América Espírita – Ano VII - Nº. 78 – Dezembro 2004
A Palavra da CEPA: AO
ENCONTRO DO FUTURO
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Néventon Vargas,
assessor de comunicação social da CEPA e seu delegado em João Pessoa, PB, traça,
neste artigo, um paralelo entre o desenvolvimento do espiritismo e as propostas
que a Confederação Espírita Pan-Americana tem apresentado
AO ENCONTRO DO FUTURO
Uma
Lembrando os
Kardec
O
A
Voltando a
Acreditamos
O
O XVIII
Cabe-nos o
Néventon Vargas
neventon@jpa.neoline.com.br
FLAMA ESPÍRITA ESTÁ NA ESPIRIT NET
O boletim Flama Espírita, órgão do Centro
Barcelonês de Cultura Espírita, de Barcelona, Espanha, instituição adesa à CEPA, agora pode ser lido na Internet.
O site
www.espiritnet.com.br
, a exemplo do que já faz com Opinião
e América Espírita, está agora também
disponibilzando a leitura daquele importante veículo
de divulgação do espiritismo catalão. Para lê-lo, basta acessar
http://www.espiritnet.com.br/Flama.htm .
Espirit Net, um dos mais importantes sites dedicados à
divulgação e ao debate das idéias espiritualistas na rede está concorrendo,
neste momento, ao Prêmio iBest
em duas Categorias: Religião e Esoterismo. Para votar, acesse:
http://premio.ibest.com.br/prevoting/
.
NOVO GRUPO LIVRE-PENSADOR
Segundo nos
informa Néventon Vargas, delegado da CEPA em João
Pessoa, PB, um pequeno grupo que se reunia para aprofundamento de estudos das obras
básicas, naquela cidade, resolveu formalizar a fundação da ASSEPE (Associação
de Estudos e Pesquisas Espíritas de João Pessoa) no dia 03 de outubro do
corrente ano, numa homenagem ao bicentenário do nascimento de Allan Kardec.
Com a aquisição da
personalidade jurídica, o grupo pretende dar sustentação a projetos de
divulgação visando o público em geral.
Na Assembléia de
fundação foi nomeada a comissão que está elaborando o Estatuto, ficando
já definido que a Instituição terá "natureza Espírita, pluralista, progressista e livre-pensadora,
sendo seus objetivos, o estudo, a pesquisa e a divulgação do Espiritismo,
baseado nas obras de Allan Kardec".
Néventon, que é também assessor de comunicação social da
CEPA, integra o novo grupo de livre-pensadores espíritas que se estruturam
através da ASSEPE, na capital paraibana.
DEPOIS DE BIRIGUÍ, CEPAMIGOS PLANEJA
OUTRAS ATIVIDADES
Após a realização da I Jornada Espírita de
Birigüí (noticiada em nosso boletim anterior), a
Associação Brasileira dos Delegados e Amigos da CEPA – CEPAmigos – planeja outros encontros, em diferentes
regiões do país, para divulgar o pensamento da CEPA e congregar delegados,
amigos e interessados em melhor conhecer a Confederação Espírita Pan-Americana.
O evento de Birigüí, SP, realizado conjuntamente com o Instituto de
Cultura Espírita Hernani Guimarães Andrade, daquela cidade, reuniu cerca de 60
pessoas, sob a coordenação de
Próximo
evento poderá ser em Porto Alegre
Entusiasmada com o
sucesso da I Jornada Espírita de Birigüí,
Em Porto Alegre,
Rui Paulo Nazário de Oliveira, vice-presidente da CEPAmigos e presidente do Centro
Cultural Espírita de Porto Alegre imediatamente começou a cogitar da realização
de uma Jornada em Porto Alegre, especialmente para reunir espíritas ligados à
CEPA ou interessados em conhecer seu pensamento que vivam na região sul do
Brasil. Rui já iniciou consultas a outros companheiros da região. A jornada de
Porto Alegre provavelmente será realizada em abril de 2005.
Também
CENTRO ESPÍRITA JOSÉ BARROSO – SÃO PAULO
WILSON
GARCIA: “Livro contando a história do Barroso tem por objetivo resgatar importante parte da
memória do Espiritismo brasileiro”.
Conforme antecipamos
em nossa edição anterior, realizou-se na noite de 27 de novembro último o
lançamento do livro “Barroso 90 anos –
Pequenas crônicas para uma grande história”, com a presença de seu autor, o
escritor espírita Wilson Garcia.
O ato de
lançamento ocorreu na sede da instituição, à Rua Inácio de Araújo, 255, Brás,
São Paulo, SP. Representando oficialmente a Confederação Espírita
Pan-Americana, à qual é filiado aquele tradicional centro espírita paulistano,
estiveram presentes seus delegados
O presidente da
CEPA, impossibilitado de comparecer, enviou mensagem congratulando-se com o
evento.
A
pedido da editoria de América
Espírita, Wilson Garcia escreveu a crônica que a seguir publicamos, falando
sobre seu livro e evocando históricos acontecimentos ligados ao movimento
espírita de São Paulo que tiveram a decisiva participação do C.E.José Barroso. W.Garcia reserva considerações sobre as relações Barroso-CEPA.
