Janeiro / Fevereiro de 2005

Curso de Iniciação à Doutrina Kardecista - Capa

A partir de 22 de fevereiro, o ICKS inicia mais um Curso de Iniciação à Doutrina Kardecista. Durante oito terças feiras, os participantes terão noção básica fundamental para o início do entendimento da Doutrina Espírita.

As aulas serão realizadas na sede do ICKS, à avenida Francisco Glicério, 261, Santos, a partir das 20 horas, terão duração de 90 minutos.

Os participantes receberão, na inscrição, um exemplar do livro INTRODUÇÃO À DOUTRINA KARDECISTA, de Jaci Regis, que será o texto básico do curso.

INSCRIÇÃO

As inscrições podem ser feitas diretamente no ICKS na Avenida Francisco Glicério, 261, no horário comercial ou pelo telefone (13) 3284 2918. Investimento: R$ 20,00 (com direito ao livro).

A Complexa Realidade da Mente - Jaci Régis

Pensar, sentir é a essência do ser. Se é irrefutável essa capacidade de pensar, sentir, reagir, criar, produzir que caracteriza o ser, complexo é, sem dúvida, como ele constrói suas estruturas mentais, a partir das reações que lhe sugerem os mundos interno e externo e que balizam a forma como ele se projeta na relação consigo e com os outros.

Na verdade, é essa relação que o faz desabrochar, porque produz conflito, contradição, estimula a criatividade e desencadeia as emoções, os sentimentos que darão, sequencialmente, os rumos de seu caráter, de sua felicidade.

Reflito nesse assunto, porque convivo com as contradições da mente humana.

Observo como cada um usa seu livre arbítrio para escolher o caminho, discriminar o certo e o errado e constato o óbvio: o cosmo mental é rico de variações e nos faz pessoas ímpares, únicas, por mais que nos assemelhemos.

Tento entender as redes complexas de afinidades montadas no decorrer da vida. De como o ser, criando personalidades sempre em transição, procura o outro, saciando uma necessidade fundamental e ao mesmo tempo dele se separa, desconfia, atrita e contradiz.

Isabela, uma jovem de 30 anos, apresenta-se vestida de preto, lacrimosa, impaciente. Diz que traz uma cruz de doze anos de sofrimentos. Desde o momento que abortou, conjugando com a morte do pai, que lhe deixou pesada herança de desespero e dificuldades financeiras, até o último desastre amoroso, que a levou a tentar o suicídio. A mente assim fragmentada e ao mesmo tempo consolidada na dor real ou fictícia, mas de qualquer forma sentida, reproduz, no fundo, inveja, rancor, ciúme...

Andréa, mulher já idosa, vive com aquele homem a dezenas de anos. Ele, fogoso, infiel, sexualmente perturbado. Ela, cada vez menos disposta ao jogo sexual, suportando-lhe o assédio e às fugas de Don Juan barato. Agora, quase cega, tem a alma amargurada, infeliz, sofredora. Ele sofreu acidente cerebral que lhe tolheu os movimentos. Ela tem que cuidar dele e o faz com rancor e sem qualquer sentimento fraterno. Dívidas do passado os mantêm unidos? Talvez. Todavia, ninguém é obrigado a viver com quem não lhe respeita. Conviveram isolados e nunca souberam olhar um no outro, estabelecendo um elo afetivo sadio.

Fernando, rapaz de dezessete anos, mostra inquietante frigidez, trazendo no peito angustiosa insatisfação e conflito. Ele e sua mãe, Madalena, que o criou sozinha, fazem um jogo sexual perverso. Ela o seduziu, também perdida nesse jogo. Ela anda nua pela casa, como se o rapaz fosse um autômato e não tivesse desejo sexual. Essa atitude confundiu-lhe a mente, conflitada no desejo e na repugnância. Ela o prende, cerceia, ataca, nega-lhe dinheiro. Ele sai pela noite e volta pela manhã, fugindo, sem consciência, do assédio sexual implícito.

Pedro e Cássia casaram e não conseguiram consumar o ato sexual. Cada um com suas razões e com suas culpas. Vivem a experiência castradora, sem conseguir decidir-se por outros caminhos. Estão compulsivamente ligados pela negação e pela esperança. Ela não consegue saber por que não o deseja e ele, se a deseja não consegue vivenciar uma paixão.

Esses fatos, aqui narrados de forma telegráfica são uma pequena amostra dos conflitos de relação consigo mesmo e com os outros, naturalmente em níveis patológicos ostensivos. Mas, em situações diversas e quase sempre ocultas, milhões vivem em processos mentais de insatisfação, insegurança e medo, pervertendo o coração, caminhando sem construir uma forma de felicidade.

Como e porque cada ser, cada mente, desenvolve para si mesmo os caminhos que caminha é questão de difícil resposta.

Pode-se perguntar se existe solução. A resposta é positiva. A vida oferece, sempre, oportunidade de renovação das estruturas mentais, através de atitudes, decisões e despertar. Agora ou depois, a alma encontra sempre o caminho da própria ressurreição afetiva, porque aspira ser feliz. Sendo a alma una e centrada, as mudanças nas estruturas não têm prazo, mas podem ser precipitadas pela angústia e pressões insuportáveis no interior da pessoa.

Todavia, as estruturas mentais não se desfazem magicamente. Se, num minuto, podemos decidir uma novo caminho a ser caminhado, a partir desse momento há toda a uma reconstrução a fazer. Transformar todo um acervo construído na dor e na alegria, no sofrimento e na esperança, na desilusão, no fracasso, em uma alma purificada, capaz de amar, superar bloqueios, vencer medos e agir equilibradamente, é tarefa pesada, seqüencial, determinada, mas possível.

Na convivência cada parceiro traz uma bagagem própria. Quando não sabem manipular as emoções, derrubando barreiras e percebendo o outro, surgem conflitos e os laços se tornam amargos ou se desfazem. Muitas vezes esses conflitos são considerados como conseqüência de fatos de vidas passadas. Isso pode acontecer, mas não se pode banalizar essa possibilidade. A maioria dos conflitos provém de como cada um se coloca na vida e, na convivência, como vê o outro.

Diz-se e creio que é verdade, que o amor é a única e verdadeira energia que quebra a solidão que caracteriza a vida íntima da alma. Que é a ponte que une as pessoas. Mas o que é o amor, afinal? Como construí-lo em si mesmo, como aparelhar a alma, o ser, a mente, para a vivência de um sentimento que purifica, suaviza, rarefaz?

Não sei responder a essa terrível questão.

Porque amor não é paixão, nem desejo sexual, embora possa englobá-los. É mais e como definir esse "mais"?

Quando Victor e Angelina se encontraram tinham experiências diversas de convivência. Mas ambos possuíam um vazio, querendo ser preenchido. O encontro dos dois foi fulminante. Unidade sexual, unidade de pensamento, caracteres pessoais diferentes. Como explicar essa forma espontânea de entendimento, essa atração, essa complementaridade que surge como uma erupção vulcânica, como uma luva exatamente na medida dos dedos?

