Outubro e Novembro de 2003

Expo Espírita 2003 - Capa

A Feira Anual de Livros será realizada este ano de 27 a 29 de Outubro, a partir das 20hs.

Além da venda de Livros Espíritas com ótimos descontos, haverá uma programação dinâmica com palestras e apresentações artísticas.

A EXPOESPÍRITA, será realizada na sede do ICKS à Avenida Francisco Glicério, 261 - Santos.

A EXPOESPÍRITA é uma realização do ICKS, e dos Centros Allan Kardec, Maria Emília da Motta Ferreira, Fraternidade Espírita e Ângelo Prado.

Maiores Informações: (13) 3284 2918.

Realizado, em Santos, o VIII SBPE - Capa

Devido a vários fatores emergenciais, a realizaçào do VIII SBPE, foi transferida de Cajamar, SP., para Santos, bem sua duração reduzida de 17 a 19 de outubro. A transferência foi decidida já no fim de setembro, mas tudo funcionou com grande equilibrio e a realização de mais um Simpósio transcorreu com sucesso, cheio de emoções e proveito, desdobrando ensinamentos e oportunidades de confraternização.

Mais de 100 pessoas participaram ativamente do VIII SBPE, enchendo a sede do ICKS, onde ele foi realizado, de vibrações.

O conteúdo dos temas apresentados foi muito bom, alguns de significação importante e que deverão ser analisados com profundidade para, talvez, incentivar a realização de procedimentos cabíveis e que permitam ao Espiritismo uma presença mais positiva no cenário cultural.

Os Anais do VIII SBPE em CD - Capa

Os temas do VIII SBPE – Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita foram gravados em CD- rom, de ótima qualidade.

Esse CD-rom substitui o livro impresso que era lançado nos Simpósios anteriores.

A rapidez e o fácil acesso ao CD será instrumento atualizado e ágil a disposição de todos os que, tendo participado ou não do VIII SBPE tenham curiosidade de rever, com mais cuidado ou tomar conhecimento dos temas apresentados

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O preço do CD- rom, incluído o porte do correio, é de R$ 10,00.

Faça seu pedido ao ICKS nos seguintes endereços:

Av. Francisco Glicério, 261, CEP 11065-401- Gonzaga - Santos- SP. Telefax (13) 3284 2918 ou pelo ickardecista@ig.com.br.

Terceira Edição do Caderno Cultural Espírita já está à Venda - Capa

Nesta edição, a Reencarnação é analisada como parte e instrumento de excelência da Lei de Evolução que é a mais importante e inédita contribuição do Espiritismo para um melhor entendimento do homem e do mundo.

Além de uma análise bastante minuciosa dos principais temas relativos aos mecanismos da reencarnação, ou seja, como é realizado o ato reencarnatório, sua posição na Lei de Evolução e o esquecimento do passado, o CADERNO faz uma justa homenagem ao Dr. Hernani Guimarães Andrade, possivelmente o maior pesquisador espírita brasileiro de todos os tempos, com depoimento dos responsáveis do I.B.P.P. – Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas, por ele fundado e traz entrevista com o Dr. João Alberto Fiorini de Oliveira, Delegado de Polícia do Paraná, que é, no momento, talvez, o único pesquisador tentando provas da reencarnação. São analisados os fundamentos da Terapia das Vidas Passadas e discutida a recusa de muitos espíritas em aceitar a regressão às existências anteriores.

Por tudo podemos afirmar que esta edição do CADERNO CULTURAL ESPÍRITA é a mais abrangente e importante análise feita na imprensa espírita sobre a reencarnação

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O preço do CADERNO é R$ 10,00, incluído o porte do correio.

Faça seu pedido ao ICKS: telefax (13) 3284 2918, e-mail ickardecista@ig.com.br ou por carta ao ICKS, Av. Francisco Glicério, 261 – CEP 11065-401- Gonzaga - Santos-SP.

O Futuro para a Juventude - Editorial

Ao escolher o tema "Que futuro o Espiritismo oferece à juventude", para iniciar o VIII SBPE, tivemos em mente alertar os espíritas sobre as responsabilidades que tem a doutrina kardecista com relação ao social.

Talvez seja necessário relembrar que Kardec preparou sua doutrina para exercer positiva influência social. Agora, vemos a juventude de modo geral, enfrentando desafios muito grandes, porque falta ao nosso mundo uma visão de futuro.

Sem futuro, disse Kardec, as perspectivas da vida presente se tornam confusas, incertas e, naturalmente, crescem os desvios de comportamento.

Muito se tem criticado a juventude, mas o que se tem a lhe oferecer em termos filosóficos?

A queda do poder das religiões que detinham a verdade desmanchou o tecido social. O reflexo da fé nas igrejas pentecostais e tantas alternativas nada mais é do que o refúgio do medo e a exaltação do egoísmo, porque essas estão aí para salvar o crente, como aliás tem sido através da história.

Pensar que o Espiritismo aponta alguma base para o futuro, com fenômenos, com curas e pregação evangélicas é sonhar.

Em primeiro lugar, curas e fenômenos são procurados dentro do mesmo sentido da procura das religiões pentecostais, isto é, uma forma de salvação aqui e agora. A pregação de Jesus Salvador banalizou-se e cria um exército de fanáticos agarrados como náufragos num pedaço de madeira solto no mar das incertezas da existência terrena.

Somente o Espiritismo completo, filosoficamente estruturado e cientificamente baseado é aviso consistente sobre as necessidades da alma, no processo evolutivo.

O movimento de jovens espíritas se perdeu na banalidade da pregação salvacionista e restritiva, muito mais castradora do que libertadora.

O fracasso do Espiritismo em atrair a juventude não mística, produtiva, ativa e inteligente seria uma lamentável derrota.

O mundo não se perderá, porque a Providência Divina tem recursos, mas mensagem espírita pode ficar à margem das grandes soluções.

Uma Sociedade à beira do Egoísmo Total - Editorial

A análise dos fundamentos da sociedade deste início do século vinte e um, nos remete ao egoísmo total.

Explica-se o fato pela sensação generalizada de que a vida terrena, entre o berço e o túmulo, é a verdadeira realidade e que projeções espiritualistas sobre a sobrevivência, além de difusas, abrigam uma pequena parte da população.

Mesmo o fenômeno das igrejas pentecostais não se mostra espiritualista no sentido lato, mas se precipita no egoísmo de requisitar, a custo reduzido, a intervenção divina, nomeadamente de Jesus Cristo, como o que resolve os problemas domésticos, emocionais, e econômicos, aqui e agora.

Reduzida ao cotidiano e vida terrena tão curta, embora os esforços da ciência em prolongá-la, resta aos seres humanos tentar aproveitar ao máximo, em consumo, riqueza e lazer o tempo escasso que dispomos.

Dentro dessa perspectiva, montou-se a indústria do entretenimento, os grandes negócios com a arte, o sexo e isso não apenas propicia o niilismo generalizado das classes média e alta, como se alastra entre os pobres e miseráveis.

Nos tempos antigos, a divisão em classes sociais estanques eram "normal". As igrejas diziam que era assim mesmo e o conformismo se implantou. Hoje, além da agitação política contra a sociedade de classes, os meios de comunicação e outros fatores derrubaram o conformismo. Ninguém quer saber de esperar ou conformar. Todos querem o legítimo direito de ter, de possuir, de consumir.

Essa realidade promove convulsões e os com tendência à delinqüência se aventuram em buscar o que não podem ter por falta de dinheiro, através do furto, do roubo e do crime em geral. Jovens pobres e miseráveis também querem produtos de "marca" que a classe média exibe. Por isso assaltam os que os possuem para tê-los também.

