Abril de 2003

25, 26 e 27 de Abril: Fim de Semana Kardecista - Capa

O FIM DE SEMANA KARDECISTA, promoção do ICKS em homenagem à passagem do aniversário de O Livro dos Espíritos, será realizado, este ano, nos dias 25, 26 e 27 de abril.

O evento reúne duas palestras, na sexta e no sábado, a partir das 20 horas e uma Tarde Artística no domingo, a partir das 16 horas.

O FIM DE SEMANA KARDECISTA será realizado na sede do ICKS, à avenida Francisco Glicério, 261, Santos

O PROGRAMA

O programa do FIM DE SEMANA KARDECISTA, está definido.

Dia 25 – sexta-feira, às 20 horas, palestra de abertura com o escritor e radialista Amilcar Del Chiaro Filho, de Guarulhos, SP., que abordará o tema Jesus de Nazaré na obra de Kardec.

Dia 26 – sábado, às 20 horas, palestra com a médica Alcione Moreno, de São Paulo, sobre o tema A Mulher na obra de Kardec.

Dia 27 – domingo – 16 horas – Apresentação do Coral Simonian, Grupo Teatral da Mocidade Espírita Estudantes da Verdade e Grupo Artístico do Centro Espírita Ângelo Prado

Caderno Cultural Espírita - Capa

Está à venda a 2ª edição do CADERNO CULTURAL ESPÍRITA. Totalmente dedicada à Mediunidade, com importantes depoimentos dos médiuns Divaldo Pereira Franco, José Medrado e Carlos Bacelli, além de trabalhos sobre O Sexo na Literatura Mediúnica, de Jaci Régis e A Mediunidade Social, de Eugênio Lara.

O preço do CADERNO é R$ 8,00. Para os assinantes doABERTURA, o preço é de R$ 7,00 ficando o frete por conta do ICKS.

Para adquirir basta depositar o total na conta 0268 08052-0 do Banco Itaú e avisar por via telefax (13) 32842918)e ou e-mail ickardecista@ig.com.br.

II Curso de Iniciação começa dia 6 de Maio - Capa

No próximo dia 6 de maio, será iniciado o II Curso de Iniciação à Doutrina Kardecista, promovido pelo ICKS.

O Curso terá 8 aulas semanais, sempre às terças feiras das 20 às 21:30 horas.

Os alunos que comparecerem a 80% das aulas receberão Certificado de Comparecimento

INSCRIÇÕES

As inscrições estão abertas.

Será cobrada uma taxa de R$ 7,00, com direito a receber o livro Introdução à Doutrina Kardecista, de Jaci Regis, que serão texto básico do Curso.

Para inscrever-se telefonar para 3284 2918 ou comparecer ao ICKS de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 e das14 às 18 horas.

ICKS Comemora 18 de Abril com Coquetel - Capa

Para comemorar a passagem do 146º aniversário do lançamento da 1ª edição de o Livro dos Espíritos, o ICKS promoverá no dia 18 de abril, uma reunião especial em sua sede à avenida Francisco Glicério, 261, Santos.

Este ano o dia 18 de abril cai numa sexta-feira, coincidindo com a reunião semanal do ICKS.

As comemorações do aniversario de O Livro dos Espíritos são, geralmente, feitas de forma formal, em palestras. Neste ano o ICKS resolveu inovar.

Na primeira parte da reunião, entre 20 e 21 horas, haverá depoimentos pessoais dos presentes sobre o impacto que o Espiritismo representou em suas vidas e a visão que dele têm.

Na segunda parte, a partir das 21 horas, no Salão de Festas, será promovido um coquetel para convidados. Essa forma alegre e social de comemorar o nascimento do Espiritismo, representa a importância e a espontaneidade que a Doutrina Kardecista descerra para a humanidade, em particular, para seus adeptos.

Foram expedidos convites para centros e entidades espíritas locais.

Ativistas e Não Crentes - Da Redação

O segmento kardecista do movimento espírita brasileiro é, evidentemente, minoritário. Na verdade é um grupo bem reduzido.

Esse segmento, teoricamente, reúne os que discordam da orientaçào majoritária imprimida ao Espiritismo. Esses discordantes, em grande parte, ao participarem do movimento majoritário, em suas federações e uniões federativas, se destacaram pela operosidade, pela liderança de eventos e idéias.

Agora, na contra mão da maioria, deveriam prosseguir nesse trabalho criativo. Eles e os que, por decisão própria, decidiram trilhar esta estrada ideológica.

Por isso, quem se aliar ao movimento kardecista, deveria saber que estamos a procura de ativistas e não de crentes.

Participar de movimento dissidente e permanecer nos mesmos moldes dos centros espíritas tradicionais, ficar no mesmo estilo de atividade e freqüentar uma ou duas reuniões semanais dos "centros e institutos de cultura" é manter um padrão que precisa ser superado.

O ativismo que propomos é ter consciência que para que nossas idéias sejam aceitas e avancem, é preciso um trabalho contínuo de divulgação e reestrutura do próprio pensamento e atitudes.

As minorias sobrevivem pelo ativismo constante, sem descanso e com clara consciência dos objetivos a alcançar. O crente espera, o ativista cria, faz a hora. Estabelece objetivos e luta por eles.

Só assim venceremos.

A ADE-SP cria Lista na Internet - Da Redação

A ADE-SP – Associação de Divulgadores do Espiritismo no Estado de São Paulo criou um Grupo de Comunicadores na Internet.

Segundo Ivan Franzolini, presidente da ADE-SP, agora todos os espíritas que realizam atividades na área da comunicação no Movimento Espírita de São Paulo, como articulistas, expositores, instrutores de cursos, radialistas, jornalistas e outros. podem trocar idéias e aprimorarem suas atividades, participando do Grupo de Comunicadores da ADE-SP

Franzolini diz que o objetivo é reunir vivências e conhecimentos diferentes para troca de experiências e aprofundamento de temas relativos à comunicação e divulgação. Queremos, finaliza Ivan, aproveitar a lista para abordar assuntos de interesse com o objetivo maior de estar sempre oferecendo uma contribuição verdadeiramente útil, tanto no campo das idéias, como no campo das necessidades práticas do dia-a-dia.

Para participar basta enviar um e-mail para o presidente da ADE-SP, Ivan Franzolim: ivanrf@terra.com.br.

Cinqüentenário do CEE "Herculano Pires" - Da Redação

Centro de Estudos Espíritas José Herculano Pires, comemorou seu cinqüentenário com uma série de palestras em sua sede, à Rua Alicante, 389, Penha, São Paulo.

Presidido por Geraldo de Souza Spínola o "Herculano Pires" tem trajetória de fidelidade à doutrina kardecista e, segundo palavras de seu presidente, evoluiu nos conceitos e idéias.

O programa realizado foi o seguinte:

Dia 17 de março, Amilcar Del Chiaro Filho, abriu as comemorações com a palestra: " História e uma Folha". Reinaldo Di Lucia, no dia 18 de março, discorreu sobre "Atualização do Espiritismo" e Jaci Régis, em 20 de março, fez palestra sobre "O Sexo na Literatura Mediúnica".

Encerrando as comemorações, no Sábado, dia 22 de março, foi promovida uma Festa Comemorativa dos 50 anos.

O Centro entregou aos expositores um Certificado muito simpático.

Em todas as palestras houve apresentação artística por membros do Centro.

Fato & Comentário: A Fé Virtual - Da Redação

A revista Época, de 24 de março de 2003, publica matéria sobre os serviços oferecidos pelas religiões, via Internet.

A comunicação virtual, através da Internet é a grande abertura para a relação entre as pessoas, a transmissão de conhecimentos e a diminuição dos espaços pessoais.

