc.

Opinando

Desencarnou Amílcar Del Chiaro Filho

Geraldo S.Spínola, Delegado da CEPA em São Paulo, Diretor do C.E.E. José Herculano Pires, enviou a este boletim emocionado depoimento sobre Amílcar Del Chiaro Filho, destacado líder espírita desencarnado em 30 de novembro último. Nesta página, que abrimos com o depoimento de Geraldo, estaremos registrando outras mensagens que recordam Amílcar.

O espiritismo teve um dos seus mais ilustres baluartes o nosso querido Amílcar Del Chiaro Filho, da cidade de Guarulhos/SP, que, neste dia 30 de novembro/2006, deixou a condição de encarnado, depois de passar por penoso período de enfermidade e internação na unidade coronariana do INCOR, em São Paulo.

Nosso respeito e justa homenagem a esse grande homem, livre pensador, trabalhador incansável e líder do  movimento com atuação em diversos Centros espíritas.

Dirigente da USE - União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, foi diretor fundador do Núcleo de Estudos Espíritas Herculano Pires, de Guarulhos.

Brilhante articulista, colaborador de diversos jornais e revistas espíritas de todo o país, sua principal tarefa como divulgador do pensamento espírita foi de radialista, produzindo e apresentando junto com outros companheiros, diversos programas da Rede Boa Nova de Rádio.

Amigo e sempre muito presente, era também solicitado para ocupar as tribunas dos Centros Espíritas, bem como de solenidades e confraternizações diversas, o que sempre fez com elevado sentimento de zeloso prestador de serviços da causa doutrinária.

No Centro de Estudos Espíritas José Herculano Pires, na Penha, São Paulo, o nosso Amílcar era sempre lembrado pelas suas colocações sobre a doutrina e figura obrigatória como palestrante nas reuniões festivas.

Um exemplo, um modelo como estudioso do espiritismo. Contava em roda de amigos que leu e releu nada menos de 07 vezes a Revista Espírita de Allan Kardec, composta de 12 volumes encadernados, tendo cada volume aproximadamente 300 páginas. Sempre falava da sua vocação pelo estudo da doutrina espírita.

Amílcar teve, também, grande destaque como intelectual. Publicou 09 obras que alcançaram grande repercussão e valiosa contribuição à cultura. Seus livros são considerados preciosos para o conhecimento espírita.

Encerramos dizendo: até breve Amílcar. Obrigado por tudo que fez e produziu pela nossa doutrina, na certeza de que sua passagem entre nós jamais será esquecida. Nossos sinceros votos de sucesso na nova jornada que inicia hoje. Continuaremos contando com a sua sabedoria para as atividades de divulgação que nos compete realizar.

A emoção nesse dia da sua despedida vai muito além de Guarulhos. Estamos unidos para prestar-lhe a nossa homenagem e manifestar nosso carinho e amor por você.

Geraldo S. Spinola

 

 

Amílcar Del Chiaro Filho (1935/2006)

 

Alguns depoimentos sobre Amílcar, Delegado da CEPA em Guarulhos, que desencarnou em 30 de novembro último

 

 

Denize de Assis Ribeiro – Guarulhos/SP.: “Um livre-pensador que sabia conviver com as diferenças, aplicando a ética da fraternidade”.

 

“Conheci o Amílcar em 1973, quando de uma visita ao Discípulos do Evangelho, um Centro Espírita construído pelos hansenianos no interior do Hospital Padre Bento, aqui em Guarulhos. A partir dali, passei a admirá-lo, pois ele estava indo de bicicleta, para o Centro e o que me surpreendeu foi que eu tinha notícias de que ele houvera amputado a perna em 74, devido a uma infecção e ele confirmou isso. Então, num prazo de um ano, ele fez a cirurgia, recuperação, adaptação da prótese e já estava pedalando sua bicicleta por todos os lugares da cidade?!. Foi o início a uma forte e bonita amizade. Embora houvesse uma diferença de apenas doze anos de idade, ele e sua esposa, carinhosamente chamada de Nenê (Leonil), cuidaram de mim, não tão somente como enfermeiros que eram, mas como se fora uma filha, em vários momentos de necessidade, como foi o caso da minha gravidez. Nenê, também, alguém muito especial, abdicou muitas vezes de horas de lazer e de descanso, para cuidar de ambos filhos com necessidades especiais e  deixá-lo livre para os seus compromissos com o Espiritismo.