Esse é um exemplo mínimo. O assunto é muito mais grave porque a ânsia, muitas vezes legítima, de consumir é obstaculizada pela renda ínfima e pelo desemprego. Gerando, em alguns bolsões, a fome, a desnutrição, a moradia desqualificada, a falta de saneamento, mobilizando a sociedade e os governantes, todos ameaçados pelo egoísmo geral.

Talvez o brado mais convincente hoje em dia "e eu?, isto é, e a minha parte?

Se falamos nas igrejas pentecostais e nas igrejas em geral como impotentes para gerar expectativas de justiça social e de uma visão ampla da vida além do berço e do túmulo, perguntamos e os centros espíritas o que fazem?

Diríamos que eles sedimentam realidade da vida espiritual, do processo evolutivo ou se fecham nos trabalhos de consolo e de cura, de teorização da espiritualidade?

Cartas Abertas: Espiritismo para Jovens da Baixada Santista - Da Redação

Muito oportuna a iniciativa, que proporcionaram aos jovens, conforme reportagem publicada no ABERTURA de setembro de 2003. No momento, mais do que nunca, os jovens necessitam de diretrizes seguras. A forma como a Doutrina foi apresentada para eles, foi no meu entender, muito motivadora para aceitação.

Marco Antonio, SP

Cartas Abertas: Apelo ao Jovem - Da Redação

A iniciativa do ICKS de convocar os jovens em geral para conhecer o Espiritismo, parece-me não apenas oportuna, como de grande importância para o futuro de nossa querida doutrina. Se não trouxermos a juventude para o Espiritismo, ficaremos devendo à humanidade porque sem essa renovação o futuro ficará sem futuro. Tenho 65 anos e trabalho no movimento desde jovem e sei dos benefícios que a doutrina nos felicita quando abraçamos seus princípios desde cedo. Continuem e tenham sucesso.

Antônio Eduardo Sobrinho, Porto Feliz, SP

Cartas Abertas: O Museu Espírita - Da Redação

Fiquei feliz em ver que pessoas, como o Dr. Paulo Toledo Machado, trabalham para preservar a memória espírita e criam ambientes de apresentar o desenvolvimento do nosso movimento de forma ordenada, cientificamente catalogado. Isso me deixa feliz porque sou historiadora e sempre tive a preocupação de como perdemos documentos e deixamos de registrar momentos históricos que farão falta no futuro. Parabéns ao Dr. Paulo.

Antonieta de Matos e Silva, São Luiz, Maranhão ( por e-mail)

Cartas Abertas: Multidão de Livros - Da Redação

Sr. Redator, a pouco tempo recebi uma revista de editora espírita e fiquei pasmo de ver tantos novos médiuns e Espíritos produzindo uma literatura espírita psicografada. O número de editoras é grande. Vários núcleos são montados, pelo que vi, apenas para divulgar a produção de um médium, que psicografam livros, sempre romances pelo que observei, de autoria de Espíritos que, não raro, assinam com um nome comum "Irmão Paulo", "Anselmo" ou coisa semelhante. Como disse Maria Vitória Antunes, em seu artigo "Onde está a renovação?" quem lê esses livros? E, mais importante, que benefício trazem à doutrina e aos leitores? Antônio da Graça, Bauru, SP, via e-mail

Experiências Inquietantes - Jaci Régis

Muitas vezes falamos de certas experiências psicológicas e sensoriais, mas nunca, realmente, as vivemos. Nos últimos tempos vivi três interessantes experiências que relato, porque creio que muitos tenham também experimentado essas sensações.

A primeira experiência foi a do medo.

Certamente sentimos medos. Pequenos medos, alguns não tão pequenos. Falo de uma sensação de medo diferente, do medo de morrer.

Todos temos medo da morte, em termos puramente teóricos, pois sabemos que ela é inevitável. Mas o pior medo é o de morrer. Como morreremos? Sentiremos dor, sofrimento? Morremos, na cama doentes, em desastre, e assim por diante.

Certa noite, tive um ataque forte de apneia. Esse fenômeno biológico suspende a respiração por um tempo longo e causa transtornos muito grande na pessoa. Durante esse período sonhei que estava sendo afogado no mar. O ar foi ficando rarefeito e a sensação é terrível.

De repente, abre-se a glote ou o que seja que se fecha e o ar entra em profusão reativando a respiração.

Acordei. O coração batia descompassado.

Levantei-me. Aí senti a sensação do medo de morrer. De que se voltasse a dormir, a apneia voltaria e quem sabe sem que o ar voltasse. Foi um momento terrível, envolvente, catastrófico.

Fiquei parado. A mente defensiva nos diz para não voltar a dormir. O medo domina. A defesa parece lógica.

Mas como permanecer acordado? Talvez aquela noite inteira. Mas e depois?

Fiquei alguns minutos em dúvida, enquanto todo o corpo tremia, atingido por vibrações desagradáveis. A mente turvada pela expectativa, refletia o medo dominante.

Se dormir posso morrer, pensei.

Se não dormir como será?

Resolvi. Vou voltar a dormir e seja o Deus quiser.

Fi-lo e estou aqui.

O que sobrou foi sentir a sensação do que é o medo da morte. É um momento imobilizante.

Mas podemos e devemos superar o medo, pela reflexão e pelos valores que cada um possui. Pois se deixarmos que o medo nos domine, ficaremos paralisados, incapacitados de agir.

É preciso enfrentá-lo.

Outra sensação foi a falta de ar devido a um edema agudo pulmonar que me acometeu.

Esse problema foi causado por uma falência das funções do coração. Segundo os médicos, devido à falta de suprimento sangüíneo, o coração "hiberna" e pode, como conseqüência, não bombear suficientemente o sangue que lhe chega e o pulmão vai enchendo de água.

Encharcado de água, não resta espaço para a entrada de ar no pulmão.

É uma sensação horrível. Você quer ar, respira a espaços curtíssimos e o ar não entra, não vem.

Um momento cruciante, um momento de quase morte.

Felizmente há recursos e pude recuperar, talvez uma hora depois, a respiração, ficando internado no Pronto Socorro a que recorri e, em seqüência, fiz três pontes de safena e aqui estou ainda.

Após a cirurgia, no segundo dia, na UTI, tive uma experiência também inquietante, esta no campo psicológico.

Não sei como funcionou. Mas entre dormir e acordar, a mente confundiu-se. É difícil , nesses locais, você ter uma relação com o tempo. Dia e noite se confundem, principalmente, no meu caso, em que a anestesia faz efeito prolongado, fazendo-me dormir ciclicamente.

Entrei numa zona mental de isolamento pessoal, comecei a pensar que talvez tivesse desencarnado.

As cenas são complicadas e ainda hoje penso como minha mente entrou nesse nível de tempo e espaço próprio, apartado da realidade circundante.

Mas a verdade é que na confusão e como não me lembrava de ter recebido a visita de meus familiares e do médico (na verdade isso aconteceu, mas apagou-se da memória) julguei que talvez estivéssemos todos mortos. Fiquei extremamente curioso. Via os atendentes mas pensei que eles eram Espíritos, não de uma forma muito clara, mas presumível, isto é, se estava morto, eles também estavam.

As coisas começaram a mudar quando, mais tarde chegou uma jovem psicóloga com quem eu tinha falado antes de entrar na cirurgia. Ela veio e eu lhe disse: estamos todos mortos (é uma loucura mental....)Ela disse, não estamos todos vivos. Pegou a minha mão carinhosamente. Foi a partir dessa conversa que esse véu psicológico caiu. Foi como se abrisse um outro campo visual, mental.