Hoje milhares de páginas eletrônicas, os sites, estão à disposição dos internautas, abordando praticamente todos os aspectos do conhecimento e das atividades humanas, seja a nível acadêmico, publicitário, de entretenimento e de governo.

As religiões não podiam ficar atrás.

Na reportagem da revista As igrejas Protestantes, atendem a pedidos de oração e criam grupos de estudos Bíblicos. Os católicos também estão na Internet. Seus sites têm até estrelas televisivas, como padre Marcelo com interlocução através de "chat", além de missas, e até sala para acender velas virtualmente. orientação espiritual on-line e bíblia virtual. O Islamismo, a Umbanda e o Judaísmo fazem debates, estabelecem orientações e consultas.

E o Espiritismo, catalogado como religião pela revista, também tem seus sites, aliás muitos sites, a maioria repetitivos, mas que fazem atendimento fraterno, estudo virtual, tira dúvidas e pedidos de oração e grupos de irradiação (espécie de mentalização) informa revista.

O tempo atual abre esse espaço para irradiação de idéias, devemos nos aproveitar disso e ampliar a divulgação do pensamento kardecista. O ICKS pensa em ter seu site, ainda este ano.

Ah! Em tempo. A Princesa Diana, desencarnada a vários anos, teria dado comunicação contra a guerra contra o Iraque e afirma ter saudade do príncipe Charles, conforme a revista Quem acontece de 21 de março último.

O Mundo contra a Guerra - Da Redação

O clamor mundial contra a guerra é um sinal positivo de que a humanidade, de modo geral, se posiciona contra essa barbárie que já deveria ter sido varrida da face da Terra.

A invasão do Iraque pelos Estados Unidos e Inglaterra, representa um acinte à comunidade internacional que não concordou com essa decisão infeliz do sr. W. Bush e seus falcões, dentro de interesses escusos, econômicos e empresariais que estão sendo cada vez mais evidentes.

Certamente como espíritas jamais concordaremos com ditaduras e Sadam Hussein é ditador. Entretanto, também, dentro do grande espírito de liberdade que caracteriza nossa doutrina, também não concordamos com a imposição de costumes e culturas estranhas ao povo conquistado. A imposição de uma "democracia" no Iraque é ridícula e meramente política para justificar, talvez, a posse da riqueza do petróleo daquele país.

A reprovação da guerra, todavia, não pode nos levar a sentimentos antiamericanos ou antibritânicos, pois isso seria sancionar o ódio que também contraria nossos princípios.

A guerra prossegue sangrenta, como qualquer guerra, com atos lamentáveis, chocantes.

Nosso desejo é que termine e que os invasores ouçam a voz da humanidade e ainda que em seus territórios tenham o beneplácito de seus habitantes que, diante da realidade, não vêem como deixar de apoiar a ação de seus filhos, e terminem a invasão, aceitem um acordo internacional que remova Sadam de seu poder discricionário e deixe o povo do Iraque comandar o próprio destino.

Há, porém, outro fator que precisa ser meditado.

A atitude dos Estados Unidos desprezando a ONU, mesmo que o veto da França, Alemanha e Rússia tenham motivações mais econômicas do que humanitárias, é um duro golpe na diplomacia como instrumento de negociação.

Mesmo que hajam críticos da Organização e o fato dos Estados Unidos contribuírem com 50% do custeio, são inegáveis os benefícios da existência e da ação da ONU e ela precisa ser preservada.

Uma das formas que poderão restabelecer a relação internacional estremecida é entregar à ONU a administração do Iraque, caso a coalizão continue a guerra e a vença.

A Doutrina Kardecista é pela paz, pela liberdade e pela dignidade humana e nas relações entre os povos.

Examinando a Dor e a Culpa - Jaci Régis

Ela exprimiu uma grande alegria.

É profissional da área da fisioterapia, especializada em tratar crianças com paralisia cerebral.

Estava contente.

- Advinhe quem encontrei! Exclamou como se eu soubesse de antemão quem encontrara.

- Estava no shopping e olhei e vi o casal sentado. Não pude acreditar. Eles estavam ótimos.

Fiquei mudo, na expectativa.

- Esses dois foram meus pacientes quando crianças. Paciente com paralisia cerebral.

Agora, continuou, estão formados em jornalismo.... pretendem se casar.

Aprendi com ela que a paralisia cerebral é um distúrbio motor. Antes pensava apenas que eram os que estão nas Casas André Luiz ou no Lar Mensageiros da Luz, em Santos. Crianças e pessoas que apresentam problemas insolúveis, muito dolorosos, não raro.

A paralisia cerebral tem muitos aspectos e, bem tratada, em muitos casos, permite uma vida saudável, normal aos seus portadores

Ela demorou-se a falar dos problemas que aquele rapaz e aquela moça tinham vivido na infância e na dor e no desconsolo de seus pais. Todavia, graças ao esforço materno, ela os tinha tratado e ajudado a desenvolver atividades intelectuais e motoras adequadas a uma vida social relativamente equilibrada.

E ali estavam dois casos bem solucionados, ainda que apresentem ou não pequenas seqüelas.

Refletindo na recuperação daqueles jovens, pensei como formulamos no Espiritismo uma doutrina de talião, de culpa e castigo.

Dentro dessa visão aquelas crianças teriam nascido assim como purgação de suas faltas. Viver sem horizontes e sem esperanças, amarrados a problemas físicos, parecia necessário.

Eu disse a ela: com o avanço da ciência e das técnicas, muitos dos que antes seriam considerados em provas e expiações amargas, não apenas para eles, mas para seus familiares, superaram os obstáculos e conseguem viver uma vida relativamente saudável e produtiva.

- Também pensava assim, interveio. E contou que fizera um curso de Espiritismo com o Reinaldo Di Lucia e ficara confusa e por muito tempo, quando ele afirmara que esses problemas não tinham necessariamente ligação com culpa do passado. Muito depois ela aceitou, inclusive pela evidência de casos como o que narrara e que podiam se somarem a centenas de crianças com paralisia cerebral que conseguiram seguir um caminho próprio ou, pelo menos nem tanto infeliz.

Estava refletindo sobre o caso, quando ela saiu e minutos depois bateu-me á porta, nada menos do que Josafá Albuquerque velho amigo e pensador espírita.

Após as saudações, narrei-lhe o caso. Passamos a refletir porque o Espiritismo caiu nesse desvão de culpa e castigo.

-Ah! Meu amigo, disse Josafá, o Espiritismo fixou-se a explicar o problema da dor. Queria dar consolo, explicações e até cura , para a dor humana, principalmente para esses casos de nascença onde parece mais cruel a vida.

Fiquei calado.

- E como não é possível, prosseguiu, encontrar uma explicação positiva para todos os males e considerando velhas tradições da vingança de Deus, a doutrina resvalou, na prática e na pregação, para o abismo das idéias judaico-cristãs do pecado original, da luta do bem e do mal e do castigo divino.

-Falou-se e fala-se da dívida que cada um traz, em cada vida, com a Justiça Divina, disse. Dívida que parece sempre crescer porque a maioria, segundo a análise moral que se faz, erra mais do que acerta, conclui.

-Não é só isso, prosseguiu Josafá , confundiu-se, desgraçadamente, a lei de causa e efeito com a pena de talião. A lei de causa e efeito é positiva, permite uma larga expansão do ser, na busca de seu reequilibro. Torná-la pena de talião é estreitar totalmente o canal de ascensão da alma.

-Sem condições de entender sob a pressão das idéias religiosas, não restou outra opção senão aceitar que realmente esses problemas, essas dores eram vontade de Deus, falei.

