Setembro de 2004

Exposição comemorará o Bicentenário de Kardec - Capa

Em 3 de outubro de 2004 comemoramos dois séculos do nascimento em Lyon, França, de Hipollite Leon Denizard Rivail, que a partir de 18 de abril de 1857, se imortalizaria com o pseudônimo de Allan Kardec, codificador da doutrina e fundador do Espiritismo.

A comunidade marcará a passagem do bicentenário, em todos os paises onde a doutrina espírita têm presença marcante. A CEPA homenageará fundador no XIX Congresso Panamericano, a FEB fará o mesmo no 4º Congresso Mundial, em Paris.

O ICKS dará destaque ao acontecimento.

As palestras de sextas-feiras do mês de outubro serão dedicadas a expor as várias facetas do fundador da doutrina. E montará aberta ao público em geral.

EXPOSIÇÃO COMEMORATIVA

O ICKS conseguiu da Prefeitura um lugar para montar a exposição. Será no Centro de Conveniêcia instalado na confluência da avenida Conselheiro Nébias com a praia, no Boqueirão.

Ali será apresentada ao público interessado fotos de Allan Kardec, Amelie Boudet , capas dos livros e outros detalhes da vida do fundador do Espiritismo. Paralelamente haverá também exposição de quadros mediúnicos pintados por vários médiuns na sede do ICKS

CONVITE

A Exposição será in augurada dia 2 de outubro, às 16 horas e permanecerá aberta durante a semana até dia 9 de outubro, das 13 às 18 horas..

Convidamos enfaticamente nossos leitores, seus familiares e simpatizantes do Espiritismo a prestigiarem a inauguraçºao comparecendo ao local no dia 2 de outubro, às 16 horas.

Rafaela recebe os espíritas da América - Capa

A cidade de Rafaela, pertencente à Província de Santa Fé, na Argentina e que durante muitos anos abrigou a sede da CEPA, recebe centenas de espíritas de vários países da América, para realizar o XIX Congresso Espírita Panamericano.

O XIX Congresso faz assim uma justa homenagem à comunidade espírita da cidade, que durante vários mandatos sustentou a vida a CEPA. Hermas Culzoni, foi o último presidente da CEPA ali residente e certamente terá sua alegria e seu coração radiantes.

O sucesso é muito grande. A Comissão Organizadora, reconhecendo que a cidade tem limites, tendo recebido adesão de mais de 550 delegados, suspendeu a adesão de pessoas residentes na Argentina e determinou uma data para a adesão de espíritas de outros países.

Assim, o XIX Congresso atinge seus objetivos.

O temário é rico de idéias e terá a participação de espíritas de todo o continente com estudos e sugestões em vários setores de atuação doutrinária.

Na próxima edição publicaremos reportagem sobre o XIX Congresso. O ICKS e o ABERTURA serão representados pelos casais Antonio e Terezinha Ventura e Mauricy e Djorah da Silva.

Compatibilização dos Esforços - Editorial

Após o XIX Congresso, a CEPA terá um novo programa e, esperamos, um dinamismo crescente, levando a mensagem do pensamento kardecista a um número cada vez maior de pessoas.

Sabemos que os que pactuam com o pensamento livre pensador, aberto, progressista que a CEPA representa, formam ainda um grupo bem pequeno. Esse fator pode ser superado, em parte, pelo dinamismo e pela militância dos que se ligam a essa perspectiva doutrinária.

Caso contrário, a mensagem que a CEPA deseja transmitir ficará restrita e se perderá como voz no deserto.

O ICKS-Instituto Kardecista de Santos, tem sido um aliado constante da CEPA, a quem se filiou por coincidência de seus propósitos. Por isso estará sempre ao lado da CEPA. Espera que haja, sempre, uma completa identificação dos seus objetivos programáticos, com os que venham a ser estabelecidos pelos delegados da CEPA no Brasil, de modo a compatibilizar e somar esforços.

Não terá sentido pulverizar esforços e dividir as poucas forças que dispomos.

Nossa luta será a de levar a idéia de um Espiritismo aberto ao progresso, sem medo de mudanças, mas firmemente apoiado no pensamento de Kardec, que será sempre a pedra onde assentará sua ação.

Os próximos anos poderão ser promissores para a causa da CEPA, no Brasil e fora dele, conforme conseguirmos nos agrupar, conscientes e decididos em consolidar o trabalho que foi feito até agora no país.

A CEPA antes desse trabalho era completamente desconhecida no Brasil. Hoje disfruta de prestígio e dependendo do que seus filiados, delegados e simpatizantes conseguirem realizar, a entidade será uma força crescente como movimento mais dinâmico e mais ativo, nas Américas e no mundo.

Não existem Religiões Progressistas - Editorial

Em O Céu e o Inferno, Allan Kardec escreveu: Se a religião, apropriada em começo aos conhecimentos limitados do homem, houvesse acompanhado sempre o movimento progressivo do espírito humano, não haveria incredulidade, porque está na própria natureza do homem a necessidade de crer, e ele crerá desde que se lhe dê o pábulo espiritual de harmonia com as suas necessidades intelectuais. (capitulo I, item 13, edição FEB).

A generosa expectativa do fundador da doutrina não encontrou eco nem no passado, nem no futuro. Isso porque não existe religião progressiva.

Kardec menciona o movimento progressivo do espírito humano, mas a religião, via de regra, não se incomoda com isso, com esse movimento progressivo, mantendo-se estática, apegada aos seus fundamentos, mesmo diante das revoluções sociais e morais que o mundo se submete.

Não está natureza estrutural da religião, qualquer que seja ela, o dinamismo das idéias e a possibilidade de mudar, porque está assentada sobre verdades absolutas.

A religião não está interessada na evolução do ser humano, mas na sua salvação.

Por isso, fica difícil conciliar o pensamento progressista de Kardec com a criação de uma religião espírita.

Aqui, como em qualquer religião, a tendência será manter-se apegada aos fundamentos estabelecidos por Espíritos e líderes que a criaram, atendendo às próprias expectativas e crenças, porque toda mudança será considerada incômoda e perniciosa.

Dai o discurso repetitivo, esquemático, que é proferido nos centros, federações e semelhantes, como se o mundo tivesse parado, com mensagem quase tão fatalista quanto das religiões pentecostais, onde a figura de Jesus de Nazaré assume proporções quase infinitas.

Além disso, esse discurso, por mais bem intencionado que seja, não supre todas as necessidades humanas, reduzindo-se a breviário doutrinante, que não ajuda a libertação mental das pessoas.

A prova disso é a reação dos espíritas religiosos em geral, diante dos avanços da ciência e do rompimento de conceitos que se tornam obsoletos, analisando tudo sob um prisma negativo, sem a elasticidade conceitual adequada ao espírito progressivo que Kardec estabeleceu.

Agressiva e Violenta, Caderno Cultural - Cartas Abertas

AGRESSIVA E VIOLENTA

O leitor Gilberto Guimarães (gilbertoguima@uol.com.br) enviou um e-mail genérico com comentários sobre os jornais Opinião e Abertura, do qual transcrevemos o trecho que se refere a este jornal.