Por que se entenderam tanto? Que combinação afetiva, mental, ocorreu para compor uma relação satisfatória? Ela, mais rápida no pensar, ciumenta e provocadora. Ele mais calmo, mais passivo, menos ciumento, mas conjugando-se, apoiando-se, entendendo-se, cada um movimentando-se na direção ao outro, como flechas que convergem para um mesmo alvo, admirando-se reciprocamente.

Eis o ponto positivo na conivência. Uma admiração recíproca, que leva a ternura, à distensão e à conformação de personalidades diferentes que se encaixam, completam-se, sem se fundir, e perseguem um futuro incerto mas desejável, futuro não cronológico, mas diário, sensível.

A vida é um fluxo inextinguível, com infinitas variações. Compete-nos vivê-la com intensidade e produtividade, porque fomos feitos para a felicidade e para o prazer de ser e amar.

Preservação da Memória do Movimento Espírita - Luiz Lemos

A Doutrina Espírita em sua incessante busca à verdade, ao belo e ao bem, desdobra-se em múltiplas dimensões, elaborando, em última análise, a síntese dos conhecimentos humanos, tem um vasto campo a ser explorado holisticamente, alcançando um imenso repertório inter e transdisciplinar e que cada vez mais se expande. Enfim, o Espiritismo, está em tudo, a tudo iluminando, mas nem tudo é Espiritismo.

Tudo isso, todo esse manancial, adicionado às suas vetustas edificações, monumentos, fotografias e outros, vão constituir seu Patrimônio Cultural, conjunto de valores, construído pelo homem (no caso encarnado e/ou desencarnado) conhecimentos, hábitos, costumes, artes, história, tradições, construções com valor histórico, científico, etnológico, antropológico, diversida cultural a preservação desse Patrimônio é de fundamental relevância.

Na medida em que haja disponibilidade de dados, poderemos ir elaborando um Mapa Patrimonial, que vai se enriquecendo, acumulativamente, para orientação dos interessados, inclusive dos turistas.

Eis porque urge implementarmos a Educação Patrimonial que, por excelência, é transdisciplinar, a qual traz a sua gênese a cidadania, proporcionando diversas competências, particularmente a da valorização de nossos múltiplos patrimônios.

Assim, diante da Preservação Patrimonial de nossas Instituições estaremos por decorrência, igualmente, preservando dinamicamente, através de melhorias contínuas, as quais se fazem sentir no presente para assim é impactado com benefícios ao atual desenvolvimento e também, como repercussões projetadas para o futuro.

O Patrimônio Cultural Espírita tem um vasto repertório, pois conta com a participação protagonizadora de autores encarnados e desencarnados, todos continuam vivos e atuantes, aliados, trabalhando em prol do bem-estar da Humanidade.

Há que se incluir, também, neste acervo patrimonial espírita, o registro de história de vida de pessoas, encarnadas ou já desencarnadas, que atuaram ou ainda continuam atuando no Movimento Espírita, pertencendo ou não a uma determinada Instituição Espírita, podendo muitas dessas pessoas, terem deixado seu testemunho de reconhecimento a determinadas Instituições Espíritas, às quais são gratas, devido aos esclarecimentos, encorajamentos, consolações e outras benesses, por elas aí recebidos e deixaram-nos seu atestado comprobatório, os quais nos cabe levantar. E, igualmente, registrar devidamente os demais documentos, arquivando todos esses dados sobre pessoas, instituições, manuscritos, datilografados, folhetos, revistas, jornais, fotografias, entrevistas, vídeos, etc. Compondo Documentos próprios a serem informatizados: base de dados, que depois venham a ser constituir, gradativamente em Bancos de Dados.

Um Patrimônio Documental assume relevância porque é um patrimônio atestado por documentos, os quais resguardam nossas memórias. Lembremo-nos que são os fatos, bem documentados, que testemunham e atestam o êxito de um empreendimento, no decorrer do tempo, comprovando-o pois são dos frutos é que se reconhece a árvore.

Cumpre-nos, portanto, identificar, proteger e conservar o Patrimônio das Instituições Espíritas que participamos, resguardando-lhes o padrão de qualidade, cujos trabalhos realizam-se sob a égide da Codificação Espírita, bem como sua Memória, comprovadora de sua excelência.

Daí porque a Codificação Kardeciana há de servir de pedra de toque para o selecionamento de todo o Acervo Espírita literário, científico, filosófico. Não é por outra razão que esta Codificação também há de servir de bússola para guiar os caminhos do Movimento Espírita.

( resumo de trabalho do Movimento Pelo Menos Kardec – Rio de Janeiro).

Mediumcracia - Editorial

A imortalidade não pode ser apenas pressentida, desejada. Tem que ser provada. Não pode restringir-se a motivo de crença, mas de afirmação positiva, cientificamente definida. Esse o roteiro que Kardec estabeleceu para o bom uso da mediunidade.

"Que autoridade tem a revelação espírita, uma vez que emana de seres de limitadas luzes e não infalíveis? Pergunta Kardec no item 57 do primeiro capítulo de A Gênese. E responde: a objeção seria ponderosa, se essa revelação constasse apenas no dos Espíritos, se deles exclusivamente a devêssemos receber e houvéssemos de aceita-la de olhos fechados. Perde porém, todo valor desde que o homem concorra para a revelação com seu raciocínio e o seu critério...as manifestações (...)são fatos que o homem estuda para lhes deduzir a lei, auxiliado nesse trabalho por Espíritos de todas as categorias, que, de tal modo, são mais colaboradores seus do que reveladores".

Ao contrário do papel dos médiuns na codificação, no Brasil, segundo uma fundamentada análise, o movimento espírita está sob o domínio de uma mediumcracia.

Para situarmos analogicamente o papel da mediumcracia, recorremos ao jargão existente entre os deputados federais. Ali, uma elite, constituída de líderes e mais alguns de expressão nacional, domina o processo. Os demais deputados, a esmagadora maioria, constituem o chamado "baixo clero."

Da mesma forma, nossa mediumcracia, tem sua elite, um médium-mor e alguns mais chegados, por onde a "espiritualidade" envia mensagens repetitivas, pedindo renúncia, paz e amor.

Os médiuns restantes, formariam um "baixo clero mediúnico". Eles controlam os centros espíritas e, em muitos casos, criam guetos emocionais em sua volta, dado que são sempre "chamados por Jesus" para a missão sacrificial de cura, assistência social e escrever livros.

Nesse setor o nível é bastante precário.

Desde dos mais importantes livros do Espírito André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, nada mais foi acrescentado à literatura mediúnica. Agora só repetição e melodrama e um ou outro discurso mais doutrinário, sem acrescentar informações importantes. Muitos desses psicógrafos foram picados pela "mosca azul da vaidade", sonham em ser um novo "Chico Xavier" e lançam livros após livros, de autores anônimos, quase sempre textos inexpressivos doutrinária e literariamente falando.

Num panorama como esse, não existe espaço para análise, contestação e controle da mediunidade, como queria Kardec. Por isso não tem sido um instrumento válido para provar o que importa: a imortalidade.

Tudo como Dantes - Editorial

Entramos no 148º ano da fundação do Espiritismo e, analisando as posições consagradas pelos dirigentes do movimento espírita brasileiro nos surpreendemos com a reação dos dirigentes e intelectuais espíritas, diante dos problemas humanos e sociais da atualidade.

