Agosto de 2003

Espiritismo para Jovens 2003 - Capa

O ICKS coordenará, com o apoio de centros e mocidades espíritas locais, uma grande mobilização na cidade de Santos, para convidar os jovens de ambos os sexos interessados em conhecer o Espiritismo.

Serão distribuídos cartazes e panfletos em escolas, universidades e centros espíritas, motivando os jovens para conhecer a doutrina kardecista e participar de uma reunião na sede do ICKS, no dia 23 de agosto, sábado a partir das 16 horas.

Nesse dia, jovens das Mocidades Espíritas locais recepcionarão os jovens que aceitarem o convite e a eles será mostrado, panoramicamente, o projeto de idéias do Espiritismo criado por Allan Kardec

A PARTICIPAÇÃO DOS ESPÍRITAS É FUNDAMENTAL

Para esse empreendimento, foram convidados centros e instituições espíritas e é preciso também a participação ativa de pais e mães, parentes de jovens entre 15 e 30 anos residentes na Baixada Santista, para motivação e comparecimento.

Muitos pais espíritas negligenciam a importância da participação de seus filhos no estudo e no movimento do Espiritismo. O pensamento kardecista é dinâmico, propõe soluções para muitos dos problemas dos jovens na sociedade atual. Agrega-los para conhecer de forma dinâmica e interessante os postulados kardecista é medida de urgência diante das pressões do momento social que vivemos.

Por isso convidamos os espíritas da Baixada Santista a criar uma frente positiva de convocação da juventude para conhecer o pensamento de Allan Kardec

OS JOVENS E AS MOCIDADES ESPIRITAS

São poucas as Mocidades Espíritas na Baixada Santista. As tradicionais, com mais de 50 anos de existência são a Mocidade Espírita Estudantes da Verdade (rua Rio de Janeiro, 31) e Mocidade Espírita Ismênia de Jesus (Rua Campos Melo, 312) que se reúnem geralmente nos sábados. Caso a convocação que o ICKS está propondo alcance sucesso, os jovens interessados serão encaminhados para essas Mocidades ou outras que existam. No momento o icks não tem projeto de instalar um núcleo juvenil

O ESPIRITISMO INTERESSA AOS JOVENS ?

Se analisarmos as platéias dos centros espíritas em geral, a presença de jovens é muito reduzida. Os jovens, em grande maioria, freqüentam mo centro em busca de auxílio, geralmente levados pelos parentes.

Mas a doutrina kardecista que, infelizmente não é ensinada e estudada em muitos, a maioria talvez, dos núcleos que se intitulam espíritas, tem atrativos e interessa, sem duvida, ao jovem de hoje, como sempre interessou aos jovens ao longo dos tempos.

O que não pode esperar é que a juventude dinâmica e fluente se interesse por palestras desinteressantes, e apenas sessões de passes e mediunidade, sem qualquer conhecimento e preparo.

É preciso criar não apenas ambiente, mas condições de convivência que sejam adequadas à juventude.de modo geral.

Precisamos saber se o Espiritismo é bom para os jovens.

LEOPOLDO MACHADO E O ESPIRITISMO DE VIVOS

O professor , poeta e escritor espírita Leopoldo Machado, baiano radicado no Rio de Janeiro, na década de quarenta do século passado, mobilizou o movimento espírita com um forte movimento para que os centros espíritas abrissem suas portas para a jvuentude. Leopoldo Machado chamou inicialmente esse movimento de Espiritismo de Vivos, pois a maioria dos centros – como ainda hoje – se dedica a doutrinar os mortos e esquece que o Espiritismo veio para modificar a sociedade humana dos vivos.

Chegou o momento para retornar ao Espiritismo d e Vivos.

Atrair a Juventude - Editorial

Houve tempo que as instituições espíritas se dedicavam de tal forma às sessões mediúnicas, que o prof. Leopoldo Machado lançou a campanha "Espiritismo de Vivos" para valorizar as reuniões de palestras, debates e estudo. Depois, em continuidade, ele também liderou o movimento para a criação de juventudes e mocidades espíritas nas instituições doutrinárias abrindo as suas portas para a juventude.

Houve reações ferrenhas.

Os jovens em muitos casos foram perseguidos, incompreendidos.

De qualquer forma pode-se, desde 1945 em diante criar-se um grande movimento de juventude espírita, que teve uma grande queda com a ditadura militar, pois o movimento espírita quedou-se confuso e amedrontado, devido à liderança de muitos jovens politizados, mas positivamente espíritas.

Agora, é preciso reviver o Espiritismo para Vivos e o chamado da juventude.

Para isso, é importante abrir a mente, arejar o pensamento e olhar o Espiritismo como uma proposta de vida e de realização pessoal e social, no campo das idéias.

Estamos, no ICKS, promovendo neste mês de agosto uma grande mobilização para mostrar aos jovens o que é o Espiritismo.

Alguns centros e lideranças estão firmemente apoiando a iniciativa.

Conclamamos aos jovens, aos pais que prestigiem e nos reunamos todos no dia 23 de agosto, no ICKS, a partir das 15:30 horas para iniciar uma volta dos jovens para o Espiritismo.

Novamente o SBPE - Da Redação

Estamos na reta final da preparação do VIII SBPE, Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita, que será realizado de 16 a 19 de outubro, próximos, em Cajamar, SP, como das vezes anteriores.

O SBPE é um espaço aberto, democrático, sem censura para a discussão de temas de interesse para o Espiritismo e sua aplicações na vida social e humana.

Como acontece nesses meses que antecedem a realização dos Simpósios,. Estamos ansiosos e na expectativa do compadecimento e do apoio dos espíritas comprometidos com o pensamento de Kardec.

O programa está delineado.

O clima será o de confraternização, aprendizado e dinamismo.

Quem participou sabe bem e certamente estará lá.

Quem ainda não participou até agora, terá a oportunidade de conhecer um dos eventos mais importunes do movimento espírita brasileiro.

Nelson Mandela - Da Redação

A comemoração dos 85 anos de Nelson Mandela tem significados muito vastos.

O líder sul africano foi vítima do apartheid, regime segregacionista imposto pela minoria branca, que deixava a vastas maioria negra sob a mira de fuzis, miséria e medo.

O líder ficou preso durante 27 anos, por defender o fim desse regime anti humano.

Diante da crescente pressão internacional, o governo sul africano, formado por brancos, libertou Mandela e realizou eleições livres, da qual Mandela saiu o primeiro presidente negro do país.

Surpreendentemente, ele não realizou qualquer gesto de vingança. Ao contrário, harmonizou, abriu possibilidade de convivência entre os negros, os brancos e outras raças que compõem a população sul africana.

Agora, aos 85 anos seu povo e o mundo olham-no como campeão da paz, da reconstrução e da tolerância.

Comparam-no, com justiça, a Gandhi, o grande indiano, campeão da não-violência.

A humanidade sabe reverenciar o bem, elogiar e amar os que, enfrentando todos os obstáculo firmam a diretriz da paz, da compreensão.

São os representantes do bem, cuja lembrança dá esperança e alívio ao futuro.

Muitos sul africanos chegam a considerá-lo um santo.