Conhece, então, a CEPA ( jornal Opinião) do Rio Grande do Sul ? tem lido o jornal "Abertura" - Santos - Jaci Regis? aprecio os pensamentos deles, exceto quando afirmam que o Espiritismo não é religião (Carlos Imbassahy, na obra: "Religião" - refutação às razões dos que combatem a parte religiosa em espiritismo - 1944, demonstrou, brilhantemente, porque o Espiritismo também é religião), e também, quando criticam o movimento de forma agressiva, violenta. De qualquer forma, é importante que a FEB e o movimento institucionalizado tenham oposições. Os simpósios promovidos por Jaci Regis têm trazido boas contribuições. inclusive, sou assinante dos jornais "Abertura" e "Opinião". Atenciosamente . Gilberto

Posteriormente, tendo Milton Medran respondido ao e-mail, Gilberto retoma o tema sobre o Abertura: "Evidentemente errei em igualar a linha editorial do Opinião e do Abertura, Aquele "de forma agressiva e violenta, refere-se ao Abertura.

Respondendo a Gilberto, lamentamos que ele considere nossa linha editorial "violenta e agressiva", num sentido de condenação. Na verdade é uma interpretação respeitável mas que de forma alguma aceitamos. Somos, certamente, agressivos no sentido de analisarmos e debatermos de forma objetiva e direta temas mais ou menos interditos no movimento espírita, mas não no sentido vulgar dessa palavra. Jamais temos usado de violência contra qualquer pessoa ou entidade quando analisamos os assuntos pertinentes. O que talvez choque Gilberto é que nossa linha editorial difere fundamentalmente da maioria dos órgãos da imprensa espírita que geralmente, publica artigos e notícias dentro de uma linguagem e um panorama especificamente doutrinante.

CADERNO CULTURAL

Siento la nueva s suspensión de la edición del Caderno Cultural, pues se trata de una publicación muy interesante. Es lamentable que dentro del propio movimiento espírita no haya la suficiente colaboración ni capacidad de apreciación del valor que cada publicación tiene. ¡Por eso estamos donde estamos! Pura Angelich- Barcelona - Espanha

Sinto a nova suspensão da edição do Caderno Cultural, pois se trata de uma publicação muito interessante. É lamentável que dentro do próprio movimento espírita não haja a suficiente colaboração para capacidade de apreciação do valor que cada publicação tem. Por isso estamos onde estamos!

Depressão sem Motivos ? Será ? - Jaci Régis

No telefone ela pareceu simpática.

Queria uma consulta. Mas naquela semana estava muito ocupada. Finalmente marcamos um encontro.

Ela veio cedo, pontual.

Contou que fora indicada por uma antiga cliente, que lhe aconselhou a vir porque tinha "curado" sua ansiedade.

Era uma mulher de mais de sessenta anos. Dessas que compõem um tipo até característico dessa idade. Baixinha, não muito gorda, ao contrário, com um peso proporcional à sua altura. Cabelos grisalhos, provavelmente porque os pinta, viuva.

Da vida conjugal restara um filho "maravilhoso", com mais de quarenta anos.

Quando se aposentou, passou a participar de natação, hidroginástica e era voluntária de uma creche.

De repente, diz ela, entrou em depressão. Nada lhe estimula. Tem vezes que sair da cama, de manhã, é um suplício.

E reclama: por que essa depressão, se não há motivos?

Muitas pessoas discordam quando falo que a depressão é um estado de egoísmo agudo. É verdade que a palavra egoísmo tem todo um sentido moral, de imperfeição, de maldade. Quando se diz que alguém é egoísta fala-se de seu caráter, de sua incapacidade de doar e doar-se.

Mas advirto que uso egoísmo no sentido menos egoísta, refiro-me ao fato de o depressivo, têm diante de si um espelho e só se vê. Ele é o centro de todas as coisas e pouco se importa com os outros, embora não signifique que os despreze.

É que essa afeção, essa egotismo absorve todas as suas energias. Seu pensamento é circular, repete à exaustão as mesmas idéias, imagens e questões. Ele e ele, antes e depois.

Então, tudo realmente é muito triste, pessimista e aflitivo.

Quando a depressão se instala, a pessoa entra numa atmosfera mental doentia, de conflito consigo e com o ambiente. É uma situação tensa, angustiosa. Às vezes, ensaia uma reação contra a preguiça e a apatia, a penosa sensação de inutilidade de tudo. Contudo, essa reação se perde, falece sufocada pelo peso da aflição consistente, que a domina. E a pequena fagulha se apaga no torvelinho do medo e da impotência.

A depressão aprisiona o ego a fantasias e fantasmas, como se tudo em volta estivesse na neblina, embora o sol resplandecente em torno.

Ela queria superar a depressão. Queria voltar a ser aquela mulher ativa, nadadora, que praticava a hidroginástica, uma pessoa alegre, com um filho maravilhoso, com duas netas, uma das quais é muito apegada a ela.

Eis a questão, como sair da depressão? Difícil é porque, em termos, a depressão verdadeira é quase uma psicose, enquanto está em sua plenitude. Há quem sempre esteve ou está depressivo, mas isso é um outro problema, porque retrata um traço de caráter pessimista, medroso, incapaz de sorrir, porque não vê, não cheira, não sente o outro, as necessidades de outras pessoas, cotidianamente vivendo seu mundo estranho e frio, mas agradável para ele.

Falo da depressão verdadeira, um verdadeiro retrocesso na vida da pessoa porque existe uma falsa e também uma quase-depressão, que exprimem uma apatia doentia e mostra o mundo cinzento e perturbado que às vezes dura um tempo e passa.

Ela não sabia como sair da depressão.

Na conversa que se seguiu, começaram a aparecer detalhes de sua vida. Família numerosa e desunida. A mãe era simplória e ela a filha mais velha. O pai morrera.

O pai, ha! o pai. Ela disse balbuciando e chorando levemente, "meu pai não me respeitava..." denunciando abuso sexual. O mesmo pai que praticamente a expulsou de casa para casar com dezessete anos.

O casamento durou seis anos, porque o marido era bêbado e não trabalhava. Sustentar homem, jamais e saiu de casa com o filho menino.

Amor? Ah! Sim, tempos depois de separar-se do marido, encontrou um homem com quem teve um romance forte, mas ele era casado. Ela não sabia, ele havia escondido e o romance terminou.

Trabalhara muito. Ocupava um lugar bom na firma. Esta decaiu. Ela se aposentou, mas voltou a trabalhar, mas então como atendente e isso a desgostaram porque era muito monótono e sempre fora uma trabalhadora. Resolveu ficar em casa.

Era uma história triste. Ela, contudo, disse que suportara tudo. Perdoara o pai quando ele morreu. Aí reside um grande perigo. Os fatos relevantes, as tragédias e as mágoas não desaparecem pelo esforço de esquecimento. Para que elas sejam superadas, há de haver uma reelaboração interior, uma superação consciente, no íntimo da alma, para que não fiquem marcadas, isoladas, mas vivas. Muitas vezes, as pessoas vão engolindo os fatos, as desgraças, as desilusões sem reclamar, sem explodir, sem colocar para fora. Acomodam-se, seguem adiante, sem se desembaraçar realmente do peso de todas as feridas abertas e que apenas cicatrizam-se tenuemente.

Em certos momentos a ferida se abre e a dor, o ódio acumulado surgem na forma de uma tristeza, um vazio de inutilidade, aparentemente sem razão. Talvez porque, no aparente esquecimento, mesmo sem ter consciência, a pessoa se sente injustiçada por tudo que passou e medo pelo futuro.

Quando isso ocorre abre-se um espaço indefinido, uma zona de neblina na alma, uma imensa lassidão. Então a vida perde qualquer sentido, uma espécie de anestesia sensível, um abismo de insatisfação disfarçada.