Num mundo em transformação, com novos desafios no campo da ciência e comportamento social, a resposta dos Espíritos e dos dirigentes, permanece conservadora e idêntica aos posicionamentos dos líderes do final do século dezenove.

O aborto, a anencefalia, a eutanásia, o divórcio, as contradições da existência humana, permanecem "resolvidos" definitivamente pela ótica do Espiritismo a brasileira, cuja retórica é extremamente moralista.

Afirmamos isso em decorrência do propalado sentido progressista e progressivo do Espiritismo, diretriz básica deixada pelo fundador.

Na Constituição do Espiritismo (Obras Póstumas) Allan Kardec enfatizou a importância dos congressos para a evolução do pensamento espírita. Alguns congressos mundiais foram realizados, inclusive sob a direção de Leon Denis. Depois acabaram sendo esquecidos devidos, inclusive às guerras na Europa.

Aqui no Brasil, os órgãos controladores eram francamente contra congressos, temerosos que ali surgissem idéias novas. Depois passaram a controlá-los, transformando-os meros encontros administrativos.

Escoimados de sua função renovadora, os congressos são torneios de oratória sobre temas conhecidos, vedados, já na preparação, quaisquer assuntos que fujam da rotina oratória. Diz-se que tais temas controversos provocariam a quebra da harmonia, nome dado à pasmaceira intelectual desejada.

O mundo se agita e que respostas inovadoras, orientações positivas o Espiritismo tem dado?

Uma Ação Positiva - Editorial

A expansão da Associação Médico-Espírita é uma ação positiva, graças ao dinamismo da dra. Marlene Rossi Severino Nobre, que a preside em termos nacionais.

Nascida em São Paulo, a Associação Médico-Espírita teve um longo período tímido, mas tomou impulso e reproduziu-se em praticamente todos os Estados e, por fim, tornou-se nacional e mesmo internacional.

As conferencias regionais e nacional que são promovidas atraem grande público e permite a apresentação de pesquisas no campo da medicina em geral, com especialidade no campo psiquiátrico, desenvolvidas em Hospitais Psiquiátrico mantidos por entidades espíritas.

Fundamentada na visão religiosa, a AME,tem por objetivo, diz sua presidente, unir a ciência e a religião, mas a Ideologia, não raro, parece querer subordinar a ciência à crença religiosa.

No tocante ao problema da utilização das células troncos embrionárias, a presidente da entidade manifestou-se contra, adotando a definição materialista ou espiritualista de que a vida começa no embrião, ao contrário do que diz o Espiritismo, que a vida é, essencialmente, no ser humano, espiritual, do Espírito reencarnante.

O uso de células tronco embrionárias desponta como recursos terapêutico de grande utilização e seu uso, parece, não contraria o entendimento doutrinário e não desrespeita o princípio da vida biológica, ao contrário, a torna útil e produtiva.

Os intelectuais espíritas, têm o papel de introduzir na doutrina conceitos científicos e levar para a sociedade soluções que o Espiritismo conhece. Para isso precisam ter a mente aberta e superar os limites da fé.

Cartas Abertas - Da Redação

PARABÉNS PELA NOVA DIAGRAMAÇÃO

Prezado(a) Senhor(a),

Parabéns pelo novo belo e funsional aspekto do ABERTURA! Leitura agradável e instrutiva. É muito bon ke se kontinune a rekuperar o karáter orijinal do Espiritismo, a saber uma siênsia do Espírito. Basta de "vakas de prezépio" e "diálogo de surdos". Ke tal "nen mestres nen disípulos", pois kada un revela o ke é próprio do seu degráu evolutivo? A vida se asemelha a uma eskada...

Propõe-se ke, en sínteze, a diretris do ABERTURA seria/ é lenbrar-nos ke: "A melhor lã akeser o noso Espírito é Allan Kardec!"

Koidealístikamente,

Visente Vernek

KOF/ Brazil

gramatikisto@ig.com.br

MOVIMENTO ESPÍRITA EM CUBA

Quem escreve é um jovem cubano de 40 anos de idade, técnico de nível médio em saúde, que desde há 21 anos estuda profundamente as obras da codificação. Atualmente ocupa o cargo de Presidente de um Grupo Espírita Familiar de instrução e estudo, onde realizamos conferências, reuniões de estudo e seminários, na cidade de Manzanillo. Na cidade existe um grande número de atividade mediúnica, mas sem base doutrinária. Dói profundamente ver a grande ignorância que existe neste campo. Existe também muita mistura herdada dos costumes africanos-católicos-indígenas, muito parecido com o que hoje ocorre no Brasil, mas muito mais acentuado devido aos fatores culturais mencionados. Por tudo isso, é nosso grande dever levar os conhecimentos espiritistas a até todos esses centros mediunistas ou umbandistas, onde freqüentam médiuns com falta de conhecimento.

O ensinamento de todos esses conhecimentos requer paciência, prudência e pouco a pouco se verão os resultados. Também há de ter presente a diversidade de idade espiritual, de cultura e formação espírita. Por isso convém continuar amigo com o mesmo método, sem apressamento, observando a compreensão dos adeptos.

Recebemos mensalmente o jornal Opinião, do CCEPA-Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, no qual publiquei artigo na edição de maio de 2002. Também mantemos boa amizade com os presidente e vice-presidente da CEPA, Milton R. Medran e Dante Lopez. Tive o privilégio de conhecer pessoalmente o grande amigo Jon Aizpurua, que realizou uma visita a Cuba, faz alguns anos, com valiosa conferência, quando me encontrava em Havana, no Conselho Supremo Nacional Espiritista de Cuba, onde também Jon fez conferência, um verdadeiro manancial de sabedoria e Oxalá possamos tê-lo entre nós outras vezes mais para continuar enriquecendo nossos conhecimentos.

Meu pai, Julio, mora em Miami a 24 anos, está convalescendo de isquemias cerebrais, teme se entrega à divulgação espírita em terras norteamericanas..Envio seu endereço para que, se for possível, lhe envie literatura espírita para continuar enriquecendo seu caudal de conhecimentos. Aceitamos a Doutrina Espírita em seu tríplice aspecto: científico, filosófico e moral. Fraternalmente, Jesús Garcés Ramírez.

Quem paga a Conta ? - Imprensa Espírita

Na edição de janeiro/fevereiro de 2005, do jornal Dirigente Espírita, órgão da USE-União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, o articulista Orson Peter Carrara escreve sobre a questão do pagamento das anuidades devidas pelas entidades unidas à central estadual do movimento espírita organizado.

Diz ele "A recente divulgação pela USE Estadual, de que em torno de apenas 30% das instituições unidas quitam sua anuidade junto ao importante órgão de unificação no Estado preocupa" e acrescenta adiante, "Há dificuldades para quitar uma anuidade? Claro que há. Os recursos são poucos, mas do mesmo modo que reservamos recursos para o 13º dos funcionários ou destinamos valores para outras iniciativas, reservemos também recursos para a anuidade da USE".

A anuidade da USE é apenas R$ 100,00 por ano e, a não ser casos de extrema penúria e miséria, é impossível que uma entidade não possa pagar essa ridícula taxa de adesão. Isso reflete, contudo, um fato concreto, que é relação dos espíritas com o dinheiro e sua participação no pagamento das contas do movimento em geral.