Essa passividade, prossegui, foi rompida com a queda do domínio das igrejas. Então, a ciência, sem compromissos com resgate de dívidas ou pecados, passou a tentar encontrar remédios para os sofrimentos das pessoas. Centrou-se na criatura enferma, deficiente, necessitada e procurou formas de livrá-la da dor, do escárnio e das restrições sociais que sempre acarretam problemas desse tipo.

-Concordo contigo, afirmou Josafá. As religiões e até o Espiritismo criaram em torno da dor um círculo de conformismo atribuindo a Deus ou aos erros do passado todo o mal que sofremos. Sob certos aspectos elas festejaram a dor como justa e como instrumento necessário pra nos libertarmos dos pecados. Por isso, centenas de mensagens mediúnicas sempre dizem que devemos agradecer à dor e sofrermos sem reclamar ou revolta.

-É isso aí, disse por minha vez, as religiões e certas explicações espíritas, querem que a criatura seja culpada e passe pelo trânsito da dor para punir-se, pagar suas dívidas e, se possível, ser feliz no Além.

Os materialistas querem aliviar a dor, aqui e agora.

Os sofredores agradecem.

A Maioria quer a Paz - Eugênio Lara

Assim que começou mais essa guerra estúpida no Oriente Médio, a primeira imagem que me veio à mente foi o nazismo, Hitler e toda aquela parafernália simbólica, gestual e circense que tantos males causou em nosso mundo e ainda continua causando: o neonazismo está aí para demonstrar isso. São contextos completamente diferentes, mas que guardam muitas semelhanças. A começar pelas motivações.

Toda guerra de dimensões intercontinentais, internacionais, mundiais tem objetivos econômicos. É seu leitmotiv, sua razão de ser. Nessa, como nas Cruzadas, em nome de Deus, parte-se para a destruição do herege. Ora, quem é o herege, Bush ou Saddam?

Pois com as Cruzadas muito se acumulou, riquezas foram trazidas do Oriente, a Igreja muito lucrou com essa guerra de conquista e a concentração de capital, a acumulação primitiva necessária para o surgimento do capitalismo vindouro veio daí, dentre outros fatores.

A situação geopolítica do Iraque, principalmente o petróleo, vem se somar à natureza psicológica do povo norte-americano, bélica e intolerante, representada por um beócio intransigente e sedento de glória, porque poder ele tem de sobra. Até na expressão o Sr. Bush se trai, uma figura híbrida, misto do humorista Ronald de Golias com Alfred Newman (aquele personagem da Mad, antiga revista de humor). A cena que antecedeu ao seu discurso no dia da invasão, em que o todo-poderoso aparece sorrindo, ajeitando o cabelo e a maquiagem, é inesquecível.

Os horrores da guerra os meios de comunicação mostram diariamente, à exaustão. São tão impressionantes quanto o que o nazismo produziu. Mas há um outro horror que não pode deixar de ser mencionado e que pouco tem sido comentado. Trata-se da destruição da memória da Humanidade. Centenas de sítios arqueológicos podem ser destruídos. Não nos esqueçamos que a nossa civilização também começou lá, entre os rios Tigre e Eufrates.

O prejuízo é incalculável. Novas informações sobre os sumérios, os hititas, os babilônios e tantos povos vinculados àquela região vão se perder de forma definitiva, assim como muito se perdeu com a Segunda Guerra Mundial.

Os nazistas saquearam a França e destruíram muitos monumentos históricos, entre eles, a memória do Espiritismo. Documentos de Kardec, cartas,, livros e tantos outros objetos fundamentais para a compreensão da gênese da filosofia espírita foram destruídos. Tudo isso em nome da raça pura, do domínio mundial, do poder e da glória.

Difícil conceber a guerra como algo necessário e estimulador do progresso. Mas é isso que o Espiritismo ensina. Não há justificativa ética e moral, o que há é uma visão que às vezes nos choca, pois quem pode imaginar que um conflito bélico esteja inserido nas leis da natureza, no caso em questão, na Lei de Destruição e na Lei de Progresso?

Esse mesmo povo que hoje sofre as conseqüências de uma invasão ilegítima, pulou de alegria e fez festa quando as duas torres do World Trade Center desabaram naquele inesquecível ataque terrorista de11 de setembro. Esse mesmo povo não quer a paz, discrimina os curdos e vê Saddam como uma espécie de missionário, um enviado de Alá. O que fazer com ele?

O que fazer com os terroristas, com o narcotráfico, com a indústria bélica, com os judeus e árabes que se odeiam e não querem de forma alguma a paz? A paz para essa gente significa a destruição do outro, do vizinho, do próximo. Não dá mais para suportar essa gente nesse mundo. Assim como não dá mais para suportar líderes políticos como Bush, Bin Laden, Saddam Hussein, completamente desumanizados.

A reação mundial a essa guerra é um sinal de que a insatisfação não é mais isolada. O mundo, em sua maioria, não quer mais nenhum tipo de guerra. A maioria quer a paz, quer a fraternidade, deseja a convivência tolerante e democrática. A gente não quer só pão e circo. Havendo esse desejo há esperança, o futuro está em nossas mãos. O ser humano, apesar de sua acomodação, da inércia, possui dentro de si o gérmen da renovação, o instinto do progresso. Essa guerra passará e Bush talvez entre para a história como o pior presidente que os Estados Unidos já teve.

Por uma Pesquisa Espírita da Alma - Jaci Régis

O cientista britânico Fritz Crick, um dos descobridores do DNA, em 1953, conforme artigo publicado no jornal científico Nature Neuroscience diz que ele e sua equipe encontraram as células responsáveis pela geração da consciência e do "senso de si" dos indivíduos. Se comprovada, a nova alegação de Crick, diz Jonathan Leake, do jornal The Sunday Times, de Londres, representaria outro grande triunfo da ciência sobre a religião.

Em resumo, Crick e sua equipe querem provar que "a verdadeira consciência pode ser expressada meramente por um pequeno grupo de neurônios, em particular aqueles que se estendem da parte de trás do córtex para partes do córtex frontal."

Muitos, diante dessa notícia darão de ombros.

Pensam que jamais será descartada a hipótese da alma como um ser independente do corpo e isso não precisa ser comprovado. Basta a crença.

Entretanto, Allan Kardec se ufanava de que o Espiritismo tinha trazido a comprovação científica da existência e imortalidade da alma. Para ele, as pesquisas feitas principalmente pela mediunidade psicográfica, foram suficientes.

Essa sua posição foi duramente criticada por Camille Flammarion e outros que o acusaram de precipitação. Mas ele, a partir do que conseguiu, lançou-se na estruturação do pensamento espírita, baseado em comunicações conseguidas e dos ditados esparsos de Espíritos diversos.

De fato, a afirmação de Flammarion afirmando que Kardec não era propriamente um cientista faz sentido, uma vez que o que lhe interessava, na época, era apresentar uma dissertação filosófica sobre a moral e sobre a natureza dos Espíritos, inaugurando uma nova forma de encarar o objetivo da vida.

Entretanto, esforçou-se por pautar suas apreciações e análises dentro do pensamento científico, de base cartesiana, que era cultivado e divulgado na metade do século 19.

Ele quis e deu, sob certa forma, um caráter científico à dissertação espírita, tentando separá-la da crendice, do supersticioso, do maravilhoso e do milagre, que formam o sentido cultural das religiões.

Allan Kardec sabia que se não conseguisse mostrar-se científica, a doutrina seria vista como um movimento religioso e isso seria fatal para sua credibilidade e impediria que seus princípios superassem o preconceito científico e se incorporasse à cultura.