Mas é apenas um homem, com defeitos e virtudes mas, sobretudo, uma luz no panorama social humano.

As Pesquisas Prosseguem - Da Redação

As notícias que temos ;publicado, na coluna de Marcelo C. Regis, sobre "Paranormalidade", mostram que as pesquisas para provar a sobrevivência, a reencarnação e a imortalidade, continuam no Estados Unidos e Europa.

Aqui no Brasil são raras as pesquisas porque não há recursos e porque a comunidade do Espiritismo religioso, que é a grande maioria, acha desnecessária a pesquisa porque o que importa é prosseguir na pregação do evangelho e na preparação para o advento de uma nova civilização baseada nos ensinamentos cristãos.

Aliás, os centros espíritas tornaram inoperantes como unidades de comprovação da imortalidade porque a maioria sequer direciona a mediunidade para um objetivo principal tornando-a mero instrumento de cura, de consolo.

Contudo, sem o respaldo metodológico estabelecido por Kardec em O livro dos Médiuns, credibilidade da mediunidade nesses núcleos é bastante precária, constituindo-se, na sua esmagadora maioria, em fraudes e mistificações, seja de médiuns e supostos médiuns e Espíritos, ignorantes dos princípios do Espiritismo.

Mais uma vez dependeremos de cientistas e centros acadêmicos estrangeiros para que a prova da imortalidade seja universalizada como lei e não apenas como desejo de igrejas, filosofias e movimentos espiritualistas.

Reuniões de Sextas-Feiras no ICKS - Da Redação

Todas as sextas-feiras, o ICKS realiza reunião de estudo da obra de Allan Kardec. As reuniões, abertas a todos os interessados, é realizada em estilo de conversação com a participação dos presentes.

É dividida em duas partes, cada uma de cerca de 60 minutos, com intervalo de 15 minutos. Na primeira parte é apresentado um tema para o debate. Na segunda realizam-se atividades diversas, como apresentação de música, gincanas e outras formas de mobilização dos participantes.

O Caso Luiz - Jaci Régis

Naquele dia, Luiz veio mais triste do que era comum.

Homem de pouco mais de 30 anos tinha sempre uma face triste, poucos sorrisos e uma constante resistência ao bom humor.

Ele, quase sempre, revelava um pessimismo profundo. Não havia luz no final do túnel. Seu túnel era muito sombrio.

Confesso que já tinha sido mais escuro. Continuava porém penumbroso.

Talvez ele desejasse iluminar a própria vida. Mas como? Era sua pergunta constante

Iniciando o diálogo, perguntei-lhe porque estava tão triste.

E ele, algo nervoso, perturbado, disse Erica foi embora...

Encarei- o com ternura.

Quem era Erika? Seria sua namorada, noiva ou um grande amor?

Ele explicou que era uma colega de trabalho pela qual se apaixonara.

E ela foi embora, saiu da empresa, sem dar muitas explicações.

A notícia o perturbou decididamente. Estava arrasado.

E o que ela lhe disse, o que você lhe disse? perguntei tentando entender o que acontecera.

Ele então explicou que nunca falara de amor com Erika. Amava-a ao seu modo, ao longe, sem jamais toca-la,. Nem uma palavra que indicasse sua paixão.

-Por que?

-Bem, ela era comprometida... tinha um namorado...Bastava-me olhá-la, saber que ela estava ali, falar algumas palavras sobre qualquer assunto....Na verdade, ela desconhecia esse amor secreto.

Examinando sua vida afetiva, tão fria e tão vazia, senti muita pena daquele homem.

Eu sabia de suas limitações, inibições.

Não era a primeira vez que lhe acontecera. Lembrou-se de Vanessa, uma jovem que viajara durante muitos meses no mesmo horário de seu ônibus. Sentaram-se juntos muitas vezes. Conversaram.

Ele, por dentro, desejoso de dizer-lhe que estava interessado nela, que –como era feitio dele – estava apaixonado. Mas calara-se.

E assim tem sido a vida de Luiz.

Esconde-se atrás de uma suposta procura de amor, de alguém que lhe faça vibrar as fibras da alma.

E por que? Descobri que ele tem medo do ato sexual.

Por isso, escolhe freqüentemente uma mulher impossível, que idealiza, platonicamente, como possuidora de qualidades que jamais conseguiria confirmar. Mas isso lhe tranqüiliza porque não lhe dá oportunidade de realizar um contato real, afetivo e efetivo.

Algumas vezes, uma mulher real se aproxima, mas ele vê nela todos os defeitos, sente-se vazio e sem emoções. Criou uma couraça de fuga e de negação da própria incapacidade de realizar-se corporalmente.

Por isso é infeliz e esconde-se atrás de fantasias e sublimações artificiais, para ignorar o desejo, a vontade sexual que lhe corroí a alma, que ele tenta negar, transformando-a em tristeza e crítica implacável contra as pessoas, que não lhe merecem a confiança....

Quando ele foi embora, pensei nas milhares, talvez milhões de rapazes, homens, moças e mulheres que se castram, se destroem intimamente porque criaram estruturas mentais de auto defesa, em que as barreiras do medo e da inibição são escudos em que se escondem, por não terem conseguido olhar-se e olhar os outros de maneira natural.

A afetividade é o que define a vida.

Luiz e todos os que como ele padecem dessa inibição castradora, não conseguem uma boa relação com o corpo.

Por incrível que possa parecer, muitos olham o próprio corpo como instrumento de sofrimento e angústia, na relação afetiva. Sentem-se feios, desinteressantes.

Olham-se no espelho e vêem um figura que as decepciona. Encontram defeitos, gostariam e às vezes chegam a fazer modificações em alguma parte, principalmente na face.

Seus olhares são sadomasoquistas. Destrutivos.

Não importa se todos disserem que, afinal, são pessoas bonitas. Certamente faltará nelas o olhar de confiança, de auto estima.

Olham -se como trapos, embora bem vestidos. Miram-se como defeituosos embora não tenham qualquer defeito.

Muitas vezes apoiam-se em teorias e filosofias que exaltam a alma, o "amor puro" que excluem o corpo na realização afetiva, para amparar a própria infelicidade.

Corpo e alma são unidades compactas, indispensáveis ao jogo das emoções, das necessidades afetivas. Mas quando a alma traz consigo a cicatriz do medo, quando o Espírito contraiu a doença da inibição que é uma máscara do próprio egoísmo, então o sofrimento aumenta na medida que, mesmo que nebulosamente, anseie um amor, necessite ser "normal" na relação com pessoas de outro sexo, enfim, que deseje namorar, casar, ter filhos.

Sexualidade mal trabalhada pode se tornar um tormento sem fim. Impede a realização mínima e positiva, que se desdobre em ternura e união afetiva e produtiva.

Pois a sexualidade corporal beneficia a alma, alegra a vida, produz felicidade.

Basta saber usá-la com um mínimo de sabedoria, bom senso e dignidade.

Homem e mulher caracterizam-se pelas formas de seus corpos, destinados, na sexualidade, primordialmente, para a reprodução e secundariamente ao prazer erótico É uma energia que liberta a alma, torna-se produtiva, quando saudavelmente utilizada, ou destrói, corrompe, rebaixa e arroja no chão da consciência sem consciência ou da consciência culpada.