A alegação de que os espíritas são pessoas de poucas posses e "humildes" é desmentida pelo IBGE. Segundo o censo realizado, a maioria dos espíritas pertence à classe média e possui um nível de escolaridade superior.

Dificilmente um grupo espírita se forma com uma visão para fora de seu circulo, como parte de uma proposta geral do Espiritismo. Vive olhando para o próprio umbigo. Tudo começa e acaba nele mesmo.

O mesmo se pode dizer, com as honrosas exceções, do espírita, individualmente. Ele muitas vezes se nega até a contribuir para o custeio do grupo a que pertence. Não reserva dinheiro para assinar jornais ou comprar livros, participar de eventos.

Gasta em férias, passeios, enfim, mas para a doutrina, nada!

Talvez um dia se faça uma investigação e se comprove que quem compra livros geralmente não freqüenta centros, onde tudo lhe é oferecido de graça, sem que de graça tenha vindo.

Quem paga a conta?

Temos visto manifestações contra a cobrança de inscrições em congresso e outros eventos, como se tudo fosse materializado e sem que, muito provavelmente, tais negadores ponham a mão no bolso. Querem hospedagem, alimentação, material, tudo de graça. Os outros é que paguem a conta.

Fome e Miséria - Problemas Sociais e Políticos

A revelação da pesquisa do IBGE de que o contingente de pessoas que passam fome no Brasil é bem menor do que o propalado pelo Governo, irritou o Presidente da República, cuja plataforma interna e externa é justamente o combate à fome.

Segundo o IBGE há contradição nas camadas mais pobres, onde além do menor número de famintos, existem os que, por uma alimentação incorreta, se tornaram obesos.

O estudo do Instituto não elimina a visão da miséria existente. O número de pessoas na linha da miséria é grande, mas não é o mesmo dos que passam fome.

Seja como for, os problemas humanos e sociais em países como o nosso, que tem desníveis regionais gritantes, só serão efetivamente resolvidos a partir de um viés moral.

Certamente espera-se dos Governos políticas econômico-sociais que erradiquem, num prazo de tempo, a miséria e conseqüentemente a fome, através da criação de empregos, melhores salários produzindo uma distribuição efetiva da renda, aumentando o nível de vida da maioria da população.

Há, contudo, iniciativas assistencialistas que socorrem de imediato as necessidades prementes. Essas providências, entretanto, requerem planejamento e boa vontade reais. Elas envolvem o Governo, organismos não-governamentais, nacionais e internacionais e, em muitos casos, agências da ONU que cuidam da miséria, da fome e da educação.

Todos esses esforços, muitas vezes, se perdem pela ineficiência ou malversão dos recursos por administradores, pois não é raro constatar-se que prefeitos, deputados, funcionários públicos, encarregados da distribuição de verbas públicas que se destinam a beneficiar a população carente, desviam-nas, usam-nas mal ou não têm competência para administrar a coisa pública.

A moral entra aí como fator de eficiência, honestidade e respeito à dignidade humana, comezinhos princípios de relação entre pessoas numa visão sadia. O que incomoda, sob o prisma moral, é que essas pessoas são profitentes de religiões em que o princípio moral é básico.

A compreensão de vida imortal e reciclada pela reencarnação, que o Espiritismo apresenta, abre uma perspectiva moral definitiva, porque a responsabilidade pelos atos, o mal que se tenha produzido em outro, seja individual ou coletivamente, permanecem como nódoa na alma a pedir ressarcimento e renovação, gerando sofrimento e impedindo o usufruto de todas as potencialidades positivas da alma.

Numa sociedade baseada nessa premissa, não se justificam os usos tão comuns de apropriação dos bens para locupletar-se, uma vez que a existência terrena, rica em oportunidades, é apenas um episódio no longo processo de crescimento do Espírito.

Opinião em Tópicos (O Macro e o Micro, Vida: o Grande Mistério, A Próxima Fase, O Espiritismo e a Vida) - Milton R. Medran Moreira

O macro e o micro

Nos últimos anos acontecerem coisas fantásticas no mundo das ciências. Os astrofísicos descobriram novas galáxias, estrelas e planetas. Penetraram na intimidade do universo e avançam rumo à solução dos enigmas de seu nascimento e formação.

Agora mesmo, a sonda Huygens, da Agência Espacial Européia, acaba de enviar à Terra importantes informações de uma lua de Saturno distante 1,2 bilhão de quilômetros da Terra, que podem lançar novas luzes sobre a origem do universo e especialmente de nosso planeta.

Por outro lado, nada se compara à fascinante viagem que a ciência realizou à intimidade da vida biológica, possibilitando a finalização do mapa do genoma humano. Assim, enquanto avançamos em busca do infinitamente grande (o universo), passamos também a compreender o infinitamente pequeno (as células).

Vida: o grande mistério

O conhecimento de nossa estrutura celular permitiu avanços significativos no campo de medicina. Conhecendo melhor as leis que regem nossa constituição, molécula a molécula, célula a célula, desde nossa concepção e mesmo antes dela, pelas características de nossos genitores, prevenimos doenças ou tornamos mais fácil sua cura.

Mesmo assim, a vida continua sendo um mistério. Os físicos e os astrônomos nos levam a conhecer cada vez melhor as leis que regem a formação e o movimento do universo. Os biólogos traçam, com precisão, o mapa de nossos genes e comprovam a íntima ligação entre todos os seres vivos. Mas, pouco sabemos ainda a respeito do nascimento e do desenvolvimento da consciência. Esta não é visível aos telescópios e microscópios. A consciência, campo onde se entrechocam o amor e o ódio, a ternura e a violência, a sabedoria e a estupidez, a eqüidade e a injustiça, não é mensurável e nem pode ser modificada pelos recursos da ciência e da tecnologia, porque ela é recurso do espírito, que está além do macro e do micro que formam o universo material.

A próxima fase

Com todo o avanço da ciência, que experimentou fantástico desenvolvimento nestes últimos anos, o homem parece ainda caminhar no escuro. Ele não sabe porque nasce, porque vive e porque morre. Se soubesse, não haveria guerra, não existiria tanta violência, tanto ódio e tanta desigualdade.

A próxima fase do conhecimento humano necessariamente terá de ser a integração desses dois fatores: o físico e o espiritual, o biológico e o consciencial.

Todo esse mal-estar que perturba hoje o homem não será prenúncio de que esse tempo está por chegar? Depois de esmiuçarmos o universo intergaláctico e microbiológico, partiremos para a busca da realidade fundamental da vida, verdadeira sede do conhecimento e dos sentimentos: o espírito, essência do que realmente somos.

O Espiritismo e vida

Quando Kardec fez previsões acerca do futuro do espiritismo e sua influência moralizadora não se referia a este como um movimento isolado do conhecimento. Via-o como uma etapa natural do próprio conhecimento humano. Como algo que, em estado embrionário ou desenvolvido, consciente ou não, movimenta todos os esforços humanos em prol da decifração desse mistério que e a vida. Por isso, é um atraso tratá-lo de forma não integrada ao conhecimento e ao progresso humano. É um e equívoco lidar com ele como se fosse uma seita, uma religião. Ele é uma síntese dos esforços humanos na busca do conhecimento da vida.

