América Espírita – Ano VII -  Nº. 78 – Dezembro 2004

 

A Palavra da CEPA:   AO ENCONTRO DO FUTURO

Notícias:  A FLAMA ESPÍRITA ESTÁ NA ESPIRIT NET     -   NOVO GRUPO LIVRE-PENSADOR    -  DEPOIS DE BIRIGUÍ, CEPAMIGOS PLANEJA OUTRAS ATIVIDADES       -   CENTRO ESPÍRITA JOSÉ BARROSO–SÃO PAULO   -    PRESIDENTE DA CEPA REALIZOU ATIVIDADES EM SANTA MARIA

Publicações recebidas

 

====================================================================================

Néventon Vargas, assessor de comunicação social da CEPA e seu delegado em João Pessoa, PB, traça, neste artigo, um paralelo entre o desenvolvimento do espiritismo e as propostas que a Confederação Espírita Pan-Americana tem apresentado em seus congressos. Concita-nos a não deixarmos arrefecer nosso ímpeto progressista e buscar novas idéias através do intercâmbio saudável e produtivo com grupos nacionais e internacionais.

 

AO ENCONTRO DO FUTURO

 

Uma olhadela no conteúdo do XVIII e do XIX Congresso da CEPA nos levou a algumas reflexões quanto ao contexto histórico em que se desenvolveu o Espiritismo, fazendo um paralelo com a seqüência dos congressos e seus respectivos temários.

Lembrando os precursores do Espiritismo que mais se destacaram, remontamos ao século XVIII, em que surge a figura ímpar de Emmanuel Swedenborg, com sua excepcional inteligência, personalidade controversa e mediunidade fora do comum, num contexto histórico em que recrudesciam o materialismo e os movimentos sociais.

Sem solução de continuidade, enveredamos século XIX a dentro, consolidando os avanços da sociedade enquanto digladiavam-se filósofos materialistas e espiritualistas num espaço marcado por estudos do magnetismo animal e o surgimento de médiuns famosos como Edward Irving, Andrew Jackson Davis e as Irmãs Fox, precursores de Allan Kardec que, não sendo médium, teve no seu passado de exímio cientista e pedagogo o sólido alicerce necessário para as pesquisas que empreenderia e o levariam a legar para a humanidade uma iluminada Doutrina.

Kardec nunca pretendeu nos deixar um sistema filosófico pronto. Pelo contrário, salientava o seu caráter progressivo e a necessidade de sua constante atualização conforme os avanços conquistados pela Ciência. Após seu desencarne e a conseqüente acefalia do Movimento Espírita, houve um inevitável lapso na sua dinâmica, apesar dos esforços da Sra. Amélie Gabrielle Boudet e de algumas vozes isoladas e sábias na defesa dos princípios espíritas, dentre os quais sobressaem-se verdadeiros missionários como Léon Denis e Gabriel Delanne.

O Espiritismo tinha esta configuração ao adentrarmos o século XX. No Brasil, desenvolveu e ganhou espaço através do viés religioso que se corporificou graças à índole do nosso povo, por natureza mística e supersticiosa. Precisamos, entretanto, reconhecer os avanços alcançados com a mediunidade de Chico Xavier e a intransigente defesa de Kardec por Herculano Pires e outros vultos brasileiros como Deolindo Amorim e Carlos Imbassay. Inclusive a Federação Espírita Brasileira merece ser citada pelo papel que desempenhou na divulgação do Espiritismo, apesar de nos opormos à sua postura religiosa, roustainguista e pretensiosa na liderança do Movimento Espírita brasileiro e mundial, ignorando as diversidades e atropelando a alteridade.

A CEPA, Confederação Espírita Pan-Americana, pouco conhecida dos espíritas brasileiros até a última década do século XX, marcou a entrada do século XXI com uma repercussão formidável do XVIII Congresso Espírita Pan-Americano, realizado em Porto Alegre, em outubro de 2000, que teve como resultado a proposta de atualização do Espiritismo, calcada na própria postura progressista do mestre de Lion, que não admitia a Filosofia e Ciência Espírita estanques.

Voltando a nossa atenção para o caminho percorrido pelo Espiritismo a partir do século XVIII, identificamos uma analogia com os Congressos da CEPA, a partir do XVIII, passando por este último, que desenvolveu propostas para evolução consciente, visualizando o XX, em Porto Rico e o XXI, que possivelmente terão íntima ligação com o temário dos anteriores.

Tal como os movimentos sociais e a ebulição das idéias ocorridas no transcurso dos séculos XVIII e XIX, também aconteceram muitos movimentos e transformações no tempo decorrido entre Porto Alegre e Rafaela. Após sugestivas propostas para atualização do Espiritismo, nada melhor do que alternativas para uma evolução consciente.