Devemos procurar estimular o crescimento de uma sexualidade positiva, terna, digna porque cada pessoa, um homem, uma mulher, é uma unidade espiritual capaz de amar, produzir, crescer e superar-se.

A sexualidade tratada dessa forma, é fermento de crescimento emotivo, caminho para o amor. É solução para a solidão que cada um de nós traz consigo.

O Censo e o Discurso Espírita - Eugênio Lara

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou no final de junho o restante dos dados obtidos pelo questionário de amostra do Censo de 2000. Foram visitados 54.265.618 domicílios. Nessa fase foi possível detalhar o perfil de muitas famílias, como o nível de renda, escolaridade, condições sanitárias e número de moradores por habitação.

Um dado surpreendente foi em relação ao perfil dos grandes grupos religiosos. Os espíritas são o segmento com maior nível de renda e escolaridade. O IBGE considerou, no censo, o Espiritismo como religião. Os evangélicos pentecostais são os que apresentam a menor renda e o mais baixo índice de escolaridade.

Segundo o IBGE, há 2,3 milhões de espíritas cuja renda mediana é de R$ 700,00. A escolaridade média é de dez anos. Os pentecostais têm apenas 5,6 anos de estudo completos e uma renda mediana de R$ 260,00. Já os católicos, que representam 74% da população brasileira (125 milhões de pessoas), têm uma renda mediana de R$ 300,00 e em média, 6,1 anos de estudo.

Para o IBGE, uma renda mediana de R$ 700,00 significa que metade das pessoas ganha abaixo desse valor enquanto a outra metade possui rendimentos superiores a essa quantia.

Pode-se concluir, a partir desses dados, que o movimento espírita é um movimento tipicamente de classe média e tem pouca penetração nos extratos mais inferiores da sociedade. Os pentecostais têm maior quantidade de adeptos nos segmentos sociais mais humildes, "nos lugares onde a fragilidade social é maior", segundo a antropóloga Regina Novaes, do Instituto Superior de Estudos da Religião (Folha de S. Paulo, 29/06/03, caderno Cotidiano).O discurso espírita voltado para essa camada média da sociedade precisa ser redimensionado, do contrário, a evasão e a desilusão tendem a substituir a satisfação em fazer parte de uma filosofia cujo referencial passa ao largo

Querer concorrer com o cristianismo é praticar Espiritismo na contramão. Se o segmento da população que mais se afina com a filosofia espírita possui um perfil econômico e cultural acima da média, por que insistir no blá-blá-blá evangélico, em esquemas viciados de auto-ajuda, na construção de um imaginário distante do caráter cultural e filosófico do Espiritismo?

O produto a ser "vendido" a esse segmento necessita urgentemente de substância. É preciso apelar para a inteligência, a cultura, a reflexão e a criticidade, sem descuidar da afetividade, dos laços de fraternidade e solidariedade, enfim, do calor humano, fatores necessários à sobrevivência de qualquer grupo social.

Não se trata de querer elitizar o discurso espírita. É apenas uma questão pedagógica, de marketing. Pedagógica pelo fato de ser necessária uma estruturação didática adequada à massa crítica daquele que receberá a mensagem, seja de qual classe social pertença. E o marketing entra como um componente fundamental na divulgação da idéia, no formato da embalagem doutrinária, na "venda" de uma imagem a fim de ressaltar as qualidades do produto Espiritismo.

E qualidades o Espiritismo tem de sobra. O apelo que faz à razão faz dele uma forma de conhecimento capaz de enfrentar os avanços da ciência, de se inserir na cultura de nosso tempo e de promover um salto qualitativo no comportamento pessoal e social. "O poder do Espiritismo está em sua filosofia", afirmou Kardec, ciente da profundidade filosófica do conjunto de idéias que ele estruturou. É por essa via filosófica, cultural, ética que devemos caminhar, do contrário iremos nadar contra a maré, favorecer o pensamento mágico, místico, religioso, estimular a superstição e assustar aqueles que buscam novas alternativas existenciais e filosóficas.

Critério Kardecista - Jaci Régis

Um dos primeiros resultados de minhas observações foi descobrir o fato de que os Espíritos, mais não sendo que as almas dos homens, não possuíam nem a suprema sabedoria, nem a suprema ciência.... Foram para mim, desde o menorzinho até o maior deles, veículos de informações e não reveladores predestinados. Tais foram as disposições que iniciei e que sempre adotei em meus estudos espíritas. Observar, comparar e julgar foram as regras que sempre segui. Obras Póstumas Minha Primeira Iniciação no Espiritismo.

Se é exato que a utopia de ontem muitas vezes é verdade de amanhã, deixemos que o amanhã realize a utopia de ontem e não dificultemos a Doutrina com princípios que seriam considerados quimeras e rejeitados pelos homens positivos.

A imobilidade, em lugar de ser uma força, torna-se causa de fraqueza e ruína para os que não seguem o movimento geral. Rompe a unidade, porque os que desejam ir para a frente separam-se dos que se obstinam em ficar para traz. Entretanto, embora seguindo o movimento progressista, é mister faze-lo com prudência e evitar entregar-se às cegas aos devaneios, utopias e novos sistemas. Importa faze-lo a tempo, nem muito cedo, nem muito tarde e com conhecimento de causa. Constituição do Espiritismo – Dos Cismas. Obras Póstumas.

Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que a ciências positivas, aplicando o método experimental. Fatos novos se apresentam. que não podem ser explicados pelas leis conhecidas; ele os observa, compara, analisa e remontando dos efeitos às causas, chega às leis que os rege. ( A Gênese,– Caráter Revelação Espírita – item 14)

Que autoridade tem a revelação espírita, uma vez que emana de seres de limitadas luzes e não infalíveis? A objeção seria ponderosa se essa revelação consistisse apenas no ensino dos Espíritos, se deles exclusivamente a devêssemos receber e houvéssemos de aceitá-las de olhos fechados. Perde, porém, todo valor, desde que o homem concorra para a revelação com o seu raciocínio e o seu critério.... Ele lhes submete os dizeres ao cadinho da lógica e do bom-senso: desta maneira se beneficia dos conhecimentos especiais de que os Espíritos dispõem pela posição em que se acham, sem abdicar o uso da própria razão. A Gênese, Caráter da Revelação Espírita. Item 57

As transcrições acima são uma pequena mostra de como Allan Kardec estabeleceu claramente o pensar espírita.

Em cada uma das palavras do fundador da doutrina, vemos um critério sério, uma forma precisa de estudar, pesquisar, observar e julgar os fatos e as idéias, de modo a evitar que o Espiritismo caia no desvão dos julgamentos precipitados, nas especulações místicas e preconceituosas.

Em momento algum Kardec sancionou as opiniões levianas que tentaram arrastar a Doutrina , seja para o campo religioso, seja para aceitar espetáculos e o uso da mediunidade de forma fantástica ou de proselitismo.

Existe, pois, sem dúvida, um critério kardecista que deverá ou deveria nortear nossas idéias, nossas pesquisas e a atualização do pensamento doutrinário, diante do inevitável progresso das ciências, das idéias, das questões sociais e individuais.