As coisas começaram a ser encaixar. É muito interessante a mudança que se opera. Voltei à realidade. Acentuada porque logo depois veio o cirurgião e me liberou. Logo depois fui para o quarto e estava em contato com meus familiares.

Mesmo pensando que estava morto, não senti qualquer reação de medo, mas de curiosidade.

Aprendi que em determinados momentos, estimulados por anestesia, por traumas ou por sensações de medo, de qualquer natureza, criamos uma realidade psicológica fora da realidade e vivemos nela. Na verdade trata-se de uma interpretação alucinada da realidade.

Compreendi como determinadas pessoas podem criar um mundo à parte e crer que ele é real, nos desvios mentais acentuados.

Hoje, analisando vejo que foi um hiato de loucura, uma construção psicológica típica, mas inquietante, porque acredito que se pode ficar nela por tempo indefinido.

Mas as experiência pessoais como as que narrei e que podem ter solução, devem ser meditadas para compreender certas experiência psicológicas que não têm solução a curto prazo. São problemas de defasagem mental, de fugas da realidade para preservar o ser e que resultam em vidas prejudicadas, em isolamento definitivo, até que, num tempo incerto, como aconteceu no meu caso, as coisas se encaixem, a visão mude e a pessoa volte a ver a realidade de que se afastou, ausentou ou fugiu.

É pouco Tempo - Eugênio Lara

A ânsia de divulgar, de difundir uma idéia, um ideal, um projeto que nos toca a mente e o coração é próprio do ser humano. É da natureza humana querer compartilhar, repartir, desejar a comunhão no melhor sentido do termo.

Por outro lado, é demasiadamente humano querer preservar, conservar determinada idéia, uma tradição, algo que foi conquistado com muito custo, nem que para isso tenhamos que liberar nosso instinto de autopreservação. Nada de razão — é o instinto totalmente brutal. A inteligência a serviço de atitudes instintivas. Os conflitos no Oriente Médio demonstram esse viés que desemboca no fanatismo e na intolerância, na destruição do outro, do diferente.

Quando manejamos determinada idéia, nos defrontamos com duas posturas. Uma aberta e outra fechada. A tradição e a ruptura. Qualquer idéia aparentemente nova irá entrar em rota de colisão com movimentos, correntes e grupos que se sentem ameaçados em sua hegemonia. Há o embate de idéias, em termos orgânicos, na intimidade de determinado agrupamento ideológico e externos, na reação e no entrechoque com outros grupos.

Isso ocorre com todo e qualquer movimento de idéias. O Espiritismo, desde que surgiu, não pôde ficar ileso a essa sina, a essa condição, circunstância necessária e natural ao progresso das idéias.

Allan Kardec teve de enfrentar muita oposição e manifestou isso quando se referiu às divergências no seio da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Para uns, era ponderado e cauteloso demais. Para outros, muito avançado e personalista.

Ciente disso, o fundador do Espiritismo tentou a todo custo, mas em vão, preservar o Espiritismo de divisões, de intrigas. Elaborou uma obra didática, estatutos, regulamentos, saiu de seu gabinete em Paris e viajou por toda a França a fim de oferecer a orientação necessária ao movimento espírita nascente. A longo prazo, o resultado foi quase nulo. O Espiritismo francês desencarnou e o latino-americano ainda carece de uma orientação segura, de uma inspiração nitidamente kardecista, apesar dos esforços doutrinários da Confederação Espírita Pan-Americana (Cepa).

Além dos inimigos naturais, o Espiritismo enfrenta os seus próprios fantasmas, resultantes da incompreensão de sua natureza e de um processo histórico, cultural que ainda está longe de ser melhor dimensionado, pois trata-se de uma questão antropológica, sociológica. Na história do Espiritismo existem barbaridades que nem Kardec, muito menos Freud poderiam explicar.

Os moinhos são gigantescos e nem Dom Quixote daria conta. Fácil é cair no desânimo, na inoperância, na inércia e na eterna lamentação de que tudo poderia ser diferente. Mas não foi. O Espiritismo é isso que está aí, ele é o que fomos capazes de construir.

E qualquer construção, principalmente um projeto aberto e inconclusivo como é a filosofia espírita, não se realiza de uma hora para outra. Não tem nem 150 anos. É pouco tempo...

A busca incansável da verdade não é uma quimera. A história do conhecimento demonstra que determinadas idéias somente germinam e geram frutos perenes com o passar do tempo. O Espiritismo ousou se colocar no plano natural das coisas, no campo da experimentação, da reflexão e da construção de uma sociedade livre, fraterna e igualitária, composta por pessoas em franco desenvolvimento intelecto-moral. Isso somente será possível se conseguirmos conviver com a angústia do progresso, com o estresse de ter de enfrentar e conviver com a intolerância interna e externa. A hegemonia das idéias virá com o tempo. Aquilo que for verdadeiro prevalecerá.

Viajando com a Evolução - Jaci Régis

Analisando esse trajeto evolutivo da criatura e das civilizações a se sucederem na história, encontramos uma linha definida de ascensão, só possível de entender no tempo, uma vez que a contemporiedade é sempre confusa vivência pelos conflitos atuais que cada sociedade vive.

Ainda aí vemos a ação da Lei Natural ou da divindade que contempla sem remorsos o surgir e o desaparecer de civilizações, raças. Estão no berço profundo da ascensão humana, as grandes civilizações com seu aparato e seus modos de entender e ser.

Desaparecem na poeira do tempo, mas são sucedidas invariavelmente por novos grupos que trazem sua sabedoria e também defeitos e reconstroem o destino humano.

Penso na análise pessimista que geralmente fazemos da evolução da humanidade. E considero que, ao contrário, esse caminhar aparentemente lento e de passo batido é mais célere do que supomos. As multidões que se sucedem no campo das civilizações que caminham através dos tempos e das eras, não são constituídas dos mesmos personagens. Ao longo dessa caminhada, milhões se destacam da massa e crescem espiritualmente, enquanto outros Espíritos ingressam na caudal humana, trazendo uma contribuição negativa em termos do progresso realizado, mas transitando também para uma forma mais aperfeiçoada de ser.

Além disso a explosão demográfica precisa ser considerada e mesmo estudada, uma vez que o aumento contínuo da população acrescenta uma importante variável no estudo da evolução humana.

De onde vieram tantos novos Espíritos? Não se pode debitar esse acréscimo à reciclagem reencarnatória. Devemos considerar que uma massa de Espíritos novos, sob o ponto de vista da humanidade, entrou na população, precipitando novas exigências sociais e humanas.

Interessante é observar que são nas regiões mais pobres e menos esclarecidas que esse aumento se deu, aumentando o índice de necessidades. É verdade que as previsões malthusianas sobre a escassez de alimentos devido à impossibilidade de atender a demanda porque, segundo Malthus, o crescimento populacional seria geométrico e dos alimentos aritmético, foi superada pela tecnologia. O que não tem evitado a miséria e a fome nessas vastas regiões na África, na Ásia e na América Latina, seja por incompetência, corrupção das elites e do sistema financeiro mundial ou, ainda, pelo egoísmo das nações mais ricas.

Diante desse quadro populacional, geopolítico, o clima moral parece deteriorar-se irremediavelmente. Entretanto julgo possível afirmar que os valores morais essenciais são imperecíveis, embora possam ser afrontados pela massa mais recente, atreladas ao egoísmo primário e às paixões que são, afinal, o combustível do progresso.