Entretanto, o momento em que vivemos merece a reflexão dos pensadores espíritas e de todos nós que desejamos nos instruir e contribuir para manter acesa a chama do entusiasmo, que ganha combustível novo a cada encontro. Tal como Denis e Delanne, Herculano e Deolindo, guardadas as devidas proporções, precisamos buscar constantemente as referências básicas, retomando o caminho sobre nossas próprias marcas, e, com a fortaleza da nossa argumentação, solidificar o próprio alicerce.

Não deixemos arrefecer nosso ímpeto progressista. Busquemos novas idéias através do intercâmbio saudável e produtivo com grupos nacionais e internacionais.

Acreditamos que nosso olhar deve estar sempre voltado para o futuro, mas não devemos esquecer as decisões anteriores, desenvolvendo-as, sedimentando-as ou descartando-as, se for o caso, conforme o trabalho que se seguiu e as conclusões a que chegamos. Nãooutra escolha para se ter um trabalho produtivo.

Este é um convite para a retomada dos temas propostos nos dois últimos congressos, para aprofundarmos seu conteúdo e criarmos condições satisfatórias para que as futuras abordagens obedeçam a uma seqüência lógica e natural na construção do conhecimento e os companheiros de Miami e Porto Rico possam escolher temáticas vinculadas aos eventos anteriores.

O século XVIII foi revolucionário; o XIX, inovador; o XX deu um salto de progresso; o XXI está apenas começando, mas temos muita esperança e otimismo quanto aos seus sucessos.

O XVIII Congresso da CEPA revolucionou o Movimento Espírita; o XIX, inovou; o XX, haverá de marcar um salto de progresso; o XXI, será o que prepararmos para ele.

Cabe-nos o trabalho, a pesquisa, a análise, a crítica racional e responsável, com “a fraternidade e a solidariedade, a indulgência e a benevolência mútuas”, conforme o “laço moraldefinido por Kardec, na busca ininterrupta da verdade e na conquista de uma evolução realmente consciente.

                                                             Néventon Vargas 

                                                           neventon@jpa.neoline.com.br

 

 

 

 

Notícias da CEPA

 

FLAMA ESPÍRITA ESTÁ NA ESPIRIT NET

            O boletim Flama Espírita, órgão do Centro Barcelonês de Cultura Espírita, de Barcelona, Espanha, instituição adesa à CEPA, agora pode ser lido na Internet.

            O site www.espiritnet.com.br , a exemplo do que já faz com Opinião e América Espírita, está agora também disponibilzando a leitura daquele importante veículo de divulgação do espiritismo catalão. Para lê-lo, basta acessar

http://www.espiritnet.com.br/Flama.htm .

            Espirit Net, um dos mais importantes sites dedicados à divulgação e ao debate das idéias espiritualistas na rede está concorrendo, neste momento, ao Prêmio iBest em duas Categorias: Religião e Esoterismo. Para votar, acesse: http://premio.ibest.com.br/prevoting/ .

 

 

NOVO GRUPO LIVRE-PENSADOR

            Segundo nos informa Néventon Vargas, delegado da CEPA em João Pessoa, PB, um pequeno grupo que se reunia para aprofundamento de estudos das obras básicas, naquela cidade, resolveu formalizar a fundação da ASSEPE (Associação de Estudos e Pesquisas Espíritas de João Pessoa) no dia 03 de outubro do corrente ano, numa homenagem ao bicentenário do nascimento de Allan Kardec.

            Com a aquisição da personalidade jurídica, o grupo pretende dar sustentação a projetos de divulgação visando o público em geral.

            Na Assembléia de fundação foi nomeada a comissão que está elaborando o Estatuto, ficando já definido que a Instituição terá "natureza Espírita, pluralista, progressista e livre-pensadora, sendo seus objetivos, o estudo, a pesquisa e a divulgação do Espiritismo, baseado nas obras de Allan Kardec".

            Néventon, que é também assessor de comunicação social da CEPA, integra o novo grupo de livre-pensadores espíritas que se estruturam através da ASSEPE, na capital paraibana.

 

 DEPOIS DE BIRIGUÍ, CEPAMIGOS PLANEJA OUTRAS ATIVIDADES

            Após a realização da I Jornada Espírita de Birigüí (noticiada em nosso boletim anterior), a Associação Brasileira dos Delegados e Amigos da CEPA – CEPAmigos – planeja outros encontros, em diferentes regiões do país, para divulgar o pensamento da CEPA e congregar delegados, amigos e interessados em melhor conhecer a Confederação Espírita Pan-Americana.

