Capa - Setembro de 2001
Editorial
Qualquer guerra é sempre lamentável e, sob
certa forma, evitável. Enquanto este texto está sendo escrito,
os Estados Unidos preparam uma intervenção armada no Afeganistão,
onde estaria escondido o terrorista saudita Osama bin Laden,
acusado de ser o autor e ou financiador dos atos terroristas que
atingiram o país mais poderoso do mundo.
Talvez, ao serem lidas estas linhas, o ataque já tenha sido
desfechado e milhares de pessoas estarão sob o fogo destruidor,
arrasando cidades, culturas, semeando sofrimentos e instigando o
ódio ainda mais.
Existe um certo pensamento de vingança no ar. E o
fundamentalismo islâmico surge como o vilão da história,
porque os terroristas são árabes e professam esse credo
suicida, sem misericórdia e sem limites na destruição de
vidas, inclusive os próprios terroristas.
Não sabemos o que acontecerá e até onde as coisas irão.
Como se trata da guerra de um gigante contra um pigmeu, tudo
parece indicar que não se alastrará pelo resto do mundo. Mas os
danos serão sempre muito grandes.
Perdoar, esquecer, superar, não estão no contexto. O combate ao
terrorismo é mais do que justo. É inevitável e já vem um
pouco tarde. Mas deveria ser feito com grande cautela e consciência
para não envolver crianças, nações e pessoas que nada tem a
ver com isso tudo.
Esperamos que as nações se unam numa campanha contra os
assassinos que vestem o manto de crenças e desfraldam bandeiras
de libertação, através do ódio e da destruição. Tanto
quanto esperamos que as nações mais poderosas deixem de sufocar
o mundo com uma globalização que só lhes traz proveito, e
mobilizem ajuda para resolver pendências regionais e semear uma
ação positiva a fim de eliminar a miséria do mundo.
Neste momento, o tempo é turvo, nebuloso.
Amanhã, poderá ser incandescente.
E o futuro, esperamos que seja de sol e de paz.
A Comunidade Assistencial Espírita Lar Veneranda
inaugurou, dia 15 de setembro último, o Edifício Jaci Regis,
obra de cerca de 1.400 m2, localizada na Avenida Francisco Glicérico,
261, bairro do Gonzaga, em Santos.
No edifício, de quatro pavimentos, serão instalados o Centro de
Ensino Profissional para Adolescentes e o Instituto Cultural
Kardecista de Santos.
A Cerimônia Às 16 horas, a presidente do Lar, Valéria
Regis e Silva, iniciou a comemoração, com palavras biográficas
do patrono do edifício, Jaci Regis. Ela fez um relato das
atividades de Regis no movimento espírita em geral e destacou
seu trabalho no Lar Veneranda, onde colabora há mais de 40 anos.
Disse que a homenagem, dando seu nome ao edifício, foi aprovada
unanimemente pelo conselho da entidade.
Em seguida, convidou o vice-presidente do conselho, Henrique
Diegues, a descerrar a cabeça de Allan Kardec, esculpida pela
escultora Emília Portela Perrone. Diegues proferiu algumas
palavras sobre Allan Kardec.
Em seguida falou Jaci Regis, relatando o desenvolvimento da
construção do edifício, que durou sete anos, destacando a
colaboração de Paulo Manuel Varela Casasco, engenheiro responsável
e que se mostrou um amigo e um colaborador excepcional,
atribuindo-lhe uma parcela fundamental para o término da obra.
Destaques Foram conferidos placas alusivas à Lídia
Barreto Couto, que doou o terreno onde o edifício foi erguido,
ao dr. Paulo Manuel Varela Casasco, pelo apoio fundamental à
conclusão da obra. A Comunidade entregou diplomas de
agradecimento aos arquitetos Lídia Ventura Regis e José Augusto
Santana, autores do projeto arquitetônico do prédio, ao sr. Emílio
Roberto Varela Casasco, pela colaboração na obra e à escultora
Emilia Portela Perrone.
O engenheiro Casasco falou de seu entusiasmo e de sua relação
com o Lar Veneranda como também Lídia Ventura Regis, relatando
o trabalho arquitetônico.
Coquetel Um grande bolo foi ofertado por empresa de
alimentação que presta serviços à Cosipa e um grupo de amigos
doou garrafas de vinho branco, que tornaram possível um coquetel
de inauguração.
Após o coquetel, as 130 pessoas presentes ao ato fizeram visita
à obra.