Digo que permanecem, embora saibamos que esses valores essenciais não são, necessariamente, os valores morais estabelecidos pelas religiões, muitos deles falsos, anti naturais e meramente controladores.

Não fora assim, as civilizações teriam afundado sob o império do mal e do egoísmo total, com o aniquilamento do gênero humano.

Se prosseguirmos nessa análise entenderemos como as religiões erigiram modelos de moral, do céu e do inferno, da vinda de mensageiros divinos e construir um mundo ideal feio, obscuro e transitório, apelando para a fé, a vontade e o medo como instrumentos de normatização do comportamento e de controle social.

Devemos considerar a importância da cultura e dos valores herdados em cada região, para compreender porque a massa mais nova ou não tradicional ora se ajusta aos credos e valores, ora se rebela contra eles.

Milhões seguiram aqueles mandamentos e ao seu modo permaneceram adstritos às normas sociais rígidas. Outros se libertaram desde há muito delas e permanecem no nível de sua própria responsabilidade e seu comportamento no bem tem sido e será o farol para a humanidade de nível médio moralmente falando, que aspira ser feliz mas titubeia entre superar os alicerces de uma individualidade centrada no egoísmo e no desejo de superar as amarras que lhes tolhe a evolução que tranqüilize seus corações.

Porque há um nível humano mais primário, mais voltado para as paixões iniciais, que teme a morte no seu sentido destruidor e se lança a atitudes mais desregrada ferindo a coletividade e as pessoas.

Se verificarmos o progresso que algumas sociedades humanas, notadamente européias e a norte-americana, por exemplo, encontramos um fenômeno interessante na evolução pessoal e coletiva. Até o fim do século dezenove muitas das nações que hoje são exemplo de organização, eliminação da miséria e de progresso social, eram dominadas pela pobreza, pela falta de saneamento, socialmente injustas e discriminatórias em alto grau.

Entretanto em menos de um século realizaram esse trabalho de renovação social que hoje desfrutam.

Enquanto isso, coletividades inteiras se submeteram ao despotismo, ao arbítrio de ditadores e líderes que sugaram suas energias, suas vidas e sua moral, criando nichos de miséria e corrupção que atinge a quase totalidade da população. A custo de sangue, não raro, as populações se libertam desse jugo, mas a construção de uma sociedade mais justa não se segue à derrubadas desses líderes e sistemas.

Isso porque, quase sempre enfrentam não apenas os resíduos do autoritarismo e despotismo nas elites, mas no componente intra espiritual de corrupção e reação contra a disciplina moral da maioria dos Espíritos que compõem aquelas coletividades, ficando esquecido o estabelecimento de estruturas mentais e sociais destinadas ao bem de todos.

Esse processo que torna tão díspares nossa civilização terrena, está ao que parece, baseado nesse saneamento espiritual, embora longe de ser perfeito. Mas que distingue, o caráter nacional e regional e mesmo de herança cultural que divide as pessoas neste mundo contraditório.

Talvez possamos afirmar que o quadro geopolítico esteja estabilizado. Ou seja que o mapa geopolítico tenha alcançado uma forma mais ou menos estável, com o entendimento generalizado de valores e respeito à liberdade, não obstante todos os problemas ainda existentes.

No fim da 1ª Guerra Mundial foi criada a Liga das Nações mas fracassou totalmente. No fim da 2ª Guerra Mundial, surgiu a Organização das Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ainda que nações poderosas, como os Estados Unidos tenham ultimamente minado o poder da ONU, vimos que esta tem resistido e mesmo os Estados Unidos, depois da aventura no Iraque se propõe a recorrer à instituição para dar um sentido à ocupação militar que empreenderam calcada em projetos políticos de seus dirigentes e ambição econômica de suas elites financeiras e econômicas.

O que assinalo é que, a menos que ocorra uma tragédia, o mundo caminha para comportar-se de uma forma menos desigual e menos dominado pelas idéias de poder e ambição. Não acho que seja um pensamento utópico.

Talvez um mundo globalizado como atualmente seja uma das possibilidades de influenciação e determinação desses povos para superar não apenas a miséria digamos material, mas também o resíduo espiritual de corrupção que se instalou nos Espíritos que a compõem.

Lei Natural disciplina o universo em todos os sentidos. Para fixar-nos num sentido positivo, diremos que o bem, entendido como forma de harmonização interior e com a coletividade, é o sinaleiro da felicidade, nome que damos a um estado de equilíbrio e respostas compensadoras para a alma.

Mundo Paranormal: AAEVP, American Association of Electronic Voice Phenomena - Marcelo Coimbra Régis

A AA-EVP foi fundada em 1982 por Sarah Estep nos EUA com o objetivo de auxiliar a divulgação e a pesquisa da transcomunicação instrumental (TCI). A AA-EVP é uma associação de indivíduos que buscam melhor entender a natureza desses fenômenos. Entre outras atividades a AA-EVP:

sPublica uma revista trimestral, com artigos e notícias ligados a TCI, além de divulgar as pesquisas de seus membros.

sPatrocina uma lista de troca de informações via e-mail (Egroups)

sMantêm um website com artigos e informações técnicas sobre a TCI.

sRealiza uma conferência anual, onde membros e convidados têm a oportunidade de expor suas pesquisas e trocar idéias e novas técnicas. A próxima conferência está marcada para Junho de 2004 em Reno no estado de Nevada (EUA). A Conferência terá o título: Comunicando-se com o Outro Lado.

A AA-EVP Hoje

Atualmente os membros da AA-EVP realizam seus experimentos utilizando-se de uma gama grande de aparelhos eletrônicos e testando diferentes conceitos acerca dos fenômenos e suas ligações com as energias conhecidas. O tipo mais comum de experimento consiste no uso de gravador, microfone e uma fonte de ruído de fundo. Um outro tipo que vem ganhando grande aceitação consiste em gravações com a utilização de computadores. Equipamentos telefônicos e secretárias eletrônicas também são amplamente utilizadas. Câmaras de vídeo digital e softwares de edição de vídeo também ganharam destaque nos últimos anos. Novas ferramentas: a mais importante contribuição para o desenvolvimento das pesquisas da TCI nos últimos anos foi à introdução de softwares para a edição de áudio e vídeo para computadores pessoais (PC). Atualmente esses softwares são bem acessíveis e possuem diversas ferramentas que permitem ao pesquisador analisar quadros de áudio e vídeo individualmente, editar passagens, filtrar e otimizar as gravações, entre outras funções disponíveis. No site da AA-EVP se encontram vários artigos com informações técnicas e dicas de como utilizar esses recursos para a pesquisa da TCI. Uma leitura detalhada do site da AA-EVP já é suficiente para que qualquer interessado inicie experimentos com a TCI.

Quanto à origem dos fenômenos da TCI, os membros da AA-EVP dividem-se em três grupos:

1. Aqueles que acreditam se comunicar com indivíduos já falecidos e que o fenômeno seja de ordem paranormal.

2. Aqueles que acreditam que as informações e vozes captadas estejam presentes em nosso meio físico, provenientes de pessoas encarnadas. A EVP seria então uma forma paranormal de captação de ondas mentais de encarnados.

3. Aqueles que não acreditam em nenhum caráter paranormal e que se dedicam a provar tal afirmação.

Dos três grupos citados o mais numeroso é o primeiro grupo. A AA-EVP considera que existem fortíssimas evidências suportando a hipótese paranormal e que as mensagens são provenientes de pessoas desencarnadas. Dessa forma a associação procura entender a natureza dos possíveis mundos espirituais. Além do caráter cientifico, um numero expressivo de membros da AA-EVP também utiliza a TCI para estabelecer contato com parentes e familiares falecidos. Dessa forma a TCI também é utilizada para minorar o sofrimento com a perda de entes queridos.