            O evento de Birigüí, SP, realizado conjuntamente com o Instituto de Cultura Espírita Hernani Guimarães Andrade, daquela cidade, reuniu cerca de 60 pessoas, sob a coordenação de Sandra Regis, presidente da CEPAmigos, e de Jacira Jacinto da Silva, delegada da CEPA naquela cidade.

 

            Próximo evento poderá ser em Porto Alegre

            Entusiasmada com o sucesso da I Jornada Espírita de Birigüí, Sandra Regis concitou, através de mensagem pela Internet, aos demais dirigentes da CEPAmigos que promovam atividades regionais com o objetivo de congregar delegados e amigos da CEPA e divulgar o pensamento da CEPA em todos os meios espíritas brasileiros.

            Em Porto Alegre, Rui Paulo Nazário de Oliveira, vice-presidente da CEPAmigos e presidente do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre imediatamente começou a cogitar da realização de uma Jornada em Porto Alegre, especialmente para reunir espíritas ligados à CEPA ou interessados em conhecer seu pensamento que vivam na região sul do Brasil. Rui já iniciou consultas a outros companheiros da região. A jornada de Porto Alegre provavelmente será realizada em abril de 2005.

            Também em comunicação via Internet, Jailson Mendonça, de Santos, SP,, tesoureiro da CEPAmigos, comunicou que a Associação já teve seus estatutos registrados e que já fora providenciada sua inscrição no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas).

 

 

CENTRO ESPÍRITA JOSÉ BARROSO – SÃO PAULO

 

WILSON GARCIA: “Livro contando a história do Barroso tem por objetivo resgatar  importante parte da memória do Espiritismo brasileiro”.

 

 

            Conforme antecipamos em nossa edição anterior, realizou-se na noite de 27 de novembro último o lançamento do livro “Barroso 90 anos – Pequenas crônicas para uma grande história”, com a presença de seu autor, o escritor espírita Wilson Garcia.

            O ato de lançamento ocorreu na sede da instituição, à Rua Inácio de Araújo, 255, Brás, São Paulo, SP. Representando oficialmente a Confederação Espírita Pan-Americana, à qual é filiado aquele tradicional centro espírita paulistano, estiveram presentes seus delegados em São Paulo Geraldo Spínola e Alcione Moreno.

            O presidente da CEPA, impossibilitado de comparecer, enviou mensagem congratulando-se com o evento.

            A pedido da editoria de América Espírita, Wilson Garcia escreveu a crônica que a seguir publicamos, falando sobre seu livro e evocando históricos acontecimentos ligados ao movimento espírita de São Paulo que tiveram a decisiva participação do C.E.José Barroso. W.Garcia reserva considerações sobre as relações Barroso-CEPA.

 

           

 

BARROSO, UMA HISTÓRIA SINGULAR

 

Fundado em 1914, o Centro Espírita José Barroso, de São Paulo, desenvolveu uma trajetória de influência permanente nos destinos do Espiritismo brasileiro.

 

Wilson Garcia

Recife, PE

 

Estávamos conversando sobre os fatos, antigos e recentes, do Espiritismo brasileiro. Há dois bons anos vínhamos fazendo isso rotineiramente. Eu e o Éden Dutra Nascimento. É bom aproveitar a experiência das pessoas mais velhas, em especial daquelas que viveram intensamente a vida. Do alto dos seus 87 anos, Éden contempla um passado repleto de acontecimentos extraordinários, sempre ao lado do Barroso, o centro espírita ao qual está ligado há 58 anos. Numa dessas conversas realizadas rotineiramente pela manhã em minha casa em São Paulo, surgiu a idéia de fazer o registro desses acontecimentos e o motivo era simples: o Barroso estava para completar 90 anos de fundação.

Caiu a sopa no mel, como se diz. O Barroso havia feito diversas tentativas para escrever sua própria história, nenhuma delas com sucesso. Partimos, então, para a empreitada. De imediato, havia a certeza de que alguns acontecimentos vividos pelo Barroso ultrapassavam os próprios limites do centro, inserindo-o no contexto maior do Espiritismo brasileiro. Portanto, se os 90 anos prestes a completar não fossem razão suficiente, estes fatos o seriam.