A cura da depressão, da falsa depressão e da quase-depressão, em escala de dificuldades diferentes, mas de qualquer modo, depende de um movimento emocional e de vida, quando a visão das coisas passa por uma mutação decisiva. O espelho se quebra e a pessoa começa a ver que existem outros, que não está só, nem pode viver só.

É claro que na depressão existe também o medo da morte, que produz uma reação de auto defesa, naturalmente inútil, de preservação, como se a morte deixasse de vir porque a pessoa se esconde.

Ela foi embora, mais alegre. E disse que precisava de auxílio, o que é um bom sinal.

Mas deixou uma lição. Sempre que a pessoa entra nessa falha emocional, um dos remédios é incentivá-la a fazer um trabalho voluntário. Isso é bom, mas só será efetivo se ela conseguir integrar-se ao que faz, ao grupo. Muitas vão empurradas pelas estimulações externas, mas jamais se desviam do caminho de auto comiseração egoísta em que se prenderam.

O melhor é nunca cair em depressão. Por isso, é necessário cultivar idéias otimistas, integrar-se à vida, olhar em torno e ver as pessoas, o mundo. Sobretudo aprender a servir.

As três paixões do jovem Kardec - Eugênio Lara

Há 200 anos reencarnaria Hippolyte Léon Denizard Rivail, o grande pedagogo francês que se tornou conhecido sob o pseudônimo de Allan Kardec, nome que adotou de um druida gaulês, uma existência sua anterior à do sacerdote tcheco John Huss.

Kardec foi educado nos princípios católicos em uma família de classe média, com tradição de juristas e intelectuais entre seus membros. O pai era maçon. A mãe, dizem seus biógrafos, era uma mulher belíssima.

Pouco sabemos de sua infância. Deve ter sido uma criança muito inteligente, vivaz, observadora, curiosa, sonhadora, cheia de vida como são todas as crianças. Mas acredito que, desde cedo, dava para perceber a maturidade precoce daquela criança, o senso moral altamente desenvolvido. A inteligência muito acima da média. Não deve ter dado trabalho para os pais.

A precocidade natural o fez dirigir a escola de Pestallozzi, em Yverdun, na Suíça, com a idade de 14 anos. Segundo seu próprio depoimento, desde os 15 anos passou a estudar o magnetismo. Lia e estudava compulsivamente, leu todos os clássicos. Lançou seu primeiro livro aos 18 anos. Um adolescente brilhante, desde cedo preocupado com a educação.

Cresceu, casou aos 27 anos com a pequena Gaby, prosseguiu escrevendo livros pedagógicos, dirigindo escolas e ministrando aulas. Suas duas paixões: a educação e o magnetismo.

Pois foram essas duas paixões, a educação e o magnetismo, que aproximaram Rivail dos fenômenos mediúnicos, das chamadas mesas girantes. Tentou inicialmente explicar aqueles fenômenos pelas leis do magnetismo, ciência cujo domínio era notório. Percebeu que estava diante de um fenômeno de causas insólitas. Adaptou o método experimental das ciências no estudo da fenomenologia mediúnica. Extraiu, da observação de diversos fenômenos e do diálogo com os Espíritos, toda uma filosofia, que estruturou, sintetizou, organizou, fundou. Sempre sob o apoio e incentivo da doce Gaby, a terceira paixão de Kardec, a amada companheira de todas as horas, cuja influência foi decisiva na elaboração de O Livro dos Espíritos, a primeira obra lançada pelo fundador do Espiritismo, em 18 de abril de 1857.

Era o que sempre buscou, desde criança, uma resposta para as graves questões da vida e da morte, do céu e da terra. Construiu um poderoso instrumento pedagógico por força da paixão de sua vida: a educação. Sempre foi um educador, muito mais do que um cientista. Fosse um William Crookes a estruturar essa forma de conhecimento e sua feição seria outra, muito mais científica, metodológica, racionalista mesmo.

Uma das grandes armas da filosofia espírita é a facilidade de ser entendida, pois foi forjada por um sistematizador do conhecimento, um pedagogo, um comunicólogo de mão cheia, um livre-pensador de mentalidade científica e filosófica. A feição pedagógica do Espiritismo é um antídoto contra o misticismo, a superstição, o sofisma, o sectarismo e o fanatismo, tanto quanto o seu poder filosófico.

Quem diria que aquela criança, provavelmente vestida com roupinha de marinheiro, de ar sério e jovial ao mesmo tempo, iria realizar tudo o que realizou. Rivailzinho deve ter sonhado com tudo aquilo que viria a enfrentar, mas não entendia bem o que se passava. Ainda mergulhado em seu sonho infantil, se divertia em conhecer a natureza, em aprender, em expandir seus horizontes, de forma lúdica, natural. Como natural era seu gesto terno e romântico ao ofertar cerejas a sua Gaby, tiradas da árvore, sob o apoio de um banco de madeira, sempre sob o olhar cuidadoso e preocupado de sua eterna companheira.

Mesmo na meia-idade deve ter se divertido com as peripécias dos Espíritos na movimentação das mesas e banquinhos. Era a grande atração dos salões parisienses. Divertido, curioso, um verdadeiro espetáculo. O Espírito Zéfiro, que o acompanhava, era muito bem-humorado, cabeça fresca. Apesar da aparência séria e sisuda, Kardec era bem-humorado, jovial, agradável.

Conta seu amigo-irmão Lemarye que os dois constumavam se reunir aos domingos em sua casa para tomar vinho e contar piadas, especialmente de gauleses. Acredito que piadas de fantasmas eram também uma das prediletas.

Sua obra atravessou o tempo e sobrevive graças ao empenho daqueles que vêm no Espiritismo uma forma de cultura, uma forma de conhecimento capaz de mudar o enfoque do ser humano e da sociedade, uma corrente de pensamento voltada para educação e o pleno desenvolvimento intelecto-moral e psíquico, mental. Se prosseguirmos no mesmo espírito que norteou Kardec, o Espiritismo continuará o seu desenvolvimento: o espírito científico, que o levou a estudar o magnetismo e posteriormente o Espiritismo; e o espírito pedagógico, que o conduziu no uso da filosofia espírita como instrumento de transformação moral e social.

Aborto : E agora pode ? - Luiz Marcelo Prestes

[Livro dos Espíritos, questão 347: Que utilidade pode haver para um espírito a sua encarnação num corpo que morre poucos dias após o nascimento]?

"O ser não tem alta consciência de sua existência: a importância da morte é quase nula: como já o dissemos, é muitas vezes uma prova para os pais".]

A polêmica em torno do aborto volta às manchetes da mídia. O ministro do STF – Supremo Tribunal Federal – Marco Aurélio de Mello, liberou para todo o Brasil, no início de julho, a chamada ‘interrupção de gravidez’ quando houver laudo atestando anencefalia, isto é, ausência de cérebro no feto. A decisão do ministro é provisória – terá de ser julgada pelos outros 11 membros do STF – mas está causando controvérsia nos meios jurídicos e religiosos, por tratar o aborto como uma simples interrupção de gravidez.

O advogado Luís Carlos Martins Alves, da CNBB – Confederação Nacional dos Bispos do Brasil – disse que "Um feto, ainda que anencéfalo, não perde dignidade nem o direito de nascer".A OAB – Ordem dos Advogados do Brasil – informou em nota à imprensa que irá compor uma comissão de biodireito para estudar a decisão e que divulga posição oficial até o final de 2004.