Allan Kardec temia a imobilização do pensamento espírita. Porque sua natureza é extremamente dinâmica, ativa, positiva. Aceita os desafios, analisa e concorda ou discorda no momento com idéias. Jamais se aventura em abraçar utopias, fantasias mediúnicas ou não.

Nossa aliança com os Espíritos não significa nem submissão, nem extasia. Devemos, como disse o fundador, trata-los como colaboradores e não reveladores.

Esse é um caminho difícil de caminhar pela maioria dos espíritas brasileiros.

Não fomos acostumados a refletir kardecistamente.

Não fomos, educados em pensar como Kardec.

Não fomos estimulados à pesquisa, à procura da verdade, ao questionamento da comunicação dos Espíritos,.

Não fomos conduzidos a ver nos médiuns o que eles são, meros intermediários e não missionários.

A EVIDÊNCIA E A CRENÇA

O resultado desse desencontro com o critério kardecista tem sido a causa de lamentáveis desvios do movimento espírita brasileiro.

Não existindo inquietude filosófica, sobra a inquietação especulativa.

Vejamos um caso bem claro de que a evidência falece diante da crença.

- Chico, pergunta alguém ao médium Francisco Cândido Xavier, quem foi André Luiz.? E ele, segundo se diz, afirmou, sem reservas: é Carlos Chagas,.

Diante dessa peremptória afirmativa do médium, como diria Camões, cessa tudo enquanto a antiga musa canta... ou seja, a palavra do homem tem o poder de um decreto divino.

Daí para frente, André Luiz foi Carlos Chagas e ponto final.

Mas, estudos comparando os dados que o próprio Espírito André Luiz transmitiu em suas obras, com a vida do cientista brasileiro Carlos Chagas, concluíram que não há possibilidade de compatibilizar a afirmativa de Chico com os fatos.

Um critério kardecista nos levaria, no mínimo, a suspender essa afirmativa, até que fosse possível comprova-la.

Mas não. Existe o argumento da crença. E a falácia das argumentações sem sentido. Os que jamais poderiam deixar de crer que o Chico tinha um mandato divino e da verdade, dizem que as pesquisas são falhas e isso porque o Espírito teria omitido ou mentido sobre sua história para não magoar a família de Carlos Chagas e lembram do caso Humberto de Campos.

Outro fato.

-Chico, você é Allan Kardec?

O médium disfarça, não responde. Mas isso leva à crença que ele, humilde, não queria que soubessem e vem um tal de filho adotivo, cuja credibilidade é muito suspeita, a dizer que ele "dava a entender" que seria Allan Kardec.

Outra verdade total para alguns. Chico não chegou a dizer, mas interpretaram entre linhas que realmente ele era o Allan Kardec reencarnado para "completar sua obra".

Absurdo.

Que produto filosófico, que elucubrações, que pesquisa Francisco Cândido Xavier fez para mostrar o mesmo nível intelectual de Allan Kardec? Nenhuma, nada.

Foi médium e querer dar à sua obra mediúnica o selo de obra divina, que nem Allan Kardec quis dar à sua monumental criação doutrinária, é mesmo um caso mais do que lamentável.

O artigo de Dora Incontri, que publicamos em nossa edição anterior, é fulminante. Chico não é Kardec.

Mas o que valem as evidências? Nada, diante da crença

APLICAR O CRITÉRIO KARDECISTA

Se o Espiritismo quiser cumprir sua missão de auxiliar a transformação social, como preconizou Kardec, é preciso aplicar imediatamente o critério kardecista na análise de todos os fatores doutrinários. Caso contrário, ficaremos restritos a uma seita sem importância vital para a humanidade, perdida em discussões bizantinas e banais.

Entretanto, para a correta aplicação do critério kardecista, precisamos ter a mente aberta e procedermos com a cautela que Kardec recomendou: "Entretanto, embora seguindo o movimento progressista, é mister faze-lo com prudência e evitar entregar-se às cegas aos devaneios, utopias e novos sistemas. Importa faze-lo a tempo, nem muito cedo, nem muito tarde e com conhecimento de causa".

Isso porque muitos poderão utilizar a "pureza doutrinária" para amarrar a doutrina a conceitos estanques, imobilizados, contrários ao progresso. Enquanto outros, com o mesmo pretexto, tentarão enxertar o corpo doutrinário com idéias e conceitos que na essência são contrários ao próprio pensamento kardecista.

O exemplo claro de como é ter a mente aberta foi a declaração que Kardec fez, acerca de como aceitou a reencarnação. Diz ele "Se, como tantos outros adotamos a opinião da pluralidade das existências, não foi apenas porque ela nos viesse dos Espíritos, mas porque nos pareceu lógica e a única que resolve problemas até aqui insolúveis. Tivesse ela vindo de um simples mortal e nós a teríamos adotado, não hesitando em renunciar às nossas próprias idéias. "( Revista Espírita novembro de 1858)

Se soubermos utilizar a linguagem correta, conforme orientou o fundador da doutrina "O Espiritismo tomando as proporções de uma Ciência , necessita de uma linguagem científica "(O Livro dos Médiuns, Capitulo XIII – Psicografia, linha final), nós temos a possibilidade de transmitir à sociedade todo o potencial maravilhoso do universo, toda a extrema flexibilidade do amor divino, em relação à criatura humana que a filosofia espírita revela. Esse o verdadeiro consolo do Espiritismo.

Allan Kardec perguntou em O Livro dos Médiuns: Qual seria o médium que poderíamos considerar perfeito? Perfeito? É pena, mas bem sabes que não há perfeição sobre a Terra.(...)Digamos antes bom médium e já é muito, pois são raros.( Cap. XIX - Papel do Médium nas Comunicações, item 9)

A transformação dos Espíritos em reveladores predestinados é contrária ao critério kardecista. Lembremo-nos que Kardec reconheceu que "revelação espírita" seria frágil se dependesse somente da opinião dos desencarnados. Que autoridade tem a revelação espírita, uma vez que emana de seres de limitadas luzes e não infalíveis? A objeção seria ponderosa se essa revelação consistisse apenas no ensino dos Espíritos, se deles exclusivamente a devêssemos receber e houvéssemos de aceitá-las de olhos fechados.

Daí a inconveniência de transformar os Espíritos em possuidores de toda a verdade de toda a sabedoria, como alguns gostam de posar. Respondem a todas as perguntas e estabelecem diretrizes morais, comportamentais com grande facilidade. Têm respostas precisas, irretorquíveis, absolutas. E criam segmentos mentais, critérios de pensar que, muitas vezes, deterioram a vida normal por estabeleceram regras e comportamentos artificiais

IANDS: The International Association for Near-Death Studies - Marcelo Coimbra Régis

Na década de 70 o trabalho pioneiro dos psiquiatras Raymond Moody Jr, Elizabeth Kubler-Ross e George Ritchie acerca das "experiências de quase-morte" (ou Near-Death Experiences – NDE) despertaram grande atenção entre médicos, pesquisadores e o público em geral. Devido ao grande interesse despertado pelo tema, um grupo de médicos e interessados decidiu fundar em 1978 a IANDS. Com sede nos Estados Unidos a IANDS foi a 1a associação fundada com o propósito de estudar as NDE e fenômenos similares, bem como sua relação com a consciência humana. Atualmente a IANDS possui associados em todos os continentes.