Para que se tenha uma idéia da importância do Barroso, cito dois acontecimentos entre os muitos dos quais esteve à frente: a participação ativa na fundação da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, a USE, e posteriormente a sua manutenção enquanto instituição líder do Espiritismo paulista ante a iminência da sua fusão com a Federação Espírita do Estado de São Paulo, a Feesp. Em ambas as ocasiões, o Barroso foi decisivo. Entretanto, o conhecimento dessa presença marcante não consta de nenhum registro histórico, correndo o risco de desaparecer. Não bastava, porém, fazer o registro. Tornava-se imperioso analisar os acontecimentos, correlacioná-los com o contexto e os sujeitos partícipes para que os espíritas, em especial as lideranças tomassem conhecimento deles para poder considerá-los em sua real importância.

O livro do cinqüentenário da USE, oportunidade rara de registro daqueles dois acontecimentos, passa ao largo de ambos, pois não toma conhecimento da presença e participação do Barroso nos fatos. Outros documentos escritos na mesma linha histórica sequer fazem menção a eles. E, no entanto, ao tomar contato com a realidade vivida, fica-se sabendo que tais acontecimentos tiveram decisiva influência nos destinos do Espiritismo brasileiro. Portanto, não se pode desprezá-los.

A história dos 90 anos do Barroso apresenta outros fatos surpreendentes, algumas curiosidades, permitindo, inclusive, uma incursão interessante do ponto de vista sociológico. Por exemplo, o centro nunca teve uma real expressão em termos numéricos de seus freqüentadores. Tinha, como ainda hoje tem, um quadro reduzido. Acrescente-se aí que também não possuía uma sede social adequada. Funcionou por muitas décadas nos fundos de uma residência. Porém, ali floresceu uma consciência de suas responsabilidades perante a sociedade de maneira tal que seus principais líderes estiveram presentes no fulcro de muitos acontecimentos, como protagonistas na maioria das vezes.

Esta mesma consciência conduziu o Barroso a tomar iniciativas no plano interno, seja abrigando idéias inovadoras, seja adotando iniciativas como a implantação de atividades para a infância e a juventude em uma época em que tais ações constituíam verdadeiro desafio à cultura dominante. Diante desses fatos, o historiador se pergunta pelas origens dessa consciência rara, no anseio de compreender o que leva uma inexpressiva associação a interferir com tal noção em seu próprio contexto. A resposta a essa pergunta advém da descoberta de que o Barroso, depois de 35 anos de existência, passou às mãos de alguns indivíduos dotados de uma visão sócio-política adquirida no cotidiano da própria nação.

Estes sujeitos mudaram de campo de atuação, mas mantiveram a consciência da sua responsabilidade perante a construção dos destinos da sociedade brasileira. Não fazia diferença se antes eles estavam a serviço de uma ideologia política e agora de um compromisso espiritual. Se o campo de atuação era outro, o contexto era o mesmo.

Foi desta forma que o Barroso construiu a sua própria história ao mesmo tempo em que, ativamente, participava da construção da história do Espiritismo brasileiro.

E a Cepa, quando entra nessa história? A Cepa esteve presente desde os primórdios do seu nascimento. Já em 1949, por ocasião do seu segundo congresso realizado no Rio de Janeiro, o Barroso se fez presente. Mais tarde, na década de 1990, com a retomada da Cepa como movimento no Brasil, o Barroso viu aí uma nova oportunidade de atuação mais forte e, com um empenho característico de sua cultura, assume compromissos perante a instituição pan-americana. A diferença deste Barroso de hoje para o do passado é que desde 1989 desfruta de uma agradável sede própria. O grupo continua reduzido. Sua atuação, no entanto, o conduz a assumir papéis junto à liderança deste movimento, seja como editora de livros importantes à Cepa, seja arcando o ônus de um programa de rádio semanal na Rede Boa Nova de Rádio, seja, enfim, oferecendo sua força aos eventos de promoção dos ideais cepeanos.

Concluído, o livro “Barroso, 90 Anos – Pequenas Crônicas para uma Grande História”, lançado no dia 27 de novembro último em São Paulo, tem por objetivo resgatar essa importante parte da memória do Espiritismo brasileiro. Isto feito, dou-me por feliz.

 

PRESIDENTE DA CEPA REALIZOU ATIVIDADES EM SANTA MARIA

 

A convite do Departamento de Cultura Espírita da Sociedade Espírita Estudo e Caridade (SEEC), Milton R. Medran Moreira esteve em Santa Maria – RS, nos dias 29 e 30 de novembro. Autor do livro recém lançado “Direito e Justiça: um olhar espírita”, Milton realizou conferência sobre o tema e cumpriu agenda de entrevistas na cidade. Conforme informou a diretoria da Sociedade, a conferência teve um público de, aproximadamente, 200 pessoas. Além da conferência e do posterior lançamento de seu livro na SEEC, Milton concedeu entrevistas ao jornal Diário de Santa Maria, do grupo RBS, à Rádio Imembuí, além de outra especial ao site da SEEC (www.lardejoaquina.com.br), que está passando por uma reestruturação e será lançado em breve.(Marília Denardin Budó, Integrante do Departamento de Comunicação Social da SEEC).