A Caixa Preta de Darwin - Marcelo Coimbra Régis

O título acima foi extraído do livro homônimo de Michale J. Behe. Behe é um dos expoentes do moderno neo-criacionismo e um dos defensores da tese de que a origem e desenvolvimento da vida na Terra têm como base a existência de um Criador Inteligente.

Normalmente associamos criacionis-mo com posições retrógradas e religiosas. Além disso é comum identificar os criacionistas com as seitas mais fundamentalistas. A seleção natural teria vindo lançar a luz da ciência sobre um tópico há muito explorado pela religião. Porém Behe e outros defendem essa tese baseados em conhecimento e pesquisa científica. Analisando suas idéias podemos encontrar muitos paralelos com os postulados espíritas, afinal o Espiritismo também propõe a existência de um Criador Inteligente: Deus; reconhece o papel dos espíritos, ou seja seres não materiais, na criação e nesse sentido pode ser considerado criacionista. Além disso é interessante notar a posição dogmática da ciência oficial quanto ao tema criação. A ciência oficial não considera nem como hipótese válida a tese do Criador Inteligente e segue considerando a teoria da seleção natural como final e acabada. Esse mesmo posicionamento se revela no trato das questões do paranormal, ou seja, a ciência não aceita e pronto.

Criacionismo e Evolução

Ao questionar Darwin, Behe deixa claro que não está se juntando aos criacionistas fundamentalistas religiosos pois esses acreditam que a Terra foi criada a 10 mil anos, conforme interpretação corrente dos textos bíblicos. Behe esclarece que ele não duvida de que o universo foi criado há mais de 10 bilhões de anos, que os seres vivos provêem de um ancestral comum e que a tese da seleção natural explica muito bem a evolução das espécies em nível macroscópico ou em menor escala: mudanças intra-espécies e diferenciação de espécies. Porém Behe sustenta que a evolução darwiniana não é capaz de explicar a vida do ponto de vista molecular ou bioquímico.

Bioquímica e Evolução

Bioquímico por formação, Behe propõe que o entendimento ao nível molecular do funcionamento da vida, desafia a idéia de que a evolução se daria por seleção natural como proposto por Darwin. Para ele o progresso realizado pela bioquímica desde a década de 50 vem abalando as fundações da ciência, em especial no que concerne à seleção natural. Ao desvendar o funcionamento da vida em nível celular e revelar que os subsistemas de manutenção celular são altamente complexos e envolvem complicadas reações químicas em cadeia e em sincronismo, o conhecimento bioquímico põe em cheque a evolução gradual, em pequenos passos, como proposto pelos neo-Darwinistas.

O Olho e a Evolução

Pela lógica Darwiniana e neo-darwinista a evolução das espécies seria uma combinação entre variação genética e seleção natural. Aplicar tal conceito ao desenvolvimento de sistemas complexos, síncronos e sofisticados tem sido uma das maiores dificuldades dessa vertente. Analisemos o olho humano. Como estrutura o olho é um sistema complexo, onde várias partes especializadas contribuem para a realização de uma função altamente especializada: a visão. O olho humano só funciona porque todas as suas partes (retina, nervo óptico, iris,etc) realizam sincronamente suas funções. A explicação darwiniana de como o olho humano evolui remete-nos a existência de vários sistemas muito menos complexos em animais inferiores e que também realizam a função embrionária da visão. A existência dessa variação em complexidade seria a prova de que o olho se desenvolveu gradualmente, através de gerações e gerações e da seleção natural, até chegarmos ao olho humano como conhecemos hoje. Parafraseando Darwin:

"Embora o Homem possua um complexo sistema óptico, muitos animais possuem sistemas muito menos complexos. Algumas criaturas possuem somente um grupo de células que distinguem a luz da escuridão. Outras mais avançadas possuem protótipos de câmeras ópticas, enquanto outras possuem material gelatinoso na entrada dessas cavidades atuando como lentes. Assim gradualmente chegaríamos ao olho humano."

Apesar de fazer muito sentido quando vista nesse nível anatômico, o funcionamento da função visão é muito mais complexo quando estudado do ponto de vista bioquímico. A visão é o resultado da interação simultânea e sincronizada de mais de 15 diferentes proteínas e enzimas. A cadeia de reações se inicia quando um fóton (luz) atinge a retina e catalisa a primeira de uma série de reações químicas, sincronizadas, que resultará finalmente em um impulso elétrico correspondente no nervo óptico. Além disso todo esse sistema é controlado, de forma que as quantidades de proteínas, enzimas e outros componentes se mantenham balanceadas. Behe oferece outros exemplos tão ou mais complexos como o flagelum existentes nas bactérias, o sistema imunológico e o funcionamento intra-celular, envolvendo dezenas de reações e interações entre DNA, RNA, Proteínas e enzimas. O exemplo do flagelum das bactérias é importante, pois mostra que mesmo nos seres considerados como primitivos, ou no início da cadeia evolutiva, os sistemas bioquímicos são tão ou mais complexos do que os encontrados em seres superiores.

O funcionamento dos flagelum (um tipo de cílio que em algumas bactérias realiza movimentos circulares, tal como uma hélice de barco, permitindo à bactéria se movimentar). Tal estrutura se assemelha em muito a um motor elétrico, tendo como componentes proteínas, enzimas e outras moléculas. Todas agem sincronamente para realizar essa função especializada. Para Behe qualquer teoria evolutiva deve explicar não só a evolução em nível anatômico mas também bioquímico, e portando teria de explicar como sistemas tão complexos e irredutíveis teriam se formado. Desse ponto de vista a teoria de Darwin não seria suficiente para explicar os exemplos acima. Como poderia se desenvolver o flagelo gradualmente, se para que o mesmo funcione bem TODOS os componentes precisam estar presentes e atuando sincronamente? Que vantagem teria um organismo que possuísse apenas um dos componentes?

A Posição da Ciência

Segundo Behe, são contados em dezenas os artigos e trabalhos científicos (publicados em revistas especializadas) que tentam explicar essas funções do ponto de vista da seleção natural desde a década de 50. Segundo ele a ciência oficial trata como dogma a seleção natural e que apesar de não existir quase nenhuma prova cientifica de que ela se aplica a vários casos, ela é ensinada como verdade absoluta e qualquer tentativa de colocá-la em cheque é vista como heresia e volta aos tempos sombrios da Inquisição.

O Que tirar de tudo isso?

O trabalho de Behe mostra claramente que a teoria darwiniana, apesar de brilhante e válida, não é suficiente para explicar todos os aspectos da evolução, incluindo aí o aparecimento dos seres vivos na Terra (Behe dedica um capítulo ao tópico). Portanto devemos considerar como válidas outras alternativas para explicar esses mecanismos. Um Criador Inteligente, seja Deus ou Espíritos, seria então uma boa alternativa para esse dilema. O Espiritismo fundamentalmente aceita essa hipótese ao colocar Deus como causa primária, inteligência suprema de todas as coisas. Behe defende veementemente essa mesma hipótese. O nível de complexidade e perfeição dos processos da vida, quase que requer a existência de uma inteligência superior, concatenando todos os passos de forma a obter sistemas perfeitos, presentes mesmo nos seres mais primitivos (como nas bactéria e vírus). Como espíritas devemos estar atentos aos avanços da ciência e segui-la sempre que a mesma estiver correta, porém precisamos sempre entender que mesmo nos meios científicos existem muitos preconceitos e barreiras contra qualquer idéia que abale o caráter materialista do mesmo. Cabe a nós, através do estudo e pesquisa, provermos um contraponto a esse materialismo. Behe esta fazendo muito bem esse papel.