            Assim foi ao longo de muitos anos onde, juntos, programávamos, desenvolvíamos e levávamos a efeito eventos em nome da USE-Guarulhos, e sempre carregados de muito religiosismo.  Em 1984, se não me falha a memória, aconteceu o Congresso da USE em Águas de São Pedro. Amílcar e eu, entre outros companheiros de Guarulhos,estávamos lá. Apresentações feitas por alguns amigos, como Jaci Regis, Mauro Spínola, Ciro Pirondi, vieram nos despertar para um repensar sobre o Espiritismo e o que estávamos fazendo com ele. A partir dessas reflexões, foram longos os diálogos sobre várias questões doutrinárias, agora, sob um novo olhar. Lembro-me que numa certa Semana Espírita, com a casa lotada, mais de trezentas pessoas, ao abrir o evento, diante do microfone, fazendo algumas colocações sobre o Espiritismo, ele, pela primeira vez, em alto e bom som, disse que fazia questão de registrar ali, que, para ele, Amílcar, o Espiritismo nunca foi uma religião, embora fizessem dele, uma religião e respeitava isso.

Abro aqui um parênteses para dizer que, como o bem conheci, ele era, nas palavras de amigos, cheio de poesia em seus textos, em suas obras, mas agora, um livre-pensador que sabia conviver com as diferenças, aplicando a ética da fraternidade (L.Signates). Através dele, fui apresentada à CEPA, ao seu livre-pensar. É preciso salientar também que ele sempre fez questão de levar a público a adesão do GEPEHP (Gr. De Estudos e Pesquisas Espíritas Herculano Pires, fundado por ele) à CEPA, e defensor das suas idéias, mesmo diante daqueles que não conseguem enxergar e entender o movimento cepeano. Abria, sempre que possível, as portas da USE para apresentações da CEPA. Me ensinou que as idéias são para ser discutidas, e a amizade deve sobreviver a elas”.

 

 

 

Nícia Cunha – Cuiabá/MT: “Uma doce pessoa que sublimou todos os seus percalços”.

 

“O Amílcar era uma figura ímpar. Pela sua trajetória conturbada em termos de saúde e exílios afetivos, tinha tudo para ser ranzinza, inconformado e azedo.

 

    Entretanto, era uma doce pessoa, que sublimou todos os seus percalços, empenhando-se nas tarefas de auxílio e esclarecimento, seja ao microfone das rádios, seja com sua produção literária constituída de livros biográficos, contos, artigos, etc.

 

    Muito antes de a palavra "alteridade" tornar-se moda no movimento espírita, o Amílcar já vivenciava o diálogo, a convivência tolerante e fraterna - e até mesmo interessada, pois sempre se colocava na posição de aprendiz, embora fosse mestre.

     Não se pode falar em perda, pois como todos sabemos, nada se perde, tudo se transforma. Mas ao nos despedirmos de seu físico, ficamos com a certeza de que não perderemos seu espírito, pois conhecendo sua natureza propensa ao auxílio, acreditamos que estará por aqui, para nos ajudar a conseguir a estatura humana e moral que ele já tinha”

 

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Iva Paula Roberta Sparano, Guarulhos/SP: “Extraia a felicidade das coisas mais simples e belas da vida e as aplicava em seu cotidiano”.

“Senhor de um brilhante gênio, ótimo humor e uma simplicidade inenarrável, Amilcar deu-nos um grande exemplo de resignação aliada a força e crença na divindade desde sua infância, na superação da hanseníase, até o dia e hora de seu desencarne.