Como um grande pensador que foi, Kardec observou que a sociedade estava, aceleradamente, desvinculando-se da escolástica, do domínio intelectual e político das igrejas. Isto é, formando o que hoje se fala de "sociedade civil", que nesses quase dois séculos derrubou muitos dos principais princípios defendidos pelas religiões

A PESQUISA NO ESPIRITISMO

Gabriel Delanne foi o primeiro espírita que se envolveu na pesquisa dos fenômenos mediúnicos. Engenheiro de formação ele dedicou à investigação juntando-se a vários cientistas da época, fim do século 19 e início do século 20, inclusive com Charles Richet. que fundou a Metapsiquica.

Dentre os que aceitavam a tese espírita despontava o italiano Ernesto Bozzano.

Muitos outros pesquisadores podem ser citados inclusive Edgard Wallace um dos co-autores das teses evolucionistas tratadas por Darwin, Oliver Lodge, Aksakoff, De Rochas.

Sobretudo William Crookes, com suas pesquisas e materializações de Kate King.

Essa breve relação não faz justiça a muitos outros cientistas, da Alemanha, Inglaterra, França e Rússia que se interessaram e publicaram obras importantes.

Todavia as pes-quisas e provas apresentadas, não foram incorporadas à cultura, deixadas de lado, porque a ciência, que começava a tomar identidade cada vez maior, nem queria pensar em ligar-se ao que sugeria fosse religioso, sabendo-se que a luta da inteligência foi justamente livrar-se do jugo da Igreja.

Por princípio, tudo que se refere ao Espírito é tratado como místico, supersticioso e pode, a critério das interpretações de cientistas, ser explicado dentro dos limites estreitos do corpo e matéria. Daí o descrédito e a ironia da união da igreja e de cientistas contra a investigação científica do Espírito, taxando os investigadores de deslumbrados, não obstante seus títulos e contribuições ao avanço da ciência.

Ainda hoje isso é verdade, como disse Collin Blakemore, professor de neuro-ciência da Universidade de Oxford, " a religião é uma hipótese que não se pode comprovar"

É PRECISO CRIAR UMA MENTALIDADE CIENTÍFICA

A única forma do Espiritismo cumprir o projeto de Allan Kardec é provar que não é místico, nem crédulo. Caso contrário, será marginalizado como uma religião e outros, fora dele e das teses kardecistas, tomarão a iniciativa de provar a imortalidade.

Entretanto será um trabalho árduo, pois desde que se instalou no Brasil, pelas mão místicas de vários e importantes crentes iniciais, a doutrina espírita jamais cogitou de estabelecer qualquer base de pesquisa e investigação.

Empolgado pelo comércio com os mortos, enfrentando o assédio da Igreja e, sob certa forma, o escárnio da sociedade, os espíritas lançaram-se na assistência social, transformando o mo-vimento espírita numa forma de prestação de consolo através da mediunidade e da caridade.

Ademais, devido a efetiva influência da cultural católica e mística nosso movimento foi fortemente envolvido pela cristolatria que está na base da obra de Roustaing, logo aceita pelos líderes iniciais.

Esse casamento do catolicismo com o roustainguismo, embora nem sempre seja reconhecido, está na base da evangelização e do moralismo salvacionista e da absorção dos princípios de culpa e castigo da doutrina cristã, segundo a qual todos somos, por natureza, culpados.

Com isso, todo o instrumental de análise do processo da vida e toda a abertura mental que Kardec preconizara, que significaria uma novo olhar para o ser humano e o mundo, criando caminhos alternativos, mas sustentados em um pensamento científico, para o materialismo e para o misticismo, foi profundamente prejudicado.

Não adianta dizer que a ciência um dia chegará à prova da existência e sobrevivência da alma e que cabe ao Espiritismo "pregar o evangelho" como preconizou o Espírito Anjo Ismael, provavelmente um ex-sacerdote católico.

Será o fracasso do Espiritismo, como idealizado por Kardec. Será o Espiritismo cristão, roustainguista, evangélico, mas nunca o Espiritismo kardecista.

Também não estou propondo a transformação dos centros espíritas em laboratórios de pesquisas psíquicas. O que se quer é a criação de uma mentalidade científica, isto é, o desenvolvimento de uma atividade crítica, positiva, de acordo com os padrões estabelecidos por Kardec

É POSSÍVEL CRIAR UMA PESQUISA GENUINAMENTE ESPÍRITA?

O movimento espírita pode e deve procurar recursos e meios para investigar cientificamente a alma, o Espírito, o plano extrafísico. Poderemos contrapor ao enunciado científico que restringe a alma aos lóbulos cerebrais a prova inconclusa de que somos um Espírito e abrir, como queria Kardec, as portas da imortalidade traçando novo rumo à sociedade.

Não que devêssemos pensar que somente o Espiritismo pode fazer isso ou que quiséssemos o troféu da prova, sobre todos. Mas é inegável que uma pesquisa realmente espírita, rigorosa, imparcial, enfim, realmente científica, eliminaria certos preconceitos que sempre fun-damentaram as pesquisas da Me-tapsiquica e da Parapsicologia.

O que queremos argumentar é que podemos dar nossa contribuição, elevar nosso crédito como grupo de pessoas que pensam, investigam e propõe uma moral social avançada, longe dos tentáculos das crenças que sempre sufocaram o homem.

Quanto a recursos certamente teremos. Se, por exemplo, há recursos para manter uma faculdade - criada por grupo espírita – que propõe um curso de teologia espírita, que nos parece a pá de cal sobre a falência da doutrina de firmar-se como alicerce de uma nova sociedade, surgirão meios, quando houver decisão de fazê-lo.

A pesquisa espírita terá que ser profissional, reunindo pesquisadores e cientistas, remunerando-os contiguamente. Isso dentro de um projeto de pesquisa exeqüível, prático, positivo, onde os recursos da tecnologia atual e futura sejam empregados para mostrar e provar a existência do plano extra físico, dos seres que ali se fixam provisoriamente e de todas as conseqüências das descobertas desse nível de vibração material da vida terrena.

A 2ª Edição do Livro dos Espíritos revela um Kardec Diferente - Da Redação

O LIVRO DOS ESPÍRITOS: 1857 – 1860

O Livro dos Espíritos surgiu no dia 18 de abril de 1857.

Três anos depois, em 18 de março de 1860, apareceu sua 2ª edição, inteiramente refundida e consideravelmente aumentada.

A 1ª edição, completa 146 anos. A Segunda 143 anos.

A lançada em 18 de abril de 1857, continha 501 questões.

A 2ª , em 1860, contém 1018 questões.

Esta é a edição definitiva e a que todos conhecemos.

Qual a diferença entre elas?

No intervalo entre a 1ª e a 2ª edições, houve substancial mudança no trabalho de Allan Kardec.

Para comemorar o centenário do lançamento de O Livro dos Espíritos, em 1957. Canuto de Abreu, preparou uma edição bilingüe, sobre o 1º Livro dos Espíritos, editado em 1857.

Ele faz comentários sobre as mudanças entre a 1ª e a 2ª ediçào.

Embora as opiniões de Canuto de Abreu não tenham tido grande repercussão, pois apresentavam divergências com as formas tradicionais de entender o trabalho de Kardec, elas merecem ser comentadas e conhecidas

AS DIFERENÇAS

Para Canuto, "Este Primeiro LIVRO DOS ESPÍRITOS, publicado em Paris no dia 18 de abril de 1857, difere tanto do Segundo, editado na mesma cidade em 18 de março de 1860, que Allan Kardec se julgou no dever de advertir o Leitor da seguinte maneira:

Aviso sobre esta nova edição

(...) Esta reimpressão pode pois ser considerada como trabalho novo, embora os princípios não hajam sofrido nenhuma alteração, salvo pequeníssimo número de exceções, que são antes complemento e esclarecimentos que verdadeiras modificações.

É o próprio Mestre quem afirma, com lealdade costumeira que a reimpressão pode ser considerada como um trabalho novo.