Com o passar do tempo, a IANDS evolui de uma organização servindo primordialmente aos pesquisadores para uma abordagem mais abrangente. Atualmente a IANDS atende a 5 categorias distintas de público:

Pacientes – indivíduos que tiveram uma experiência de quase-morte.

A IANDS atende a esse grupo através de suas diversas publicações e dos grupos de troca de experiências e apoio mútuo.

Pessoas próximas aos pacientes. – tais como amigos e parentes.

Além dos serviços citados acima a IANDS possui publicações e material informativo voltados especificamente para esse grupo.

Pesquisadores – indivíduos interessados em desenvolver pesquisas acerca das experiências de quase-morte.

Profissionais da área de saúde – principalmente aquele profissionais em contato com os pacientes.

Outras pessoas interessadas no tema, incluindo pacientes em estado terminal.

Não sendo uma entidade religiosa ou ligada a qualquer escola de pensamento, a IANDS não possui posição oficial sobre as causas das NDE. Sua missão é prover informação confiável e apoiar o estudo e a pesquisa acerca das experiências de quase-morte. Como objetivos, a IANDS propõem-se a:

· Incentivar a pesquisa e estudo de todas as facetas das experiências de quase-morte e fenômenos similares.

· Disponibilizar informação confiável e atualizada aos profissionais da área de saúde, pesquisadores, pacientes e ao público em geral.

· Formar uma comunidade entre pessoas que tiveram alguma experiência de quase-morte visando a troca de experiências e apoio mútuo.

Programas e serviços oferecidos pela IANDS :

· Informação confiável e atualizada: A IANDS publica trimestralmente o jornal Vital Signs, produz e publica material educativo e realiza conferência anual para a troca de experiências e apresentação de trabalhos.

· Pesquisa: a IANDS incentiva a pesquisa e desenvolvimento de aplicações profissionais através: da produção e publicação trimestral do Journal of Near-Death Studies; do gerenciamento de um programa de patrocínio financeiro às pesquisas no campo, tendo como suporte o NDE Research Fund: um fundo de apoio e amparo à pesquisa sobre as experiências de quase-morte.

· Apoio aos pacientes e familiares: a IANDS incentiva e facilita a criação de grupos de apoio mútuo e troca de experiências. Uma experiência de quase-morte normalmente provoca questionamentos de ordem moral e psicológica em muitos dos pacientes. Normalmente o período após uma experiência de quase-morte pode ser muito confuso para os paciente, familiares e profissionais da área de saúde. Abertos a todos os interessados no assunto, os grupos de apoio mútuo e troca de experiências, espalhados por diversos países, são a resposta encontrada pela IANDS para facilitar esse processo. É interessante notar que ainda não existe nenhum grupo de apoio filiado a IANDS no Brasil.

Para saber mais: Visite o site da IANDS: http://www.iands.org/home.html

Curas Mediúnicas - Da Redação

A imprensa deu recentemente destaque à mediunidade de cura e os procedimentos espíritas para auxiliar o tratamento de doenças.

A mediunidade de cura já teve uma grande importância no início do século vinte, quando inúmeros médiuns ficaram famosos, principalmente com tratamentos à base de homeopatia. Quase todos os centros espíritas se instrumentaram para esse trabalho de consultas espirituais.

Isso deveu-se ao fato da assistência médica ser, então, muito precária e do preconceito que existia contra a medicina.

Hoje, esse procedimento é dispensável. Mesmo assim, existem muitos centros que in-sistem em dar consultas médicas, a maioria fe-lizmente apenas com medi-camentos ho-meopáticos. Mas há os que se dedicam a cirurgias mediúnicas, quase sempre sem qualquer instrumentação cirúrgica, ficando as " operações" no campo espiritual.

Em que o Espiritismo pode auxiliar na cura de doenças?

Ao abrir a possibilidade da imortalidade e das vidas sucessivas, a doutrina pode dar subsídios para um melhor diagnóstico das doenças e, consequentemente beneficiar o tratamento dos males.

Todavia, não é sua missão entrar no campo da medicina, com supostos mecanismos mediúnicos que, sem cautela, tentem substituir a medicina. A Dra. Marlene Nobre disse, com acerto, que o tratamento espiritual é complementar. Não podemos transformá-lo em alternativa.

Não se pode negar os casos comprovados de cura através da mediunidade, nem subestimar a ajuda de recursos energéticos , o passe a vibração comumente usados nas entidades doutrinárias.

Mas é preciso ter cautela e evitar considerar a mediunidade de cura como panacéia para todos os males.

Nossos registros sobre os médiuns curadores não são animadores.

O famigerado Dr. Fritz tem sido usado por muitos médiuns com resultados desastrosos.

A medicina tem conseguido grande progresso e o tratamento de muitas doenças vem sendo feito com êxito.

A aplicação de energias vitalizadoras auxilia a recuperação dos doentes na medida que estes recebam esse aporte energético e modifiquem seus pensa-mentos, uma vez que a condição psicológica do doente é fator de grande im-portância na cura das doen-ças, como se tem com-provado, uma vez que o humor, a con-fiança criam estruturas mentais posi-tivas que influem sobe o corpo potencializando a ação de medicamentos.

Médicos de formação espíritas aplicam as técnicas e procedimento indicados no tratamento de doenças, adicionando uma indicação de ajuda energética como complemento de suas terapias medicamentosas.

A ligação do nome do Espiritismo com certos médiuns de caráter duvidoso e que praticam uma falsa medicina, obtendo lucros é capítulo doloroso.

Os médiuns verdadeiramente espíritas pautam-se com discrição e sem estrelismo, com cautela e disciplina, obtendo a assistência de Espíritos adequadamente preparados para complementar tratamentos de saúde.

A insistência de Espíritos de médicos desencarnados em exercer a medicina depois de mortos deve ser tomada com cautela.

Como aliás, qualquer iniciativa que venha do plano extra físico, como é elementar no trato da mediunidade orientada por Kardec.

Saiu na Internet - João Donha

Faculdade de Teologia Espírita

A iniciativa da SBEE de criar a Faculdade de Teologia Espírita não é pioneira. Há vários anos, as Faculdades Espíritas de Curitiba (Prof.Ulisséa) criaram uma faculdade exatamente com esse nome e os mesmos propósitos. Já não funciona mais, possivelmente por falta de alunos. Antes ainda deles, o Herculano Pires propôs, em 1968, a criação de Escolas de Espiritismo estruturadas como faculdades.

Humildemente louvo a boa intenção. Indiscutivelmente, tando o Herculano, como aquelas duas instituições são importantíssimos para o Espiritismo. Na SBEE tenho bons amigos e, apesar de não ter a honra de conhecer pessoalmente seu dirigente, o Dr. Mauri, sempre o tive na conta de um verdadeiro ativista da teoria e da prática espírita.