Amilcar extraia a felicidade das coisas mais simples e belas da vida e as aplicava em seu cotidiano e também com o objetivo de ajudar a aqueles que recorriam a ele, ora para tomar conselhos, ora em busca de consolação fraternal.

Um admirável exemplo de Ser Humano e amigo. Em ocasião de sua despedida no Cemitério São Judas Tadeu, um antigo amigo de Amilcar disse uma frase que resume perfeitamente a vida deste homem memorável: Amilcar nasceu, renasceu e nasceu de novo!”

 

            Luiz Fuchs, São Paulo/SP: “Homem de profunda religiosidade, sem vincular-se aos desvãos da religião”.

           

            “Todos nós nos sentimos muito sensibilizados com sua partida, meu irmão... 

            Você foi um dos amigos mais sinceros que tive nos ambientes espíritas.

            Feliz você, que ascende a ambientes espirituais compatíveis com as suas qualidades espirituais. Feliz, ainda, por que, despido das severas limitações que esta vida material lhe impunha, está sendo muito abraçado por todos aqueles que o amavam e o antecederam na morada do espírito. Feliz, por que reencontrará os escolhidos de seu coração...

            Homem de profunda religiosidade, sem vincular-se aos desvãos da religião, Amílcar torna-se exemplo para nós:corajoso no livre pensar, lutador incansável pelos ideais espíritas e incondicional admirador de Allan Kardec.

 

 

            Jacira Jacinto da Silva, Bragança Paulista/SP: “Contando praticamente com uma perna e uma mão saudáveis, deu de chinelo na preguiça, na mediocridade e na vaidade.

 

 

Seu amor pelo seu filho... Meu Deus! Me lembro de um desabafo e de uma confidência que me fez, cujo conteúdo estava impregnado de amor por aquele filho; era pura doação. Abdicou de fazer coisas que adorava, como falar em público e participar de eventos espíritas para protegê-lo! Quanto desprendimento!

            A superação das dificuldades físicas é lição de corar os mornos. Quanto trabalho, quanta luta, quanta produção! Contando praticamente com uma perna e uma mão saudáveis, deu de chinelo na preguiça, na mediocridade e na vaidade.

 

            Mauro de Mesquita Spínola, São Paulo/SP: “Siga firme, velho poeta, sua jornada de sabedoria e poesia”.

 

            “Suas palestras eram poesia pura, mostravam a harmonia do universo e a beleza do espiritismo.

Toda vez que conversava com você eu aprendia demais. Suas conversas transmitiam paz e emanavam rimas de amor, bom-humor, esperança e amizade.

            Siga firme, velho poeta, sua jornada de sabedoria e poesia.

Continue cobrindo o seu caminho com amor às pessoas, tanto quanto ao conhecimento, à verdade e à justiça (você ensina sempre, na prática, que não existe amor sem eles)”.

 

CREAR - Consejo de Relaciones Espírita Argentino: “2006, un año muy positivo en muchos aspectos, alcanzando objetivos básicos de esta agrupación”

 

Informe de Actividades del Consejo de Relaciones Espíritas durante el año 2006.

 

Queridos amigos del CREAR y de CEPA:

 

            Un nuevo año está finalizando y a través de este informe queremos resumir las actividades en las que Crear estuvo presente. Sin duda un año muy positivo en muchos aspectos, alcanzando objetivos básicos de esta agrupación qué, como lo expresamos en el informe de 2005, “objetivos basados sobre todo en el acercamiento afectivo, la relación solidaria y comprensiva entre las partes, y el progreso de las ideas espíritas como conocimiento en evolución permanente.