Vamos transcrever algumas das idéias e comentários feitos pelo autor, nessa edição especial do Primeiro Livro dos Espíritos

1ª Edição

"Na primeira edição, o papel dos Espíritos foi de amplitude e im-portância absolutas. A psicografia, na maior parte, realizou-se pela Corbelha Tupia.

Allan Kardec estava nessa época em sua primeira iniciação do Espiritismo. Ainda era aprendiz da nova ciência. Aluno atento e diligente, trazia às aulas suas perguntas devidamente preparadas, par-tindo das mais vagas e dogmáticas para as mais sérias e lógicas. Escrevia, em seu apartamento, , cada questionário numa folha de papel, ao pé da qual, na casa de Baudin, a Corbelha se colocava.

No início do trabalho, em agosto de 1855, o médium principal, Caroline Baudin, tinha dezesseis anos. Sua irmã Julie, quatorze.

E essa iniciação na Doutrina Espírita levou quinze meses a fio, até janeiro de 1857, sem interrupções nem férias de verão...

Além de aluno, colaborava como secretário. A princípio sem o perceber. Depois, consciente e diligentemente. Os Espíritos respondiam-lhe as perguntas de maneira mecânica, pela Corbelha, através desses dois médiuns dóceis e sem cultura filosófica. E ele apostilava em seguida, no silêncio de seu gabinete de trabalho, na Rue des Martyrs, 8, retocando e classificando as lições para melhor assimila-las e poder um dia transmiti-las com segurança de mestre:

Ocupa-te com zelo e perseverança do trabalho que empreendeste com o concurso nosso; este Livro também é nosso (...)Compreendeste bem tua missão; o plano está bem concebido. (...) Acima de tudo, quando a obra estiver finda não te esqueças de que nós te ordenamos de imprimi-la e propagá-la, pois é obra de uso de todos...(Obras Póstumas, brasileira, comunicado pelo médium Caroline Baudin,em 11 de setembro de 1856)

A revisão do texto da 1ª edição foi rigorosa e feita diretamente pelos Espíritos.

Reve-lo-emos juntos a fim de que o Livro nada encerre que não seja expressão do pensamento nosso e do Espírito verdade. (Prolegômenos) (Obras Póstumas,página 30).

O próprio Kardec afirmou que revisou o texto junto com a médium sta. Japhet. Em horas e dias marcados pelos Espíritos (Revista Espírita, 1858, pagina 36)

2ª Edição

Prossegue Canuto de Abreu.

"Na Segunda edição, mundialmente conhecida, que se tornou definitiva, o caso é diferente:

O papel do Homem sobreleva ao dos Espíritos. Os Instrutores ficam em segundo plano, como simples testemunhas informantes ou de ciência própria perante o juiz severo e lúcido.

Múltiplas são as fontes de ensinamento.

Não houve mais, para a parte acrescida, direta e ostensiva revisão e corrigenda dos Guias.

Alguns temas versados na primeira, foram suprimidos.

Prevaleceu em tudo, na forma e no fundo, apenas o julgamento reto do Homem

O Discípulo torna-se Mestre. Nivela-se o Apre-ndiz com os Instrutores.

Julga. Critica. Distingue. Seleciona. Atende somente a seus criterium, confia só em seu discernimento,. Inspira-se apenas no Espírito Verdade, diretamente e que nunca o abandonou

Doutrina Espírita

Na primeira edição, está a Doutrina Espírita segundo Espíritos Superiores liderados pelo Espírito Verdade, dada através de três médiuns ingênuos que dirigiam inconscientemente um aparelho mecânico primitivo sob as vista do Autor

Filosofia Espírita

Na reimpressão de 1860, acha-se a Filosofia Espírita segundo Allan Kardec, baseada em parte na Doutrina Espírita da primeira edição e em parte no ensinamento de outros Espíritos, através de vários médiuns.

Na edição primitiva, temos o ensinamento espírita direto, imediato, genuíno, espontâneo, puro de origem vivo como água de rocha, inteiramente novo ou renovado para a época, dado por Espírito Prepostos através de médiuns inconscientes.

Este ensinamento era providencial e visava estabelecer os fundamentos da verdadeira Doutrina Espírita, imune a erros e prejuízos.

Na edição definitiva, vê-se o ensinamento espírita indireto, mediato, assimilado, meditado, depurado e cristalizado sem o sabor da novidade, procedente de fontes diversas, através de diferentes médiuns. Esse ensinamento foi colhido, estudado, retocado e coordenado pelo Homem e visava a estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional, isente dos prejuízos do espírito de rotina.

Frontispícios

Basta o con-fronto dos frontis-pícios para ter uma idéia exata da diferença

Na primeira edição, O Livro foi

Escrito e pu-blicado conforme o ditado e a ordem de Espíritos Supe-riores.

Na segunda O Livro con-tém,os princípios da Doutrina Espí-rita(...)segundo o ensinamento dado pelos Espíritos Superiores por intermédio de diversos médiuns, recolhidos e postos em ordem por Allan Kardec (...)Segunda edição, inteiramente refundida e consideravelmente aumentada.

Finalmente a edição de 1857 foi totalmente revista, corrigida e homologada por Espíritos.

As demais, a partir de 1860, em mais da metade de seu texto, aprovadas tão somente pelo Missionário que fundou a Filosofia Espírita.

Entrevista com o Jornalista José Rodrigues - "Vejo o Espiritismo como um Movimento de Idéias no Caminho do resgate de seus Princípios" - Da Redação

José Rodrigues é escritor, economista e jornalista especializado em jornalismo econômico, principalmente nas áreas do café e portuária. Foi, durante muitos anos, editor de economia do jornal santista A Tribuna. É correspondente de jornais econômicos estrangeiros. Especialista em assuntos do café, tem prestígio internacional sobre o assunto. Foi também assessor especial da Prefeitura de Santos para assuntos do Porto de Santos. Como espírita, participou da Mocidade Espírita Estudantes da Verdade, do Centro Espírita Allan Kardec. Foi Presidente da DICESP- Divulgação Cultural Espírita e diretor da Comunidade Assistencial Espírita Lar Veneranda, durante vários anos. Atualmente é secretário da ARS – Ação de Recuperação Social, que desenvolve trabalho promocional em bairros de Santos

ABERTURA – Sua formação espírita deu-se na juventude. Desde então muitas mudanças houve em sua vida. Nesse momento, como você vê o Espiritismo, sua atuação e sua atuação no mundo?

JR – Vejo o Espiritismo como um movimento de idéias no caminho do resgate de seus princípios. Os fundamentos filosóficos trabalhados por Allan Kardec, seguidos por Leon Denis, Flammarion, Delane, por exemplo, que firmariam bases para a construção de um edifício com força de transformação política e social, foram subestimados, pelo menos no Brasil, em troca de formalismos e repetições no estilo confessional. São fórmulas que enfrentam a rejeição de pessoas que preferem a independência de idéias e têm maior poder de decisão sobre os rumos da sociedade. A influência no mundo, até aqui, vejo-a como de difícil mensuração, incipiente e difusa, uma autêntica busca de rumos, mas, sejam quais forem, terão de voltar às bases, revolvendo com o oxigênio da atualidade, os princípios universais do pensamento espírita.

ABERTURA – Sua visão de vida mudou com o exercício do jornalismo?

JR – A vantagem, se assim posso definir, da profissão de jornalista, é seu inerente ecletismo. Tem-se que lidar com a diversidade, e isso é um exercício prático importante, a partir da necessidade de respeitá-la. Talvez essa condição sine qua non para o exercício profissional traga influências sobre a visão de vida, mas, positivamente, o peso maior adveio do conhecimento do Espiritismo. A ética espírita, que resulta de uma estrutura filosófica consistente, tendo por base o fato de sermos essencialmente iguais e a caminho de um futuro melhor, dá boas balizas para esta ou qualquer outra profissão. Além disso, a leitura sistemática de Kardec, um mestre em didática, tem-me valido para a construção de textos.