Seja nas empresas, na sociedade, na guerra, na cultura, ou na física, se deixarmos espaços abertos, eles serão fatalmente ocupados. O ideal seria que a "sólida formação cultural espírita", aspiração do Herculano, fosse desenvolvida pelos Centros Espíritas, com sua gratuidade, com a abnegação e desapego que caracterizam a maioria de seus membros. Mas, os Centros deixaram esse espaço vazio, a Universidade o preencheu.

E só os Centros poderiam cumprir permanentemente esse mister. As Escolas do Herculano não emplacaram; a Faculdade da "Espírita" fechou; só esperamos que a SBEE tenha sucesso, que não aconteça com a sua o mesmo que com as outras. Mas, se acontecer, será por falta de alunos. Pois quantos se animarão a freqüentar todos os dias, durante quatro anos, pagando mensalmente, um curso que não lhes acena com um mercado de tabalho?

A não ser que, e este seria o pior resultado, pretendam criar um mercado. "Profissionais do Espiritismo"! Atuando, inicialmente, como "professores, diretores ou funcionários dessas mesmas escolas, ou ainda de assistentes para os hospitais espíritas, orientadores de editoras espíritas, jornais, revistas e publicações espíritas várias", no sonho de Herculano. Ou ainda, orientadores de Centros Espíritas! É, isto é bem possivel! Com a tendência neo-facista, especificamente salazarista, da sociedade brasileira, de regulamentação de profissões e reserva de mercado, seria bem possível a nova corporação-de-ofício dos "profissionais do espiritismo" conseguir aprovar no nosso Congresso uma lei obrigando qualquer Centro Espírita que queira funcionar a ter a "assinatura" de um "espírita formado", de carteirinha, assim como, no Brasil (e como dizia um ministro, o que dá só no Brasil, e não é jabuticaba, boa coisa não é) todo jornal tem que ter a "assinatura" de um jornalista, e toda ONG a de um advogado, e assim por diante.

Mas, já que tanto citei Herculano, é interessante relermos a tese dele, que tem, também, uma sugestão de currículo. Como foi publicada na década de 70 na Revista Educação Espírita, e na de 80 no livro Pedagogia Espírita, suponho que não tenha atingido, no total, 5.000 exemplares.

Uberaba terá monumento a Chico Xavier

A Prefeitura de Uberaba vai erguer um memorial de 800 metros quadrados de Chico Xavier. O monumento será construído na Mata do Carrinho, um dos lugares preferidos do médium, que nasceu na cidade mineira de Pedro Leopoldo, em 2 de abril de 1910, e 40 anos depois se mudou para Uberaba, onde morreu. A obra vai custar R$ 400 mil e a Prefeitura vai buscar parcerias na iniciativa privada. A notícia foi divulgada em meio a uma série de homenagens realizadas no primeiro ano da morte de Chico Xavier. Amigos e parentes relembraram o líder espírita e dezenas de seguidores fizeram preces no mausoléu onde o corpo dele foi enterrado, em Uberaba, Minas Gerais. Foi também lançado o livro "As Vidas de Chico Xavier", do jornalista Marcel Souto Maior. Além disso,

Será primeira mensagem de Chico Xavier ?

Assinada pelo conceituado médium uberabense Carlos A. Baccelli, foi divulgada na Internet a mensagem abaixo, recebida na cidade de Pedro Leopoldo, MG, no dia 22 de junho de 2003, atribuída ao Espírito Francisco Cândido Xavier. Jonas T. Gontijo, da cidade de Divinópolis, MG que a divulgou acredita que ela parece autêntica. Vamos analisar com cuidado.

Pedro Leopoldo, 22 de junho de 2003.

Queridos Irmãos e Irmãs:

Jesus nos Abençoe.

Estou aqui e, através destas palavras singelas, venho ao encontro de todos vocês, com muito carinho e reconhecimento em meu coração de servidor sempre agradecido

Dirigindo-me à querida família espírita de nossa inesquecível Pedro Leopoldo, dirijo-me, com a permissão de Jesus, a todos os integrantes da querida e imensa família espírita que, do nosso Brasil, se estende por outros países.

Agradeço-lhes, meus irmãos, por tudo: pelo carinho que vocês sempre me dispensaram, ao lado dos nossos Benfeitores Espirituais, para que eu conseguisse levar adiante o compromisso abraçado.

Louvado seja Deus, que os colocou em meu caminho para que, diante dos obstáculos, eu não esmorecesse na luta que, evidentemente, há de prosseguir para todos nós, para maior honra e glória Daquele a quem nos compete servir invariavelmente

Perdoem-me, se, neste momento, a emoção toma o meu coração por inteiro e eu, igualmente, não saiba o que lhes dizer com exatidão. Aqui compareço, nesta manhã, na mesma condição daqueles companheiros que me antecederam na palavra e, sinceramente, não me reconheço sob o regime de qualquer privilégio em relação a eles ou a vocês, que continuam e devem continuar se esforçando para prosseguir com o ideal que abraçamos, em nossa Doutrina de Amor e Paz.

Unamo-nos e procuremos melhor servir aos propósitos do Evangelho, operando a nossa própria renovação, dando combate às imperfeições que ainda nos assinalam e que, tantas vezes, nos induzem a cometer maiores equívocos no cumprimento do dever.

A obra dos Amigos Espirituais, por meu intermédio, em verdade, não pertence a eles mesmos e muito menos a mim, que prossigo deste Outro Lado da Vida me considerando na condição de um cisco! A tarefa que encetamos na Doutrina pertence ao Senhor e, para executá-la com a devida fidelidade, carecemos de colocar de lado o personalismo e não tomarmos o caminho da polêmica inútil.

Não nos dispersemos, despendendo energias espirituais que deverão ser consumidas unicamente nas tarefas que prosseguem sob a nossa responsabilidade.

Perdoem-me, se, escrevendo a vocês neste instante, eu não consigo deixar de ser o Chico que sempre fui... O que, afinal de contas, continuo sendo, para ser o espírito feericamente iluminado que os amigos sempre me puseram, por bondade deles e não por méritos que, em verdade, eu nunca tive e prossigo sem ter?!

Em mim, mesmo após a desencarnação, continuam subsistindo muitos traços de treva e me reconheço muito distante da condição em que os amigos me colocam. A nada mais aspiro, se o Senhor assim me consentir, senão dar seqüência ao humilde trabalho que o Espiritismo, na revivescência do Evangelho, nos possibilita em favor de todos os nossos irmãos em Humanidade.

Escrevo-lhes nesta hora, acreditem, sem nenhuma preocupação e espero, sinceramente espero, que estas minhas palavras não nos ocasionem maiores contendas e nem nos induzam ao esquecimento de nossas obrigações fundamentais.

Eu jamais seria capaz de silenciar ou de me considerar um espírito diferente de tantos outros - embora a minha total desvalia -, que estão e sempre estarão à disposição daqueles que necessitarem de uma palavra de encorajamento e de companheirismo, a fim de que não se fragilizem na vivência do ideal.

Deixo-lhes, queridos irmãos e irmãs, o meu abraço fraternal e a minha alegria por ainda me sentir integrado à todos vocês, na Causa que nos é comum e que, sem dúvida, nos merece e nos merecerá sempre o melhor esforço e o maior devotamento. Impossível que, neste primeiro contato, eu lograsse extravasar todas as emoções que me possuem o espírito em forma de gratidão e de reconhecimento à família espírita do Brasil, da qual eu me tornei eternamente devedor.