Para saber mais: A Caixa Preta de Darwin; Behe, Michael J. Editora: Jorge Zahar.

Combate ao Vício de Fumar - Mundo Atual

Já ratificado por 51 países, o Acordo para o controle do tabaco. No âmbito da Organização Mundial da Saúde, pretende estabelecer restrições ao consumo do cigarro em todo o mundo. O Brasil é um dos signatários e teve importante papel nas discussões que levaram ao Acordo, mas o Senado Federal, pressionado pelos produtores de cigarro e plantadores de fumo, ainda não ratificou o acordo, o que afastará o país da reunião que tratará brevemente para adotar medidas concretas, como a elevação de impostos e restrições à propaganda.

Reconhecidamente como fator preponderante no câncer do pulmão, entre outros males comprovados, o uso de cigarros é causador, como qualquer viciação, de problemas sociais e humanos. No Brasil, já está proibida a propaganda do cigarro e o Ministério da Saúde coloca avisos sobre os males do cigarro e os maços do produto estampam figuras educativas. Mas o consumo não parece diminuir.

Ao contrário da bebida e das drogas cujos efeitos são imediatos ou mediatos, o cigarro corroe o pulmão e o organismo de modo geral, ao longo do tempo e de forma irremediável.

Dentro da visão espírita, toda viciação é, no fundo, um processo egoísta, depreciador da alma e corrompendo o corpo influi no equilíbrio do Espírito.

Os que norteiam sua vida pelos padrões da doutrina kardecista, reconhecem a importância do corpo sadio e a mente desobstruída de viciações, como instrumentos básicos para a concretização de seu projeto de aproveitamento e crescimento espiritual, na vida corporal.

A mente que se deixa viciar estraga, muitas vezes, sua existência e isso acarreta conseqüências imprevisíveis para o futuro. Sabemos que o corpo é o veículo sinérgico para a manifestação do Espírito. Nesse sentido, alma e corpo são uma unidade que precisa ser tratada com extrema responsabilidade e equilibradas formas de vida.

Os viciados no fumo, segundo algumas mensagens mediúnicas, sofrem a angústia do vício mesmo depois da morte do corpo, uma vez que as viciações se fixam na mente imperecível.

Mundo Paranormal: International Society of Life Information Science (ISLIS) - Marcelo Coimbra Régis

As pesquisas do paranormal avançam no mundo todo, apesar de não contarem com muito apoio e financiamento. Nessa coluna tenho trazido ao leitor do Abertura alguns exemplos dessas atividades espalhadas pelo mundo. Na coluna desse mês achei interessante trazer alguns exemplos vindos da Ásia e mais especificamente do Japão. Possuindo uma cultura não-cristã, os institutos formados nos países asiáticos também estão a procura de respostas as questões do paranormal, do espírito e das relações entre mente e corpo.

A ISLIS tem sua sede no Laboratório de Bio-emissões de Yamamoto no Japão. Uma leitura dos princípios que nortearam o estabelecimento da sociedade revela seu caráter e missão, a saber:

Durante o século XX, a ciência passou a se dedicar exclusivamente à investigação de fenômenos físicos isolados, resultando na criação de um paradigma materialista, que exclui a consciência, o espírito e a mente como parte integrante da realidade.

Entretanto o reconhecimento da existência de fenômenos possivelmente relacionados com a consciência, a mente e o espírito tem aumentado em muito nos últimos anos. Tais fenômenos não podem ser satisfatoriamente explicados ou entendidos pelos paradigmas convencionais do século XX.

Portanto a ISLIS busca: Reconhecer e identificar claramente esses fenômenos não-explicados pelo paradigma convencional, utilizando-se dos métodos científicos; Entender as características e princípios reguladores desses fenômenos; Desenvolver um novo paradigma para a ciência e tecnologia do século XXI e Contribuir para o avanço e inovação da ciência e tecnologia e consequentemente para uma sociedade mais pacífica e igualitária.

A ISLIS tem como seus membros pesquisadores e estudantes que concordem em seguir os caminhos acima explanados. A ISLIS obtém financiamento através das contribuições de seus membros, diversas corporações e institutos de pesquisa.

Áreas de Pesquisa e interesse (entre outras): Interações Mente-corpo, Emissões energéticas de seres vivos, Ciências da saúde (medicina oriental, medicina alternativa, etc.), Talentos latentes/ precoces, Atividades mentais de toda sorte, Meditação e estados alterados da consciência e Percepção extra-sensorial e fenômenos parapsicológicos.

Publicações: a ISLIS publica a revista científica-acadêmica" Journal of International Society of Life Information Science"nos meses de Abril e Setembro.

Outras atividades: A ISLIS organiza palestras e conferências publicas e também organiza a cada seis meses um simpósio no Japão (Symposium on Life Information Science) e a cada dois anos um simpósio internacional.

Para saber mais: Visite o site: http://wwwsoc.nii.ac.jp/islis/en/islis.htm

Abrindo a Mente (O que é a Kirliangrafia ?) - Alexandre Cardia Machado

O que é a Kirliangrafia?

A máquina Kirlian foi inventada pelo Russo Semyon Davidovitch Kirlian, e se trata de um aparelho capaz de registrar em filme fotográfico um campo eletromagnético proveniente do material que é exposto ao aparelho. Utilizado em seres vivos, como o homem, geralmente utilizando os dedos, fotografa esta interação deste campo gerado pela máquina eo campo eletromagnético humano.

O aparelho constitui-se de um circuito elétrico de alta tensão e corrente muito baixa, esta tensão gera um campo eletromagnético em uma chapa metálica, onde é colocado o flime fotográfico. A pessoa então presssiona o seu polegar sobre o filme e o aparelho é ativado por alguns instantes, registrando no filme a coloração gerada. Isto tem que ser feito no escuro, ou no claro, sendo que neste caso exige-se a utilização de uma câmara escura que encobre o braço e o aparelho, para a realização da foto. Depois é só revelar o filme em um laboratório normal.

Muitos se referiram a isto como a fotografia da Aura. Experiências demonstraram que esta técnica é capaz de registrar alteração de humor e sentimentos. Newton Milhomens chegou mesmo a padronizar o equipamento e produziu um manual de interpretação. Nós a 10 anos atrás fizemos uma série de experiências com uma máquina Kirlian construída pelo nosso grupo de pesquisas GPCEB com resultados animadores. Talvez não seja uma foto da Aura mas pela primeira vez ficou muito claro e provado que os sentimentos se expressam fora do corpo físico e que podem ser capturados por uma fotografia.

Para abrir mais a sua mente leia: Fotos Kirlian – Como Interpretar – Newton Milhomes Ed. Ibrasa São Paulo 1988.