ABERTURA - Como analisa o momento atual, com a invasão dos Estados Unidos e Inglaterra ao Iraque? Que nos reservará o futuro próximo no campo internacional?

JR – Em nenhum momento da história do homem, uma guerra foi tão detestada como essa. Com raríssimas exceções, estas originárias de parte das populações dos invasores, povos de todo o mundo estão indo às ruas para o devido protesto. Graças à popularização da tecnologia, os lances dessa barbárie são acompanhados por todo o planeta. É uma guerra sem vitória possível, por sua inexplicável motivação. De toda forma, o conflito identifica a prevalência do poder econômico, dos interesses empresariais, sobre quaisquer outros valores. Há, sim, um vendaval de hipocrisia, de falsidade, quando se fala em "libertar o Iraque". Quando se usam termos como "eixo do mal", por exemplo, típicos de fundamentalistas, deve-se ter muito cuidado. Falam em nome de algum deus para separar povos e pessoas, "nós e os outros", mas são lobos vorazes, que o mundo precisa desmascarar e abominar.

No campo internacional, já temos indicações confirmadas. A ONU, que deveria agir como entidade de prevenção dos conflitos, assume o papel de apagar os rescaldos do fogo, com ajuda humanitária. É um insulto ao mundo civilizado. A cobiça fala na "reconstrução" como se se tratasse da casa dos três porquinhos, posta ao chão pelo sopro forte do lobo. Vidas humanas, sofrimentos, perdas de laços, pensam, ficarão enterrados com os escombros. É triste dizer, mas o medo das crianças e o ódio nos corações das vítimas, vão fermentar reações nada felizes e pouco favoráveis à segurança de todos. E na geopolítica mundial, os Estados Unidos, puxando sua aliada histórica, a Inglaterra, de passagem, minam a unidade européia, que tanto os incomoda.

São estruturas e formatos de nações, as que capitaneiam o conflito, que apressam sua rejeição. Sinto que se deslegitimam como lideranças mundiais e devam ser substituídas por quem acredita mais na inteligência do que nas armas, na solidariedade, antes da exploração.

ABERTURA – O programa Fome Zero, lançado pelo Presidente Lula terá sucesso no combate real da fome? Sua estrutura permitirá alcançar os objetivos de dar, a todos, três refeições por dia, como deseja o presidente?

JR – A extensão territorial brasileira, as diversidades regionais e a inexperiência, são um complicador para qualquer programa de âmbito nacional. No caso, todavia, trata-se de uma marca, um estilo de ação, um convite à solidariedade e, antes de tudo, o reconhecimento de uma vergonha nacional. A imagem brasileira é péssima, embora haja outras piores. Por esse e outros motivos, enfileiro-me nas propostas do Fome Zero. Configura uma redistribuição de renda, na forma de choque, cuja duração precisará ser limitada. Os cofres da nação já foram saqueados inúmeras vezes em favor de minorias, que só fizeram aumentar as diferenças sociais. Nessa comparação, os gastos com o Fome Zero são uma gota. Claro que a solução consistente e sustentável virá pelos caminhos da educação, da geração de trabalho e emprego, da oferta de infra-estrutura barata, para que as pessoas e famílias dêem um salto qualitativo em suas vidas.

A resposta definitiva sobre se será alcançado o objetivo de dar a todos três refeições por dia, também vai depender das adesões ao programa. Vejo que o setor privado, embora às vezes em busca de marketing, está aderindo, com lautas ofertas, de alimentos e veículos para transporte.

ABERTURA - Sua experiência no Poder Público lhe ensinou o quê sobre a natureza das ações humanas?

JR – Ensinou, em primeiro lugar, que há necessidade desse poder, que deve ser eficiente e o menor possível, para não se constituir num fim em si mesmo. Foi um período, de sete anos, de aprendizado político, que me ajudou a vencer uma visão ingênua sobre o móvel das ações do poder. O mundo político tem ânsia por hegemonia, crescimento e por isso tenta perpetuar-se. A democracia representa um avanço por permitir escolhas livres das pessoas, mesmo assim, o fator econômico ainda exerce peso preponderante nas decisões. Os financiadores, algum dia, querem descontar a fatura. Isso vale para pequenos e grandes. Uns exigem grandes retornos, em obras, por exemplo, e outros simples favorecimentos em concursos, empregos para amigos e parentes. Tenho defendido a politização dos espíritas, não na forma de formação de algum partido político, mas na apreensão mais acurada da direção dos ventos do poder, a fim de que este seja realmente público e não instrumento de favorecimentos a grupos e concentração de renda.

ABERTURA – Como você caracteriza o impacto do Espiritismo em sua vida, como um todo?

JR – Houve diferentes impactos, ao longo do tempo. O primeiro, da descoberta, do encontro, como se fora um tesouro. Lá se vão quase 45 anos. Um autêntico encantamento, que se transformou em ações contínuas no campo da divulgação da idéia e no social. Descobri que a visão de mundo com o foco espírita se amplia e aperfeiçoa se você dele participa. Um segundo impacto, que perdura, está no reconhecimento de que a obra de Kardec e a idéia espírita, de modo geral, precisa de parcerias, para usar um conceito de hoje. Ela não pode responder a tudo, como se imaginava, seja porque teve certidão de nascimento, em 1857, portanto por mais futurista que fosse, teria limitações, ou ainda porque há opiniões pessoais de espíritos nos textos, cuja validade tem comprometimento temporal.

Objetivamente, não sei dimensionar esse impacto, pois sou um resultado de mim mesmo e só sei pensar sob a ótica da continuidade da vida, da certeza da justiça maior, o que aprendi com o Espiritismo. E sinto-me confortável se atuo, no mínimo que seja, naquilo que considero uma boa causa.

ABERTURA – Os princípios do Espiritismo estão resistindo à avalanche do progresso da genética e outros setores das ciências?

JR – Enquanto princípios, como estão em linha com a natureza, resistem e vão resistir. Acho até que já deveríamos ter assumido uma posição de soberba. Que venham provar o contrário! Hoje estamos um pouco mais maduros sob o comportamento humano e temos certeza do quanto o preconceito atrapalha nas investigações e na aceitação de novas verdades. A ciência, passando pelos homens, não é nenhuma santa posada no altar da sabedoria. Os investigadores acadêmicos clássicos que provaram fenômenos espíritas sofreram o escárnio de colegas.

Além dos princípios, o campo está aberto e necessitado de pesquisas que os aliem ao atual da ciência, sem dúvida desafiadora quando se trata da fecundação de seres humanos por meios não convencionais.

ABERTURA – Como você analisa o papel do Espiritismo na sociedade, quais os efeitos que tem e teve e qual sua possibilidade de influenciar decisivamente os rumos do futuro?

JR – Desde logo, retiro o mito de que a influência do Espiritismo na sociedade se dá ou dará com uma marca própria. "Olha, esta lei é baseada no princípio x do Espiritismo". Isso não vai acontecer, porque a gênese do progresso resulta de um convênio geral de lutas e anseios, no qual entram inúmeros conceitos, de Marx a Herbert Spencer, ou de Tomás de Aquino a Kardec. Para ser ecumênico, também de Jesus de Nazaré a Maomé. O mercado de idéias não tem fronteiras e aquelas que guardarem mais sintonia com as leis naturais tenderão a permanecer. Nas ciências, dá-se o mesmo. Uma descoberta de hoje representa acúmulos de experiências seculares. Nenhuma é isolada. Porteiro, em "Espiritismo Dialético", dá excelente visão sobre o processo histórico da acumulação do saber.