E a Doutrina Espírita, como se posicionaria a respeito?

Em O Livro dos Espíritos, questão 359, a espiritualidade diz ser "... preferível que se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe"; entretanto, a questão versa sobre uma ‘suposição de que a vida da mãe corra perigo pela proximidade do parto’. Dessa forma, vale lembrar que o contexto em que o ministro consentiu o aborto está ligado a problema ou defeito com o feto e não com a mãe. Pela ótica científica a situação seria ainda mais comprometida: em praticamente todos os casos de anencefalia, o feto morre horas ou dias após o parto; isto quando não ocorre aborto espontâneo durante a gravidez. Após avaliar essas análises, fica a pergunta: estamos diante de aborto consentido ou não?

Caberia a observação ao leitor da pergunta inicial do texto, onde os espíritos apontam que, inúmeras vezes, a prova de um natimorto estaria voltada para os pais; logo, se os pais, em não havendo risco mortal e comprovado para a gestante, optarem pela interrupção, estarão caindo no crime do aborto.

A questão 748 de O Livro dos Espíritos que trata do ‘Assassínio’ esclarece que a morte causada por legítima defesa não tira a responsabilidade do agredido de fazer todo o possível para preservar a própria vida e também a do agressor. Isto posto, dentro dos conceitos ensinados pela espiritualidade, como devemos proceder perante uma situação desse tipo? Ante a precária visão que temos das complexas tramas do plano espiritual, deveríamos seguir os ensinamentos evangélicos do amor ao próximo e a nós mesmos, orando e vigiando para que Deus, por meio de seus emissários espirituais, possa atuar da maneira que melhor ofereça oportunidades de resgate e evolução para todos, pais e filhos pródigos, ainda desviados da seara bendita.

Se formos olhar a geografia do aborto no planeta, o mundo atual estaria dividido em três partes iguais: uma parte que autoriza sem restrições (34 paises), outra parte que só autoriza em certos casos (37 paises) e uma terceira parte que não autoriza em nenhuma situação (33 paises). Na América Latina só Cuba autoriza o aborto. O Brasil, com a infeliz medida ministerial, é o segundo país latino-americano a autorizar abortos por anencefalia. Para alívio dos mais sensíveis ao sofrimento alheio, a Sociedade Médica Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia informa que, caso não seja feito o aborto, se o bebê vier a nascer será incapaz de sentir dor, não ouvirá e nem enxergará, estando em total estado de inconsciência. Interessante, não acha? ‘Coincidentemente’ essa situação nos faz lembrar as passagens dos livros de Manoel Philomeno de Miranda e Ivonne do Amaral Pereira, onde ocorre a bendita oportunidade para que espíritos de suicidas refaçam a estruturas de seus corpos espirituais, renascendo em corpos disformes ou com poucas horas ou dias de vida, apenas para reconstituição do material orgânico.

Contudo, pelo que foi exposto, reflitamos à bondade de Deus que faz ‘o sol nascer sobre bons e maus’.

Pra finalizar, a estatística de anencefalia no Brasil diz que existem apenas dois casos para cada mil nascimentos, e que esses números vêm caindo ainda mais com a adição do ácido fólico – presente em farinhas, aveias e no espinafre – na dieta brasileira.

Mais uma vez a necessária caridade se apresenta em três oportunidades: a da mãe para com seu filho que poderá não vingar, a dos pais conscientes dos deveres cristãos para com os desígnios da providência e a última, da parte de todos nós, para com os legisladores do mundo atual, letrados perante a lei dos homens, mas ainda semi-analfabetos ante a lei de Deus.

 

Luiz Marcelo Prestes (lm_ade@yahoo.com.br), jornalista paulistano, diretor do Conselho Estadual de Gestão Espírita de SP, membro da ADE-SP (www.sp-ade.org.br) e graduando em Filosofia pela Universidade São Judas Tadeu.

Amar a Deus não depende de Religião - Filozofisto

Sobre a entrevista " Negar o Tríplice Aspecto do Espiritismo é Problemático" Abertura, Nº 192 , eis nossas considerações.

 Religião(es) e Espiritismo são ramos do Espiritualismo, mas obviamente ramos distintos. Com efeito, os objetos de exame das Religiões e Espiritismo — "Deus, alma e vida futura"— são os mesmos, mas as respectivas descrições (teorias) são diferentes (v. ensaio "As cinco Alternativas da Humanidade", de Allan Kardec, em Obras Póstumas, Primeira Parte ).

 Da literatura espiritualista, lembremos que filosofias como Rozacruz (do Egito multimilenar) e a contemporânea Kosmologia (de Martinus, Dinamarca) se auto-apresentam como "não religião".

 Assim também,  ciências/especialidades como História, Arqueologia, Psicologia, Parapsicolo-gia,Psicanálise, Parapsicologia, Psico-biofísica, Psicanálise,Teologia estudam os conceitos "Deus e alma" mas nem por isso se auto-intitulam "religião". Porque médicos fazem cálculos numéricos(dosagens,probabilidades,etc...) seria lícito afirmar que Medicina e Matemática são a mesma ciência ?

A "religiosidade" alegada pela entrevistada Profa. Dora Incontri parece corresponder à "Lei de Adoração" estudada por Allan Kardec em "O Livro dos Espíritos". Tal sentimento para com Deus  na interpretação espírita é introspectivo, de foro íntimo, um dom natural, intuitivo, independente de(as) religião(es). Presume-se possa ser ensinado (axioma "causa e efeito"), mas não imposto (os ateus o negam. Enfim, Deus é Deus, Religião é Religião. Duas palavras, dois conceitos distintos,diferentes! Um não é o outro,o outro não é o primeiro!

Amar a Deus não depende de religião, são coisas diferentes.

Percebe-se que a questão é lingüística, aliás bem estudada em "O Laço E O Culto— É o Espiritismo uma religião?", tese de Krishnamurti de Carvalho Dias,( DICESP, 1985), cuja leitura é elucidativa quanto ao significado da palavra "Religião". Senão vejamos,com base na citada obra:

 A  Etimologia

 A palavra "RELIGIÃO" vem do Latim, conforme duas versões:  religare"=ligar (v.), para a Igreja Romana e/ou "religio"= laço (s.), para Allan Kardec.  Até ~340 DC (sob o Imperador Constantino), "religião" era apenas um "laço social" qualquer.

A relação com o transcendental era expresso na Antiguidade pelo termo "latria"= adoração,daí "idolatria, Cristolatria,...". Outro ramo de atividade humana de carater racional eram as "sofias"= saber,daí "filosofia", cujos pioneiros ao que se sabe foram os gregos.

 Após ~340 DC , com a oficialização do Cristianismo no Império Romano é que "religião" passou a significar "culto a divindade", que é o significado atual (em substituição a "latria").

 O quadro abaixo resume as características de :

  Dogmas  Culto Externo  Hierarquia Sacramentos Livros Sagrados

Religiões          Sim           Sim               Sim         Sim             Sim

 Espiritismo       Não           Não           Não      Não            Não

 Religiões e Espiritismo têm em comum o pertencerem ambos ao ramo do Espiritualismo. E só! Porque Religiões e Espiritismo tratam de temas iguais, seria válido identificá-los entre si? Seja ainda a analogia: cães e gatos têm "cabeça,patas e cauda". Seria lícito concluir que "cão é igual a gato"?