Com a minha saudade, a minha imensa saudade de todos os dias, sou o irmão e servidor sempre grato, o menor dentre os menores servidores de nossa Causa, sempre o seu Chico

Chico Xavier

(Mensagem psicografada pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública dodia 22 de junho de 2003. na sede do Centro Espírita Beneficente ‘Bezerra de Menezes", na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais, Brasil.)

Opinião em Tópicos - Milton R. Medran Moreira

Guerra e Paz

Quando, adolescente ainda, vim morar em Porto Alegre, sempre que passava de bonde, rumo ao colégio em que estudava, pela antiga Praça do Portão, chamava-me a atenção uma frase em latim, inscrita no pórtico de velho quartel ali existente: "si vis pacem, para bellum" (se queres a paz, prepara a guerra). A sonora sentença latina ainda hoje povoa minhas lembranças daquele tempo, juntamente com os anúncios populares do interior dos bondes, onde sobressaía este: "Veja ilustre passageiro/O belo tipo faceiro/Que o senhor tem ao seu lado/ E, no entanto, acredite/Quase morreu de bronquite/Salvou-o o Rum Creosotado". Nunca cheguei a experimentar o Rum Creosotado do reclame. Mas, a frase do pórtico do quartel, já naquele tempo, me fazia pensar e muito: será mesmo, questionava, que o único jeito de se ter paz é vivendo em contínua preparação para a guerra? Quartéis e soldados treinando para a guerra serão mesmo necessários como instituições permanentes de uma sociedade civilizada? Ou será isso a própria negação da civilização?

Pretextos

Vivia-se o tempo da guerra fria, onde todo o conflito internacional tinha uma justificativa: era preciso acabar com o comunismo. Hoje, que os regimes marxistas já foram praticamente varridos do globo e, no entanto, as guerras continuam, o pretexto é outro: é preciso acabar com o terrorismo. Mas os últimos acontecimentos mundiais já não podem esconder a verdadeira motivação das guerras: o insaciável desejo de expansionismo de uma grande potência e de seu modelo econômico globalizante. Nesse quadro, pouco a pouco, a paz vem se tornando uma utopia. Uma imensa utopia que mais inatingível se faz quanto mais avança o capitalismo, tal como este tem sido praticado no mundo. A escritora e psicanalista Betty Milan, em artigo publicado na Folha de São Paulo (22/6/03), chama a atenção de que a guerra tem sido a principal atividade dos Estados nacionais nos últimos 500 anos "por ser inerente ao capitalismo, indissociável do jogo de trocas".

Caminhos da Paz

Para os romanos, aqueles que diziam ser necessário preparar a guerra para a obtenção da paz, o grande projeto era acabar com os "bárbaros". Estes, ao final, invadindo o Império, terminaram por decretar o fim da grande potência que reinou soberana por tantos séculos. Hoje, a ameaça que paira sobre o mundo ocidental e, especificamente, sobre as nações que o lideram, é o terrorismo. A cada ação bélica desfechada com o pretexto de se combater o terrorismo, este parece ganhar mais força. A História está querendo demonstrar o óbvio: que violência só pode gerar violência. E que iniciativas de paz para serem eficientes extrapolam meros acordos formais entre nações. Grupos terroristas atuam à margem dessa liturgia e, inevitavelmente, responderão a todo o movimento bélico que se fizer com o fim de preservar o "status quo" existente. O grande desafio do mundo contemporâneo é no sentido de as grandes potências se darem conta de que a paz está a depender exclusivamente delas. Que quem mantém o poder, a supremacia e a força, assim como pode impor o estado de guerra, tem capacidade de transformar o mundo num imenso território de paz. Agora, para isso, são necessárias humildade e solidariedade, valores de que a humanidade, em todos os seus níveis de relacionamento, ainda está muito carente.

A Escalada da Guerra

No artigo referido, a escritora evoca a escalada do espírito da guerra na Modernidade. No período entre 1480 e 1800, houve uma guerra em cada dois ou três anos. De 1800 a 1940, houve uma a cada um ou dois anos e, depois de 1945, uma a cada 14 meses. "Dados alarmantes" – acrescenta Betty Milan – "porém menos dos que os relativos ao número de mortos por causa da guerra nos três últimos séculos: 4 milhões no século 18; 8 milhões no século 19; e 115 milhões no último século". No lugar onde, na minha adolescência, existia um quartel fazendo apologia ao permanente treinamento para a guerra, há, hoje, um moderno viaduto. A metáfora sugere que estão em construção no mundo novas vias para a paz. Acho que estamos chegando à saturação desse processo. Não sei se, de fato, paz e capitalismo são incompatíveis. Sei, no entanto, que paz e egoísmo não se conciliam jamais. Paz e orgulho também não. Os dois vícios que Kardec e os espíritos apontaram como matrizes de todos os males humanos são também geradores das guerras. Na medida em que os formos debelando, talvez consigamos inverter a sentença latina para os poderosos do mundo: "si vis pacem, para pacem".

Uma Homenagem ao nosso Parente mais Próximo - Alexandre Cardia Machado

Em 1998 eu li pela primeira vez o livro " O parente mais próximo" de Roger Fouts1. O livro trata dos Chimpanzés e a linguagem de sinais. Este livro foi publicado pela primeira vez em 1997 e tem um subtítulo – O que os chimpanzés me ensinaram sobre quem somos. Sendo isto para mim a questão básica – quem somos!

Um dia destes, na reunião de segunda-feira no CCEPA, (Centro de Cultura Espírita de Porto Alegre)o tema de discussão foi a descoberta recente de um fóssil de 165 mil anos do mais antigo Homo Sapiens, encontrado na Etiópia. Anteriormente acreditava-se que havíamos surgido a cerca de 100.000 anos atrás. Também recentemente, a revista IstoÉ de 28 de maio de 2003, publicou uma pequena nota "Nosso irmão chimpanzé", onde a Universidade Americana de Waine, propõe a mudança dos chimpanzés para o gênero Homo, pois a nova contagem de genes idênticos chegou a 99,4%, as estimativas anteriores eram de 97,6%.

Sabemos que entre as duas espécies existe um grande abismo, a inteligência humana, produto da interação entre o Espírito com o cérebro da espécie humana é um diferencial estupendo. A discussão discorreu sobre a posição de Kardec no livro A Gênese e paramos numa questão que sempre nos impõe, a questão é – Como se dá o salto entre o animal e o humano! De que forma poderíamos caracterizar a primeira encarnação humana!

Outro ponto diferencial é a existência de linguagem estruturada. ‘Vários animais usam sinais e sons para atrair ou alertar uns aos outros, mas apenas o homem faz perguntas, negocia, conta histórias ou mesmo é capaz de fazer planos para o futuro2 .