            Hemos intensificado los vínculos con muchas instituciones espíritas argentinas. El grupo conformado dentro de la UEA ha logrado afianzarse y a partir de allí Crear va consolidando su compromiso de relacionamento. En un clima afectivo y pluralista fuimos conociendo personas e instituciones, visitando muchas de ellas y desarrollando un sentimiento de pertenencia, de tolerancia y respeto por todos, comprendiendo sus luchas, sus conquistas y sus limitaciones, que en términos generales colorean de la misma manera todo el espectro de las sociedades espíritas actuales.

            Sociedades espíritas en general con debilidades estructurales, llevadas adelante por pocas personas con un gran compromiso, pero que buscan como medio de progreso el relacionamento con otros grupos. Esta apertura es una novedad que deviene de la necesidad de transformar las debilidades unitarias en una fortaleza grupal. Todos los espíritas nos estamos dando cuenta del valor de la unión y la armonía, de la apertura y la tolerancia, produciendo el salto necesario que le pueda dar solidez al espiritismo de cara a la sociedad.

            Poco a poco viejos prejuicios van dando lugar a nuevos paradigmas que borran los límites establecidos históricamente entre distintas organizaciones, paradigmas que mueven el eje desde lo individual hacia lo grupal, promoviendo modos de trabajo y conducción de carácter pluralista basado en el respeto y el reconocimiento del valor de lo diversidad.

            Este gran proyecto se vio reflejado en el Taller realizado en Sociedad Constancia, donde participaron mas de 90 personas de distintas corrientes doctrinarias en un clima distendido, de intercambio afectivo y en armonía. También allí pudimos comprobar el interés general por el trabajo grupal y la participación, sumándose instituciones de distintos lugares del país.

            Todo es muy reciente, el entusiasmo desborda muchas veces y somos quizás demasiado optimistas. Sin embargo podemos soñar con un espiritismo diferente, podemos intentarlo y proyectarlo desde Argentina hacia América, involucrando mas organizaciones y personas que, en estos nuevos tiempos, sin duda ya están preparadas para el cambio.

            Crear, como grupo de instituciones, tiene una oportunidad histórica de participar de este cambio y a través del esfuerzo de sus integrantes ser un eslabón más de esta cadena.

            Es cierto que internamente las instituciones tienen limitaciones y problemas y que debemos luchar por ellos como primer medida, cada cual asumiendo sus responsabilidades, pero la proyección, lejos de debilitarnos, fortalece los proyectos internos y sana heridas. Dicen los especialistas que la salud mental está relacionada directamente con la cantidad de relaciones sociales que el sujeto tenga. Que el aislamiento en los propios problemas enferma y compartir con otros alivia.

            Ver en los demás las luchas propias, compartir los desvelos y frustraciones, recibir una sonrisa bienhechora y un abrazo complaciente, dar una palabra de aliento, ayudar a desmenuzar un concepto o un método, nos estimula, nos fortifica y nos devuelve mas respetuosos y menos intransigentes. Debilita el juzgamiento y el personalismo y esas energías se conducen hacia estados positivos.

            Con ese propósito CREAR invita a sostener este nuevo período y a contagiarlo entre aquellos que aún escépticos, puedan cambiar y sumarse al trabajo.

 

A continuación el detalle de las actividades más importantes desarrolladas a lo largo del año:

 

El día 8 de abril, se realizó la Reunión de Comisión Directiva de CREAR, en la Sociedad Espiritismo Verdadero.                              

Miembros presentes: Raúl Drubich, Gustavo Molfino, Dante López, Gustavo Culzoni, Juan Carlos Cenizo, Graciela Arano, Hugo Beascochea, Lilian de Beascochea, Mabel Zanetti de Maero, Maxi Oggero.

 

Tal como estaba previsto el día sábado 06 de mayo, asistimos a la reunión del grupo UEA, en la CEA, en Buenos Aires. Representando al CREAR estaban Fernando Novello, Antonio Bruni, Alfredo y Matías Quintana y Raúl Drubich. En esta reunión Alfredo Quintana deja su cargo de coordinador del grupo y lo asume Jorge Moltó, de FESBA.