 

 

Acontecimento inédito em Porto Alegre

 

PRESIDENTE DA CEPA FAZ CONFERÊNCIA SOBRE ESPIRITISMO NA SEDE DO MINISTÉRIO PÚBLICO

 

A convite do Procurador-Geral de Justiça do Estado, o presidente da CEPA,  Procurador de Justiça aposentado Milton Medran Moreira, lançou seu livro “Direito e Justiça – um olhar espírita”, no auditório do Palácio do Ministério Público do Rio Grande do Sul, pronunciando conferência sobre “Direito Natural e Espiritismo”.

 

Espíritas e juristas prestigiam o ato

            O ato na sede do Ministério Público deu-se a convite do Procurador-Geral de Justiça, Dr.Roberto Bandeira Pereira, na tarde do dia 17 de novembro último. Presidiu-a o Dr. Mauro Henrique Renner, Sub-Procurador-Geral, e que, naquele dia, exercia a chefia do Ministério Público, em razão de viagem do titular.

            Compareceram procuradores e promotores de justiça, advogados, magistrados e estudantes de direito. Em representação à Federação Espírita do Rio Grande do Sul, esteve presente o advogado Sílvio Luiz Oliveira. Representando a Associação Jurídico-Espírita do Rio Grande do Sul, fez-se presente seu vice-presidente Marcos Vinicius Severo da Silva.  Ambos compuseram a mesa dos trabalhos.

            Abrindo a solenidade, o Dr.Mauro Renner salientou que são freqüentes exposições sobre os mais diversos temas, naquele auditório, promovidas pela instituição, especialmente quando membros da mesma lançam livros. Entretanto, aquela seria a primeira vez que um tema ligado à filosofia espírita era objeto de conferência naquele local. Disse da alegria de presidir aquela sessão, recebendo o conferencista da tarde que fora seu professor e paraninfo na Faculdade de Direito de Bagé.

 

Presidente do CCEPA fez apresentação do conferencista

Coube ao Dr.Rui Paulo Nazário de Oliveira, Promotor de Justiça e presidente do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, fazer a apresentação do autor do livro e orador daquele ato. Rui destacou alguns aspectos da biografia de Medran e o ineditismo do livro “Direito e Justiça, um olhar espírita” que aborda interessantes conexões entre a ciência do direito e o espiritismo, muitas das quais abordadas pela primeira vez em livro.

 

Conferência e autógrafos 

Depois, Medran pronunciou conferência para os cerca de 60 participantes do ato, historiando aspectos da civilização cristã e de suas relações com o direito e a justiça e destacando, especialmente, avanços trazidos pelo Iluminismo e pela modernidade a partir dos conceitos do chamado “direito natural”. Por fim, inseriu o pensamento espírita como uma moderna expressão de direito natural  com conteúdos realmente revolucionários para a época.

Encerrada a sessão, o presidente da CEPA autografou exemplares de seu livro para os interessados.

 

 

Publicações recebidas

Recebemos e agradecemos as seguintes publicações

 

Jornal Espírita – órgão da Federação Espírita do Estado de São PauloAno XXVIII, Dezembro de 2004. Com matéria de capa “A realeza de Jesus, o caminho, a verdade e a vida”, esta edição aborda como tema principal reflexões sobre o Natal e amplo noticiário espírita.(e-mail:feesp@feesp.org.br).

 

Harmonia – Revista Espírita – Ano XIII – Número 121 – Outubro 2004. Publicação da Associação de Divulgadores Espíritas de Santa Catarina – ADE-SC). A edição de outubro apresenta como matéria de capa: “Um congresso como queria Kardec”, com reportagem sobre o Congresso da CEPA, em setembro de 2004, em Rafaela, Argentina. (e-mail: harmonia@floripa.com.br)

 

Jornal de Espiritismo – da Associação de Divulgadores de Espiritismo de Portugal. Edição de novembro/dezembro 2004. A matéria de capa “A transcomunicação é uma evidência”, destaca a entrevista com o pesquisador Clóvis Nunes sobre o tema transcomunicação.

 

Mundo Espírita – Órgão de divulgação da Federação Espírita do Estado do Paraná – Ano LXXI – 1445 – Dezembro 2004. A matéria de capa destaca roteiro de Raul Teixeira no Paraná, em dezembro.(e-mail:fep@feparana.com.br).