Nesse sentido, ainda que de forma difusa, estou certo de que as idéias espíritas integram atos individuais e coletivos da sociedade, especialmente da brasileira. São um substrato. De modo pessoal e que reparto com você, ficaria imensamente frustrado se os milhares de livros espíritas que passaram por nossas mãos, em forma de venda, para nada servissem.

Do que estou a cada dia mais convicto é de que a tese espírita sobre a origem e destino do ser, pelo seu caráter universal, serve a todos, indistintamente e pode aumentar seu poder de influenciação para a melhoria das relações humanas. Levá-la adiante, livre de convencionalismos, rituais, dogmas e posturas infantis, mas libertária, progressista e fraterna, como a apresentaram os espíritos, será de extrema utilidade para o mundo. Final.

Opinião em Tópicos - Milton R. Medran Moreira

Clima de Guerra

Saímos, minha mulher e eu, do Brasil na Quarta-feira de Cinzas rumo a Porto Rico, onde fui participar do II Simpósio Kardeciano del Leste, promovido pelo Instituto Kardeciano Francisco Simonet. O Carnaval mal tinha terminado e, durante sua realização, o crime organizado que, dias antes, pusera mais uma vez o Rio em polvorosa, havia dado uma trégua. Sempre se soube que há uma conexão entre Escolas de Samba e Jogo do Bicho, no Rio de Janeiro. Não é difícil também conectar Jogo do Bicho com Tráfico de Drogas e este com o Crime Organizado, que está tornando insuportável a vida do carioca. Por aí a trégua é compreensível. Deixamos, pois, o Brasil num período que correspondeu a uma breve interrupção dessa verdadeira guerra urbana que deteriora a vida de nossas grandes cidades, especialmente aquela que nos acostumamos a chamar de Maravilhosa. Mas, o mundo estava às vésperas de uma outra guerra, do tipo convencional, que, àquela altura, já estabelecera, nos vôos internacionais, especialmente de Companhias norte-americanas, uma verdadeira neurose de segurança. No embarque, à entrada do avião, passamos por uma revista onde até os sapatos nos fizeram tirar e onde alguns livros que eu levava em minha bagagem de mão foram esmiuçadamente revistados. Um exemplar de O Livro dos Espíritos em espanhol que levava comigo, foi cuidadosamente examinado. Poderia haver um estilete escondido em suas páginas ou alguma embalagem contendo doses de armas químicos ou biológicas.

Porto Rico

Estado Livre e Associado (aos EEUU), como se define constitucionalmente, Porto Rico tem características que nenhuma nação latino-americana possui. Se em comum com outras, tem a lhe banhar as costas as águas incrivelmente azuis e tépidas do Caribe e do Atlântico, diferentemente delas orgulha-se de uma estrutura social, onde não há lugar para a fome e para a miséria e onde os índices de criminalidade são pouco expressivos. Sim, há desempregados. Mas, o generoso "Big Brother" se encarrega deles. Dá-lhes apartamento para morar e vales que lhe garantem a aquisição de alimentos, roupas e medicamentos. Materialmente, todos vivem com dignidade. Em contrapartida, nos dias em que lá estive, falava-se que cerca de 10.000 jovens porto-riquenhos já estavam estacionados no Kwait, prontos para matar ou morrer, que esta é a lei da guerra. A maioria das pessoas que vivem naquela chamada "Isla del Encanto" têm filhos ou parentes próximos servindo nas Forças Armadas norte-americanas. Não sei qual a angústia maior: se a de um pai ou de uma mãe brasileiros que, à noite, vêem seus filhos irem a uma boate ou um restaurante, podendo no percurso ser assaltados, roubados ou seqüestrados, ou dos pais porto-riquenhos cujos filhos pertencem a um Exército que, quando não está em guerra está em prontidão para algum conflito que pode estourar a qualquer momento.

Compaixão

No nosso retorno, nova e vexatória revista feita por um funcionário norte-americano no aeroporto de Miami. De volta ao Brasil, as notícias da guerra em todos os jornais. Da nossa guerra urbana que reacendera com o assassinato de um Juiz de Direito de Presidente Prudente, logo seguida de outro em Vila Velha. O crime organizado mostrando sua força, impondo sua lei iníqua que, pouco a pouco, faz do Estado de Direito uma ficção que se esfuma ante a barbárie do crime com espantosa competência de auto-organização. E da guerra convencional que estourava, partindo do Kwait, (onde estavam os filhos de tanta gente com quem conversáramos naqueles dias), rumo à velha Mesopotâmia, berço da civilização do mundo, prestes a ser arrasada pelos mísseis e armas inteligentes contra ela lançados. Retorno, assim, tomado de um profundo sentimento de compaixão por um mundo que, nós, espíritas, classificamos como "de provas e expiações", mas que sempre sonhamos ver, num breve tempo, promovido a um planeta de "regeneração". Um mundo, onde a única grande potência econômica ainda existente arvora-se o direito de premiar com uma vida materialmente digna, fazendo disso um privilégio, quem concordar com sua lógica da guerra. Um mundo onde, em contrapartida, um número cada vez maior de países que se negam a adotar essa lógica, marginalizam-se na deterioração social que gera a fome, a miséria, a corrupção, o crime organizado, a indignidade, enfim.

Opinião Pública

Às vésperas da guerra, editorial de importante jornal norte-americano reconhecia a existência de uma outra força que, somente ela, poderia rivalizar com a única potência internacional deste início de século: a opinião pública mundial. E esta tem sido eloqüente. Em todo o mundo, mesmo naqueles países cujos governos apoiaram a guerra, o povo foi às ruas para exigir a paz. O maravilhoso de nosso tempo é que se criou uma potente rede pela paz que pode, sim, fazer um contraponto eficiente à lógica da guerra. Por enquanto, os Senhores da Guerra são capazes de impor seu comando, mesmo contra a vontade de seus cidadãos e sob a expressa condenação da ONU, guardiã maior do Direito Internacional Público e dos anseios das sociedades modernas por uma ordem internacional justa e civilizada. Mas, podemos estar certos de que ninguém mais faz a guerra impunemente. Esse ente consciente, que cresce em força e em importância, chamado opinião pública é a expressão concreta e eloqüente de que, mesmo sob o aparente caos, vige a Lei do Progresso, conduzindo a estágios mais avançados de Justiça e de Amor

Entidades Especializadas Espíritas promovem Simpósios em Entidades de Classe - Da Redação

No dia 31 de maio próximo serão realizados simultaneamente Simpósios promovidos por entidades especializadas espíritas nas sedes dos Conselhos Regionais de Psicologia, Medicina e na Ordem dos Advogados do Brasil, de São Paulo.

A ABRAPE –Associação Brasileira de Psicólogos Espíritas, a AME-SP – Associação Médico Espírita de São Paulo e UDESP – União dos Delegados Espíritas do Estado de São Paulo, promoverão Simpósios, com apoio da USE-União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, utilizarão as instalações desses organismos reguladores e fiscalizadores das profissões de psicólogo, médico e advogado para desenvolver temas ligados ao pensamento kardecista

1º Simpósio de Profissionais do Direito Espíritas

A UDESP, em conjunto com a USE realizará o 1º Simpósio de Profissionais do Direito Espíritas, na sede da OAB/S , sito à Praça da Sé, 355, 1º andar, na Capital, com vistas a participação de advogados, magistrados, delegados de polícia, membros do MP, procuradores do Estado e Bacharéis de Direito.

O evento Sra realizado no salão nobre da OAB, no dia 31 de maio, das 9 às 17:30 horas.