Afirmar que exista(e) "religião sem dogma" seria (é) o mesmo que dizer que cachorro "mía" (ou gato "late").

Efeitos  da Identificação Escolhida:

Espiritismo é Religião?

 Respondendo:

 SIM. Faz criar rivalidades e ciumeiras intermináveis com as religiões tradicionais! Leva ao sectarismo e eventualmente ao fanatismo! Limita seus objetivos progressistas!

NÃO. Espiritismo reveste-se de neutralidade quanto às religiões tradicionais, vindo mesmo reforça-las em seus princípios básicos: Deus, alma e vida futura. Identificando-se como  Filosofia Espiritualista (V. frontispício de "O Livro Dos Espíritos", de Allan Kardec), pode(rá) vir a ser conhecido/praticado por todas as religiões e religiosos!

Lembremos que Espiritismo veio para alavancar o progresso e não para ser freiado pelo "status quo"!

 Você decide! 

PS - "Toda Problemática precisa de uma Solucionática", já dizia Darío,o futebolista artilheiro. 

O papel de Allan Kardec como desdobrador do Progresso - Jaci Régis

Apesar do pessimismo e da apreensão que sempre caem sobre a contemporaneidade, o exame da História nos permite verificar uma linha ascendente e contínua no progresso da Humanidade.

A evolução humana contemplou a destruição de civilizações importantes como a egípcia e as que a antecederam, a grega, a romana, a persa. Tudo parece aleatório. Todavia se traçarmos uma linha de ligação histórica, veremos que existe uma relação entre todos esses acontecimentos.

Penso nos homens que, em determinado momento, representam o papel de catalisadores das necessidades sociais e se tornam Desdobradores do processo evolutivo, desencadeando uma onda de renovação.

Isso em qualquer ramo das necessidades humanas. Nas ciências, na filosofia, na política, na econômica e na religião, surgem, a cada momento, um ou mais homens que com suas idéias, coragem, erudição, saber e mensagens morais, iniciam uma grande mutação na estrutura da civilização, no seu tempo e nos tempos que se sucedem.

Desdobradores

Em determinados momentos, como uma resposta às necessidades que se apresentam em suas épocas, surgem pessoas com idéias, descobertas e atitudes que mudam a rota da cultura e do mundo.

Penso em Galileu Galilei. Quando ele afirmou que a Terra se movia, criou uma fratura na cultura de seu tempo. Digo que ele foi um desdobrador, porque não se tratava apenas de reconhecer que nosso globo se movia, defrontando-se com as afirmações de então, tomadas como dogma de fé. Afirmava-se que a Terra era parada, sobre as costas de elefantes na cultura oriental ou sustentada por deuses ou porque assim era a vontade do Deus cristão.

Mas porque, após ele, desdobrou-se uma série de descobertas científicas, novos campos na filosofia, idéias que revolveram a cultura de então, inaugurando novas oportunidades de conhecimento e crescimento humano.

Após ele vieram Copérnico, Kepler e tantos.

Assim foi com pensadores que inauguraram o Renascimento, regatando a cultura grega e abrindo a época moderna, enriquecida pelos progressos da ciência, por figuras como Newton ou por homens de estatura como Kant,... e Karl Max e outros gigantes da ordem social.

Em todos os casos, depois deles, nada foi igual, desdobrando-se em inumeráveis teorias e pensadores menores que ora ampliaram, ora deturparam ou reduziram o trabalho inicial.

O papel de Kardec

Embora não seja reconhecido, podemos colocar Kardec no papel de desdobrado do processo de espiritualização da humanidade. Graças a ele, o plano extra físico, a imortalidade ganharam novo sentido. Ele será lembrado como o que num momento de grande agitação política, científica e filosófica, no declínio do cristianismo, trouxe uma nova visão da vida, incluindo a reencarnação.

Ele sabia e nós sabemos, que todos esses fundamentos são universais, existiam antes, mas ele deu-lhes um novo enfoque, um novo sentido. Graças ao seu tirocínio, os Espíritos, os "mortos", reapareceram como capacitadores de conhecimento e cultura.

Talvez não se tenha compreendido a amplitude dessa abertura, desse intercâmbio para a renovação do pensamento humano, para o redimensionamento do objeto da vida e da permanência do ser através dos tempos.

Isso marca a posição de Kardec, infelizmente diminuído pelos interesses religiosos e dos místicos, dos espiritualistas genéricos que assaltaram seu trabalho, logo depois de sua desencarnação, como se pode ver nos congressos espíritas e espiritualistas e nos tropeços dos continuadores da Livraria Espírita e o desastre quase geral na França e Europa, após a desencarnação de Leon Denis e Gabriel Delanne.

Ao ser considerado um líder místico e religioso, o que ele realmente não foi, desmereceram sua inteligência e seu talento e também sua coragem. Em conseqüência conseguiram marginalizar sua contribuição filosófica, científica e humana.

Os espíritas o chamam de missionário, todavia reduzem seu trabalho a mero escrivão dos Espíritos, estes tomados como fonte única da verdade, vinculando-o ao Cristo das Igrejas (Jesus a porta, Kardec a chave...), justamente no momento em que todo arcabouço e toda a estrutura das Igrejas são duramente criticados e suas heranças sociais, políticas, seja no Ocidente, como agora no Oriente, as tornam predadoras do homem ao invés de elevá-lo.

Allan Kardec é realmente um desdobrador. Mesmo os cientistas que após ele se dedicaram ao estudo da fenomenologia mediúnica não puderam ignorá-lo. Após ele acentuou-se a investigação científica dos fatos mediúnicos, pela primeira vez objeto de atenção, estudo cientificamente conduzido. Criaram-se as ciências psíquicas e os fenômenos se impõem em meio ao turbilhão da pesquisa da genética, dos transplantes, das viagens interplanetárias.

Kardec queria que o Espiritismo estivesse acima das crenças. Chegou a dizer que serviria para católicos, protestantes, enfim todas as crenças.

Mas quando o próprio Espiritismo se torna uma crença particular, ao lado das Igrejas, também tentando "salvar" a criatura humana, sua figura se apaga na cultura.

Entretanto, apesar disso, as idéias que ele apresentou ganham espaços fora e apesar do Espiritismo, beneficiando a humanidade, libertas do sectarismo e abertas ao progresso e à revisão, conforme o progresso se faz.

Abrindo a Mente : O que é Apometria ? Quem foi William Crookes ? O que chamamos de método de controle Universal de Kardec ? - Alexandre Cardia Machado

1. O que é Apometria?

Apometria é o nome dado a uma técnica ou terapia desenvolvida em Porto Alegre pelo doutor José Lacerda de Azevedo à partir de observações realizadas no Hospital Espírita de Porto Alegre – o nome vem do grego Apo – afastamento, separação e metron – medida, medição trata-se de promover o desdobramento do paciente e à partir daí tratá-lo. Estas práticas remontam ao século XIX onde algumas experiências foram realizadas por magnetizadores. A idéia central é renovar as energias do corpo energético, na concepção dos seus seguidores o local onde se originam as doenças.

Para abrir mais a sua mente leia: Apometria de Sebastião Catai – Anais do VII SBPE – Editora ICKS Santos –SP; Leia também, Apometria – A nova ciência da Alma- José da Silva Godinho – Ed. Letra Viva 1997

2. Quem foi William Crookes?

Sir William Crookes, nasceu em 1832 e desencarnou em 1919, membro da Sociedade Real de Ciências feito cavaleiro pela Raínha Vitória por suas descobertas no campo da física e química, resolveu estudar os fenômenos espirituais para provar a sua inexistência. Neste processo acabou por se tornar o maior cientista do espírito através dos trabalhos realizados com os médiuns Douglas D. D. Holmes, Kate Fox (uma das irmãs Fox – de hidesville) e Florence Cook, esta última médium que produzia as materializações de Katie King.