BARROSO, UMA HISTÓRIA SINGULAR
Fundado em 1914, o Centro Espírita José Barroso, de São Paulo,
desenvolveu uma trajetória de influência permanente nos destinos do Espiritismo
brasileiro.
Wilson Garcia
Recife, PE
Estávamos conversando sobre os fatos, antigos e recentes, do
Espiritismo brasileiro. Há dois bons anos vínhamos fazendo isso rotineiramente.
Eu e o Éden Dutra Nascimento. É bom aproveitar a experiência das pessoas mais
velhas, em especial daquelas que viveram intensamente
a vida. Do alto dos seus 87 anos, Éden contempla um passado repleto de
acontecimentos extraordinários, sempre ao lado do Barroso, o centro espírita ao
qual está ligado há 58 anos. Numa dessas conversas realizadas rotineiramente
pela manhã em minha casa em São Paulo, surgiu a idéia
de fazer o registro desses acontecimentos e o motivo era simples: o Barroso
estava para completar 90 anos de fundação.
Caiu a sopa no mel, como se diz. O Barroso havia feito diversas
tentativas para escrever sua própria história, nenhuma delas com sucesso.
Partimos, então, para a empreitada. De imediato, havia a certeza de que alguns
acontecimentos vividos pelo Barroso ultrapassavam os próprios limites do
centro, inserindo-o no contexto maior do Espiritismo brasileiro. Portanto, se
os 90 anos prestes a completar não fossem razão
suficiente, estes fatos o seriam.
Para que se tenha uma idéia da importância do Barroso, cito dois
acontecimentos entre os muitos dos quais esteve à frente: a participação ativa
na fundação da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, a USE, e
posteriormente a sua manutenção enquanto instituição líder do Espiritismo
paulista ante a iminência da sua fusão com a Federação Espírita do Estado de
São Paulo, a Feesp. Em ambas as ocasiões, o Barroso
foi decisivo. Entretanto, o conhecimento dessa presença marcante não consta de
nenhum registro histórico, correndo o risco de desaparecer. Não bastava, porém,
fazer o registro. Tornava-se imperioso analisar os acontecimentos,
correlacioná-los com o contexto e os sujeitos partícipes para que os espíritas,
em especial as lideranças tomassem conhecimento deles para poder considerá-los
em sua real importância.
O livro do cinqüentenário da USE, oportunidade rara de registro
daqueles dois acontecimentos, passa ao largo de ambos, pois não toma
conhecimento da presença e participação do Barroso nos fatos. Outros documentos
escritos na mesma linha histórica sequer fazem menção a eles. E, no entanto, ao
tomar contato com a realidade vivida, fica-se sabendo que tais acontecimentos
tiveram decisiva influência nos destinos do Espiritismo brasileiro. Portanto,
não se pode desprezá-los.
A história dos 90 anos do Barroso apresenta outros fatos
surpreendentes, algumas curiosidades, permitindo, inclusive, uma incursão
interessante do ponto de vista sociológico. Por exemplo, o centro nunca teve
uma real expressão em termos numéricos de seus freqüentadores. Tinha, como ainda hoje tem, um quadro reduzido.
Acrescente-se aí que também não possuía uma sede social adequada. Funcionou por
muitas décadas nos fundos de uma residência. Porém, ali floresceu uma
consciência de suas responsabilidades perante a sociedade de maneira tal que
seus principais líderes estiveram presentes no fulcro de muitos acontecimentos,
como protagonistas na maioria das vezes.
Esta mesma consciência conduziu o Barroso a tomar iniciativas no
plano interno, seja abrigando idéias inovadoras, seja adotando iniciativas como
a implantação de atividades para a infância e a juventude em uma época em que
tais ações constituíam verdadeiro desafio à cultura dominante. Diante desses
fatos, o historiador se pergunta pelas origens dessa consciência rara, no
anseio de compreender o que leva uma inexpressiva associação a interferir com
tal noção em seu próprio contexto. A resposta a essa pergunta advém da
descoberta de que o Barroso, depois de 35 anos de existência, passou às mãos de
alguns indivíduos dotados de uma visão sócio-política
adquirida no cotidiano da própria nação.
Estes sujeitos mudaram de campo de atuação, mas mantiveram a
consciência da sua responsabilidade perante a construção dos destinos da
sociedade brasileira. Não fazia diferença se antes eles estavam a serviço de
uma ideologia política e agora de um compromisso espiritual. Se o campo de
atuação era outro, o contexto era o mesmo.
Foi desta forma que o Barroso construiu a sua própria história ao
mesmo tempo em que, ativamente, participava da construção da história do
Espiritismo brasileiro.
