Capa - Agosto de 2001

Editorial

Dever de Casa

Em O Livro dos MEspiritismo, a questão dos Espíritos está em segundo lugar, não édiuns, Allan Kardec diz que: “No constituindo o seu ponto de partida. E precisamente, o erro em que se cai e que acarreta o fracasso com certas é esse, pessoas. Sendo os Espsimplesmente as almas dos homens, o verdadeiro ponto de partida é, então, a existência da alma”. íritos E mais: “dissemos que o Espiritismo é toda um ciência, toda a uma filosofia. Quem desejar conhece-lo seriamente deve, pois, como primeira condiestudo sério e persuadir-se de que, mais do que qualquer outra ciência, não se ção, submeter-se a um pode aprendbrincando”.
ê-lo Esses trechos, do capJ.Herculano Pires (Edicel), indicam a diretriz básica, fundamental, que ítulo III, Método, da tradução de deveria orientar o trabalho dos centros espíritas, a quem se incumbe a responsabilidade de formar o pensamento espírita.
Entretanto, esse dever de casa bdesprezado porque muitos se apropriaram do Espiritismo para ásico, indispensável, foi satisfazer suas tendmascaradas de sentimento caridoso ou simplesmente contentaram-se em ignorar os ências prepotentes, fundamentos kardecistas e tornaram “a questão dos Espíritos” como a principal e, não raro, única.
O desprezo pelo estudo e pelo zelo com o ideal doutrinário se traduz na literatura espírita de origem supostamente mediúnica, na pregaigrejeira do evangelho, na exaltação e subordinação aos Espíritos e seus médiuns.
ção salvacionista e Outra seria a situaespíritas tivessem sido criados dentro do pensamento original de Kardec e ção do Espiritismo se os centros fizessem, elementarmente, seu dever de casa, que é tornar espíritas seus membros.