20 Anos do Primeiro Ensasde - Da Redação

Em 1984, um grupo de jovens universitários que estudavam na Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, entrou em contato com a Dicespe-Livraria Cultural Espírita Editora, departamento da Comunidade Assistencial Espírita Lar Veneranda e editora do jornal "Espiritismo e Unificação", solicitou apoio e local para a realização do I - Encontro Nacional sobre A Doutrina Social Espírita.

Tanto a DICESP, como Lar Veneranda eram presididos por Jaci Regis e tendo como diretor José Rodrigues.

A solicitação se justificava porque o jornal, dirigido na época por Jaci Regis e José Rodrigues, era porta-voz de uma visão progressista do Espiritismo. Os jovens ardiam de desejo de discutir as questões sociais, depois da abertura política, com a queda da ditadura militar. Falava-se na convocação de uma Constituinte.

Aceita a proposta, o Lar Veneranda sediou o I ENSASDE, realizado em Santos, dias 16, 17 e 18 de fevereiro de 1985, há 20 anos atrás.

Pesquisando o tema, nas edições do "Espiritismo e Unificação" verificamos que além desse primeiro mais dois ENSASDE foram realizados, já com o nome de Encontro Nacional sobre o Aspecto Social da Doutrina Espírita. O II ENSASDE foi realizado em São Paulo em 1987 e o terceiro em Salvador, onde morreu.

A realização do I Encontro teve grande repercussão. Inclusive em jornais grande circulação como A Tribuna de Santos e Jornal da Tarde, de São Paulo, entre outros, especialmente sobre a moção a favor da Assembléia Constituinte.

Transcrevemos alguns textos da reportagem publicada sobre o Encontro pelo jornal Espiritismo e Unificação de fevereiro de 1985.

INTRODUZINDO

O intenso calor que se abateu sobre Santos, nos dias 16,17 e 18 de fevereiro, não arrefeceu o entusiasmo, nem prejudicou o andamento do I Encontro Nacional Sobre a Doutrina Social Espírita.

Além de sugestões tiradas nas quatro áreas de interesse: comunicação; valores humanos; educação e organização social, que não foram submetidas ao plenário, este aprovou por unanimidade moção em favor da eleição de uma Assembléia Nacional Constituinte e outra dirigida à Comissão Organizadora do IX Congresso Brasileiro de Jornalistas e Escritores Espíritas –Combrajee, solicitando a inclusão no seu temário da literatura sobre a parte social do Espiritismo.

ONDE FOI E COMO FOI

Todas as atividades o I Encontro concentraram-se na Comunidade Assistencial Espírita Lar Veneranda que organizou os dormitórios, a alimentação, e salão e salas para a realização dos trabalhos. Estes dividiram-se em reuniões plenárias diárias, de manhã e à noite e às vezes também à tarde. As reuniões em grupo foram realizadas de manhã e à tarde. Nos dois primeiros dias organizaram-se grupos heterogêneos, aleatoriamente, para debater os temas do dia. No último dia, reuniram-se grupos mais homogêneos, por área de interesse., livremente manifestada no momento da recepção.

QUEM COORDENOU

O I Encontro foi organizado por um grupo de jovens espíritas matriculados na Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis. A DICESP atendendo apelo desse grupo resolveu patrocina-lo, obtendo o apoio da Comunidade Assistencial Espírita Lar Veneranda,. O grupo de Florianópolis por sua vez encontrou apoio nos jovens do Núcleo Universitário de Londrina, norte do Paraná.

As reuniões plenárias foram coordenadas pelos jovens Nelson Navas, Mauro Spínola e César Augusto . Os coordenadores foram Maria Eny Rossetini Paiva, Octávio Ulisséia, Aylton Guido Coimbra Paiva, Cláudio Antonio de Mauro, Jaci Regis, Heloisa Pires e Almir Del Prette.

Notícias (Pós-Graduação em Pedagogia Espírita) - Da Redação

Sob a coordenação da Prof.ª Dr.ª Dora Alice Colombo (Dora Incontri), a Universidade Santa Cecília, de Santos, iniciará no dia 5 de março próximo, o primeiro curso de pós-graduação lato sensu de Pedagogia Espírita. O curso se estenderá até julho de 2006, com 376 horas/aula, e realizado aos sábados, das 9 às 18 horas.

O objetivo será debater a Pedagogia Espírita, no contexto da cultura contemporânea e capacitar pesquisadores para desenvolver projetos nesta área e capacitar educadores para aplicação de uma nova prática pedagógica.

Poderão se inscrever todos os interessados que tenham curso superior em qualquer área. Se houver vagas, poderão ser aceitos alunos-ouvintes.


PROGRAMA

O programa delineado é formado pelas seguintes disciplinas: Filosofia Geral; Filosofia Espírita; Religião e Pós-Modernidade; Espiritismo e Cristianismo; Ciência e Espiritismo;  História da Educação I; Filosofia da Educação; Filosofia Espírita da Educação; Espiritismo e Sociedade; Psicologia Espírita da Educação; História da Educação II; História da Educação Brasileira; História da Educação Espírita; Metodologia Científica I;  Estética e educação; Didática Interdisciplinar; Escola Espírita; Prática Pedagógica Espírita; Metod. Científica II – Orientação Monografia; Tópicos especiais;  Filosofia para Crianças; Tecnologia, Arte e Educação;  Ensino Inter-Religioso; Espiritismo e Educação Ambiental; Arquitetura e Educação; Espiritismo para Crianças; Educação Familiar.


INFORMAÇÕES

Mais informações: UNISANTA – PABX (13) -3202 7100 - Pós – com Christiane (13) 3202 7114- Ou o site www.unisanta.br.

Tsunami, Castigo Divino ? - Da Redação

Abalou o mundo à ocorrência, em 26 de dezembro de 2004, do tsunami, fenômeno natural que atingiu cinco paises da Ásia, matando mais de 250 mil pessoas.

A tragédia vivida pela população desses países e turistas que ali estavam, criou um estado de choque e mobilizou a solidariedade das pessoas e dos países.

As causas desse fenômeno foram explicadas minuciosamente pela imprensa.

Diariamente morrem no mundo, milhares de pessoas vítimas da Aids, do câncer, de doenças várias, da fome e pelas guerras e guerrilhas. Esse morticínio não abala a sociedade, que parece deduzir que são obras do homem e que não merecem uma solidariedade maior.

Mas diante de flagelos provocados pela natureza, a sensação é outra. Os materialistas vêem no acidente uma lastimável ocorrência de forças da natureza. Mas os crentes em geral, os que acreditam na existência de Deus e de uma ordem universal sob a orientação divina, procuram respostas para essas tragédias que afetam a vida e a morte de milhares de pessoas, destrói as perspectivas da existência de cidades e paises, produzindo miséria, dor, doenças e sofrimentos.

E nós, os espíritas, que pensamos?

Cremos que muitos espíritas estão à cata de uma forma de ligar o acontecimento com alguma falta do passado. Foi assim quando sobreveio uma grande fome na Nigéria e se disse que os famintos eram a reencarnações dos nazistas que mataram milhares de fome nos campos de concentração. Quando ocorreu o problema com a talidomida, logo ligaram as crianças que nasceram deficientes com os também nazistas que cortavam os dedos e mãos das vítimas para subtraírem os anéis e jóias.