Troca de Idéias

Funcionando como um grande fórum de troca de idéias, os associados encontram na AA-EVP uma oportunidade de troca de informações, técnicas e resultados de suas pesquisas. Entre os membros da AA-EVP se encontram pesquisadores, cientistas, profissionais liberais e outras pessoas interessadas no assunto.

Para saber mais: Visite o site da AA-EVP: http://aaevp.com/index.htm

A Grande Revolução Feminina - Da Redação

A emancipação da mulher, até agora principalmente na cultura ocidental, provocou a maior revolução de todos os tempos nas relações humanas.

A realidade que se produziu com maior intensidade e rapidamente, a partir de 1945, se estenderá, inevitavelmente, para outras culturas, ainda bastante resistente às mudanças do status quo da mulher, como nos países dominados pelos aiatolás.

É importante assinalar que essa revolução também se fazia inevitável e necessária.

O aumento da população, ao lado dos morticínios da primeira e segunda guerras mundiais, que envolveu a Europa e os Estados Unidos, onde as coisas acontecem, teria como conseqüência a quebra das limitações impostas à inteligência, ao tirocínio e ousadia femininas.

Tudo isso se completou com a descoberta dos anticoncepcionais, produzindo a grande mudança na sexualidade feminina.

Isso porque a sexualidade está sempre no centro das decisões humanas e a gravidez era o obstáculo ou o freio mais evidente para a liberação das relações sexuais da mulher. É claro que sempre houve o aborto, mas este também se escancarou com o propalado direito da mulher ao seu corpo.

A revolução feminina e não necessariamente feminista, introduz uma alteração fundamental na relação familiar.

Primeiro na relação homem – mulher. Cada vez mais esta relação tende a mudar, embora prevaleçam ainda muitos resíduos dos tempos pré-1945. Mas serão cada vez mais igualitária, no sentido de que homem e mulher se reconhecerão como agentes autônomos que se integram espontaneamente no processo de união conjugal, cada vez mais baseada na afetividade recíproca, sem as amarras anteriores do casamento indissolúvel, só existente nos cânones da Igreja católica, porque civilmente o divórcio é lei que, todavia, não acabou como se supunha com a família.

Esta, a família, por sua vez, dada as circunstâncias da revolução feminina e do processo sócio-econômico, sofre profundas modificações, embora permaneça e sob alguns aspectos se fortaleça como centro de excelência para dar não apenas um sentido à vida, mas como núcleo indispensável ao razoável equilíbrio pessoal e social.

A profissionalização da mulher, no mundo ocidental, precedido em alguns anos na estrutura da antiga União Soviética, abrange hoje praticamente todos os setores da atividade civil e militar, esta quebrando um tabu muito antigo.

Claro que essa convivência entre os sexos cria problemas, mas a vida tem sempre problemas e é com eles que somos levados a encontrar soluções.

De tudo ressalta, ainda que os niilista trabalhem pela dissolução moral, de tudo isso, repito, ressalta, a necessidade de uma ética. As pessoas mais equilibradas, percebem que sem uma linha ética será impossível conviver.

Essa linha ética se torna urgente e inadiável para que haja um mínimo de dignidade entre as pessoas, entre os sexos.

No momento, a maioria da sociedade ocidental é materialista e atéia. Embora não empregue essas palavras no sentido satânico que sempre tiveram.

Falo de materialismo e ateísmo, porque as propostas antigas sobre a vida espiritual e sobre a providencia divina falharam.

Infelizmente, mesmo no Espiritismo, a vida espiritual está ligada ao sobrenatural, às forças ocultas externas e não ao exercício pessoal, individual, intransferível de desenvolvimento da espiritualidade interior. Isso só é possível quando se liberta dos prejuízos atávicos das crenças e superstições e se delineia um perfil mais consistente da ação divina, e da projeção da vida imortal, baseados em valores positivos e não em acusações e ameaças de fogos infernais.

É evidente que quando a pessoas adoecem, têm pessoas amadas mortas, as antigas e atávicas crenças deístas e imortalistas, que foram semeadas, e mal semeadas, pelas religiões renascem ou tentam renascer, porque a solidão e a fragilidade humanas surgem claras nesses momentos.

Também acontece isso quando o tédio invade a alma e a pessoa ao invés de chafurdar-se em imperdoável lassidão e depressão egoísta, tenta compreender elementarmente a potencialidade de que está possuída e a perspectiva inata de que a vida prossegue e que somos um ser para sempre e não para a morte.

Há sempre momentos de iluminação seja porque motivo for.

Não me refiro às crenças pentecostais em moda, porque elas não são realmente espiritualistas nem espiritualizantes. São arremedos de crença religiosa, produto de ansiedades e mesmo de atividades egoístas de pastores e de aglomerados empresariais em que se transformam as grande igrejas.

Alguém poderia perguntar e o que tem a revolução feminina com isso?

Tem tudo. Porque a mulher sempre foi e é mais voltada para a vida religiosa, espiritual. Quando ela deixa de ser submissa, rompe com velhos padrões, mobiliza modificações que se espraiam, que se alastram como rastilho de pólvora, iluminando e derrubando edificações antigas, as bases da ética, da moral, da religião tremem.

Agora, e isso vai acontecer também, é preciso reconstruir.

Se o Espiritismo tivesse tido o sucesso que Kardec queria, isto é, não se tornasse uma religião de repercussão popular apenas no Brasil, mas fosse um fator de esclarecimento e pesquisa da vida na Europa e nos Estados Unidos, pelo menos, hoje teríamos um panorama de futuro mais claro.

Mas se ele persistir sendo uma crença restrita, uma fé para poucos, emparelhado com crenças milenares e novas, disputando o apoio de parte da população, então não terá a validade que poderia ter.

Ou seja, os princípios espíritas deveriam ou deverão, quem sabe, serem universalizados, se tornarem parte do conhecimento natural, cotidiano, porque ele tem uma exclusiva e maravilhosa visão espiritual que pode adicionar uma perspectiva ativa e nova para a humanidade, pelo menos ocidental, desde que se amplie, se torne cientifica e filosoficamente consistente.

Ai sim, o Espiritismo terá cumprido seu objetivo de auxiliar na regeneração da humanidade, termo que poderíamos substituir no crescimento da humanidade para o bem, para a felicidade e para o amor.

E essa nova fase, começou quando a mulher se libertou.

Entrevista com Salomão Benchaya: "Dia virá em que o Movimento Organizado estará discutindo a Atualização do Espiritismo" - Da Redação

Salomão Benchaya, Economista, micro-empresário, líder sindical, bancário aposentado, 57 anos, é atualmente Secretário administrativo da CEPA, Diretor de Eventos Culturais do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre (CCEPA) e ex-presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul e coordenador da Campanha de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, lançada pela FERGS, em 1978; autor do Projeto: Kardequizar (1986); Presidente da Comissão Organizadora do XVII Congresso Espírita Pan-americano (2000).

ABERTURA - Você foi presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul. Como foi essa experiência?