Os interessados em apresentar trabalhos para discussão no Simpósio devem enviar propostas escritas, em 60 linhas para análise, até o dia 30 de abril. Encaminhar aos cuidados da dra. Júlia Nezu Oliveira, e-mail - julianezu@terra.com.br, à USE, Rua Dr. Gabriel Piza, 433, Santana, CEP 02036-10.

O dr. Bismael Batista de Morais, presidente da União dos Delegados Espíritas do Estado de São Paulo, irá propor ao Governo a criação de um programa permanente de prevenção sem armas em todas as escolas de 1º e 2º graus, envolvendo Estado e Municípios, oferecendo prêmios semestrais às melhores sugestões e divulgando-as e uma outra proposta de criar-se postos de atendimento itinerantes, nos moldes do " poupa tempo" buscando os interessados em favelas, cortiços e áreas periféricas pobres, para registrar pessoas, tirar documentos

1ºSimpósio de Profissionais da Área Médica Espiritas

A AMES-SP, em conjunto com a USE, promoverá, o 1º Simpósio de Profissionais da Área Médica Espíritas. O evento será realizado no dia 31 de maio, em dois locais e horários.

Das 9 às 12 horas, no Instituto Oscar Freire da Universidade de São Paulo (USP), no Complexo do Hospital das Clínicas, na rua Teodoro Sampaio, 115, em São Paulo, para discutir o tema Medicina e Espiritualidade – Perspectivas da Ciência Médica Oficial e Revisão da Literatura Científica Indexada.

Das 15 ás 18 horas, no auditório do Conselho Regional de Medicina (CRM) na rua Domingos de Morais, 1810, Vila Mariana, São Paulo, com vistas à participação dos profissionais da Medicina para discussão das propostas que forem encaminhadas antecipadamente e que serão encaminhadas posteriormente aos órgão competentes.

Inscrições e reunião na Associação Médico -Espírita de São Paulo (AME) à rua Paulo Orozimbo, 916, Cambuci, CEP 01535-001, São Paulo/SP. Telefax ) (11) 3271 4009, falar com Ellen Silvana, das 13 às 17 horas. E-mail ame-sp@ig.com.br.

O Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, presidente da AME-SP e coordenador do Simpósio esclarece que o Simpósio a ser realizado no Instituto Oscar Freire é destinado a médicos, alunos e profissionais da área da saúde, do Hospital da Clínicas e cientistas da USP . O que terá lugar na sede do CRM, estará aberto aos médicos, profissionais da Área da Saúde, assistentes da Rede Pública e da Área de Pesquisa em geral.

Desde 6 de março, às 5ªs. feiras, a partir das 20 horas, na sede da AME-SP haverá reuniões para montar o dossier de propostas a serem apresentadas nos dois simpósios e posteriormente encaminhadas aos órgãos competentes

1º Simpósio de Psicologia e Responsabilidade Social

A ABRAPE -Associação Brasileira de Psicólogos Espíritas em conjunto com a USE realizará o 1º Simpósio de Psicologia e Responsabilidade Social, no dia 31 de maio, das 9 às 17:30 horas, no auditório do Conselho Regional de Psicologia –06 CRP, à rua Arruda Alvim, 90, São Paulo, voltado para psicólogos e estudantes de Psicologia.

Até o dia 10 de maio, serão recebidos projetos que utilizem a Psicologia como instrumento de responsabilidade social, digitados em disquete, Word, fonte times new roman,14, formatação A4, espaço 1 ½, em até 3 páginas.

Esses projetos devem ser encaminhados á ABRAPE, Rua Teodoro Sampaio, 417, conjunto81, 8º andar, telefone (11) 3898 2135, fone/fax (11) 3898 2139 –e-mail aabrape@terra.com.br.

VIII SBPE: Envie seus Resumos até 31 de Maio - Da Redação

Os autores que desejam apresentar seus trabalhos no Simpósio, deverão enviar até 31 de maio próximo, um Resumo do tema a ser desenvolvido. O Resumo deve conter a síntese do tema proposto. Deve ser enviado em uma folha A4, escrita em apenas uma face, contendo título e nome do autor.

O Resumo pode ser enviado por e-mail, fax ou correio.

Os temas do SBPE são escolhidos livremente pelos autores, versando sobre quaisquer assuntos analisados à luz do Espiritismo. Recebidos os Resumos, a Comissão Organizadora, examina-os e entra em contato com os autores, que terão até o dia 31 de agosto de 2003 para enviar o inteiro teor do trabalho

FAÇA JÁ SUA INSCRIÇÃO E PAGUE EM 4 VEZES

As inscrições para o VII SBPE já estão abertas e poderão ser pagas em 4 parcelas mensais.

O custo total do investimento é R$ 190,00 que compreende a inscrição, a hospedagem e alimentação de 16 a 19 de outubro, em Cajamar, SP, onde o Simpósio será realizado.

O total do investimento poderá ser divido em 4 parcelas mensais de R$ 47,50.

Basta entrar em contato com o ICKS, enviando dados completos e 4 (quatro) cheques no valor acima, para desconto nos meses seqüentes

ENDEREÇO

Para quaisquer informações, inscrições, dirija-se ao ICKS, Av. Francisco Glicério, 261, Santos- CEP 11065-401 - telefax (13) 3284 2918 o e-mail: ickardecista@ig.com.br ou ickardecista@bol.com.br.

II Seminário sobre Mediunidade, mais um Sucesso ! - Da Redação

Realizado no dia 15 de março, o II SEMINÁRIO SOBRE A ME-DIUNIDADE, reuniu cerca de 140 pessoas, na sede do ICKS, Instituto Cultural Kardecista de Santos, à avenida Francisco Glicério, 261, Santos.

O novo auditório do Instituto ficou lotado com espíritas e pessoas interessadas de toda a Baixada Santista e com uma delegação da cidade de Guarulhos, sob a liderança de Denise Ribeiro.

O evento foi promovidos pelo ICKS e centros espíritas Allan Kardec, Maria Emilia da Motta Ferreira, Missionários da Luz, Fraternidade Espírita, Ângelo Prado e Semeadores da Luz

Temas

O Seminário foi coordenado por Júnior da Costa e Oliveira. Ele iniciou os trabalhos às 14:00, saudando os participantes e comunicando as orientações estabelecidas para o Seminário.

Sandra Régis, abordou o tema Desenvolvimento Mediúnico. Diretora do CE Allan Kardec, Sandra dirigiu naquela centro, durante anos, o CEM –Centro de Estudo da Me-diunidade. Com ex-plicações objetivas e auxiliada por transparências, ela trans-mitiu com eficiência o conteúdo do tema. Seguiram-se várias perguntas formuladas pelos participantes.

Em seguida, José Luiz de Souza, presidente da Fraternidade Espírita, médium e estudioso do tema, discorreu sobre Transtornos e perigos da mediunidade- perda da mediunidade. O expositor utilizou-se de exemplos por ele vividos para mostrar os desvios e problemas da utilização incorreta da mediunidade. Várias perguntas foram também formuladas, ao término de sua exposição.

Segui-se intervalo de 30 minutos, findo os quais, Jaci Régis, presidente do ICKS, discorreu sobre A Cura da Obsessão, mostrando as várias faces do problema obsessivo, com auxilio de recursos visuais. Para ele foram feitas, também, algumas perguntas.

Para dar maior dinamismo foram formados, no início do Seminário 3 grupos de participantes, com a tarefa de propor,ao final do evento, 3 questões para cada expositor. Essa parte foi feita, ao término dos trabalhos, com os três expositores juntos no palco. Sandra Régis, José Luiz de Souza e Jaci Régis, responderam, cada um, a três questões sobre o tema que desenvolveram apresentadas pelos respectivos grupos.