Crookes produziu trabalhos que foram publicados nos mais renomados jornais científicos da época, produziu fotos e relatórios que sçao modelo de metodologia científica.

Para abrir mais a sua mente leia: História do Espiritismo - Arhur Conan Doyle. Editora Pensamento São Paulo The history of Spiritalism.

3. O que chamamos de método de controle Universal de Kardec?

No Livro dos Espíritos e no Evangelho Segundo o Espiritismo, em sua introdução Allan Kardec apresenta um resumo da Doutrina Espíritira, neste momento Karced lança os alicerces deste edifício, estabelece o controle Universal , ou seja para que uma informação fornecida pelos Espíritos seja considerada verdade ou pelo menos uma hipótese valida ela deve ser referendada por outros espíritos em outros locais, por comunicações dadas por outros médiuns, pela qualidade da pesquisa, pela forma que perguntamos e estudamos as respostas. Além disto como explicado na Gênese o espiritismo não é fruto de uma revelação individual e sim da comunicação de diversos Espíritos em diversos locais sendo portanto a coleção destas comunicações passadas pelo crivo da razão – generalidade e concordância que lhe garante a perpetuidade.

Se este método tivesse sido mantido, muitos livros ditos Espíritas de autoria mediúnica jamais sairíam do prelo.

Para abrir mais a sua mente leia: A Gênese os Milagres e as predições segundo o Espiritismo – Allan Kardec.

Comunicação com Qualidade - Luiz Lemos

Para se designarem coisas novas são precisos termos novos.

Assim o exige a clareza da linguagem para evitar a confusã inerente à variedade de sentidos das mesmas palavras. (8)

Allan Kardec.(grifos nossos.)

Vale a pena, refletirmos sobre as fortes razões que levaram ‘o bom senso encarnado’, no dizer do célebre astrônomo francês Camille Flammarion ao principiar O Livro dos Espíritos com as palavras que encabeçam este nosso texto, chamando a atenção do Movimento Espírita: quanto a importância da boa comunicação-Comunicação de Qualidade- das idéias espíritas.

Como se sabe, recordemos ligeiramente, a Comunicação estabelece um elo de ligação entre os seres. Na comunicação humana, ela possibilita os seres humanos permutarem idéias e experiências entre si, ampliando-se sinergicamente e enriquecendo-se mutuamente.

No caso do Espiritismo, importa que os comunicadores espíritas (escritores, expositores, artistas...), no uso dos diversos meios de comunicação (exemplos: livros, tribuna, rádio, televisão, internet, vídeo, palco...), estejam conscientes do importante papel que podemos desempenhar na formação da opinião pública. E, preza aos Céus, que para tão nobre tarefa, estejamos respaldados eticamente, logo, em conformidade com os paradigmas da Doutrina Espírita.

Trazendo este texto, sobre a Terminologia Espírita, à reflexão crítica e propositiva e as pertinentes Ações dos estudiosos e praticantes do Espiritismo, não nos moveu estabelecermos um estudo, apenas a nível superficial. Não, a Terminologia aprofunda-se, levando-nos a um nível de Valores, o que já por si só justificaria a elaboração deste despretensioso trabalho doutrinário, sobre tão atual e relevante assunto, o qual deveria estar na pauta de nossas análises cotidianas.

"A palavra- diz M. Bakthin- é o fenômeno ideológico por excelência".

Neste sentido, foi muito feliz, do Espírito Emmanuel em sua metáfora: Jesus: a "porta"; Kardec: a "chave". Em consonância, aliás, com a Doutrina Espírita, que nos aponta Jesus como: "Guia e Modelo da Humanidade" ( Kardec, O Livro dos Espíritos, questão 625). Fornecendo-nos, portanto, subsídios, baseados nos quais, adquirimos a convicção de que a Doutrina Espírita dispõe elementos confiáveis, capazes de nos levarem a Jesus, ou seja, capazes de nos orientarem nos caminhos da vida, ajudando-nos a pautar o nosso viver, segundo as Leis Divinas ou Naturais, como o fez o Mestre Jesus.

Eis porque o emprego da Terminologia Espírita é de fundamental importância para uma divulgação responsável, séria, competente do Espiritismo, a fim de que, antes de tudo, nos entendamo-nos acerca do que estamos a falar (sobre Espiritismo) e, depois, então, sejamos capazes de saber como ajudar os nossos interlocutores (leitores, ouvintes, rádio-ouvintes, tele-espectadores, internautas...) a compreenderem o que estamos a lhes comunicar..

Importa, como é de praxe em toda a área científica, empregarmos a Terminologia Espírita que, a bem da boa comunicação, deve ser empregada com precisão, evitando-se ‘misturas’ com termos já usados em escolas espiritualistas diversas, jargões já consagrados em variados outros sistemas filosóficos etc: assim o exige a clareza das idéias, imprescindível a uma Comunicação de Qualidade.

Visando, sobremaneira, a clareza dos textos, o Vocabulário Espírita, é por demais bem-vindo, porém, obviamente, devido as potencialidades da língua, a sinonimia pode e deve ser largamente empregada, podendo até servir-se de neologismos, pois tudo isto é muito enriquecedor.

Léon Denis em O Problema do Ser, do Destino e da Dor (1936, p.33), assim se referia a Kardec:

"Esmerou-se Kardec, primeiro que tudo, em dar sentido claro e preciso às expressões que habitualmente emprega no seu discurso filosófico; depois, em definir bem os termos que podiam ser interpretados em sentidos diferentes. Ele sabia que a confusão que reina na maioria dos sistemas provém da falta de clareza das expressões usadas pelos autores.

"Outra regra, não menos essencial em toda a exposição metódica, e que Allan Kardec escrupulosamente observou, é a que consiste em circunscrever as idéias e apresentá-las em condições que as tornem bem compreensíveis para qualquer leitor.(...)". (grifos nossos).

Não foi sem justas razões que o Codificador afirmou na Revista Espírita de abril de 1866: "Criamos a palavra Espiritismo, para atender as necessidades da Causa; temos, pois, o direito de lhe determinar as aplicações e definir as qualidades e crenças do verdadeiro espírita".

O emprego de um Glossário Espírita é de fundamental importância: seja recomendável, preliminarmente, ao uso adequado da linguagem, em consonância com a nossa língua materna, seja por ‘espírito científico’ do uso correto de terminologia própria a cada ramo do saber, atendendo a sua taxionomia, ou ainda, e primordialmente, devido ao ‘senso de responsabilidade’ que devemos ter, no que diz respeito a preservação sustentável do precioso "patrimônio espírita", a nós legado pelo mundo espiritual e codificado, com todo esmero, por Allan Kardec.

Mister se faz considerar que em Comunicação, embora a relevância maior seja no conteúdo,- a idéia, o significado semântico: o fundo - ‘o sopro’ -, também, a apresentação, - o arranjo sintático: a forma- ‘o barro’- é deveras importante: "A excelência das idéias, harmonizar a beleza da forma".