Benchaya– Fui presidente da FERGS no período 1984/87. Foi uma experiência muito rica para mim. Vim do movimento de juventude espírita de minha cidade (Belém do Pará) no qual ingressei em 1963. Ao chegar a Porto Alegre, em 1974, conheci Maurice Herbert Jones, então presidente da SELC-Sociedade Espírita Luz e Caridade – hoje CCEPA-Centro Cultural Espírita de Porto Alegre – e vice-presidente da FERGS, tendo sido, logo em seguida, eleito vice-presidente da SELC. Em 1978, quando Jones assumiu a presidência da FERGS, convidou-me para dirigir o Departamento Doutrinário. Seis anos depois, o sucedi na direção daquela federativa. Desde a gestão do Jones, viajamos inúmeras vezes ao Interior do Estado realizando cursos e seminários envolvendo dirigentes e trabalhadores na busca da qualificação da Casa Espírita. Embora nessa época ainda encarássemos o Espiritismo sob o viés religiosista, havia, de nossa parte, um forte desestímulo a determinadas práticas reinantes nos Centros Espíritas, ao evangelismo e ao mediunismo descompromissados com o modelo kardequiano. O trabalho do Jaci e do chamado "grupo de Santos", nessa ocasião, ainda era visto com reservas de minha parte.

ABERTURA - Como aconteceu a saída de você e dos seu grupo da FERGS?

Benchaya– O motivo foi a chamada "questão religiosa" provocada pela publicação do número 402 da revista "A Reencarnação", da FERGS, cuja capa ostentava o seguinte título: "Espiritismo: Ciência e Filosofia. Até que ponto é Religião?". Ainda na gestão do Jones, a FERGS havia lançado os números 400 e 401 da revista abordando, respectivamente, os aspectos científico e filosófico do Espiritismo. No número 402, publicado em outubro de 1986, "A Reencarnação" ao invés de afirmar que o Espiritismo era religião, abriu o debate sobre o tema publicando artigos refletindo distintos posicionamentos mas sem adotar, institucionalmente, uma posição oficial e deixando ao leitor amplo material para reflexão. Logo surgiram as reações no movimento espírita gaúcho que já havia criticado alguns aspectos do meu discurso, denominado "Projeto: Kardequizar", pronunciado na sessão de posse do meu segundo mandato, em 2.1.86, onde eu fazia algumas críticas a determinadas práticas dos Centros Espíritas, condenando a liturgia da prece, os batismos e casamentos "espíritas", o culto externo, a "passemania", a idolatria, o evangelismo, o assistencialismo e o dogmatismo reinantes no movimento e onde eu convocava as lideranças espíritas a realizarem estudo mais aprofundado e completo da obra kardequiana, única forma de evitar a transformação do Espiritismo em mais uma seita religiosa.

O assunto repercutiu até na reunião do Conselho Federativo Nacional da FEB, onde fui publicamente inquirido pelo presidente Thiesen e admoestado de que não cabia à FERGS levantar aquele questionamento já que era pacífica a conotação religiosa do Espiritismo. Na eleição seguinte para a gestão 1988/89, da FERGS, foi inscrita uma chapa integrada pelo Milton Medran Moreira (presidente) e por mim (vice-presidente) derrotada, todavia, pela chapa conservadora encabeçada por Hélio Burmeister (presidente) e Jason de Camargo (vice-presidente).

ABERTURA - Como aconteceu a migração de você e seu grupo para o Centro de Cultura Espírita de Porto Alegre?

Benchaya – O Jones, o Milton, o Joaquim, a Auda e eu já éramos do CCEPA – nessa ocasião, ainda se denominava Sociedade Espírita Luz e Caridade. Com a derrota eleitoral na FERGS, passamos a nos dedicar integralmente à nossa Casa. Em 1995, o CCEPA aderiu à CEPA, o que motivou sua exclusão dos quadros da FERGS. Outra razão alegada para a desfiliação foi o fato de o CCEPA haver organizado, um ano antes, em Porto Alegre, o IV Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita, iniciativa que, segundo a FERGS, extrapolava a competência de uma Casa Espírita.

ABERTURA - Na sua experiência, quais os resultados que se obtém com congressos, simpósios ? O que eles representam para o enriquecimento real da doutrina e do movimento?

Benchaya– Em se tratando dos eventos realizados por setores que eu chamaria progressistas, a exemplo do SBPE e dos congressos e conferências da CEPA, é indiscutível a contribuição oferecida pelos autores de trabalhos ao pensamento espírita. Neles há o estímulo à produção intelectual, à pesquisa e ao debate e só por isso já seriam importantes. Acho, todavia, que está faltando continuidade ao debate dos temas apresentados. Os assuntos não são retomados, falta contestação ou ratificação da parte de outros autores e assim, boas idéias ou interessantes projetos acabam esquecidos nos anais em que foram publicados.

ABERTURA - Na sua visão, a CEPA tem um futuro positivo para o Espiritismo? Por que?

Benchaya– No meu entendimento, a CEPA tem dado importante contribuição ao Espiritismo e ao movimento espírita. Basta citar a influência que sua proposta de atualização permanente do espiritismo está tendo e terá junto aos espíritas. Queiram ou não os seus opositores, a idéia de atualização irá, aos poucos, sendo assimilada como algo necessário à continuidade da própria doutrina. Dia virá em que o movimento organizado estará discutindo a atualização do Espiritismo.

ABERTURA - Seria possível um aumento considerável dos espíritas que se tornassem menos religiosos e mais laicos ou a estrutura atual se manterá?

Benchaya - O perfil laico, livre-pensador, humanista, progressista e pluralista representado pela CEPA ajusta-se perfeitamente a segmentos cada vez mais significativos da comunidade espírita, já saturada dos excessos místico-igrejeiros existentes no nosso movimento. Não obstante, o segmento religioso será sempre majoritário em termos quantitativos, embora grandemente influenciado pelas idéias atualmente propugnadas pela CEPA e que são coincidentes com a proposta santista de espiritização.

ABERTURA - A transformação da CEPA em movimento, abandonando sua estrutura federativa será positiva? Em que pontos?

Benchaya– Acredito firmemente que sim. Especialmente considerando o caso particular brasileiro onde a quase totalidade dos seus membros e simpatizantes é constituída por egressos do movimento federativo, altamente centralizador e excludente das diferenças. Sem a estrutura federativa, a CEPA ganhará em dinamismo, agilidade e realizações, graças a uma estrutura leve, horizontalizada, desburocratizada, focada em idéias e com o mínimo de institucionalização.

ABERTURA - É inegável que a CEPA tem, hoje, uma presença visível e positiva no movimento espírita brasileiro. E no resto da América do Sul, central e norte?

Benchaya – Por ordem de importância, sua presença é mais expressiva na América do Sul onde se destacam a Argentina, o Brasil, a Venezuela e a Colômbia e na América Central – Porto Rico, República Dominicana, Cuba e Honduras. Na América do Norte, possui representações no México e na Flórida (EUA). Fora das Américas, há instituições adesas na Espanha, na França e na Austrália.

Opinião em Tópicos - Milton R. Medran Moreira

A egrégora

Passávamos, Bianca (minha filha de 20 anos) e eu, de carro por um prédio que se identificava como um "centro holístico", ou coisa que o valha, onde se anunciavam cursos de quiromancia, cristais, numerologia, astrologia, conhecimento de vidas passadas, reiki e um monte de itens mais.

Quanto choque de egrégoras! exclamou a Bianca ao ver o anúncio.

Minha filha, que é estudante, praticante e prepara-se para ser instrutora de Swásthya Yôga, foi logo, a meu pedido, explicando o significado dessa palavra "egrégora" que eu já tinha ouvido algumas vezes, mas cujo significado não tinha muito preciso.