 

El día sábado 03 de Junio, asistimos a la reunión del grupo UEA, en la Asociación La Fraternidad, en Buenos Aires. Representando al CREAR estaban Fernando Novello, Antonio Bruni, Ricardo Guzmán, Dante López y Mónica; Gustavo Culzoni y Any; Gustavo Molfino y Carina; Claudio Drubich y Raúl Drubich. En la misma CREAR realizó una sesión mediúmnica demostrativa y luego se desarrolló una reunión administrativa.

 

Ese mismo día 03 de junio a las 19 hs, Raúl Drubich presentó una conferencia en Asociación Constancia: Charla - Debate: "Transcomunicación Instrumental: ¿las mesas parlantes del Siglo XXI?

Presentación de un caso actual de transcomunicación y debate de las consecuencias doctrinarias de este modo de comunicación con los espíritus.

 

El día sábado 29 de Julio, asistimos a la reunión del grupo UEA, en Sociedad El Triángulo de Avellaneda. Bs.As. Se encontraban presentes por CREAR, Gustavo Molfino y Carina; Dante López y Mónica; Fernando Novello, Ricardo Guzmán y Antonio Bruni. La institución anfitriona realizó una sesión mediúmnica demostrativa y luego se desarrolló una reunión administrativa.

 

Día sábado 05 de Agosto: con motivo de recibir en Rafaela al conjunto directivo de Luz de la Pampa, cuyos miembros participaron de un trabajo específico este día por la tarde, se realizó una reunión de Comisión Directiva de CREAR, por la mañana, a partir de las 9: 00 hs en Espiritismo Verdadero. En la misma se resolvió realizar los días 25/26 de Mayo de 2007, en la ciudad de Rafaela, la V Jornada Argentina del Pensamiento Espírita.

 

Día 25/26 de Agosto: invitados por el grupo de unificación de centros espíritas de Santa Rosa, La Pampa, realizamos 2 actividades programadas en estos días.

Para el viernes 20 Hs, en la Sociedad La esperanza del Porvenir, Raúl Drubich presentó la conferencia: "Causas y efectos, karma y reencarnación". Actualización doctrinaria, charla y debate.

Para el sábado, en la sala del Consejo Deliberante de la municipalidad de Santa Rosa,  conferencias de Raúl Drubich: "La relación entre los sexos en la familia humana". Breve historia y desarrollo de los roles femenino y masculino en la familia y sus consecuencias sociales; y de

Hermas Culzoni: "El concepto espiritual de la familia". Causalidad espiritual de las relaciones familiares. Trascendencia del sentimiento de amor. Acompañaron a los oradores los compañeros locales de Luz de la Pampa y de Rafaela, María Elena de Drubich y Agustín Masut.

 

Día 05 de Setiembre partieron hacia Miami la delegación del CREAR a la XV Conferencia Regional Espírita de CEPA.. Nos representarán en este trascendental evento: Antonio y Mirta de Bruni, Gustavo y Carina Molfino, Dante y Mónica López y Claudio y Lili Drubich.

Una intensa actividad caracterizó el viaje de nuestros compañeros participando como panelistas y en el foro de temas libres, y también en las reuniones del Consejo Ejecutivo de CEPA, en representación de CREAR.

 

Tal como estaba previsto se realizó en la ciudad de Buenos Aires, el día sábado 14 de Octubre, el encuentro organizado por el Grupo U.E.A. (Unificación Espírita Argentina), donde a partir de un detallado programa de trabajo se buscó como objetivo un encuentro pluralista que convoque todas las instituciones espíritas del país. La delegación de CREAR presente fue de 20 personas, pertenecientes a Espiritismo Verdadero, Luz de la Pampa, FYME y Demetrio Montú.

 

En el encuentro en Constancia, Juan Carlos Cenizo, presentó un CD y un cuadernillo con los temas de la IV Jornada del Pensamiento Espírita realizadas en Buenos Aires, en 2005. Lo mismos fueron distribuidos entre las instituciones presentes, destacándose la calidad de la presentación de la edición.