No entanto, é a boa formulação das questões, a problematização, as situações-problemas, é que, de fato, vão turbinar o raciocínio, desenvolver os argumentos, a fim de engendrar o entendimento, o qual deve ser privilegiado (e não a memorização pura). Segue-se a apresentação do texto, a qual deve ser bem cuidada, sem ruídos, para retratar fielmente, sem quaisquer desfigurações, aquilo que desejamos comunicar.

Cumpre-nos diligenciar na elaboração de textos inteligíveis, de qualidade, capazes de ensejarem uma leitura reflexiva, e propositiva, que suscitem valiosas sugestões, voltadas para ações construtivas que, sobretudo, possam vir a gerar impactos éticos, que venham beneficiar a sociedade.

Outrossim, é importante frizar que a Doutrina Espírita, para ser bem compreendida, precisa ser interpretada contextualmente, isto é, em seu conjunto, como um todo, no tempo e no espaço (e não parcialmente, pontualmente), a fim de que, inclusive, quaisquer expressões idiomáticas, extensões semânticas etc, sejam entendidas em seu verdadeiro sentido, nos termos doutrinários.

Cumpre-nos, portanto, valendo-nos da Hermenêutica também, interpretar os textos de conformidade com o contexto.

Federico Mayor, que exerceu o cargo de Diretor Geral da UNESCO, escrevera: "A preservação do passado só é importante, quando esse passado contribui para renovar o futuro" (in revista O Correio da Unesco, nov./1997,p.43; grifos nossos). Daí estarmos empregando a palavra preservação no sentido dinâmico (e não em termos estático, conservador, de simples retransmissor): preservar é criar em cima do passado, gerando, dinamicamente, um novo, a partir do antigo...

Aqui, cabe a ‘ lógica do estilingue’, quando se olha para o passado no sentido de melhor se projetar para o futuro.

No caso em tela, preservar significa: a partir da Codificação, buscar contextualizá-la à nossa atual realidade, procurando, de forma adequada, atender as demandas do presente, coerentemente com as prescrições kardecianas, mantendo-se, assim, concomitantemente, fiel à Doutrina ("pureza doutrinária") e, também, inovando, renovando, tudo de acordo com a Codificação.

Não basta uma informação, apenas quantitativa, é preciso ir adiante, para, de fato, bem informar (e não só transmitir), dando-lhe qualidade, significado, contextualizando-a, enfim, dando-lhe alma, já que "o saber há que ter sabor".

Afinal, como alguém já dissera, referindo-se a contextualização da Codificação Kardeciana: "Kardec, lido na perspectiva de hoje, nos reserva um sabor de atualidade".

Opinião em Tópicos : Que problemão, Só o Papa, Liberdade de Religião I, Liberdade de Religião II - Milton R. Medran Moreira

Que problemão

Foi exatamente com esse título "que problemão para o catolicismo" que meu amigo Aureci Figueiredo Martins distribuiu a seus correspondentes na Internet a notícia, veiculada no mês passado sobre uma inusitada polêmica nos Estados Unidos.

A menina Haley Waldman, de Trenton, EUA, teve sua primeira comunhão anulada pela diocese a que pertence porque a hóstia que lhe foi dada, na ocasião, não era feita de trigo, mas de arroz.

Haley sofre de um problema digestivo que a impede de ingerir trigo. O glúten a expõe a sérios riscos, inclusive cancerígenos. O vigário não teve dúvida: mandou que lhe fizessem uma hóstia especial, à base de arroz, que foi a utilizada na cerimônia. Só que o bispado, com base em precedentes jurisprudenciais da Igreja, anulou o sacramento. Fundamento: hóstia que não seja de trigo não contém o corpo de Cristo. E ponto final.

Só o Papa

A mãe da garota, Elizabeth, não se conforma com a decisão. Só que, nesse caso, nem adianta se queixar ao bispo que já firmou posição: não é de sua competência transformar arroz em trigo (embora possa, como qualquer padre, transformar pão em corpo de Jesus). Por isso, a família está querendo recorrer ao Vaticano. Só o papa talvez possa convalidar essa comunhão. Ou nem ele. Acontece que, em precedente famoso, também acontecido nos Estados Unidos, uma outra menina, de 5 anos, que sofria da mesma doença, teve sua primeira comunhão anulada em todas as instâncias, inclusive na Santa Sé, porque ingerira partícula consagrada feita de arroz e não de trigo. Nesse caso – diz a notícia que foi publicada no site do jornal O Estado de São Paulo - , a família terminou deixando o catolicismo, inconformada com a decisão.

Liberdade de religião - I

Há aqueles que, inconformados, deixam a Igreja, diante de decisões que lhes pareçam absurdas. Mas a regra não é essa. O catolicismo, por exemplo, está cheio de divorciados que se casam outra vez, de mulheres que usam anticoncepcionais e comungam, de crentes que não vão à missa aos domingos. E, mesmo sabendo que essas violações são tidas pelas leis eclesiásticas como graves, seguem se dizendo católicos.

Há também – e cada vez em maior número – judeus reencarnacionistas, cristãos cumprindo obrigações em terreiros de umbanda e espíritas fazendo promessa no Santuário de Aparecida.

Antropólogos e sociólogos que têm se dedicado a interpretar o fenômeno religioso de nosso tempo, especialmente no Brasil, afirmam que a tendência hoje é mesmo esta. Cada crente recolhe princípios, ritos e crenças das diversas religiões disponíveis no mercado e faz desse conjunto a sua religião particular, mesmo que siga se dizendo pertencente a uma delas. Libertos do jugo da fé imposta e do temor reverencial que ela impunha, os crentes se sentem descompromissados da obediência irrestrita às normas de sua religião convencional.

Liberdade da religião - II

Krishnamurti de Carvalho Dias, o grande pensador espírita que nos deixou há pouco mais de 3 anos, em uma de suas brilhantes tiradas, estabeleceu a diferença entre liberdade de religião e liberdade da religião. Os crentes polivalentes que adotam essas fórmulas híbridas assimilaram a liberdade de religião. Trocam uma pela outra. Misturam umas com as outras. Mas seguem fascinados pelo mistério, que é base de todas elas, garantia de sua sobrevivência e fator de preservação de seu poder sobre as massas. Libertar-se da religião implica em decisão quase sempre solitária e corajosa. Diferentemente do que pensam os religiosos de todos os matizes, a decisão de libertar-se da religião não implica em libertar-se da espiritualidade e nem em negar Deus. Porque espiritualidade é muito mais que religião e Deus não é propriedade dos sistemas institucionalizados da fé.

Quando, como no caso dos EUA, se tem a coragem de contestar um elemento ritual sagrado, substituindo-se-o por outro, se está vivendo a liberdade de religião. Mas, ainda não se é capaz de libertar-se da religião.

Mundo Paranormal: Rhine Research Center - Marcelo Coimbra Régis

Como successor do célebre Parapsychology Laboratory da Universidade de Duke, o Rhine Research Center tem como objetivo estudar sob o enfoque científico as habilidades e capacidades que parecem transcender os limites ordinários de espaço e tempo e dessa forma contribuir para o aprimoramento da humanidade.

O centro se dedica as seguintes áreas de exploração científica:

· Telepatia

· Clarividência ou visão remota

· Pre-cognição

· Psicocinesia

· Sobrevivência da Consciência (incluido o estudo da mediunidade, experiências de quase morte, experiências fora do corpo).

O conhecimento científico adquirido até agora, sugere que tais fenômenos sãor reais. Porém existe uma necessidade premente de aumentar o conhecimento e entendimento desses fenômenos. Poucos são os cientistas e pesquisadores que estão engajados num estudo sério e contínuo de tais fenômenos.