Egrégora, que vem do grego "égregorai" é a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade. Dessa forma, todos os agrupamentos humanos formam egrégoras, ou seja, produzem uma força comum que une as pessoas, a partir de suas vivências e interesses, por exemplo, em um sindicato, um clube de serviço, uma religião, uma família, um partido, etc.

Em nossa vida social, cada um de nós forma, simultaneamente, várias egrégoras. Temos, por exemplo, uma egrégora de família, uma de clube de futebol, outra profissional, outra de religião, etc., etc. São egrégoras diferentes entre si e, por isso, plenamente compatíveis.

O choque

O problema mesmo vai se dar se um indivíduo resolve, ao mesmo tempo, torcer para o Grêmio e o Internacional. O Corínthians e o São Paulo. O Vasco e o Flamengo. Ou ter duas famílias ao mesmo tempo. Ou ser protestante no sábado e católico no domingo, participando dos rituais de um e de outro. Como são egrégoras semelhantes produzirão um choque de incompatibilidade.

Transportemos o raciocínio para o espiritismo. Imagino que Kardec, tanto como eu, não conhecia direito a expressão "egrégora". Jamais a utilizou. Nem sei se a palavra era usada na Europa do Século 19. Imagino que não. Mas, que o sistematizador do espiritismo tinha clara noção desse assunto, não tenho a menor dúvida. Por isso, por várias vezes falou em "comunhão de pensamento", assim designando aquele sentimento comum, idéias, conceitos e métodos de trabalho que devem unir os espíritas pertencentes a um mesmo grupo.

Para que isso fosse preservado nos grupos espíritas, recomendava que, preferencialmente, eles fossem pequenos, porque, se demasiadamente numerosos, a possível heterogeneidade de seus integrantes poderia produzir choques de relacionamento, prejudicando o grupo como um todo. A harmonia do grupo estaria diretamente vinculada à sua unidade de pensamento.

Unificação

Por isso a idéia da unificação do espiritismo estava fora das cogitações de Kardec. Reconhecia ele a existência de quatro ou cinco princípios básicos capazes de estabelecer um grande laço entre todos os espíritas: o conceito de Deus como inteligência suprema e causa primária de todas as coisas; a sobrevivência do espírito e sua comunicabilidade; a pluralidade de mundos habitados; e a reencarnação, como instrumento de progresso do espírito. Isso seria o núcleo de pensamento central a identificar o espírita. Mas admitia, igualmente, a poderosa influência que sobre o desenvolvimento desses princípios básicos haveriam de exercer as culturas religiosas, os costumes de cada povo ou região, as visões sociais e políticas de cada um, as idiossincrasias pessoais ou grupais. Que se as preservassem, sem problema, e que se dissessem todos espíritas, porque, enfim, um laço comum os unia. Mas, que cada grupo mantivesse sua identidade cultural, que era a garantia de sua união.

Tentativas de unificação a partir de um estereótipo religioso ou político imposto de cima para baixo e instituidor de um órgão central de administração e comando são prejudiciais a essa clara visão kardequiana de movimento espírita. Terminam justamente por solapar o patrimônio comum de todos os espíritas e que, uma vez preservado, fortalece a identidade fundamental. Fomentam o que a Bianca chamaria de choque de egrégoras.

Recordando Krishnamurti

Por isso, é natural que tenhamos espíritas-cristãos, espíritas-roustainguistas, espíritas-laicos, etc., etc. Isso não deve incomodar uns ou outros. Muito menos servir de motivo para disputas entre eles. O que não parece possível é reuni-los todos num grande processo de unificação hegemônica, o que termina por violentar consciências, como tradicionalmente o fizeram as religiões. Se nos despirmos dessa idéia de unificação de cima para baixo, nos tornaremos mais tolerantes uns com os outros. Abriremos espaço para diálogos produtivos. Quem sabe, até será possível a existência de um organismo comum, que seja um grande fórum de debates permanentes em busca do fortalecimento daquilo que entre nós é consenso, sem o risco de conflito de egrégoras.

Isso é o que se chama de pluralismo sem cujo exercício jamais deixaremos fluir, com a liberdade que merecem, as idéias espíritas fundamentais.

Krishnamurti de Carvalho Dias, o irrequieto pensador espírita que nos deixou há cerca de três anos, morreu crendo nessa possibilidade, como expressou no seu ensaio "Roustaing". "Aguardo confiante – escreveu - em que um dia os espíritas já libertos da religiosidade e decididamente compromissados com Rivail, ainda façam isso: organizem-se em um segmento padrão de um modo não federativo mas meramente cooperativo, consensualista, isto é, onde ninguém subordine nem seja subordinado a ninguém em pirâmides de poder, mas todos cooperem uns com os outros, horizontalmente, igualitariamente, (...) reunindo, de modo pacífico e harmonioso, as duas compreensões espíritas: os ainda religiosos e os já libertos dessa limitação, todos convivendo lado a lado".

Associação de Profissionais Espíritas ou simplesmente Associações Espíritas ? - Filozofisto

Como é público e notório, tem sido criadas ultimamente no meio espírita, as assim chamadas "Associações Profissionais Espíritas", como por exemplo as Associações de Médicos Espíritas, associações de Jornalistas & Escritores Espíritas, Associações de Militares Espíritas, Associações Espíritas Feministas, etc.

Sabe-se que a Associação de Jornalistas e Escritores Espíritas, por auto-iniciativa, mudou recentemente seu nome para Associação dos Divulgadores do Espiritismo, cujos requisitos para adesão, presumimos que seja basicamente saber falar e escrever, isto é, a maioria poderia aderir sem maiores dificuldades. Obviamente os objetivos de tais Associações são muito nobres – tornar o Espiritismo ou Doutrina dos Espíritos mais conhecido(a) do publico e eventualmente, de toda a humanidade – e seus esforços nesse sentido são muito louváveis. De tempos em tempos, essas Associações tornam público o resultado de seus estudos por meio de seminários, entrevistas, artigos na imprensa e similares, onde a intenção certamente é fazer progredir o Espiritismo no mundo.

Restam-nos, contudo, alguma dúvida quanto à eficácia dos esforços das referidas Associações de Profissionais Espíritas, quais sejam:

Desde que não somos médicos, como poderíamos participar ou compartilhar dos benefícios de uma Associação de Médicos Espíritas?

Buscando-se uma estratégia racional de difusão da doutrina, não seria de perguntar-se:

Como a interação Espiritismo versus Medicina poderia ajudar para o progresso de ambas as partes? Por exemplo o conceito espírita de "perispírito", elemento de ligação entre o espírito e o corpo humano, (questões 93, 94 e 95 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec (França, 1857)), seja identificável com a hipótese do "modelo organizador Biológico – MOB", conceituado por C. A. Tinoco como sendo a contraparte imaterial dos seres viventes, (vegetais, animais e humanos), que determina a morfologia, psiquismo e parapsiquismo dos respectivos seres. A hipótese "MOB", (ou perispírito), se promovida em nível de teoria, presumivelmente teria importantes repercussões na Medicina Psicossomática.

Nos aspectos da ética médica, o Espiritismo poderia contribuir com a Medicina por meio do estudo das leis morais apresentada em O Livro dos Espíritos, Parte III.

Como não sou médico e sim engenheiro, visto que o direito de associação é livre, poderíamos pensar em criar a Associação dos Engenheiros Espíritas, das quais, por definição, infelizmente ficariam excluídos todos os não-engenheiros e até os arquitetos.