 

El mismo sábado 14 de Octubre, la Agrupación Juvenil Joaquín Soriano de Espiritismo Verdadero, realizó un encuentro de jóvenes en el Complejo La Paisanita, en las sierras de Córdoba. Al mismo asistieron jóvenes de las ciudades de Córdoba, Mar del Plata, Santa Rosa, Virginia y Rafaela. Se realizaron actividades doctrinarias y recreativas organizadas y llevadas a cabo con total éxito, reeditando los encuentros juveniles de años pasados y abriendo para el futuro nuevas relaciones.

 

En la ciudad de Mar del Plata, se desarrolló un Encuentro de Jóvenes Espíritas, organizado por FESBA los días 5 y 6 de noviembre. Con presencia de jóvenes de Espiritismo Verdadero participamos de esta nueva experiencia emprendida por la juventud espírita de FESBA. En esta ocasión Dante López fue invitado a dar una conferencia que se tituló “La Educación del Espíritu” en el marco del encuentro, representando a CREAR y a CEPA.

En la ciudad de Buenos Aires, del 8 al 20 de Noviembre de 2006, CREAR a través de Raúl Drubich en una conferencia y un panel, junto a otros compañeros que lo acompañaron, participó de la muestra Imágenes de lo Oculto, Exposición Fotográfica de Espiritismo, Esoterismo y lo Paranormal. Una nueva puerta se abrió de esta forma a la difusión pública del espiritismo, nucleando expositores de distintas vertientes en un encuentro netamente pluralista.

El día 18 de noviembre, se desarrolló una reunión del grupo UEA, en la Sociedad Espiritista Luz y Vida, de Buenos Aires. El equipo de sesiones de esta institución ofreció una demostración de actividades mediúnicas. Posteriormente se desarrolló una reunión administrativa.

Desde la Comisión Directiva del CREAR, queremos agradecer a todos los compañeros y compañeras que han hecho posible concretar estas actividades y desearles de corazón, un feliz final de año y un exitoso 2007, recordando el compromiso de trabajo asumido para la realización en Mayo de la V Jornada del Pensamiento Espírita Argentino.

            Muchas gracias.

 

Gustavo Culzoni                                                       Raúl Drubich

Secretario                                                                  Presidente

 

 

Publicações Recebidas

Neste espaço, consignamos o recebimento de publicações espíritas enviadas a título de cortesia para a CEPA ou para o Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, sede de redação do boletim. Pela limitação de espaço, o registro obedece a rodízio que permita a citação alternada de todas as publicações eventual ou habitualmente enviadas.

 

A Enigmática História de Sasha DimitriRomance mediúnico psicografado por Sarah Kilimanjaro, “pelo Espírito Wera”. 328 páginas. Editora Vôo Livre em Tempo e Vida – Rua Dr.Pena, 323, centro, Bagé, RS. Brasil, CEP 96400-300. E-mail: sarah@alternet.com.br . Preço de capa: 27,90, distribuição da AJR.

 

Correio Fraterno – Jornal espírita da Editora Espírita Correio Fraterno do ABC. Ano 39, 412, Novembro/Dezembro 2006. Reportagem de capa da edição: “Pelos quatro cantos do mundo”, destacando: “o aumento do fluxo de brasileiros pelo mundo favorece o entendimento sobre o que é o Espiritismo”. www.correiofraterno.com.br .

 

Correio Espírita – Órgão de divulgação do CEA-AMIC, Campinas/SP – Ano 11 – 44 – Maio a Agosto/06. Destaque da edição: “O Espiritismo em Portugal. www.amic.org.br .

 

O Mundo Moral – Livro de Sady Figueira. Edição tipo livro de bolso, 134 páginas, enfocando aspectos ético-morais, à luz do espiritismo. Editora Evangraf – Porto Alegre. E-mail: evangraf.adm@terra.com.br .