O Rhine Research Center (e o Duke Laboratory of Parapsychology, antes dele) se mantém desde o princípio na fronteira das pesquisas do paranormal.

Um pouco de História

Quando Joseph B. Rhine se transferiu para a Universidade de Duke para trabalhar ao lado do Professor William McDougall em 1927, ninguém poderia imaginar o impacto que Rhine teria na universidade, na cidade de Durham e no mundo todo. Em 1935, as pesquisas conduzidas por Rhine sobre ESP e PK tinham mostrado tamanho fôlego, que justificaram a criação de uma unidade independende de pesquisa. Assim nasce o Paraphychology Laboratory da Universidade de Duke. Desde sua fundação o laboratório sempre enfrentou muitas controvérsias. Enquanto Rhine queria avançar suas pesquisas para novos territórios, o estudo da parapsicologia permanecia confinado as paredes da academia, onde céticos e conservadores impediam uma rápida expansão das pesquisas. Em 1962, com o auxílio de patrocinadores e benfeitores tais como Chester Carlson (fundador da Xerox), Rhine fundou a Foundation for Research on the Nature of Man (FRNM) de forma a garantir a continuidade de suas pesquisas. Pelos próximos 30 anos a FRNM patrocinou o Instituto of Parapsychology (responsável pelas atividades educacionais e de pesquisa) e a Parapsychology Press (editora). Em 1995, ano do centenário do nascimento de Rhine, a FNMR tornou-se o Rhine Research Center, um homenagem a Rhine e sua contribuição única.

Nos dias de hoje o Rhine Center continua mantendo viva a visão de seu fundador, ou seja, utilizar os avanços da ciência e tecnologia para explorar as relações das funções Psi com o mundo natural . Ciente do papel histórico estabelecido através do trabalho pioneiro de Rhine, o Centro tem se expandido e alcançado grande progresso, explorando novas fronteiras do mundo paranormal.

Acervos e atividades

O centro conduz pesquisas e experimentos ligados as ciências do paranormal, além de investigar a ocorrência desses fenômenos junto a população, através de consultas e questionários (alguns disponíveis on-line).

O Centro está instalado em um prédio próprio na cidade de Durham, Carolina do Norte. Sua biblioteca possui mais de 4000 livros e jornais escritos em Inglês e outros 1000 escritos em diversos outros idiomas, incluindo o Português. A biblioteca possui uma seção dedicada a livros raros e aos manuscritos e primeiras edições dos trabalhos pioneiros de Rhine.

O Centro publica semestralmente o periódico "The Journal of Parapsycologia". Outras atividades incluem um curso intensivo ministrado durante as férias de verão, conferências públicas, experimentos on-line e uma seção dedicada aos profissionais da área da parapsicologia.

Para saber mais: Visite o site: http://www.rhine.org/

CEAK festeja em grande estilo seus 60 anos - Da Redação

Fundando em 1º de setembro de 1944, o Centro Espírita "Allan Kardec", de Santos, comemorou seus sessenta nos de vida, com uma programação dinâmica e festiva, sob a coordenação de sua presidenta, Sandra Regis.

As comemorações se estenderam de 25 a 28 de agosto, com programação variada e ativa participação do Coral Integrasom, dirigido por Sandra Regis e composto de membros dos Centros Espírita Allan Kardec, Ângelo Prado e Missionários.

No dia 25 de agosto, a partir das 20 horas, foram convidados Jaci Regis, um dos fundadores do CEAK e ex-presidente, Egydio Regis, ex-presidente e José Rodrigues, ex-diretor durante vários anos para um bate pão.

Coordenado pelo diretor de estudos do CEAK, Roberto Rufo, falaram sucessivamente Jaci Regis, rememorando as fases da fundação, explicando que, na verdade, que o CEAK sucedeu o Centro Beneficente Evangélico. A nova denominação foi dada em homenagem ao fundador do Espiritismo e representou uma nova e decisiva fase para entidade.

José Rodrigues, além de enfatizar as realizações do grupo, afirmou que o principal legado era a liberdade, que permitiu a evolução das idéias. Egydio Regis referiu-se aos eventos promovidos pelo centro e a coesão do grupo onde, disse categoricamente, não tinha havido o desejo pelo poder, de modo que, mesmo ficando muitos anos na presidência, ninguém se considerou ou foi considerado "dono" do centro.

Voltando a falar, Jaci Regis referiu-se ao trabalho da Mocidade Espírita Estudantes da Verdade, de onde, a partir de sua presidência, têm vindo todos os presidentes da entidade.

No dia 26, a presidenta do CEAK, Sandra Regis, comandou uma reunião dinâmica e alegre. Foram entrevistados os conselheiros Ivon Regis, Armando Grijó, Lauro Perrone e Carlos Domingues, este ex-presidente e atual presidente do Conselho Diretor. Cada um relatou suas experiências e o amor que dedicam ao centro. O Coral Integrasom apresentou-se cantando modinhas dos anos 60, com agrado geral.

Dia 27, o Centro promoveu um Baile no Clube 2004, com trajes a caráter dos anos 60. Foi uma festa muito alegre e de grande repercussão entre os presentes.

Finalmente, no dia 28, encerrando o ciclo de comemorações dos sessenta anos, o ex-presidente Ademar Arthur Chioro dos Reis, fez palestra sobre O Espiritismo e sua Utilidade, ele foi muito aplaudido pela objetividade e concisão de seu discurso. A noite foi também dominada pela ótima apresentação do Coral Integrasom, com excelente apresentação.

Por fim, ao som do "parabéns pra você" foi servido um bolo e refrigerantes.

CEPROF criará Centro de Convivência para pessoas especiais

Ampliando seu complexo sócio-educacional, a Comunidade Assistencial Espírita Lar Veneranda, através do CEPROF-Centro de Capacitação Profissional e Humana "Lar Veneranda" está projetando iniciar um novo trabalho promocional.

Esse novo trabalho ocupará uma área de mais de 100 m2. do edifício "Jaci Regis", na avenida Francisco Glicério, 261, Santos, e será dedicado a prestar assistência promocional para pessoas de ambos os sexos com necessidades especiais.

O Centro de Convivência reunirá portadores de paralisia cerebral moderada e outros problemas específicos, abrindo vagas para cerca de 20 pessoas.

Ele constará de trabalhos de aprimoramento de habilidades, como artesanatos e atividades compatíveis, dentro de um clima de fraternidade e compreensão humana, propiciando aos participantes momentos de lazer e recuperação de suas possibilidades.

O PROJETO ESTÁ EM ANDAMENTO

No momento, um grupo de trabalho, composto de Jaci Regis, coordenador, Rosana Regis da Costa e Oliveira, assistente Social, Fátima Rodrigues Sanford e Cláudia Regis Machado, psicólogas, Eugenia Pitta, especialista em artesanato, Yara Duberger de Carvalho, especialista em trabalhos manuais e Maria Clara Paixão, fisioterapeuta e professora da Faculdade de Fisioterapia da Universidade Santa Cecília, está ultimando o projeto de trabalho.

Outras pessoas, como pais e amigos interessados poderão trazer sua contribuição para que o Centro de Convivência seja não apenas eficiente, mas promotor de bem-estar a auto estima para os portadores de necessidades especiais.

Entre em contato.

Para maiores in formações e contatos, telefonar para (13) 3284 2918.