E a Cepa, quando entra nessa história? A Cepa esteve presente desde
os primórdios do seu nascimento. Já em 1949, por ocasião do seu segundo congresso
realizado no Rio de Janeiro, o Barroso se fez presente. Mais tarde, na década
de 1990, com a retomada da Cepa como movimento no Brasil, o Barroso viu aí uma
nova oportunidade de atuação mais forte e, com um empenho característico de sua
cultura, assume compromissos perante a instituição pan-americana. A diferença
deste Barroso de hoje para o do passado é que desde 1989 desfruta de uma
agradável sede própria. O grupo continua reduzido. Sua atuação, no entanto, o
conduz a assumir papéis junto à liderança deste movimento, seja como editora de
livros importantes à Cepa, seja arcando o ônus de um programa de rádio semanal
na Rede Boa Nova de Rádio, seja, enfim, oferecendo sua força aos eventos de
promoção dos ideais cepeanos.
Concluído, o livro “Barroso, 90 Anos – Pequenas Crônicas para uma
Grande História”, lançado no dia 27 de novembro último em São Paulo, tem por
objetivo resgatar essa importante parte da memória do Espiritismo brasileiro.
Isto feito, dou-me por feliz.
PRESIDENTE DA CEPA REALIZOU ATIVIDADES EM
SANTA MARIA
A convite do Departamento de Cultura Espírita da Sociedade Espírita
Estudo e Caridade (SEEC), Milton R. Medran Moreira
esteve em Santa Maria – RS, nos dias 29 e 30 de novembro. Autor do livro recém
lançado “Direito e Justiça: um olhar espírita”, Milton realizou conferência
sobre o tema e cumpriu agenda de entrevistas na cidade. Conforme informou a
diretoria da Sociedade, a conferência teve um público de, aproximadamente, 200
pessoas. Além da conferência e do posterior lançamento de seu livro na SEEC,
Milton concedeu entrevistas ao jornal Diário de Santa Maria, do grupo RBS, à
Rádio Imembuí, além de outra especial ao site da SEEC
(www.lardejoaquina.com.br), que está passando por uma reestruturação e será lançado
Acontecimento inédito em Porto Alegre
PRESIDENTE DA CEPA FAZ CONFERÊNCIA SOBRE
ESPIRITISMO NA SEDE DO MINISTÉRIO PÚBLICO
A convite do Procurador-Geral de Justiça
do Estado, o presidente da CEPA, Procurador de Justiça aposentado
Espíritas e juristas prestigiam o ato
O ato na sede do
Ministério Público deu-se a convite do Procurador-Geral de Justiça, Dr.Roberto
Compareceram
procuradores e promotores de justiça, advogados, magistrados e estudantes de
direito.
Abrindo a
solenidade, o Dr.Mauro Renner salientou que são
freqüentes exposições sobre os mais diversos temas, naquele auditório,
promovidas pela instituição, especialmente quando membros da mesma lançam
livros. Entretanto, aquela seria a primeira vez que um tema ligado à filosofia
espírita era objeto de conferência naquele local. Disse da alegria de presidir
aquela sessão, recebendo o conferencista da tarde que fora seu professor e
paraninfo na Faculdade de Direito de Bagé.
Presidente do CCEPA fez apresentação do
conferencista
Coube ao Dr.Rui Paulo Nazário de
Oliveira, Promotor de Justiça e presidente do Centro Cultural Espírita de Porto
Alegre, fazer a apresentação do autor do livro e orador daquele ato. Rui
destacou alguns aspectos da biografia de Medran e o ineditismo do livro
“Direito e Justiça, um olhar espírita” que aborda interessantes conexões entre
a ciência do direito e o espiritismo, muitas das quais abordadas pela primeira
vez em livro.
Conferência e autógrafos
Depois, Medran pronunciou conferência para os cerca de 60
participantes do ato, historiando aspectos da civilização cristã e de suas
relações com o direito e a justiça e destacando, especialmente, avanços
trazidos pelo Iluminismo e pela modernidade a partir dos conceitos do chamado
“direito natural”. Por fim, inseriu o pensamento espírita como uma moderna
expressão de direito natural
com conteúdos realmente revolucionários para a época.
Encerrada a sessão, o presidente da CEPA autografou exemplares de
seu livro para os interessados.
Recebemos e agradecemos as seguintes
publicações
Jornal Espírita – órgão da Federação Espírita do Estado de
São Paulo – Ano XXVIII, Dezembro de
2004. Com matéria de capa “A realeza de Jesus, o caminho, a verdade e a vida”,
esta edição aborda como tema principal reflexões sobre o Natal e amplo
noticiário espírita.(e-mail:feesp@feesp.org.br).
Harmonia – Revista Espírita – Ano XIII – Número 121 –
Outubro 2004. Publicação da Associação de Divulgadores
Espíritas de Santa Catarina – ADE-SC). A edição de outubro apresenta
como matéria de capa: “Um congresso como queria Kardec”,
com reportagem sobre o Congresso da CEPA, em setembro de 2004,
Jornal de Espiritismo – da Associação de Divulgadores de
Espiritismo de Portugal. Edição de novembro/dezembro
Mundo Espírita – Órgão de divulgação da Federação
Espírita do Estado do Paraná – Ano LXXI – Nº 1445 –
Dezembro