Outras categorias de profissionais espíritas poderiam, se quisessem ou quiserem, formar suas Associações de Profissionais Espíritas, sendo de se imaginar um Movimento Espírita fracionado em vários compartimentos, se excluindo mutuamente, tais como:

-Associação de Enfermeiros Espíritas

-Associação de Farmacêuticos Espíritas

-Associação de Advogados Espíritas

-Associação de Psicólogos Espíritas

-Associação de Professores Espíritas

-Associação de Agricultores Espíritas

-Associação de Industriais e Industriários Espíritas

-Associação de Comerciantes e Comerciários Espíritas

-Associação de Banqueiros e Bancários Espíritas

-Associação de Donas de Casa Espíritas

-Associação de Empregados(as) Domésticos(as) Espíritas

-Associação de Costureiros(as) e Alfaiates Espíritas

-Associação de Homossexuais Espíritas

-Associação de Espíritas da Economia Informal

-Associação de Artistas Espíritas

-Etc., etc, etc.

No momento, tais Associações são hipotéticas, mas poderiam vir a existir de fato, visto que todos eles são filhos de Deus.

E ai começa a desunião!

Particularmente, para a existente Associação dos Militares Espíritas, defronta-se com uma dificuldade lógica, se lembrarmos que o espiritismo promove a arte de amar, isto é, querer o bem do semelhante, enquanto que o militarismo defende e pratica a arte de matar.

Como conciliar essas duas correntes de pensamento antagônicos, é o que perguntamos a nos mesmos. Alias, o tema "guerra" é tratado no O Livro dos Espíritos, nas questões 742 a 745, pelas quais os Espíritos Superiores esclarecem ser a guerra uma condição inerente ao atual estágio evolutivo da humanidade, mas que é um estágio transitório, mesmo que de longuíssima duração, e que portanto tende a desaparecer, pondo-se em acordo com a lei do progresso.

CONCLUSÕES

O Espiritismo foi conceituado por Allan Kardec, seu codificador, como sendo "uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal", (ver O que é o espiritismo, Preâmbulo de Allan Kardec). Desde que "ESPIRITOS", "os seres inteligentes da criação", (O Livro dos Espíritos, questão 76), somos todos nós, componentes das populações visível e invisível do nosso e de outros planetas, propõe-se considerar o Espiritismo como uma oferta dos Céus a toda humanidade terrestre, constituindo-se num patrimônio dessa mesma humanidade, acessível a todos os povos, sem separação em raças, classes sociais, sexo, profissões, religião, etc.

Obras consultadas:

1-O livro dos Espíritos, (Allan Kardec, FEB, 64ª edição, Brasília/DF – 1944).

2-O Modelo Organizador Biológico, (Carlos Alberto Tinoco, FECEPASC, Gráfica Veja, Pinhais, Piraquara/PR – 1982)

3-O que é o Espiritismo, (Allan Kardec, FEB, 37ª edição, Brasília/DF – 1944).

VIII SBPE: Vibração e Aprendizado - Da Redação

A volta do SBPE a Santos, embora por fatores emergenciais, foi recebida com grande alegria pelos participantes, alguns que conheceram a cidade pela primeira vez e se admiraram com as instalações do edifício "Jaci Regis", onde se localiza a sede do ICKS. As dependências do ICKS foram seguidamente elogiadas pelos visitantes.

Mesa Redonda abriu Simpósio

No dia 17, Sexta-feira, às 20:30 horas, o presidente do ICKS, Jaci Regis, abriu o VIII SBPE, com palavras de saudação aos presentes e narrando os acontecimentos que antecederam a decisão de transferi-lo para Santos.

Em seguida, sob a coordenação do Dr. Júnior da Costa e Oliveira, foi formada a mesa redonda que discutiu o tema "Que futuro o Espiritismo oferece à juventude", formada pela Dra. Jacira Jacinto da Silva, Juíza de Direito de Birigui, SP., Dr. Milton Medran, Presidente da CEPA e pelo arquiteto e jornalista Eugênio Lara, membro do ICKS.

Os componentes da mesa redonda tiveram oportu-nidade de expressar seus sentimentos e pontos de vista sobre o problema da juventude em relação ao Espiritismo, sem, todavia, propor uma solução possível.

O assunto mereceu também a intervenção de alguns participantes que formularam perguntas e intervieram oralmente dando sua contribuição

Debates foram bastante proveitosos

No dia 18, sábado, começou a discussão dos temas propostos. Desde às 9 horas até as 18 horas, com intervalo para almoço, foram debatidos 10 temas.

Em cada horário foram debatidos 2 temas simultaneamente, com duração de 1:15 horas cada um.

À noite, a partir das 20:30 horas, realizou-se uma Noite Artística, com o Coral do Centro Espírita Allan Kardec e Conjunto de Dança Flamenca.

No Domingo, dia 19, foram primei-ramente debatidos os dois últimos temas do temário.

Em seguida, sob a direção do presidente da CEPA, Dr. Milton Medran Moreira, foi realizada a reunião da entidade, durante a qual foi fundada a Associação Brasileira de Delegados e Amigos da CEPA.

Depois os jovens da Mocidade Espírita "Estudantes da Verdade", sob a coordenação de sua presidente, Camila Regis e Silva, apresentaram uma Gincana envolvendo a todos os presentes com momentos de alegria e empolgação.

Às 13:30 horas, o presidente do ICKS, Jaci Regis, encerrou o VIII SBPE.

Participação por cidade

O número de inscritos foi de 108 participantes, sendo 66 de Santos, 20 de Birigüi, 6 de Porto Alegre, 4 da cidade de São Paulo, 2 de São José dos Campos-SP , 2 de Guarulhos-SP, e 1 de Curitiba, PR, Itajai, SC, São João del Rei, MG e 5 da Argentina.

A expressiva participação do Centro Cultural Espírita de Birigüi, deveu-se ao trabalho e liderança de Jacira Jacinto da Silva.

Lançamento da nova edição do Caderno Cultural

No dia 17, antes do início das atividades, foi lançada a edição número 3 do Caderno Cultural Espírita, que trata da Reencarnação. A venda do Caderno foi feita no local e está a disposição de todos os leitores e simpatizantes. O preço do Caderno é R$ 10,00, incluído o porte. Entrar em contato com o ICKS.

Anais do VIII SBPE

Os trabalhos apre-sentados no VIII SBPE foram gra-vados em CD rom que foi também lançado e posto à venda na abertura do Simpósio. Os interessados em obtê-lo deverão entrar em contato com o ICKS. O preço, incluído o porte, é R$ 10,00.

XIX Congresso Espírita Pan Americano - Da Redação

Para fazer a promoção do XIX Congresso Espírita Pan-americano, a ser realizado na cidade de Rafaela, Argentina de 1 a 5 de setembro de 2004, estiveram presentes o casal Dante e Monica Lopez e Claudio Dubrich.

Além da promoção verbal, colocação de cartazes e distribuição de um jornal específico do Congresso, foram abertas inscrições para o evento, com ótimo resultado, pois mais de 60 pessoas já se inscreveram, o que deixou os dirigentes argentinos muito felizes.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DELEGADOS E AMIGOS DA CEPA

Com o objetivo de estabelecer uma forma mais efetiva de contato e coesão entre os delegados e amigos da CEPA, foi oficializada a fundação da Associação Brasileira de Delegados e Amigos da CEPE, cuja sede provisória ficou em Santos, Na ocasião foi eleita a primeira diretoria, com mandato de dois anos, composta de Sandra Régis, presidente, Rui Pinto Nazario vice presidente, Cyntia M. Locatelli secretária e Jailson Mendonça, tesoureiro.