A maioria dos espíritas, encarnados e desencarnados, acredita que os sofrimentos individuais e coletivos são, necessariamente, reparações das faltas das encarnações anteriores.

Essa compreensão precisa ser repensada, por ser restrita e insustentável, na maioria dos casos, baseada na pena de talião e na lei de ação e reação entendida mecanicamente. Parece mais justo pensar na lei de causa e efeito, que representa uma coerente relação do processo existencial, vivencial, num sentido circular, flexível e desdobrando-se em oportunidades de renascimento espiritual, de reciclagem de aprendizado e crescimento.

Por isso, talvez seja mais sensato aceitar os fatos e não procurar obsessivamente causas e razões. Melhor fazem os que apenas se solidarizam com o sofrimento dos que sofreram ação do fenômeno.

A AÇÃO DOS ESPÍRITOS SOBRE OS FENÕMENOS DA NATUREZA

O tema foi tratado no item IX - Ação dos Espíritos Sobre Os Fenômenos da Natureza, parte do Capitulo IX de O Livro dos Espíritos – Intervenção dos Espíritos no Mundo Corpóreo..

Dentro do exagero básico da atuação dos Espíritos e a compreensão da posição passiva da matéria, o assunto considera que tudo o que acontece, nos fenômenos naturais, tem por detrás a ação de Espíritos.

Na questão 536, analisando os grandes fenômenos da natureza, está dito que Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus.

Na 536-a A atuação dos Espíritos sobre os fenômenos é total. Deus não se entrega a uma ação direta sobre a Natureza, mas tem seus agentes dedicados, em todos os graus da escala dos mundos.

Allan Kardec diz acreditar que deuses da mitologia grega eram Espíritos com atribuições especiais. Assim, uns eram encarregados dos ventos, outros do raio, outros de presidir à vegetação, etc. Essa crença é destituída de fundamento? Pergunta. -Tão pouco destituída de fundamento, que ainda muito aquém da verdade.

539 – Na produção de certos fenômenos, das tempestades, por exemplo, é somente um Espírito que age ou se reúnem em massa?

-Em massas inumeráveis.

COMENTÁRIO

Os Espíritos que ditaram as respostas acima, estavam longe de conhecer a razão dos fenômenos naturais. Eles certamente não sabiam nada sobre placas tectônicas.

A Lei Divina ou natural gerencia a vida e estabelece os princípios fundamentais do universo. Temos hoje melhores condições de entender os mecanismos da lei no campo da biologia, da astronomia, da geologia, enfim, de todo o conjunto de fatores que, combinados, constituem o universo.

Os Espíritos são, como diz o Livro dos Espíritos, uma das potencias a natureza, mas certas revoluções ambientais seguem leis que funcionam por si mesmas, dentro de critérios que podem ser medidos, estudados e previstos, indicando sua completa consolidação no ambiente terreno, onde existem pressões e movimentos determinados pela estrutura física do planeta. Claro que não se ignora a ação da inteligência, mas de forma equilibrada e ordenada.

É exagerada a pressuposição da abrangência infinita da atuação dos Espíritos, aceitando inclusive manipulação da Natureza por Espíritos designados por Deus como agentes produtores dos fenômenos, tenham ou não objetivo de atingir a criatura humana. A expressão "nada acontece sem a permissão de Deus", é ao mesmo tempo justificativa e uma condenação da atuação divina, pois tendo todo o poder por que autoriza tais horrores?

Tratar a mitologia como fato real e os deuses como Espíritos, e que as tempestades sejam produzidas por multidões de Espíritos soprando, soprando desencadeando situações de pânico e calamidade, não faz justiça ao bom senso. Tanto quanto que Deus tenha determinado aos seus "agentes dedicados" que mergulhassem nas águas do Oceano Indico, movimentassem as placas tectônicas e produzissem um terremoto de valor nove na escala Richter, para destruir, matar, fazer sofrer.

FLAGELOS DESTRUIDORES

Na Lei de Destruição, a questão dos flagelos destruidores foi abordada, dentro da formulação da renovação de todos os sistemas vivos.

Allan Kardec pergunta por que Deus "castiga" a Humanidade com flagelos destruidores. A resposta dos Espíritos é sintomática, dento da suprema utilidade de todas as coisas: Para fazê-la avançar mais depressa.

E arremata que Deus deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. É o homem quem não os aproveita; então é necessário castigá-lo em seu orgulho e faze-lo sentir sua fraqueza.

Minimizando os sofrimentos dos atingidos pelos flagelos os Espíritos advertem: Nas grandes calamidades que dizimam os homens, eles são como um exército que, durante a guerra, vê os seus uniformes estragados, rotos ou perdidos. O general tem mais cuidado com os soldados do que com as vestes

Se considerássemos a vida no que ela é, e quanto é insignificante em relação ao infinito, menos importância lhes daríamos. Essas vítimas terão noutras existência uma larga compensação para seus sofrimentos, se souberem suportá-los sem murmurar.

Os flagelos são provas que proporcionam ao homem a ocasião de exercitar a inteligência, de mostrar a sua paciência e a sua resignação ante a vontade de Deus, ao mesmo tempo em que lhe permitem desenvolver os sentimentos de abnegação, de desinteresse próprio e de amor ao próximo, se ele na for dominado pelo egoísmo.

COMENTÁRIO

É Kardec quem usa a palavra "castigo", na pergunta 737. O Espírito que responde fala em aperfeiçoamento e progresso. É verdade que o autor da resposta à questão 738 fala da necessidade "castigá-lo em seu orgulho e faze-lo sentir sua fraqueza." Supondo que haja um planejamento divino para isso. Mas mesmo sendo basicamente aleatórios todos os fenômenos naturais atingem invariavelmente os seres humanos e por fim, servem mesmo para alertar as pessoas da fragilidade da vida terrena e da fatuidade do orgulho.

Ressalta o fato dos Espíritos que responderam a essas questões desprezarem totalmente o valor da vida corpórea, talvez porque, como está na questão 738-a, "após a morte pensa de outra maneira", o que não corresponde ao medo, à ansiedade e ao sofrimento do encarnado, diante da morte. Mas é verdade que se tem dado às mortes que ocorrem nesses flagelos, um tom supremo de punição, de resgate de faltas e outros fatores, mas que os Espíritos aqui não dão a maior importância. Mesmo quando Kardec força a questão para o moral, a resposta (questão 740) é mais para o lado do desenvolvimento da inteligência e da solidariedade.

CONCLUSÃO

O universo é um conjunto consolidado de leis que funcionam automaticamente, dentro de critérios estabelecidos pela Inteligência. As descobertas das leis que sempre determinaram o rumo das coisas, que é a tarefa da ciência, mostram uma perfeição dentro da imperfeição. Ou seja, que embora todos os fatores elementares sejam perfeitos o desenvolvimento da vida, seja em que nível se considerar, produz distorções, cria acidentes e processos de ajustes e desvios. Assim é no processo evolutivo do Espírito, assim é na relação dos elementos naturais.

Tudo concorre para uma harmonia às vezes trágica, mas que tem um sentido final produtivo, regenerador e renovador.

Por ora seria impossível ter todos os elementos mapeados e ajustados para uma compreensão global e final dos processos vivenciais. Temos apenas que sofre-los.