O ponto que mais me interessa entender é se esta diferença, hoje colossal, sempre foi assim, colocando da seguinte forma: o último antepassado nosso, ainda um primata australopteco era pouco diferente do primeiro homo em inteligência. Mas no entanto uma força estupenda fez com que o cérebro e o polegar opositor se desenvolvessem. A seleção natural de um lado, o Espírito e a lei de evolução de outro, as condições climáticas enfim, agiram em conjunção para permitir que, de um lado o antepassado do australopteco virasse o homem de hoje e o nosso primo o Chimpanzé por outro.

Os grandes marcos desta evolução são:

Bipedismo

Habilidade de construir ferramentas

Domínio do fogo

Desenvolvimento da linguagem

Tudo depois disto foi conseqüência. O bipedismo permitiu ao homem liberar os braços para tarefas que desenvolveram a habilidade manual. O desenvolvimento da mão humana melhora ainda mais esta capacidade.

A habilidade de construir ferramentas permite ao homem aumentar o seu cardápio, alimentar-se mais de proteínas lhe permitiria desenvolver o cérebro. O aparecimento da área de Broca no cérebro e o alongamento da Laringe permitiria o aparecimento da fala estruturada, daí o domínio de fogo em primeiro lugar e da natureza de uma forma geral viriam passo a passo.

Isto aconteceu num espaço de talvez 3 milhões de anos com uma gradiente de aceleração, tanto na evolução física como intelectual que culminou no Homo Sapiens.

O Espiritismo por ser uma Doutrina universalista e progressista não deve imaginar que este processo seja exclusivo do ser humano, ou seja que o objetivo de toda a lei da natureza tenha sido o de formar o homem.

Queremos começar a demonstrar que não.

Vou dar um exemplo meramente ilustrativo. Na corrida pela fecundação, milhões de espermatozoides buscam o óvulo. Quando um chega ao seu destino e para isto depende dos outros, pois um espermatozoide sozinho não consegue penetrar no óvulo. Quando isto ocorre, o embrião se forma, os outros espermatozoides continuam tentando fecundar o óvulo, só que este já iniciou o seu processo de meiose e a partir daí a distância se torna muito grande. Os espermatozoides fracassados ainda vivem por algum tempo, se este primeiro ovo falhar ou mesmo que este não falhe eles poderão fecundar um segundo óvulo se este se apresentar.

Cito este exemplo para demonstrar que durante algum tempo, outras espécies tentaram e provavelmente lutaram pela predominância no território.

Isto é claro quando encontramos fósseis coexistindo na mesma região em épocas próximas, foi assim como o australoptecos e o homo erectus e depois do homo erectus e o homem habilis e mais tarde este com o Niandertal e o H. Sapiens.

Da mesma forma aquele antepassado deu origem ao Chimpanzé que deve ser mais inteligente que o seu antepassado, estudos atuais demonstram que os nossos primos são muito mais capazes do que imaginávamos anteriormente.

Segundo Cartmill e confirmado por Foults, da mesma forma que os primeiros homos desenvolveram a capacidade de caçar em grupos, fazer fogueiras e ferramentas, os Chimpanzés também possuem duas destas três capacidades, sendo que uma vez orientados por humanos também são capazes de fazer fogueiras.

Assim o grande diferencial entre os humanos e os Chimpanzés seria no começo o bipedismo, este vetor por muitas gerações e por uma característica física existente na África de então, mata fechada, onde os chimpanzés conseguiram encontrar um equilíbrio e o domínio territorial.

Uma fraqueza inicial dos primeiros australoptecos, que o fizeram fugir das matas, permitiu que os mesmos se deparassem com a savana, grandes predadores, um estímulo a mais para o seu desenvolvimento. Ou seja o darvinismo se fez presente.

Mesmo sem ter ao seu dispor todo o conhecimento que temos hoje, Darwin3 escreveu o capítulo Da sucessão geológica dos seres organizados " as espécies e os grupos de espécies persistem durante períodos de extensão bastante desiguais...o tempo durante o qual uma espécie isolada (caso dos chimpanzés4) ou um gênero pode persistir não dependem de nenhuma lei determinada".

Assim acredito ter demonstrado que os chimpanzés como exemplo e os demais animais como regra, seguem a sua trajetória evolutiva, com seus princípios espirituais seguindo também o seu caminho de evolução, preparando-se para ingressar em determinado momento na escala espiritual quer na nossa espécie ou em outra que venha a se desenvolver.

Definido o Temário do VIII SBPE - Da Redação

Encerrado o prazo para a remessa de Resumos, a Comissão Organizadora do VIII SBPE divulga os temas e autores que apresentarão seus trabalhos durante a realização do evento, de 16 a 19 de outubro próximo, no Instituto Cajamar, ás margens da Via Anhanguera, no município de Cajamar, na Grande São Paulo

LAZER E FAMÍLIA

A participação no VIII SBPE está aberta a todos.

O SBPE, ao longo das suas sete edições anteriores foi e será sempre um local de grande confraternização, com a participação de famílias inteiras, uma vez que as crianças e jovens tem grande espaço para participar e divertir-se, inclusive com banhos de piscina, futebol e outros atrativos.

Às noites são de grande prazer confraternizativo e de camaradagem, com canto, música e dança.

INVESTIMENTO

O investimento para participar do VIII SBPE é de R$ 190,00(*), que compreende a inscrição, hospedagem e alimentação

A alimentação é farta e caseira com café da manhã, almoço e jantar. Os dormitórios são simples, com até 6 pessoas em quartos com banheiro privativo.

(*) consulte sobre parcelamento e desconto para membros das mocidades espíritas

INSCRIÇÕES

As inscrições serão aceitas até 30 de setembro de 2003.

ENDEREÇOS

ICKS -Av. Francisco Glicério, 261-CEP 11 -Telefax (13) 3284 2918

e-mail: ickardecista@ig.com.br - ickardecista@bol.com.br -Santos -SP.

Excelente o Aproveitamento do Curso sobre Mediunidade - Da Redação

A entrega de 60 Certificados de Conclusão, representando 68% dos alunos inicial-mente matriculados e que compareceram a, no mínimo, 80% das aulas, demonstrou o grande interesse e o excelente aproveita-mento alcançado no Curso sobre a Mediunidade, encerrado no dia 22 de julho.

Realizado dentro da programação de cursos seqüenciais e modulares do ICKS- Instituto Cultural Kardecista de Santos, o Curso foi realizado em oito aulas semanais, abordando os aspectos mais relevantes da Mediunidade à luz do Espiritismo, entretanto, a nível bastante elementar.

Pesquisa realizada entre os alunos, mostrou que 49% não freqüentam habitualmente qualquer centro espírita, enquanto 70% nunca participaram de reuniões mediúnicas.Esses dados indicam um número expressivo de pessoas que se interessam pelo Espi-ritismo mas que está fora do movimento.

O levantamento das faixas etárias do grupo, indica, também que o interesse pela Mediunidade e, talvez, pelo Espiritismo, uma vez que popularmente nem sempre estão associados, é bastante diversificado, como mostra o Quadro1.

Nas duas últimas aulas foram realizados testes de percepção de correntes mentais, com fins de indicar possíveis possibilidades mediúnicas dos alunos, no nível psicofônico e psicográfico. Encerrando, um grupo de médiuns do CE Allan Kardec, a convite do ICKS, esteve presente na reunião fina, com manifestações mediúnicas psicofônica e psicográfica.